terça-feira, 29 de junho de 2010

Dermatologista revela novidades para o tratamento de câncer de pele

Recentemente, a médica dermatologista  Vanessa D’ An dretta Tanaka, da Perfil – Clínica de Cirurgia e Estética Avançada, esteve em São Paulo para participar de um evento de atualização em câncer de pele promovido pelo Hospital A.C. Camargo, referência em tratamento da doença no País. O seminário abordou as novas técnicas de diagnóstico e tratamentos do câncer de pele. O Jornal de Jales foi ouví-la para saber algumas destas novidades e também para lembrar conceitos fundamentais quando o tema é o câncer de pele.

Leia a reportagem em: http://www.jornaldejales.com.br/?url=noticias&editorial=19&noticia=480

sábado, 26 de junho de 2010

Pesquisadores apresentam tratamento para combater melanoma avançado

WASHINGTON - Um tratamento experimental que trabalha com o sistema de imunidade poderia proporcionar uma forma inovadora de combater o melanoma avançado, tipo de câncer que pode ocasionar a morte em seis meses.

Um estudo apresentado neste sábado, 5, na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, assinala que, com dois tratamentos - uma vacina terapêutica chamada gp 100 e um estimulador de imunidade chamado ipilimumab -, o número de pacientes que prolongaram sua expectativa de vida duplicou.

Assim, os pacientes que receberam só a vacina viveram em média seis meses, enquanto os que receberam só ipilimumab, ou uma combinação dos dois compostos, alcançaram uma média de vida de dez meses. O estudou analisou 670 pacientes e foi financiado pelo Medarex Inc, que desenvolveu o ipilimumab.

Segundo o diretor da pesquisa do melanoma do Instituto de Pesquisa Los Angeles, em Santa Mónica (EUA), Steven O'Day, o ipilimumab é o primeiro remédio que melhorou a sobrevivência de pacientes com melanoma avançado em prova com grande número de indivíduos.

Esse remédio emprega a capacidade de imunidade do corpo para combater o câncer, assinalou Lynn Schuchter, chefe de Hematologia e Oncologia do Centro Abramson do Câncer, na Universidade da Pensilvânia, que usou ipilimumab em seus pacientes.

O composto "tira os freios" das células T, que combatem as doenças, acrescentou Schuchter. No entanto, o estímulo ao sistema de imunidade pode fazer com que o organismo ataque tecidos que estão bem, explicou Ou'Day.

No estudo, os pacientes que obtiveram mais benefícios do remédio foram também os mais propensos a desenvolver problemas de autoimunidade.

De acordo com a pesquisa, publicada pela revista The New England Journal of Medicine, quase dois terços dos pacientes sofreram efeitos secundários, tais como erupções da pele, diarreia, desequilíbrios da tireoide e hepatite.

Embora a maior parte das complicações pudesse ser reduzida com outros remédios, de 10% a 15% dos efeitos secundários foram graves.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,pesquisadores-apresentam-tratamento-para-combater-melanoma-avancado,562100,0.htm

Jevtana® (cabazitaxel) aprovado nos Estados Unidos pela FDA após Avaliação Prioritária

Sanofi-aventis (EURONEXT: SAN e NYSE: SNY) anuncia hoje que a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos autorizou a comercialização de Jevtana® (cabazitaxel) injetável, associado à prednisona para o tratamento de pacientes com câncer da próstata metastático hormônio-resistente, tratados anteriormente por quimioterapia à base de docetaxel.  

Jevtana®, um inibidor de microtúbulos, associado à prednisona, foi aprovado com base nos resultados do Estudo TROPIC de Fase III, que envolveu 755 pacientes com câncer da próstata metastático hormônio-resistente, tratados anteriormente por quimioterapia à base de docetaxel. Os resultados deste estudo demonstraram uma redução estatisticamente significativa de 30% [HR=0,70 (IC 95%: 0,59-0,83); p,0,0001] do risco de morte por câncer da próstata metastático hormônio-resistente em pacientes tratados com Jevtana® associado à prednisona, em comparação ao tratamento por  quimioterapia empregando dose-padrão de mitoxantrona e de prednisona.  As taxas de resposta avaliadas pelos pesquisadores, segundo os critérios RECIST (Response Evaluation Criteria in Solid Tumors )[1], foram, respectivamente, 14,4% em pacientes tratados com cabazitaxel e de 4,4% em pacientes tratados com mitoxantrona; p=0,0005.  Não foram observadas respostas completas nos dois grupos.

