sábado, 25 de junho de 2011

ESCORPIÃO SERÁ CRIADO EM CATIVEIRO PARA PRODUZIR REMÉDIO CONTRA CÂNCER

HAVANA, 20 JUN (ANSA) - Um escorpião endêmico de Cuba será criado em cativeiro para ampliar a fabricação de um medicamento para tratamento contra o câncer produzido a partir de seu veneno, informaram fontes locais. 
   
O Laboratório Biológico Farmacêutico (Labiofam) ampliou a criação do escorpião Rhopalurus junceus, conhecido como escorpião azul, para extrair realizar a extração do veneno e fabricar o remédio Vidatox. 
   
A retirada do veneno é feita por meio de estímulos elétricos que provocam a liberação da toxina. Em média, cada escorpião azul fornece 0,02 mililitros, ou seja, de duas a três gotas da substância. 
   
O medicamento já foi aplicado em pacientes em Cuba, em outros países latino-americanos e em nações europeias. Ele tem como efeito beneficiar o estado de pessoas que sofrem de tumores cancerígenos no pulmão, nas mamas, no colo do útero, na próstata, no pâncreas e no intestino grosso. 
   
Os especialistas cubanos defendem sua eficácia na melhora de qualidade de vida dos pacientes, na recuperação de peso e de apetite e na diminuição do consumo de analgésicos tradicionais. (ANSA)


Fonte: http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/201106201348403600/201106201348403600.html

Vacina viral ataca tumores de próstata, mostra pesquisa

Experimentos feitos em camundongos por uma equipe internacional de cientistas tiveram sucesso animador na tarefa de ensinar o organismo dos bichos a combater tumores de próstata.


Os roedores de laboratório receberam uma vacina terapêutica contra o câncer, feita a partir de genes que só ficam ativos na próstata.


Com isso, seu corpo mobilizou as próprias defesas para lutar contra tumores que já estavam estabelecidos. Em 80% dos casos, a doença acabou sendo eliminada.


Ainda são necessários anos de novos estudos antes de a abordagem poder ser testada em seres humanos, e problemas associados a ela podem acabar aparecendo, mas a pesquisa parece ter obtido avanços num ponto crucial: como induzir o ataque às células cancerosas sem danificar o resto do organismo.


O estudo acaba de ser publicado na versão digital da revista científica Nature Medicine. A equipe, liderada por Alan Melcher, da Universidade de Leeds, no norte do Reino Unido, recrutou a ajuda de um vírus para a tarefa (veja infográfico acima).


É cada vez mais comum que aliados virais sejam usados para projetar terapias envolvendo DNA. No caso do VSV (vírus da estomatite vesicular, na sigla inglesa), o interesse surgiu porque ele é naturalmente capaz de atacar certos tumores.


Como seus efeitos em humanos não costumam passar de sintomas parecidos com uma gripe, considera-se relativamente seguro trabalhar com o vírus. Desta vez, no entanto, o interesse era usá-lo como veículo para os genes ativos na próstata.


Tais genes, obtidos de próstatas humanas normais (sem câncer) foram contrabandeados para dentro do material genético do VSV e injetados nos camundongos.


Os vírus, por sua vez, fizeram o serviço sujo de induzir a produção elevada de moléculas típicas da próstata, cuja receita está contida nos genes escolhidos pelos cientistas. Uma delas é a PSA, usada justamente para diagnosticar tumores de próstata.


Diante da presença aumentada das substâncias específicas do órgão, e da própria ação do vírus, o corpo dos ratinhos foi estimulado a reagir contra os cânceres.


Isso provavelmente aconteceu porque as moléculas derivadas do tecido da próstata foram lidas como um corpo estranho pelo organismo, do mesmo modo que ele interpretaria a invasão de um parasita, dizem os cientistas.


Ao mesmo tempo, os tecidos saudáveis da próstata dos camundongos não foram atacados isso quando o tratamento era sistêmico, ou seja, quando os vírus eram simplesmente injetados na corrente sanguínea.


Não está muito claro ainda o porquê disso. Os cientistas especulam, no entanto, que a passagem do vírus alterado pelo sangue ajudaria a potencializar a reação do sistema imunológico (de defesa).


Outro truque interessante, a julgar pelo experimento, seria usar genes ligados à próstata de outra espécie de mamífero, porque isso também parece fortalecer a reação de defesa do organismo.


Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/vacina-viral-ataca-tumores-de-prostata-mostra-pesquisa_115142/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Estado deve fornecer medicamento a portador de câncer linfático

O juiz Paulo de Tarso Pires Nogueira, titular da 6ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Clóvis Beviláqua, determinou que o Estado do Ceará forneça o medicamento Rituximab (Mabthera) ao paciente P.A.S., portador de câncer nos gânglios linfáticos. 


