domingo, 28 de junho de 2009

Cientistas matam células cancerosas com 'cavalo de Troia'

Cientistas australianos desenvolveram uma terapia de "cavalo de Troia" para combater o câncer, usando uma nanocélula derivada de bactérias para penetrar na célula cancerosa e desarmá-la, antes de uma segunda nanocélula matá-la com quimioterapia.

A terapia do "cavalo de Troia" tem o potencial de alvejar diretamente as células cancerosas com a quimioterapia, em lugar do tratamento quimioterápico atual, no qual medicamentos são injetados no paciente e atacam tanto as células cancerosas quanto as saudáveis.

Os cientistas de Sydney Jennifer MacDiarmid e Himanshu Brahmbhatt, que em 2001 formaram a empresa EnGenelC Pty Ltd., disseram que nos últimos dois anos obtiveram 100% de sobrevivência em camundongos com células cancerosas humanas, usando a terapia do "cavalo de Troia".

Os cientistas pretendem iniciar os testes clínicos com humanos nos próximos meses. Os testes humanos do sistema de envio de células vão começar na próxima semana no Centro Peter MacCullum de Câncer no Royal Melbourne Hospital e no The Austin, na Universidade de Melbourne.

Anunciada na edição mais recente do periódico Nature Biotechnology, a terapia consiste em minicélulas chamadas EDVS (EnGenelC Delivery Vehicle) que se prendem à célula cancerosa e penetram nela.

A primeira onda de minicélulas libera moléculas de ácido ribonucléico, chamadas siRNA, que desligam a produção de proteínas que torna as células cancerosas resistentes à quimioterapia.

Uma segunda onda de células EDV é então aceita pela célula cancerosa e libera drogas quimioterápicas, matando a célula cancerosa.

"A beleza da coisa é que nossas EDVs funcionam como 'cavalos de Troia'. Elas chegam à entrada das células afetadas e sempre são 'autorizadas' a entrar", disse MacDiarmid.

"Enfrentamos as células cancerosas, jogando o próprio jogo delas. Elas ligam o gene que produz a proteína que resiste às drogas, e nós desligamos o gene, o que, por sua vez, possibilita a entrada das drogas."

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1210827-5603,00-CIENTISTAS+MATAM+CELULAS+CANCEROSAS+COM+CAVALO+DE+TROIA.html

Laboratórios apresentam bons resultados em drogas para o câncer

O laboratório suíço Novartis anunciou que testes em estágio avançado mostraram que seu medicamento Sandostatin LAR ajuda a combater tumores no intestino, enquanto outras drogas apresentam benefícios no tratamento de melanomas avançados. O rival Roche também disse nesta quinta-feira que uma nova droga ajudou a reduzir tumores em 25% das mulheres com um tipo de câncer de mama identificado como HER2-positivo, segundo dados de um teste clínico que está em estágio intermediário.

Os medicamentos contra o câncer são considerados uma área de grande crescimento potencial para os dois laboratórios suíços, que junto com várias outras empresas estão apresentando dados sobre seus testes em uma reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

A Novartis disse que seu estudo na fase 3 mostrou que a Sandostatin LAR mais do que duplicou o tempo sem crescimento do tumor e reduziu o risco de progressão da doença em 67%. Com relação às drogas contra melanomas, o laboratório afirmou que os resultados favoráveis com o Glivec farão com que o estudo seja levado para uma segunda fase, ampliada.

Preliminares

O laboratório também apresentou resultados preliminares que mostraram benefícios clínicos em 72% dos pacientes com melanoma que foram tratados com o Afinitor em combinação com o Avastin, da Roche.

O Afinitor, uma das drogas novas mais importantes do Novartis, também ajudou pessoas com câncer hepático avançado.

Dados do teste em estágio intermediário com o novo tratamento da Roche, uma combinação do seu Herceptin com uma quimioterapia chamada trastuzumab-DM1, mostraram que cerca de 35% de um total de 112 pacientes tiveram um encolhimento dos tumores, ou a doença se estabilizou por pelo menos seis meses.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1170884-5603,00-LABORATORIOS+APRESENTAM+BONS+RESULTADOS+EM+DROGAS+PARA+O+CANCER.html

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cientistas identificam substância que pode inibir retorno do câncer

Oncologistas americanos isolaram um potente inibidor da metástase, o retorno do câncer em tecidos diferentes dos atacados pelo tumor original, que poderia possibilitar a criação de novos tratamentos contra a doença. A informação está na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences". A metástase é uma das principais causas da morte por câncer. Até agora, não há um tratamento contra o processo.

