sábado, 31 de julho de 2010

Estudo sugere novo alvo para tratamento de câncer em células sanguíneas

Cientistas americanos deram um passo importante no processo da criação de glóbulos vermelhos que pode ser útil contra alguns tipos de câncer e de outras doenças, segundo uma pesquisa feita em animais que pode ser aproveitada em seres humanos.

Os pesquisadores descobriram um pequeno fragmento de ácido ribonucleico (RNA), que tem composição muito semelhante ao do DNA, que provoca o processo de conversão das células-tronco em glóbulos vermelhos, e criaram um inibidor para bloquear este processo.

"A importância da descoberta é que este microRNA, denominado mir-451, é um regulador natural da produção de glóbulos vermelhos", disse Eric Olson, líder da pesquisa e professor no Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas.

"Provamos também que o inibidor artificial do mir-451 é capaz de reduzir seus níveis em um rato e bloquear a produção de células sanguíneas, o que abriria as portas para um amplo leque de novos remédios para controlar as doenças relacionadas às células sanguíneas", disse.

Os inibidores são moléculas que se unem as enzimas e diminuem sua atividade. O bloqueio de uma dessas enzimas pode matar um organismo patogênico ou corrigir um desequilíbrio metabólico, daí seu valor para fabricar medicamentos.

Se o processo der certo em seres humanos, seu uso pode ser útil contra alguns tipos de câncer e de outras doenças, como a policitemia primária, na qual o corpo produz um excesso das células sanguíneas que põe em risco a vida do paciente.

A equipe solicitou a patente do inibidor do mir-451 e está estudando a fabricação de um remédio para tratar doenças sanguíneas. O estudo será publicado na edição de agosto da revista "Genes & Development".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/775787-estudo-sugere-novo-alvo-para-tratamento-de-cancer-em-celulas-sanguineas.shtml

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Software criado no país auxilia no tratamento contra leucemia

Um software desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro ajuda médicos a decidir qual tratamento adotar contra a leucemia. Esse câncer é o que mais acomete crianças no país.

O programa detecta a doença residual mínima -células doentes que persistem após a quimioterapia. "Mesmo quando o tumor não está mais detectável e o paciente não tem mais sintomas, há células doentes que temos que tratar", diz Elaine Costa, médica do hospital pediátrico da UFRJ e uma das responsáveis pela pesquisa.

"Usamos métodos de inteligência computacional e probabilidade para identificar as células doentes", diz Carlos Pedreira, professor da Coppe e da faculdade de medicina da UFRJ, um dos responsáveis pela pesquisa.

A pesquisa, uma parceria do hospital com a Coppe/ UFRJ (centro de pós-graduação em engenharia), já gerou três patentes internacionais. Os resultados foram incorporados a um grupo europeu de universidades que estuda o diagnóstico da leucemia.

Já há versões do software em hospitais de São Paulo, Rio e Florianópolis.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/774527-software-criado-no-pais-auxilia-no-tratamento-contra-leucemia.shtml

terça-feira, 27 de julho de 2010

Soja e café atuam contra tumores e câncer

Dois estudos recentes comprovaram que a soja e o café têm atuação contra alguns tumores e o câncer de próstata.

A isoflavona, substância encontrada na soja, é apontada como benéfica na redução de tumores. A ingestão do grão colabora para a diminuição do risco de câncer de mama, próstata e também de doenças cardiovasculares e diabete, segundo estudo da Universidade de São Paulo. A concentração de isoflavona é maior em bebidas puras de soja, sem o acréscimo de sucos de frutas.

Outra pesquisa mostra que tomar café e fazer exercícios físicos podem combater o câncer de próstata. A constatação é de dois estudos da Universidade de Harvard, que registraram quedas significativas no desenvolvimento da doença entre os pacientes que mantinham essas práticas rotineiramente.

Os estudiosos acreditam que o café tem influência sobre a insulina e os níveis de hormônio para diminuir os casos da doença. Exercícios como nadar e jogar tênis, ao menos três horas por semana, podem reduzir em até 35% a taxa de óbito da doença.

A caminhada é outra atividade que também ajuda. O índice de mortalidade foi 23% menor em relação àqueles que andavam menos de 20 minutos por semana.

Fonte: http://www.abril.com.br/blog/dieta-nunca-mais/2010/07/soja-e-cafe-atuam-contra-tumores-e-cancer/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Clínicas produz medicamento

(BR Press) - O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo se tornou a primeira instituição pública a produzir substâncias necessárias para exames que podem identificar o câncer em estágio inicial. A fabricação dos componentes se deu por meio do Projeto Ciclotron e parceria com o Hospital Sírio-Libanês, que recebeu o primeiro lote de radiofármacos, produzido na última segunda-feira (19/07).

