Um novo aparelho de ultrassom que destrói tumores começou a ser usado no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo). O equipamento de última geração usa ondas de alta intensidade, que atingem só o tumor -elas são direcionadas com auxílio da ressonância magnética.
O tratamento dura de três a quatro horas e dispensa cortes. O paciente permanece consciente o tempo todo. As aplicações clínicas já estabelecidas são para miomas e metástases ósseas. O Icesp já fez seis tratamentos em miomas e vai começar a tratar os tumores nos ossos na próxima semana.
A previsão é usar a técnica em pesquisas clínicas para outros tipos de câncer. O ultrassom com foco de alta intensidade está sendo testado para tumores cerebrais, de mama e de próstata, nos EUA, na Europa e na Ásia.
O Icesp também está desenvolvendo pesquisas para levar remédios ao tumor com auxílio do aparelho. Nesse tipo de tratamento, quimioterápicos em alta concentração são "envelopados" em cápsulas sensíveis ao calor. Aquecidas pelo ultrassom, liberam a droga apenas no local do câncer.
Segundo Marcos Menezes, radiologista do Icesp e do Hospital Sírio-Libanês, o novo aparelho emite ondas 20 mil vezes mais intensas que as do ultrassom comum, usado em exames de imagem. São emitidos mais de mil feixes de ondas, que se concentram na área a ser atingida, em um foco de 1 mm de diâmetro. O processo é similar ao da lente de aumento, que focaliza múltiplos raios de luz em um único ponto.
Cada feixe de ultrassom isoladamente passa pelos tecidos sem causar dano. É só onde os feixes convergem que acontece o superaquecimento que queima o tumor. O aparelho, chamado Hifu (ultrassom com foco de alta intensidade, na sigla em inglês), foi desenvolvido por uma empresa israelense. O Estado de São Paulo pagou R$ 1,5 milhão por ele.
http://www.eshoje.com.br/portal/leitura-noticia,inoticia,11416,maquina_promete_curar_tumor_sem_cortes.aspx
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Nova pesquisa traz esperança contra o câncer de pele
Proteína que causa a doença pode ser bloqueada com uma pílula revolucionária
Uma pílula conhecida como RG7204 vem sendo a arma dos cientistas no combate ao câncer de pele. De acordo com um estudo divulgado na revista Nature, nos EUA, o remédio é capaz de reduzir em até 80% o tamanho dos tumores.
A pílula age da seguinte forma: ela bloqueia uma proteína chamada interferon gamma, conseguindo diminuir a multiplicação acelerada de células da pele e, assim, combater a incidência de câncer nesta região.
Ao se inibir a presença da proteína com remédios, o número de macrófagos é reduzido e a tendência de reprodução acelerada dos melanócitos é menor. Assim, consegue-se diminuir as chances de se desenvolver um melanoma, a forma mais agressiva do câncer de pele.
O teste foi feito com 700 pacientes que reagiram muito bem à droga. O único efeito colateral que apresentaram foram erupções cutâneas e fotossensibilidade, mas nada alarmante.
http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=corpoevida_mat&url_id=3794
Uma pílula conhecida como RG7204 vem sendo a arma dos cientistas no combate ao câncer de pele. De acordo com um estudo divulgado na revista Nature, nos EUA, o remédio é capaz de reduzir em até 80% o tamanho dos tumores.
A pílula age da seguinte forma: ela bloqueia uma proteína chamada interferon gamma, conseguindo diminuir a multiplicação acelerada de células da pele e, assim, combater a incidência de câncer nesta região.
Ao se inibir a presença da proteína com remédios, o número de macrófagos é reduzido e a tendência de reprodução acelerada dos melanócitos é menor. Assim, consegue-se diminuir as chances de se desenvolver um melanoma, a forma mais agressiva do câncer de pele.
O teste foi feito com 700 pacientes que reagiram muito bem à droga. O único efeito colateral que apresentaram foram erupções cutâneas e fotossensibilidade, mas nada alarmante.
http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=corpoevida_mat&url_id=3794
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domingo, 10 de abril de 2011
Cientistas desvendam o genoma do câncer de mama
Um grupo de cientistas nos Estados Unidos sequenciou os genomas completos de tumores de 50 pacientes com câncer de mama e comparou os resultados com os DNAs de pessoas sem a doença. O trabalho foi apresentado no sábado (2) na 102ª Reunião Anual da Associação Norte-Americana de Pesquisa do Câncer, em Orlando, na Flórida.
