terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cientistas descobrem remédio que poderia diminuir câncer de cólon em humanos

Cientistas americanos anunciaram hoje a descoberta de um remédio que reduz o câncer de cólon em ratos e que poderia ser aplicado aos humanos.

Os pesquisadores da Clínica May, na Flórida, disseram em um relatório divulgado pela revista "Cancer Research" que o agente tem efeitos colaterais mínimos e poderia ser um tratamento eficaz para pessoas com alto risco de sofrer câncer de cólon.

O remédio ou agente é identificado no estudo como o enzastaurin e, segundo os cientistas, sua aplicação reduziu o desenvolvimento de tumores de cólon nos roedores.

Além disso, quando houve um desenvolvimento desses tumores, estes foram de "grau menor", o que significa que eram menos avançados e agressivos que os vistos em animais aos quais o medicamento não foi aplicado.

"É preciso um agente que tenha a capacidade demonstrada de reduzir o risco de câncer de cólon e este estudo sugere que o enzastaurin poderia ser especialmente efetivo", disse Nicole Murray, do Departamento de Biologia do Câncer da Clínica May.

No estudo, os cientistas testaram o remédio em um grupo de ratos aos quais expuseram depois um cancerígeno que produz tumores de cólon.

Após 22 semanas, 80% dos roedores no grupo de controle desenvolveram tumores. Mas só 50% dos que receberam tratamento desenvolveram tumores e estes não foram tão avançados.

Em geral, as pessoas com maior risco de câncer de cólon desenvolvem pólipos que, se não forem extraídos cirurgicamente, podem se transformar em tumores cancerígenos.

Segundo Murray, o remédio poderia ser testado na prevenção do câncer através de uma observação dos pólipos durante a colonoscopia.

Essa observação permitiria determinar se o remédio conseguiu reduzir a formação desses pólipos, acrescentou. EFE

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL998066-5602,00-CIENTISTAS+DESCOBREM+REMEDIO+QUE+PODERIA+DIMINUIR+CANCER+DE+COLON+EM+HUMANO.html

Mutação genética está vinculada a câncer cerebral e maior sobrevivência

A mutação de dois genes estaria vinculada em grande parte à aparição de tumores cancerígenas no cérebro e à sobrevivência por mais tempo à doença, segundo um estudo que poderá abrir caminhos para tratamentos mais especializados.

Os pesquisadores do Centro de Oncologia da Universidade Johns Hopkins e da faculdade de medicina da Universidade Duke (Carolina do Norte) descobriram que variações nos genes IDH1 e IDH2 estão associadas a mais de três quartos dos tumores cancerígenas no cérebro ou gliomas.

Além disso, as pessoas com estas alterações genéticas parecem viver pelo menos duas vezes mais tempo que as demais, segundo os autores do trabalho publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) de 19 de fevereiro.

"Pode se tratar de uma das descobertas mais importantes na pesquisa genética sobre os gliomas cancerígenas", assegurou o dr. Hai Yan, do serviço de patologia da faculdade de medicina de Duke e principal autor do estudo.

As pesquisas sobre estes genes podem, além disso, gerar diagnósticos mais precisos, assim como novos tratamentos para os tipos de câncer mais agressivos.

Os pesquisadores analsiaram mostras de tecidos de 500 tumores cerebrais cancerígenas e de outros 500 não situados no sistema nervoso central.

Os cientistas detectaram mutações no gene IDH1 em mais de 70% dos gliomas mais freqüentes.


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/02/19/mutacao+genetica+esta+vinculada+a+cancer+cerebral+e+maior+sobrevivencia+4163915.html

Ácido zoledrônico reduz risco de reaparecimento de câncer

Ácido zoledrônico reduz risco de reaparecimento de câncer Por Adriana Bifulco São Paulo, 19 (AE) - Um novo estudo, publicado recentemente no "The New England Journal of Medicine, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, trouxe novas esperanças para mulheres diagnosticadas com câncer de mama, a quinta causa mais comum de morte entre as mulheres e o segundo tipo de câncer mais frequente. De acordo com o Austrian Breast Câncer Study Group Trial 12(ABCSG-12), o ácido zoledrônico, mais conhecido como zometa, quando combinado com tratamento hormonal após a cirurgia, diminui em 36% o risco de recidiva da doença em mulheres na pré-menopausa, período em que a paciente está mais predisposta a desenvolver câncer.