“É realmente uma notícia importante para a comunidade de câncer da próstata, que vem ao encontro de uma necessidade médica não atendida. Graças à aprovação de Jevtana®, os profissionais de saúde passam a ter acesso a um novo tratamento para os pacientes com câncer de próstata em estágio avançado, para os quais há poucas opções de tratamento”, declarou o dr. Oliver Sartor, investigador principal do Estudo TROPIC na América do Norte, titular da Cadeira de Pesquisa Piltz sobre câncer na Faculdade de Medicina da Universidade de Tulane em Nova Orleans. “Jevtana® associado à prednisona é o único tratamento aprovado pela FDA, que apresenta melhora significativa da sobrevida global em pacientes tratados anteriormente por quimioterapia à base de docetaxel.”

“Nós da Divisão Oncologia da sanofi-aventis estamos muito orgulhosos. Os resultados de Fase III de  Jevtana® são importantes no câncer da próstata. O Jevtana® demonstrou de forma bem-sucedida a melhora da sobrevida, em comparação ao grupo-controle ativo em tratamento de segunda linha”, disse o dr. Debasish Roychowdhury, vice-presidente sênior, da Divisão Oncologia Global da sanofi-aventis. “O Jevtana® ratifica a tradição da sanofi-aventis em Oncologia, oferecendo medicamentos inovadores contra o câncer a pacientes em todo o mundo.”

No Estudo TROPIC, as reações adversas mais frequentes de grau 1-4 (≥ 10%) foram: neutropenia, anemia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fadiga, náusea, vômitos, constipação, astenia, dores abdominais, hematúria, lombalgia, anorexia, neuropatia periférica, febre, dispneia, disgeusia, tosse, artralgia e alopecia.

As reações adversas mais frequentes de grau 3-4 em pacientes tratados com Jevtana® foram neutropenia, leucopenia, anemia, neutropenia febril, diarreia, fadiga e astenia.  As reações adversas mais frequentes que provocaram a interrupção do tratamento no grupo tratado com Jevtana® foram neutropenia e insuficiência renal.  A interrupção do tratamento devido às reações adversas ocorreu em 18% dos pacientes do grupo tratado com Jevtana® e em 8% dos pacientes do grupo tratado com mitoxantrona.  Em pacientes do grupo tratado com Jevtana®, foram reportados 18 casos de morte (5%) provocados por outras causas não relacionadas à progressão da doença, nos 30 dias subsequentes à administração da última dose do Estudo, contra três casos de morte (menos de 1%) reportados em pacientes tratados com mitoxantrona. As reações adversas fatais mais frequentes em pacientes tratados com Jevtana® foram infecções (n=5) e insuficiência renal (n=4). Um caso de morte foi provocado por desidratação decorrente da diarreia e do desequilíbrio eletrolítico.

Sobre Jevtana® (cabazitaxel) injetável

Jevtana®, associado à prednisona, foi aprovado para o tratamento de pacientes com câncer da próstata metastático hormônio-resistente, tratados anteriormente por quimioterapia à base de docetaxel. Jevtana® deve ser administrado por injeção intravenosa.  Em novembro de 2009, a FDA considerou o Jevtana® no Programa de Exame em Caráter de Urgência e Prioridade (Fast Track Program).  O dossiê de autorização de comercialização, submetido na sequência, foi finalizado em março de 2010 e foi considerado na Avaliação de Prioridade em abril de 2010.  Menos de três meses depois, Jevtana® foi aprovado.  Jevtana® deverá ser comercializado nos Estados Unidos no terceiro trimestre de 2010. Outras autoridades regulatórias, incluindo a Agência Europeia de Medicamentos, avaliam o dossiê de registro de Jevtana®.

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12480:jevtanar-cabazitaxel-aprovado-nos-estados-unidos-pela-fda-apos-avaliacao-prioritaria&catid=47:cat-saude&Itemid=328

Vinholes divulga nova droga para tratar o câncer de próstata

Há 46 anos, médicos especializados no tratamento do câncer de todo o mundo se reúnem nos Estados Unidos para discutir as novas pesquisas e descobertas na área. As principais inovações trazidas em 2010 foram no tratamento de pacientes com cânceres em estágios mais sérios e que já passaram por procedimentos anteriores. “Foi descoberta uma nova quimioterapia para tratar o câncer de próstata, já em metástase, com o medicamento chamado Cabazitaxel”, explica o oncologista gaúcho Jeferson Vinholes, que participou do Congresso Mundial da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago. O evento ocorreu entre os dias 4 e 8 de junho e reuniu cerca de 30 mil participantes.

O Cabazitaxel é um composto experimental que age contra as linhas de células resistentes a quimioterapias. Nos estudos pré-clínicos, o remédio demonstrou a inibição da divisão celular e da proliferação das células tumorais. Segundo o médico, o estudo revelou que o uso do medicamento aumentou a sobrevida dos pacientes graves e possibilitou um novo tratamento efetivo nesses casos.