A comparação permitiu identificar mutações que ocorrem apenas nas células cancerígenas. A pesquisa revela uma grande complexidade nos genomas dos tumores e poderá auxiliar no desenvolvimento de novas alternativas de tratamentos.
No total, os tumores analisados apresentaram mais de 1,7 mil mutações, das quais a maior parte era única para cada mulher. "Genomas do câncer são extraordinariamente complicados, o que explica nossa dificuldade em prever consequências e encontrar novos tratamentos", disse Matthew J. Ellis, professor da Escola de Medicina da Universidade de Washington em Saint Louis, um dos líderes da pesquisa.
Os cientistas sequenciaram mais de 10 trilhões de pares de base de DNA, repetindo as operações para cada tumor e para cada amostra dos voluntários sadios por em média 30 vezes para garantir a validade dos resultados. "Os recursos computacionais utilizados para analisar tamanha quantidade de dados são semelhantes aos produzidos pelo Large Hadron Collider, usado para entender o funcionamento das partículas subatômicas", disse Ellis.
As amostras de DNA vieram de pacientes que se submeteram a testes clínicos no Grupo de Oncologia do American College of Surgeons, liderado por Ellis. Todas as pacientes no estudo tinham o chamado câncer de mama positivo para receptor de estrógeno, no qual as células tumorais têm receptores que se ligam ao hormônio e ajudam os tumores a crescer.
A pesquisa confirmou que duas mutações são relativamente comuns em mulheres com câncer de mama. Uma deles é a PIK3CA, presente em cerca de 40% dos tumores do tipo que expressam receptores para estrógeno. Outra é a TP53, presente em cerca de 20% dos pacientes.
Ellis e colegas encontraram outra mutação, denominada MAP3K1, que controla a morte celular programada e não se encontra ativada em cerca de 10% dos cânceres de mama positivos para receptor de estrógeno. Os cientistas também encontraram outros 21 genes que mostraram mutações significativas, mas em taxas inferiores e não apareciam em mais do que três pacientes.
Apesar da raridade dessas mutações, Ellis destaca sua importância. "Câncer de mama é tão comum que mesmo mutações que apareçam com frequência de 5% envolverão milhares de mulheres", destacou.
Fonte: Agência Fapesp
Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=151553
A comparação permitiu identificar mutações que ocorrem apenas nas células cancerígenas. A pesquisa revela uma grande complexidade nos genomas dos tumores e poderá auxiliar no desenvolvimento de novas alternativas de tratamentos.
No total, os tumores analisados apresentaram mais de 1,7 mil mutações, das quais a maior parte era única para cada mulher. "Genomas do câncer são extraordinariamente complicados, o que explica nossa dificuldade em prever consequências e encontrar novos tratamentos", disse Matthew J. Ellis, professor da Escola de Medicina da Universidade de Washington em Saint Louis, um dos líderes da pesquisa.
Os cientistas sequenciaram mais de 10 trilhões de pares de base de DNA, repetindo as operações para cada tumor e para cada amostra dos voluntários sadios por em média 30 vezes para garantir a validade dos resultados. "Os recursos computacionais utilizados para analisar tamanha quantidade de dados são semelhantes aos produzidos pelo Large Hadron Collider, usado para entender o funcionamento das partículas subatômicas", disse Ellis.
As amostras de DNA vieram de pacientes que se submeteram a testes clínicos no Grupo de Oncologia do American College of Surgeons, liderado por Ellis. Todas as pacientes no estudo tinham o chamado câncer de mama positivo para receptor de estrógeno, no qual as células tumorais têm receptores que se ligam ao hormônio e ajudam os tumores a crescer.
A pesquisa confirmou que duas mutações são relativamente comuns em mulheres com câncer de mama. Uma deles é a PIK3CA, presente em cerca de 40% dos tumores do tipo que expressam receptores para estrógeno. Outra é a TP53, presente em cerca de 20% dos pacientes.
Ellis e colegas encontraram outra mutação, denominada MAP3K1, que controla a morte celular programada e não se encontra ativada em cerca de 10% dos cânceres de mama positivos para receptor de estrógeno. Os cientistas também encontraram outros 21 genes que mostraram mutações significativas, mas em taxas inferiores e não apareciam em mais do que três pacientes.
Apesar da raridade dessas mutações, Ellis destaca sua importância. "Câncer de mama é tão comum que mesmo mutações que apareçam com frequência de 5% envolverão milhares de mulheres", destacou.
Fonte: Agência Fapesp
Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=151553
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