De acordo com Ricardo Marques, médico oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio Libanês, na capital paulista, e médico do grupo de mama do Instituto de Oncologia de São Paulo, o zometa vai até o osso e impede a ocorrência de uma metástase. "Isso diminui o risco de fratura óssea, evitando que a paciente se submeta à radioterapia para os ossos, pois o medicamento 'gruda' no osso, impedindo a saída de cálcio e, consequentemente, seu enfraquecimento". O especialista completa que esse tratamento, realizado logo após a cirurgia, reduz a possibilidade de o câncer retornar após cinco anos.

"Não acredito que podemos recomendar a todas as pacientes que façam uso desse tratamento, mas podemos discutir esses resultados com elas", adverte Carlos Henrique Barrios, professor da Faculdade de Medicina da PUC-RS e diretor do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus, também no Rio Grande do Sul.

Segundo o médico, há casos em que o tratamento com zometa é recomendado ao mesmo tempo que a quimioterapia. "É o caso de pacientes muito jovens, com tumores muito maiores e muitos gânglios comprometidos", diz Barrios.

Contraindicações - De modo geral, a descoberta da terapia com o zometa é uma excelente surpresa para a comunidade médica. "Os resultados tendem a se confirmar", comemora Barrios. As contraindicações, de acordo, Marques, são para as pacientes com problemas renais. E segundo Barrios, há um risco mínimo do zometa causar osteonecrose de mandíbula. "Mas é um risco muito pequeno".

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/02/23/acido+zoledronico+reduz+risco+de+reaparecimento+de+cancer+4265925.html

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Terapias alvo dirigidas são esperança no tratamento do câncer

Terapias alvo dirigidas e quimioterápicos de via oral têm menos efeitos colaterais e permitem que paciente mantenha suas atividades normais O tratamento que auxilia no combate ao câncer evoluiu muito nas últimas décadas com o surgimento de novos quimioterápicos, menos tóxicos, mas foi o desenvolvimento das chamadas terapias alvo moleculares que representou uma grande melhora na sobrevida e na diminuição dos efeitos colaterais. Com o surgimento de novas drogas, aliado ao avanço no conhecimento sobre o câncer e sobre os efeitos do próprio tratamento, permitem que, em muitos casos, o paciente mantenha a qualidade de vida e continue com suas atividades normais.

A principal diferença entre esses medicamentos e a quimioterapia convencional é a capacidade das drogas alvo dirigidas, ou moleculares, de inibir processos que ocorrem na célula tumoral de forma distinta de uma célula normal. De forma geral, essas drogas são divididas em dois grupos: as que atuam ligando-se a receptores na superfície das células e as que se ligam a receptores no interior da célula.

Para o oncologista Jacques Tabacof do corpo clínico do Centro Paulista Oncologia (CPO), os tratamentos que inibem as vias celulares são a grande promessa na luta contra o câncer. “Temos hoje centenas de moléculas desse tipo sendo pesquisadas”, comenta. Já há medicamentos desse tipo no mercado, mas o custo ainda é um pouco alto e os médicos ainda precisam aprender sobre as potencialidades dessas drogas. “São drogas que atuam de forma muito específica, ainda não dominamos totalmente seu funcionamento. Precisamos estudar mais para saber qual o perfil do paciente que terá mais benefício com aquele tratamento”, diz Tabacof.