Um novo tratamento para o melanoma, tipo de câncer de pele grave, no grau de metástase, também foi apresentado no congresso. O Rio Grande do Sul é o segundo estado com maior incidência da doença, devido à pele clara, e deve se beneficiar com a descoberta. O medicamento Ipilimumab é um imunomodulador atuante no sistema imunológico que confere aumento da resposta orgânica. “Durante 30 anos não se teve um novo remédio e é a primeira vez na história que se constatou melhora significativa para esses casos”, afirma Vinholes. No momento, o Ipilimumab está sendo testado para outros tipos de cânceres. Posteriormente, serão investigados os benefícios e riscos da droga a longo prazo.

No ano passado, o encontro abordou o tema da personalização da cura do câncer, destacando que a ciência comprovou recentemente que os tumores são subdivididos em vários tipos, mais e menos agressivos. Frente a isso, há a necessidade de tratamento diferenciado. Vinholes garante que esta vertente está cada dia progredindo mais, mas que ainda é um caminho muito longo devido à especificidade de cada fator. “Passado um ano, essas pesquisas continuaram mais fortes e não há como mudar esse foco. Porém, no caso do câncer de mama, no qual se pensava que existiam cinco subtipos, hoje já descobrimos dez”, finaliza.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=31655&codp=104&codni=3

Uma dose de radioterapia trata câncer de mama

A conclusão é de um estudo que envolveu 2.232 mulheres com câncer ductal invasivo (o mais comum) submetidas à cirurgia conservadora da mama.

Elas tinham, em média, 63 anos, e 86% dos tumores tinham menos de 2 cm (estágio inicial). Os resultados foram publicados no "Lancet".

Segundo os autores do estudo, da University College London, na Inglaterra, 90% das recorrências do câncer são no mesmo quadrante de onde o tumor é retirado -por isso, uma só sessão após a cirurgia seria eficiente.

As mulheres foram divididas em dois grupos: parte recebeu radioterapia intraoperatória em dose única e parte fez radioterapia externa convencional, de frações diárias durante cinco semanas.

Todas foram acompanhadas por quatro anos. As taxas de recorrência do tumor foram similares: seis no primeiro grupo e cinco no segundo.

Além disso, a radiação intraoperatória foi menos tóxica para as pacientes.

"Os resultados são encorajadores. A intenção da dose única é evitar que a mulher receba radioterapia externa, pois há menos efeito colateral [já que a radiação é localizada, protegendo os tecidos saudáveis]", diz Maria Aparecida Conte Maia, diretora do serviço de radioterapia do Hospital A.C.Camargo.

Maia testa a técnica há cinco anos no hospital -mais de cem mulheres já receberam o tratamento localizado.
"A dose aplicada é uma paulada, o equivalente a 30 dias de radioterapia convencional. Mesmo assim, os nossos resultados mostram que há beneficios", afirma.

SELECIONADAS
O método não é indicado para todas as mulheres com câncer de mama. Ele é restrito para aquelas com tumor único, em estágio inicial (menos de 3 cm) e que não tenha atingido as axilas.

"O método não aumenta a curabilidade nem o controle local da doença", pondera Eduardo Weltman, coordenador da radioterapia do hospital Albert Einstein.

Célia Viegas, subchefe do serviço de radioterapia do Inca (Instituto Nacional de Câncer), é cautelosa ao avaliar os resultados.

"A técnica ainda é experimental e não está disponível em larga escala no Brasil."

Fonte: http://www.expressomt.com.br/noticiaBusca.asp?cod=75270&codDep=3

Crioterapia: nova opção de tratamento para câncer de rim

O câncer de rim, terceiro tipo mais freqüente do aparelho genitourinário, já pode ser tratado de forma menos invasiva, menos dolorosa e sem a necessidade de se retirar totalmente os rins. Com o objetivo de preservar o órgão, proporcionar uma melhora rápida ao paciente e evitar que ele faça diálise para o resto da vida, já está sendo utilizada no Brasil a crioterapia, técnica de congelamento do tumor altamente eficiente na cura desse tipo de doença.

“Conseguimos destruir totalmente cerca de 90% dos tumores com até três centímetros”, explica o urologista do Hospital Albert Einstein de São Paulo, Dr. Oskar Kaufmann, cirurgião com grande experiência nesse tipo de procedimento. “Outro ponto positivo é a possibilidade de tratar múltiplos tumores em uma única cirurgia”, explica o médico que acaba de retornar dos Estados Unidos, onde apresentou um estudo sobre novas aplicações da cirurgia robótica em urologia durante o Congresso da Associação Americana de Urologia em São Francisco, Califórnia. Ele também recebeu o Prêmio Outstanding Paper Award of the Engineering and Urology Society and Society of Endourology por um de seus estudos sobre crioterapia realizado na Universidade da California.