Segundo o oncologista Randolph Watnick, professor do Programa de Biologia Vascular do Hospital Pediátrico de Boston, Massachusetts, na metástase os tumores preparam essa invasão através da secreção de proteínas que estimulam o crescimento do tumor e atraem os vasos capilares, por meio do qual se alimentam. Já os tumores benignos eliminam uma substância chamada prosaposina, que inibe o crescimento ao produzir fatores que impedem o desenvolvimento dos vasos capilares.

Em sua pesquisa, os cientistas descobriram que os tumores de próstata e mama que não se estenderam a outros setores do corpo secretaram altos níveis de prosaposina. Quando os cientistas injetaram em ratos de laboratório células tumorais altamente invasivas, às quais adicionaram prosaposina, a metástase pulmonar diminuiu em 80%, a linfática foi totalmente eliminada e aumentou consideravlemente a sobrevivência dos roedores em cerca de 30%, segundo o relatório.

Ao fazer o procedimento inverso, os pesquisadores descobriram que, ao eliminar a prosaposina nas células tumorais, a metástase aumentou consideravelmente. Segundo Watnik, a identificação da substância pode ter grande importância na luta contra o câncer. Ele afirma que seria útil no tratamento do tumor original e, depois, nos esforços para impedir a metástase ou frear o crescimento tumoral.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1203890-5603,00-CIENTISTAS+IDENTIFICAM+SUBSTANCIA+QUE+PODE+INIBIR+RETORNO+DO+CANCER.html

sábado, 20 de junho de 2009

Estudo revela que chá verde pode reduzir câncer de próstata

Washington, 19 jun (EFE).- O consumo de chá verde pode reduzir o avanço do câncer de próstata, segundo um estudo divulgado hoje pela revista científica "Cancer Prevention Research".

De acordo com os cientistas do Centro Oncológico Feist-Weiller, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade da Louisiana, no sul dos Estados Unidos, o efeito do chá verde foi demonstrado na redução dos marcadores que indicam o avanço da doença.

"O agente usado nos testes, o polifenol, pode ter o potencial de reduzir a incidência e o avanço do câncer de próstata", disse James Cardelli, professor de pesquisas do Centro Oncológico.

Depois da água, o chá preto ou verde é a bebida mais consumida no mundo.

Vários estudos sugeriram que seus polifenóis antioxidantes poderiam reduzir o avanço não só do câncer de próstata, mas também de intestino, de esôfago e o de pele.

Essas mesmas pesquisas assinalaram que o chá também contribui para prevenir a formação de coágulos e para reduzir os níveis de colesterol.

O estudo analisou 26 homens, de 41 a 72 anos, diagnosticados com o câncer e que iam ser submetidos a uma prostectomia radical.

Antes da intervenção cirúrgica, os pacientes consumiram quatro cápsulas de polifenol, equivalentes a 12 xícaras de chá verde concentrado.

Os resultados mostraram uma grande redução dos marcadores. Em alguns, essa redução foi superior a 30%, indicou o estudo.

"Estes estudos são só o começo e ainda há muito a fazer", disse Cardelli.

O cientista acrescentou que, no entanto, sua pesquisa pôde demonstrar que "o uso do polifenol do chá deveria ser mais explorado, sozinho ou combinado com outras substâncias usadas no tratamento do câncer, para evitar sua aparição ou recaída". EFE

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1200610-5602,00-ESTUDO+REVELA+QUE+CHA+VERDE+PODE+REDUZIR+CANCER+DE+PROSTATA.html

Tratamento contra câncer de pele atua no de próstata, afirma pesquisa

Segundo a revista da clínica, os dois pacientes que sofriam um câncer inoperável e tinham esgotado os tratamentos com hormônios, radiação e quimioterapira ficaram livres dos tumores após um tratamento com o composto MDX-010, conhecido também como ipilimumab.

O câncer de próstata afeta um em cada seis homens nos Estados Unidos e as autoridades de saúde calculam que este ano mais de 192 mil homens serão diagnosticados com a doença e mais de 27 mil morrerão por causa da mesma.