Para Marcelo Aisen, oncologista do CPO, cada paciente deve ser tratado de forma individualizada. Isso porque um esquema de tratamento pode ser bastante eficaz em um caso e não ter a mesma resposta em outro paciente. O tipo de câncer, a localização do tumor, o grau de evolução da doença e o estado de saúde do paciente são fatores que influenciam na tomada de decisão sobre a melhor forma de tratamento. “Tudo depende de um fator que nós médicos chamamos de assinatura genética e molecular do tumor”, resume Aisen.

Apesar dos avanços nas terapias moleculares, a quimioterapia clássica não foi abandonada. A maioria dos pacientes ainda passa por ela, mas, nos casos em que há drogas disponíveis, as drogas alvo são usadas de forma associada. Apenas em alguns casos, como no tratamento do câncer de rim, que costuma responder muito mal à quimioterapia, o tratamento é feito somente com terapia molecular.

O surgimento de agentes quimioterápicos de administração oral e com menos toxicidade também é um avanço. “Hoje conhecemos melhor também os efeitos do tratamento e temos formas de intervir para minimizar os efeitos colaterais”, explica o médico Jacques Tabacof. Dependendo do caso, a quimioterapia é indicada em diferentes etapas do tratamento. Em casos de tumores muito grandes, ela é feita antes da cirurgia, para ajudar a diminuir o tamanho da área retirada. Se feita depois da cirurgia, a quimioterapia previne a ocorrência de metástase (quando o câncer se espalha, afetando outros órgãos).

Para Tabacof, a melhora nas técnicas de diagnóstico e o fato de as pessoas estarem mais atentas são fatores que contribuem para o sucesso do tratamento. “Percebemos nos últimos anos uma migração no perfil dos pacientes. Antes eram pacientes que chegavam em estado terminal e hoje temos muitos com diagnóstico precoce. Isso se reflete na chance de cura, o paciente têm melhores condições de suportar o tratamento, que por sua vez não precisa ser tão agressivo”, comenta.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=66941

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ação de proteína traz novas possibilidades para terapia de câncer

Um grupo de pesquisadores brasileiros e norte-americanos descobriram o mecanismo que leva a proteína L24, presente no ribossomo das células, a estimular a ação oncogênica do gene myc, responsável por um tipo de câncer (linfoma). O processo, verificado em ratos geneticamente modificados, começará agora a ser estudado em células humanas. Os testes poderão abrir caminhos para novas formas de tratamento do linfoma, substituindo a quimioterapia.

A ação da proteína foi estudada em um dos sub-tipos de linfoma não-Hodgkin, câncer que afeta os linfócitos (células humanas associadas a defesa do organismo). "Cada sub-tipo é responsável por diferentes alterações genéticas", explica Eduardo de Magalhães Rêgo, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, um dos responsáveis pela pesquisa. "No caso estudado, um deslocamento do gene myc para outra região do genoma faz com que ele se expresse em níveis alterados".

O myc aumenta a síntese de proteínas associadas ao ciclo celular, o que provoca o crescimento do volume da célula e a sua divisão, gerando os tumores. "Uma peça chave dentro da célula para a síntese de proteínas é o ribossomo", relata Magalhães. "Desse modo, a premissa do estudo era demonstrar se a redução da atividade do ribossomo inibe a atividade do myc".

Os pesquisadores Davide Ruggero e Maria Barna, da Universidade de San Francisco (EUA), desenvolveram uma linhagem de ratos transgênicos com menor quantidade de L24, uma proteína ribossômica. "Constatou-se que estes animais, saudáveis, não desenvolviam linfoma", aponta o professor da FMRP. "Mesmo nos cruzamentos com ratos transgênicos de myc elevado, o efeito era mantido em seus descendentes, revertendo a transformação maligna".

Estratégias

A descoberta sobre o efeito da proteína do ribossomo L24 na progressão do linfoma associado ao gene myc foi tema de um artigo na edição de janeiro da revista científica Nature. A pesquisa faz parte das atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Células-Tronco e Terapia Celular (INCTC), sediado em Ribeirão Preto, que conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Magalhães ressalta que a importância da pesquisa é conceitual. "Trabalhos anteriores já demonstraram que o aumento da expressão do myc está diretamente relacionado às causas do linfoma", ressalta. "Neste estudo, comprovou-se que a L24 é essencial para o crescimento e divisão das células tumorais".