Os R$ 17,6 milhões investidos no Projeto Ciclotron permitirão uma economia ao Hospital das Clínicas, que vai arcar apenas com os custos de produção. Além de ajudar o país a avançar nas pesquisas, desenvolvimento de compostos e aumento da produção.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/21072010/11/saude-cancer-clinicas-produz-medicamento.html

segunda-feira, 19 de julho de 2010

HC FAZ ENTREGA PIONEIRA DE MEDICAMENTOS PARA COMBATE AO CÂNCER

Conhecido internacionalmente pelo pioneirismo em diversas áreas, o Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, colocará mais uma data na história da medicina do Brasil. Na próxima segunda-feira, dia 19, o HC entregará o primeiro lote de radiofármacos – substâncias usadas para diagnóstico de câncer em estágio precoce -, tornando-se o primeiro hospital público do País a produzir esse tipo de substância.

O medicamento será produzido, no HC, durante a manhã de segunda-feira. Às 10h45, os produtos serão transportadas para o Hospital Sírio Libanês – parceiro do Hospital das Clínicas no projeto. Às 12 horas, os radiofármacos serão injetados em três pacientes do Sírio Libanês, que passarão, em seguida, para os exames de imagens.

De acordo com o diretor do serviço de Medicina Nuclear do Instituto de Radiologia do HC, Carlos Buchpiguel, os exames que utilizam  o radiofármaco FDG-18 não exigem grandes preparações do paciente, bastando apenas um jejum leve. “As substâncias são injetadas e a radioatividade dá um contraste exatamente no local onde existe tumor em crescimento”, explica. Após o procedimento, a pessoa é liberada e pode voltar para casa, retornando às atividades habituais.

A produção dos radiofármacos faz parte do Projeto Cíclotron, que exigiu investimentos de R$ 17,6 milhões, sendo R$ 7,7 milhões aplicados pela Secretaria de Estado da Saúde e pelo HC nas obras de adequação e R$ 9,9 milhões no equipamento, doado pelo Hospital Sírio Libanês.

Segundo o superintendente do Complexo HC, José Manoel de Camargo Teixeira, para receber o equipamento foi necessário a construção de um recinto blindado de 520 m², protegido por paredes de concreto com 1,90m de espessura. “Foi montado um verdadeiro bunker, com a função de evitar que a radioatividade atinja o meio ambiente”, observa.

Por ter vida útil extremamente curta, os radiofármacos precisam ser utilizados rapidamente após a produção. “Daí a importância de produzirmos essas substâncias em locais estratégicos. Instalamos a máquina em um local excelente, pois além de atender à demanda do Hospital das Clínicas poderemos fazer parcerias com os hospitais da região da Avenida Paulista”, completa Buchpiguel.

Ainda neste segundo semestre os pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo deverão ser beneficiados com este novo tipo de exame.

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14509:hc-faz-entrega-pioneira-de-medicamentos-para-combate-ao-cancer&catid=47:cat-saude&Itemid=328

Em desenvolvimento tratamento sem efeitos colaterais para câncer

Uma pequena cápsula esférica feita de camadas de lipídios, chamada de Lipossoma, pode ser a reposta para combater o câncer e outras doenças. Cientistas da Universidade de Rhode Island (EUA) estão trabalhando no desenvolvimento de um método de acondicionar remédios dentro de lipossomas e enviá-los para dentro do organismo dos pacientes.

Esse sistema funcionará da seguinte maneira: o Lipossoma seria um “recipiente” para medicamentos fortes, usados no tratamento do câncer. Uma vez “embalado”, o pacote é direcionado por injeção para o local onde o tumor se encontra. Os sucos digestivos e os anticorpos não são capazes de romper um Lipossoma. Por essa razão, os médicos acompanham a “viagem” do Lipossoma até chegar ao local do tumor. Quando isso acontece, o paciente recebe uma descarga eletromagnética inofensiva, que rompe o lipossoma e libera o medicamento.

Um problema está no fato de que, em um Lipossoma, algumas cadeias de lipídios são hidrofílicas (contém água) e outras são hidrofóbicas (se dissolvem em água). Por essa razão, eles tiveram que criar o seguinte mecanismo para “montar o lipossomo”: adicionam um solvente às nanopartículas e lipídios que irão compor o lipossoma. Assim, quando adicionam a água, ela neutraliza o solvente e tem o efeito inverso ao normal: evita que o lipossoma se dissolva. Dessa forma, garante resistência às paredes do lipossoma até o momento em que deva ser quebrado.

Essa tecnologia, quando desenvolvida completamente, vai revolucionar o tratamento do câncer. Até hoje, todos os tratamentos combatem o tumor sem conseguir “focar” a aplicação apenas no tumor. Por isso os tratamentos envolvem queda de cabelo, por exemplo, e o câncer nada tem a ver com os cabelos. Com os lipossomas, apenas o alvo é atingido, o que deve facilitar a vida dos futuros portadores da doença que causa 10% das mortes anuais no planeta Terra. [Daliy Tech]

Fonte: http://hypescience.com/em-desenvolvimento-tratamento-sem-efeitos-colaterais-para-cancer/

domingo, 18 de julho de 2010

Noni é novo aliado contra câncer

O noni, uma fruta originária da Polinésia, mas já cultivada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo e no Pará, está impressionando cientistas modernos por seu poder medicinal.