Os especialistas da Clínica Mayo, cujas dependências de pesquisa estão localizadas em Rochester, Minnesota (Estados Unidos), advertem que haverá que será necessário fazer testes muito mais amplos para determinar a eficácia do tratamento com ipilimumab.

"Nós tínhamos desenhado o teste para determinar se era possível demorar o crescimento dos tumores", disse à Agência Efe Eugene Kown, urologista e imunologista da Clínica Mayo.

"A resposta obtida com o tratamento excedeu tudo o que esperávamos", acrescentou. "Em combinação com o tratamento padrão com hormônios e a radiação, o que ocorreu foi uma redução dos tumores".

O MDX-010 já foi testado em pacientes com melanoma, e o exame na Clínica Mayo teve apoio, entre outros, do Departamento de Defesa e da empresa farmacêutica Medarex, um dos dois laboratórios que produz o composto e que forneceu amostras gratuitas.

Em junho de 2008, durante a assembleia anual da Sociedade de Oncologia, o diretor do Programa de Investigação do Câncer de Próstata da universidade estadual do Oregon, Tomas Beer, informou que o MDX-010 tinha estimulado o sistema imunológico em pacientes com câncer de próstata.

O teste clínico, em sua fase inicial, descobriu que em sete de 33 pacientes, cujos tumores tinham resistido ao tratamento hormonal e em alguns casos também à quimioterapia, o remédio tinha causado diminuições de até 50% do antígeno específico da próstata.

O nível alto deste antígeno foi vinculado ao aumento da possibilidade de desenvolver câncer de próstata, mas não significa que a pessoa tenha definitivamente este câncer.

"Nosso teste na Clínica Maio é único, na segunda fase, focalizado no câncer de próstata", disse Kown. EFE jab/db

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/06/19/tratamento+contra+cancer+de+pele+atua+no+de+prostata+afirma+pesquisa+6844918.html

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Novas drogas têm sucesso contra formas resistentes de câncer

O Herceptin, um remédio contra o câncer de mama, talvez também possa ser usado para o tratamento de câncer de estômago, de acordo com os resultados de um estudo anunciado no domingo durante o encontro anual da Associação Americana de Oncologia Clínica, em Orlando, Flórida.

Os cientistas também anunciaram que uma nova categoria de medicamentos conhecidos como "inibidores de PARP" se provou promissora no combate a formas renitentes de câncer de mama, e que uma vacina contra o câncer linfático não associado ao Mal de Hodgkins parece ter apresentado resultados positivos em um terceiro teste, depois de fracassos nas duas primeiras tentativas.

Em um estudo patrocinado pelo grupo farmacêutico Roche, que fabrica o Herceptin, pacientes de câncer de estômago que foram tratados com esse medicamento, além da quimioterapia utilizada normalmente para combater a doença, apresentaram sobrevivência média de 13,8 meses, ante 11,1 meses para aqueles que receberam apenas o tratamento quimioterápico padrão.

O Herceptin é utilizado no tratamento de cerca de 20% das mulheres cujos tumores de mama apresentam incidência abundante de uma proteína conhecida como Her2. No novo estudo, os médicos envolvidos constataram que 22% dos 3.807 pacientes de câncer estomacal em estado de metástase que eles examinaram também apresentavam altos volumes de Her2 em seus tumores. O estudo envolvia um total de 594 pacientes com presença elevada da proteína Her2.

O câncer estomacal, também conhecido como câncer gástrico, é uma doença rara nos Estados Unidos, com cerca de 21 mil novos casos surgidos a cada ano, mas se trata de um dos principais tipos mundiais de câncer, com um milhão de casos novos por ano, no total mundial agregado.

Os cientistas reportaram também que os chamados inibidores de PARP podem demonstrar promessa no combate ao chamado câncer de mama triplamente negativo, cujos tumores não apresentam receptores para estrógeno, progesterona e Her2, e portanto não podem ser tratados quer com terapias hormonais, quer com o uso de Herceptin.

Os inibidores de PARP bloqueiam a ação de uma enzima conhecida como Poli (ADP-ribose) Polimerase, ou PARP, cuja função é ajudar nos reparos do ADN. Sem a capacidade de reparar o ADN danificado, as células dos tumores podem morrer ou sucumbir com mais facilidade à quimioterapia.