Agora, os pesquisadores irão verificar se os linfomas humanos também apresentam a mesma característica. "Até o momento, não é possível estimar quanto tempo esta nova etapa do estudo levará para ser concluída", aponta o professor. "Porém, espera-se que ela abra caminho para o desenvolvimento de drogas e estratégias que modulem a atividade do L24 na célula tumoral".

O tratamento dos linfomas é feito atualmente por meio de quimioterapia. "Esta técnica elimina tanto células normais quando as linfomatosas", observa Magalhães. "Com a utilização de um fármaco que diminuísse a atividade do L24, as células do linfoma seriam mais suscetíveis ao efeito inibidor, sem afetar as demais".

Fonte: http://www.oserrano.com.br/mais.asp?tipo=Local&id=9079

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O que vocês acham desse blog?

Tenho postado várias reportagens sobre o avanço da ciência na luta contra o câncer. Gostaria de agradecer aqueles que tem visitado o blog e gostaria de convida-los a expressar sua opinião e sugestões.

Favor enviar e-mail para tchalski@gmail.com

Grato e boa leitura.

Nanotecnologia ajuda a 'fritar' câncer de pele sem danificar células saudáveis

Cientistas trabalhando nos Estados Unidos desenvolveram uma técnica arrojada para combater o melanoma. Esferas minúsculas e ocas feitas de ouro, acopladas a uma molécula orgânica capaz de se prender apenas às células cancerosas, são injetadas no organismo. E aí, ao submeter o paciente a um banho de luz infra-vermelha, as pequenas esferas fritam o câncer, sem danificar as células saudáveis.

O resultado, obtido pelo grupo de Chun Li, do Centro de Câncer da Universidade do Texas M.D. Anderson, está na última edição do periódico científico "Clinical Cancer Research". A pesquisa demonstra o potencial da nanotecnologia na medicina, uma vez que as esferas de ouro são medidas em nanômetros (milionésimos de milímetros). Com seu tamanho diminuto, elas conseguem adentrar as células cancerosas, e então fritá-las de dentro para fora.

Os únicos pacientes tratados até agora foram camundongos, mas os resultados já animaram os pesquisadores, que buscarão em breve autorização para conduzir testes em humanos.

As nanopartículas se concentram mais nas células cancerosas pelo fato de que essas possuem poros maiores. Além disso, acoplada a essas pequenas esferas há uma biomolécula, chamada de peptídeo. É uma espécie de miniproteína, cuja propriedade principal é "se encaixar" a um receptor que é muito abundande em células de melanoma (câncer de pele).

"A capacidade de mirar ativamente nanopartículas para tumores é o santo graal da nanotecnologia terapêutica para o câncer", disse, em nota, Chun Li. "Estamos chegando mais perto desse objetivo."

O desenvolvimento dessa técnica é especialmente atraente por ser minimamente invasivo. Em fez de abrir o paciente, basta injetá-lo com as nanopartículas. Depois a luz infra-vermelho penetra a camada superficial da pele e atinge as pequenas esferas de ouro. O resultado é um aquecimento das esferas, que acaba por destruir a célula cancerosa.

"As implicações clínicas dessa técnica não estão limitadas ao melanoma", disse Jin Zhang, pesquisador da Universidade da Califórnia em Santa Cruz que desenvolveu as nanoesferas ocas, apontando que seu tamanho pequeno permitiria ampla absorção por vários tipos diferentes de célula.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL982419-5603,00-NANOTECNOLOGIA+AJUDA+A+FRITAR+CANCER+DE+PELE+SEM+DANIFICAR+CELULAS+SAUDAVEI.html

Planta geneticamente modificada produz medicamento contra o câncer

Remédios que dão em árvores

Pesquisadores do MIT (Estados Unidos) conseguiram, pela primeira vez, gerar uma planta geneticamente modificada para produzir compostos químicos inteiramente novos, alguns dos quais podem ser utilizados como medicamentos em tratamentos contra o câncer e outras doenças.