A decisão do magistrado foi publicada na última 6a.feira (10/06), no Diário da Justiça Eletrônico.


Conforme o processo (0148377-82.2011.8.06.0001), o paciente não tem condições de custear o tratamento, que deveria ter começado desde o início do segundo semestre de 2010, quando os médicos diagnosticaram a doença e encaminharam o caso para a Secretaria de Saúde do Estado.


P.A.S. encontra-se bastante debilitado e corre risco de morte, tendo em vista que as quimioterapias convencionais não têm surtido efeito. Por isso, ele recorreu à Justiça com pedido de antecipação de tutela, o que foi acatado pelo juiz.


Ao julgar o processo, o juiz afirmou que os documentos apresentados por P.A.S. provam o seu grave estado de saúde. 


"O presente caso se enquadra nessa hipótese de preservação da vida humana tendo como elemento viabilizador a adoção de medida jurisdicional temporária em face da caracterização do dano iminente", considerou o magistrado.


Fonte: TJ/Ceará - http://www.direitoce.com.br/noticias/49852/.html

Novas drogas aumentam sobrevida de pacientes com melanoma avançado

Segundo a OMS, todo ano são registrados cerca de 130 mil casos de melanoma no planeta, tipo mais agressivo de câncer de pele devido à sua alta capacidade de produzir metástase. Um estudo cientifico, apresentado à comunidade médica internacional no início desse mês, promete revolucionar o tratamento do melanoma.


Pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, testaram uma nova terapia para inibir a ação de um gene cujo papel é fundamental no desenvolvimento do melanoma. Os resultados do estudo foram apresentados na a 47ª Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco), realizada em Chicago, de 3 a 7 de junho. O evento é considerado o mais importante encontro da oncologia mundial. Uma equipe de especialistas do Núcleo de Oncologia da Bahia marcou presença no encontro, que abordou os últimos avanços na área.


O estudo comparativo, liderado pelo médico Paul Chapman, foi realizado com 675 pacientes com melanoma metastático que não haviam sido tratados anteriormente, portadores de mutações do gene BRAF. A metade dos pacientes foi submetida à terapia com vemurafenib, droga experimental administrada oralmente. O outro grupo foi tratado com quimioterapia convencional, a dacarbazina, substância que é usada desde 1975.


Depois de três meses, os resultados mostraram que pacientes tratados com o vemurafenib tiveram suas chances de sobrevida aumentadas 63% em comparação com os que usaram a quimioterapia convencional, além de terem apresentado 74% menos risco  de avanço da doença. Além da eficácia nos resultados, menos de 10% dos pacientes tratados com a nova droga apresentaram efeitos colaterais.


“O tratamento representa um avanço significativo no tratamento do melanoma na medida que traz resultados efetivos e possibilita aumentar a longevidade e a qualidade de vida dos pacientes,” destaca a oncologista Clarissa Mathias, do Núcleo de Oncologia da Bahia, que esteve presente na Conferência da Asco.


Por sua capacidade de neutralizar a mutação celular, a nova droga foi considerada eficaz tanto para casos de melanoma em pacientes portadores de mutações genéticas específicas, como para aqueles que apresentam melanoma em estágio avançado com metástases.


Há a expectativa que as agências reguladoras de medicamentos nos EUA e Europa aprovem a nova droga até o fim do ano.


Outra pesquisa apresentada na Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco) revela que a combinação da droga ipilumumab com a quimioterapia também prolonga a vida de pacientes com melanoma em estágio avançado. A nova droga estimula o sistema imunológico a lutar contra a doença.


Com o novo tratamento, a taxa de sobrevida de três anos foi de 20,8% contra 12,2% para os pacientes tratados com a quimioterapia convencional. Em março passado, o novo medicamento, cujo nome comercial é Yervoy, foi aprovado pelo FDA (Federal Drugs Administration), agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA. O uso foi aprovado para pacientes com melanoma com metástase e sem chance de cirurgia.


“A expectativa da oncologia mundial é que a combinação dessas novas drogas, que será pesquisada pelos laboratórios a partir de agora, possa ser o caminho futuro no tratamento do melanoma,” explica a oncologista Clarissa Mathias.


Fonte: http://www.consuladosocial.com.br/?p=110333

Medicamento para diabetes vira nova arma contra o câncer

Metformina


Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) testaram com sucesso uma nova via bioquímica para o tratamento do câncer.


O estudo associou a metformina, o principal medicamento utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, ao quimioterápico paclitaxel, droga utilizada em pacientes com câncer de mama e pulmão.