Em um teste clínico envolvendo 116 mulheres com câncer de mama triplamente negativo, aquelas que receberam o inibidor, além da quimioterapia convencional, apresentaram sobrevivência média de 9,2 meses, ante 5,7 meses para aquelas que receberam apenas a quimioterapia. O estudo está em estágio intermediário.

O medicamento, conhecido como BS-201, foi desenvolvido pela BiPar Sciences, uma empresa de biotecnologia da Califórnia que foi adquirida em abril pela Sanofi-Aventis. Dois outros pequenos estudos demonstram algumas indicações promissoras quanto a um inibidor de PARP que está em desenvolvimento pelo grupo farmacêutico Astra-Zeneca.

Em um terceiro anúncio na conferência, os cientistas informaram que uma vacina contra o câncer que está sendo desenvolvida por uma pequena companhia chamada Biovest Internacional havia prolongado a remissão para linfomas não relacionados ao Mal de Hodgkins a 44 meses, ante 31 meses no caso dos pacientes do grupo de controle.

A vacina não previne o câncer, mas em lugar disso tenta treinar o sistema imunológico do corpo a atacar o tumor. Esse ramo científico tem um histórico de maus resultados, ainda que tenham surgido sinais de progresso recentemente.

Duas outras empresas, Genitope e Favrille, testaram vacinas semelhantes às da Biovest e fracassaram. A Biovest talvez tenha encontrado maior sucesso porque requeria que os pacientes estivessem em remissão há seis meses ou mais, de modo que os tumores a serem combatidos pelo sistema imunológico fossem menores.

Mas esse requerimento implica que metade dos pacientes envolvidos no teste não se qualificassem para o tratamento. Ronald Levy, professor de oncologia na Universidade Stanford e responsável pelo desenvolvimento da tecnologia empregada para a vacina, classificou o teste da Biovest como sucesso qualificado e disse que não estava certo se a vacina teria ou não um papel no tratamento da doença.

Também não está claro se a Biovest, sediada em Tampa, na Flórida, seria capaz de levar o produto ao mercado. Tanto a empresa quanto sua controladora, a Accentia Biopharmaceuticals, pediram concordata em novembro, por não terem conseguido levantar capital junto aos seus investidores. Mas a empresa ainda tem esperança de encontrar um sócio maior.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nova terapia contra o câncer de mama apresenta resultados promissores

ORLANDO, EUA (AFP) — Uma nova terapia, que tem como alvo a capacidade das células cancerosas de se repararem está sendo considerada promissora para tratar o câncer de mama, principalmente os tipos mais difíceis, segundo resultados de dois testes clínicos publicados neste domingo.

O tratamento mais avançado neutraliza uma enzima e a impede de desempenhar seu papel reparador do DNA das células no corpo.

Assim como as células sadias, as células cancerosas recorrem a esta enzima chamada PARP Poli(ADP-Ribose) Polimerase para se regenerar quando sofrem danos infligidos principalmente por tratamentos de quimioterapia.

Os dois estudos examinam se neutralizando a enzima PARP, os tumores de mama seriam mais sensíveis à quimioterapia.

Um teste clínico de fase 2 foi realizado em 116 mulheres com câncer de mama dito 'metastásico tríplice negativo' - tumores particularmente difíceis de combater. Elas representam 15% do total ou 170.000 casos no mundo anualmente.

Uma parte dessas pacientes foi tratada com quimioterapia e o inibidor de PARP, chamado BSI-201 da firma BiPar Sciences, filial americana do laboratório francês Sanofi-Aventis. O restante do grupo recebeu apenas quimioterapia.

Após seis meses, cerca de 62% das pacientes tratadas com o BSI-201 combinado à quimioterapia mostraram uma melhora clínica em relação a 21% do outro grupo, informou a doutora Joyce O'Shaughnessy, do centro de câncer Baylor-Charles Sammons de Dallas (Texas, sul), que apresentou o estudo na conferência da American Society of Clinical Oncology (ASCO) reunida neste final de semana em Orlando (Flórida).

As mulhers tratadas com o BSI-201 sobreviveram 9,2 meses (em média) dos quais 6,9 meses sem progressão do câncer comparativamente a 3,3 meses do outro grupo, precisou, destacando que o anti-PARP não apresentou efeitos secundários específicos notáveis.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iOsgg6d7g51klGiyMsi9uK3yIKjw