A doutora em Genética Nutrigenômica, Carmem Lúcia de Mello Sartori Cardoso da Rocha, da Universidade Estadual de Maringá estuda o efeito medicinal das plantas há 30 anos e seu maior interesse é que suas pesquisas ajudem a diminuir o risco de câncer na população em geral.

Ela explica que elas agem de duas formas. Uma delas é ativando o sistema imunológico, defendo-o do ataque de doenças, como ocorre com os cogumelos do sol e shiitake.

Outras, como é o caso do noni, possuem substâncias capazes de proteger o material genético das células.
No câncer, as células começam a se multiplicar de forma desordenada e se tornam 'imortais'. Os tumores surgem dessa 'desordem' celular. Além do noni impedir essa mutação, quando consumida para efeito preventivo à doença, também se mostrou eficaz como medicina complementar.

"Observamos que o noni induz as células tumorais à morte de forma programada. Ele também foi capaz de preservar as células normais", afirma.

Os pacientes que passam por quimioterapias se livram de células doentes, mas também perdem as boas. "Não queremos de forma alguma fazer terrorismo à quimioterapia. Todos os tratamentos são válidos. Nossa proposta é que o noni seja utilizado como medicina complementar".

Carmem Lúcia afirma ainda que, além do poder anticancerígeno, o fruto também se mostrou eficaz no controle da diabetes, reduzindo, inclusive, o uso de insulina. O efeito se comprovou primeiro em ratinhos.

O noni é consumido em forma de suco. "O noni tem cheiro e gosto horrorosos", avisa, ao comentar que 30 mililitros são suficientes. Quando maduro, o fruto é do tamanho de um tomate e é consumido em forma de suco.

O fruto é rico em xeronina. O que essa substância tem de mais especial é que ajuda a abrir os poros nas paredes das células humanas e desta forma faz com que o organismo absorva melhor os nutrientes consumidos. A notícia não muito boa é que o acesso a esse remédio natural, consumido em forma de suco, não é tão fácil. Segundo Carmem, até pouco tempo importava-se suco de noni dos Estados Unidos, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu.

Ela comenta que é possível encontrar marcas nacionais do suco em comércio especializado. O valor cobrado pelo suco nacional gira em torno de R$ 70. Como o consumo diário é pequeno, vale a pena recorrer a mais essa descoberta em nome da saúde.

Terapia fotodinâmica é a revolução

 Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, em 2010, serão registrados mais de 2.900 novos casos de câncer de pele somente no Rio Grande do Norte, um dos estados brasileiros com maior índice. Os dados podem ser conferidos em um estudo estatístico divulgado pela instituição a cada dois anos e são esperados 113 mil casos novos em todo o Brasil este ano. Considerado o tipo mais freqüente de câncer, ele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados. Os sintomas mais comuns são feridas na pele com difícil cicatrização, variação na cor e sinais ou manchas que coçam, ardem ou sangram.

Com estes dados alarmantes, a procura pelo tratamento está cada dia mais freqüente. O tratamento tradicional é feito com quimioterapias provocando desconforto e fortes dores para o paciente. Hoje, existe um tratamento eficaz, sem dor e a recuperação mais acelerada diminui a necessidade do uso de medicamentos e o índice de efeitos colaterais. A revolução, descoberta há 40 anos em outros países, chegou ao Brasil recentemente e se chama Terapia Fotodinâmica.

No Rio Grande do Norte, este tipo de tratamento está sendo oferecido pelo SPA e Clínica Revivare, e é o local pioneiro na técnica. O tratamento funciona com o uso terapêutico de reações fotoquímicas, que ao impregnar no tecido junto ao medicamento, capta a irradiação de uma luz concentrada e direcionada para a área a ser tratada, provocando a destruição do tecido adoentado. “Este tipo de tratamento é importante para uma boa recuperação do paciente e também é indicado para o rejuvenescimento, já que estimula a formação de novos tecidos na pele”, explica  a dermatologistaLuciana Fieri.

Além das indicações citadas, a fotodinâmica se estende no tratamento de acne e lesões consideradas pré-malignas. A aplicação contra os tumores cutâneos é a utilização mais antiga da técnica. O tratamento elimina em apenas uma aplicação de 80% a 100 % das acnes superficiais, ou seja, em relação ao combate a este tipo de enfermidade, a fotodinâmica atua diretamente nas glândulas sebáceas e na bactéria responsável pela inflamação.

 “Nesse caso, a terapia consegue diminuir em 60% a acne inflamatória, num período de um mês, após duas a quatro sessões semanais, sem utilização de nenhum medicamento convencional para o controle desta doença e sem efeitos colaterais”, afirmou a dermatologista. No quesito rejuvenescimento, muito procurado pela maior parte das pessoas, a terapia fotodinâmica diminui sensivelmente as ceratoses (lesões que surgem nas áreas da pele continuamente expostas ao sol e é resultado do efeito cumulativo da radiação ultravioleta do sol), as sardas e os pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele. A indicação é que cada sessão seja feita com intervalo de um mês para estes casos.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/terapia-fotodinamica-e-a-revolucao/154473