Nos estudos realizados in vitro e em cobaias, os pesquisadores conseguiram inibir o crescimento do tumor.


Esta associação representa um avanço na terapia-alvo e surge como nova linha de tratamento para os pacientes com câncer.


Obesidade: mal comum


Isto foi possível devido ao "insight" dos pesquisadores em perceber a lógica bioquímica que existe por trás de ambas as doenças, que têm uma causa comum para cerca de 30% dos casos de câncer registrados no mundo: a obesidade.


A estreita relação entre a obesidade e o câncer vem sendo confirmada por meio de estudos, pesquisas e análises em todo o mundo.


O Instituto Nacional de Câncer (Inca) classifica o excesso de peso como o segundo maior fator de risco evitável para a doença.


Segundo a União Internacional de Controle do Câncer, obesidade e sedentarismo são os principais fatores de risco para cerca de 30% dos casos da doença. O mecanismo de como isto acontece merece atenção de pesquisadores do mundo todo.


No caso do diabetes, a relação é a mesma. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade têm três vezes mais risco de desenvolverem diabetes do que uma pessoa considerada com peso normal. Para o tratamento do diabetes tipo 2, a droga mais utilizada no mundo é a metformina.


Erva medicinal


A metformina é um medicamento oral derivado da guanidina, o composto ativo originário da Galega officinalis, erva medicinal também conhecida como Lilac e usada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a Idade Média.


A metformina reduz a ocorrência de todas as complicações do diabetes e também pode reduzir discretamente os níveis de LDL, conhecido como colesteraol ruim, e de triglicérides.


"Na busca de um mecanismo comum para a origem da obesidade e do câncer e com o conhecimento prévio de que a metformina, ao entrar na célula, levava à ativação de uma proteína-chave que regula a proliferação celular, procuramos por quimioterápicos cujo efeito atuasse nesta mesma proteína. E achamos um que fazia isto. A ideia foi associar as drogas e o resultado que encontramos foi surpreendente", disse José Barreto Campello Caravalheira.


A reportagem completa em: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=medicamento-diabetes-combate-cancer&id=6614

Comunicação entre nanopartículas aumenta eficácia de terapia contra câncer

Em 1987, o filme Viagem Insólita ilustrou o sonho de explorar lugares pouco acessíveis do corpo humano com a atrapalhada aventura de um oficial da Marinha que navega a bordo de um submarino miniaturizado pela corrente sanguínea. Mais de duas décadas depois, a nanotecnologia saiu definitivamente das telas com a promessa de realizar as mais variadas "missões". Na medicina, partículas muito menores do que o diâmetro de um fio de cabelo poderiam levar medicamentos potentes a lugares específicos do corpo, como tumores. Um dos grandes desafios dos pesquisadores é fazer com que as drogas atinjam o alvo em cheio. Em um novo estudo, cientistas norte-americanos afirmam ter encontrado uma estratégia promissora que pode aumentar a eficácia do tratamento contra o câncer.


Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Instituto de Pesquisa Médica Sanford-Burnham e Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, desenvolveram uma abordagem baseada na “comunicação de nanopartículas”, tendo como exemplo os próprios processos de coagulação do corpo humano. A estratégia pode aumentar em até quarenta vezes a eficácia do transporte de drogas até os tumores. 


De acordo com a estratégia proposta, o ataque ao tumor seria planejado como em uma guerra. Algumas nanopartículas cumpririam a função de estabelecer a linha de frente da invasão. Estes "soldados" atravessariam minúsculos orifícios de vasos sanguíneos para chegar ao tumor. Lá, aumentariam a temperatura do local ou se grudariam a proteínas encarregadas de desencadear processos de coagulação. 


O corpo entenderia que tais processos indicam a presença de um machucado. Então, fibrinas (proteínas que agem com plaquetas para conter hemorragias e selar cortes) passariam a se movimentar rumo à lesão. Neste ponto, a segunda linha de nanopartículas entraria em ação: usando armaduras especiais, estes soldados grudariam nas fibrinas – pegando “carona” até o local da batalha. Uma vez no destino, entregariam as drogas para combater o tumor. 


A abordagem da equipe é baseada nas séries de reações do organismo que ocorrem durante a coagulação. Primeiro, o corpo detecta a presença de um ferimento em algum vaso. Depois, proteínas presentes no sangue passam a interagir em diferentes processos para formar cadeias de fibrina. “Há bons exemplos na biologia em que comportamentos complexos emergem como resultado da interação, cooperação e comunicação entre componentes individuais simples”, afirma Geoffrey von Maltzahn, principal autor do estudo publicado na Nature Materials. 


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/comunicacao-entre-nanoparticulas-aumenta-eficacia-de-terapia