A Dra. Sarah O'Connor e sua equipe produziram os novos compostos químicos manipulando as complexas rotas biossintéticas de uma planta conhecida como mirta (Vinca minor). O trabalho foi publicado no último exemplar da revista Nature Chemical Biology.

Engenharia genética

A engenharia genética já é largamente conhecida do público, e várias espécies de plantas têm sido manipuladas para serem mais resistentes a pragas ou para produzirem seus próprios inseticidas.

A novidade nesta nova pesquisa é a descoberta de uma forma para induzir as plantas a criar novos compostos químicos alterando os processos químicos da própria planta.

Alcalóides

A mirta é bastante estudada por vários pesquisadores ao redor do mundo porque ela produz uma grande variedade de alcalóides de interesse farmacológico.

Esses compostos incluem a viblastina, uma droga utilizada para tratar alguns tipos de câncer, como o linfoma de Hodgkin, as serpentinas, agentes anticâncer promissores, e a ajmalicina, usada no tratamento da hipertensão.

Enzima mutante

Agora, utilizando uma forma mutante de uma enzima envolvida em um dos primeiros passos da produção desses alcalóides, os pesquisadores desenvolveram linhagens da mirta capazes de produzir compostos que a planta nunca produziria normalmente.

A enzima permite a inserção de halogênios nos compostos produzidos. Os halogênios, por sua vez, servem como pontos de ancoragem para a adição de outros grupos químicos aos compostos, modificando sua efetividade e diminuindo a sua toxicidade.

A diminuição da toxicidade permitirá também o aproveitamento de uma série de outros compostos já produzidos naturalmente pela planta, mas que são tóxicos demais para serem utilizados como medicamentos.

A seguir, os pesquisadores planejam desenvolver novas variações genéticas da planta para produzirem novos compostos de interesse medicinal.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=planta-geneticamente-modificada-produz-medicamento-contra-o-cancer&id=3731

Novo teste indica possibilidade de cura do câncer de mama

Londres, 2 fev (EFE).- Cientistas canadenses desenvolveram um teste capaz de prever com 80% de acerto as possibilidades de recuperação de uma paciente de câncer de mama.

A nova tecnologia analisa também esse tipo de tumor e permite definir o tratamento mais apropriado para cada paciente.

O teste, batizado DyNeMo, desenvolvido por especialistas do hospital do Monte Sinai em Toronto (Canadá), deve ajudar os médicos a tomarem decisões mais certeiras sobre seus pacientes.

"Com esta tecnologia esperamos poder proporcionar uma análise individualizada às pacientes e a seus oncologistas para que possam escolher o tratamento mais apropriado", ressaltou o médico Jeff Wrana, da equipe desse hospital canadense, à revista "Nature Biotechnology".

A análise de mais de 350 pacientes realizada pelo Monte Sinai junto com o Instituto de Pesquisas sobre o Câncer de Londres, revelou que as pacientes que sobrevivem a esse tipo de câncer têm uma organização diferente da rede de proteínas nas células do tumor.

Os médicos esperam que o método desenvolvido no Canadá também possa ser utilizado para analisar outros tipos de câncer.

O câncer de mama, o mais habitual entre as mulheres, pode atacar também os homens embora entre estes seja 100 vezes menos provável.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL982453-5602,00-NOVO+TESTE+INDICA+POSSIBILIDADE+DE+CURA+DO+CANCER+DE+MAMA.html

Pesquisador do CNPq em parceria com norte-americanos descobre novos caminhos para estudos contra o câncer

Os pesquisadores têm um novo alvo nos estudos sobre o câncer. A descoberta foi publicada na Revista Nature, de dezembro de 2008, no artigo do pesquisador do CNPq e da Divisão de Hematologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (FMRP-USP), Eduardo Rego, que apresentou as evidências do envolvimento de uma proteína ribossomal, denominada L24, no desenvolvimento do câncer do sistema linfático, os linfomas. Estes resultados representam um novo conceito nos estudos sobre câncer e poderão ser a base para o desenvolvimento de novos medicamentos.

A pesquisa, que já é resultado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Células-Tronco e Terapia Celular (INCTC), foi realizada em parceria com os pesquisadores Davide Ruggero e Maria Barna, da Universidade de São Francisco, na Califórnia, e representa o primeiro estudo sobre o papel da L24 e dos ribossomos na gênese do câncer.

"O conceito clássico que temos de câncer é uma doença genética, hereditária, que na maioria das vezes vem de mutações no DNA. Como o fluxo da informação genética seria do DNA, para o RNA e para a proteína, assumíamos que uma vez mutado o DNA, o resto simplesmente carregaria a informação errada". Neste sentido, as pesquisas sobre câncer primordialmente, na fase da quimioterapia, buscavam drogas que simplesmente inibiam a divisão celular, mas este mecanismo é extremamente inespecífico, matando, a grosso modo, qualquer célula que se divide, explicou Rego.

Depois, durante muito tempo, as pesquisas procuravam criar terapias gênicas para "consertar" o gene mutado, mas até agora estas abordagens tiveram sucesso limitado e não avançamos além dos modelos animais de cânceres humanos. As pesquisas de Eduardo Rego, que já duram cerca de sete anos, focaram outra linha de estudo: as proteínas ribossômicas. "Conseguimos demonstrar que a parte da síntese protéica também é inteligente e, se alterada, ela vai fazer parte da gênese do câncer".

A pesquisa

Foi escolhido um modelo clássico para o estudo: os linfomas associados ao aumento da expressão de um gene, o Myc, (um protoncogene). Segundo o pesquisador, os linfomas são o quinto tipo de câncer mais freqüente no mundo, e em vários casos, a doença está associada à uma quebra cromossômica, que causa o deslocamento do Myc e sua fusão em uma outra região do genoma. Pela "influência desta nova vizinhança", o Myc acaba sendo expresso em níveis aumentados, o que leva a uma replicação anormal da célula.

Rego revela que as pesquisas anteriores não mostram exatamente como funciona a informação para a célula se dividir. "Nós vimos que na célula do linfoma primeiro há um aumento da síntese de proteína, que se acumulam até um nível crítico refletido no aumento do tamanho da célula, e ao atingir este limite ela tem que se dividir".

Esta síntese de proteína, que ocorre na célula, é feita nos ribossomos, pelas chamadas proteínas ribossômicas. Elas não sintetizam as proteínas indiscriminadamente, e o balanço entre a síntese de proteínas dependentes de seqüências-guia chamadas Cap e aquela de proteínas dependentes de seqüências-guia chamadas IRES é essencial para a estabilidade do genoma e a correta divisão celular. "Nós conseguimos demonstrar que a proteína ribossômica L24 funciona como um reostato. Na verdade, ela recebe a informação a partir do myc, mas sua ação é fundamental para determinar o balanço CAP/IRES e conseqüentemente o comando de dividir".

Teste

Os testes foram realizados com camundongos transgênicos que superexpressam o Myc e consequentemente desenvolvem o linfoma. Os autores produziram camundongos geneticamente modificados para expressarem menos a proteína ribossomal (camundongos com haploinsuficiência do gene para a L24) e os cruzaram com os transgênicos. O cruzamento dos gene de altos níveis de Myc com o níveis baixos de proteína ribossômica resultaram no bloqueio da ação maligna do Myc, pois os filhotes não desenvolveram tumores, apesar de possuírem a mensagem para desenvolver os linfomas.

"Percebemos que esse mecanismo ribossômico é realmente inteligente, capaz de controlar a divisão celular, e que ao manipularmos a expressão da L24 revertemos a transformação maligna, neste exemplo aquela causada pelo Myc", disse o pesquisador.

Próximos passos

"Com este novo alvo levantamos agora possibilidades de estudo para um novo tratamento com a diminuição da proteína ribossômica", disse. Rego explicou que a pesquisa partirá agora para confirmar a importância dessa proteína nas amostras com seres humanos. "Vamos testar in vitro, usando amostras de linfomas, se o mesmo mecanismo existe nas células humanas, e usar RNA interferências para diminuir a expressão da L24 e verificar se isto leva a regressão completa do tumor", conclui.

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=21745&Itemid=364

Chá verde pode bloquear tratamento de linfoma e mieloma múltiplo

Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia estavam pesquisando possíveis efeitos benéficos do chá verde no tratamento de tumores linfáticos quando se depararam com o efeito contrário.

O chá verde é tido como panacéia para várias doenças, especialmente por sua ação contra os efeitos desagradáveis da quimioterapia. Os cientistas estudaram a ação conjunta de um componente do chá - o EGCG - e de outros polifenóis presentes na bebida. O EGCG bloqueou a ação de um medicamento utilizado no tratamento do mieloma múltiplo e do linfoma, chamado de Velcade.A medicação quimioterápica atua sobre as células tumorais induzindo sua destruição, o que não acontece quando associada ao chá verde.

O uso do chá impede a aparecimento dos efeitos colaterais do tratamento, o que faz os pacientes se sentirem melhor. O problema está no fato de que o tratamento também poderá não ser efetivo contra a doença.

Os suplementos e chás de origem natural têm grande apelo junto às pessoas que buscam tratamento de doenças graves. Por outro lado, essas substâncias não são adequadamente testadas como tratamento isolado ou em associação com medicamentos tradicionais. Outro ponto de preocupação para as autoridades sanitárias está no fato de que a produção dos produtos ditos naturais muitas vezes não é regulada pelos órgãos de saúde pública.

Portanto, não se trata de demonizar ou santificar os produtos naturais. O que deve ser feito é discutir com seu médico francamente sobre o uso de qualquer substância, pois podem existir interações com medicamentos prescritos.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL988074-5603,00-CHA+VERDE+PODE+BLOQUEAR+TRATAMENTO+DE+LINFOMA+E+MIELOMA+MULTIPLO.html

Brasileira descobre nova função para proteína 'xerife' da divisão celular

Uma pesquisa cuja principal autora é a brasileira Adriana Hemerly, professora do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descobriu uma nova função para a proteína ORC1, já famosa por ser uma "xerife" durante o processo de divisão das células. Além de emitir uma "licença" para a replicação (cópia) do DNA, a ORC1 também controla a multiplicação dos centrossomos, estruturas que ajudam a controlar a divisão celular.

Os centrossomos participam do direcionamento dos cromossomos, as estruturas que guardam o material genético em organismos como o humano, para as duas células-filhas geradas a partir de uma célula-mãe. Em células cancerosas, ocorre um excesso e um descontrole dos centrossomos, o que acaba levando à multiplicação desenfreada desse tipo de célula e a irregularidades em seu material genético, porque os cromossomos acabam adotando uma configuração aleatória.

O papel da ORC1 é duplo. O primeiro, já conhecido, é o "licenciamento" da multiplicação do DNA no núcleo da célula. O segundo, descoberto pela brasileira e seus colegas, envolve o controle da produção de centrossomos: ela faz com que só dois surjam, um para cada célula resultante da divisão da célula-mãe.

"Talvez essa proteína possa, no futuro, ter um grande poder terapêutico. Não estamos aqui falando de uma solução milagrosa para o câncer. Sabemos, afinal, que essa doença é desencadeada por inúmeros outros fatores. Mas pode ser que a aplicação da proteína consiga minimizar a velocidade de crescimento, a agressividade e os sintomas do câncer”, declarou a pesquisadora em comunicado oficial. A pesquisa está na edição desta semana da revista americana "Science".

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL988502-5603,00-BRASILEIRA+DESCOBRE+NOVA+FUNCAO+PARA+PROTEINA+XERIFE+DA+DIVISAO+CELULAR.html