Queima a frio

O procedimento da crioterapia é bem simples e leva cerca de duas horas dependendo da técnica utilizada. Por meio de três ou quatro incisões pequenas no abdômen, o cirurgião isola o tumor renal, guiado por videolaparoscopia. Depois de afastar os órgãos próximos, como fígado e baço, ele introduz agulhas muito finas diretamente no tumor e numa pequena margem do rim normal. O argônio sob pressão passa pelo interior das agulhas a uma temperatura de até -125º C, congelando o tecido ao redor.

Temperaturas abaixo de 20º C são suficientes para promover a morte celular. Portanto, são realizados durante a cirurgia dois ciclos de congelamento para garantir que a temperatura seja adequada ao final do processo. “O resultado é a destruição total das células cancerígenas do local, que ficam mortas e completamente inativas”, conclui o médico.

"Minimamente invasiva, essa técnica favorece e muito a recuperação do paciente, além de preservar o rim e evitar que ele precise fazer diálise para o resto da vida”, comenta Dr. Kaufmann. O período de internação é de no máximo 24 horas e o paciente tem poucas chances de complicações pós-operatórias, além de uma recuperação muito mais rápida com retorno às atividades cotidianas em ate uma semana.

Fatores de risco e sintomas do câncer de rim

Estudos indicam que a incidência mundial do câncer de rim aumentou 43% nas últimas três décadas e atualmente equivale a 3% dos carcinomas em adultos. Os tumores do parênquima renal correspondem a 2-3% de todas as neoplasias malignas e tem uma incidência de 30 mil casos novos/ano e 12 mil mortes/ano nos Estados Unidos. No Brasil estima-se uma incidência de 7-10 casos/100 mil habitantes/ano. Esse tipo de câncer é duas vezes mais freqüente nos homens do que nas mulheres e ocorre principalmente entre 50 e 70 anos de idade.

Segundo o urologista, os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de um tumor renal são o tabagismo, obesidade, hipertensão, histórico familiar de câncer de rim e uso prolongado de medicamentos diuréticos.

Entre os principais sintomas do tumor de rim estão dor na região lombar, emagrecimento, sangue na urina e massa abdominal palpável. “Normalmente, o paciente descobre a doença ao fazer exames de rotina como a ultrassonografia do abdômen ou tomografia computadorizada que podem indicar o problema precocemente”. Nesses casos, as chances de cura são superiores a 90%, já que os tumores são menores.

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12796:crioterapia-nova-opcao-de-tratamento-para-cancer-de-rim&catid=47:cat-saude&Itemid=328

domingo, 20 de junho de 2010

Novas terapias contra câncer trazem esperanças, mas ainda são falhas

Ideia de que tumor será caracterizado por perfil molecular é frágil.
Terapia personalizada depende de drogas para subconjuntos de pacientes.

A droga experimental PLX4032, que reverte os efeitos de uma mutação encontrada em certos tumores, é considerada um grande exemplo das terapias de câncer “direcionadas” do futuro. A droga produziu resultados aparentemente milagrosos em alguns pacientes com melanoma.

Mas quase não houve efeito quando a droga foi testada em pacientes cujos tumores colorretais tinham a mesma mutação, como relataram pesquisadores na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, semana passada.

Mesma droga, mesma mutação, resultado diferente.

As descobertas servem como mais um lembrete de como o câncer pode ser diabolicamente complexo e quanta coisa ainda não foi compreendida. Elas trazem uma dose de moderação ao entusiasmo que estava se acumulando em relação às terapias direcionadas, que agem para bloquear anormalidades específicas que estimulam o crescimento do tumor.

De fato, embora os pesquisadores presentes na reunião tenham saudado o recente sucesso da droga, eles reconheceram que o caminho para o progresso não é tão fácil quanto previsto. Muitas terapias direcionadas estão falhando em testes clínicos.

“Passamos por um período muito rápido de altas expectativas, maturação e decepções”, diz Leonard Lichtenfeld, vice-diretor médico da Sociedade Americana de Câncer. “Acho que houve quase uma ingenuidade na ideia de que, se pudéssemos encontrar o alvo, teríamos a cura.”
Scott Kopetz, do M.D. Anderson Cancer Center em Houston, avalia que, após um período de grandes avanços que culminou na aprovação, em 2004, de duas drogas direcionadas – Avastin e Erbitux –, o progresso contra o câncer de cólon estancou. “Nos últimos cinco anos, acho que não fizemos nenhum progresso”, admite.

Uma das estrelas da conferência de oncologia foi a Pfizer, cuja droga experimental crizotinibc encolheu os tumores em quase todos os pacientes com uma anormalidade genética específica. A anormalidade foi descoberta apenas há três anos, e a droga está indo para o mercado.

Mas a Pfizer vem colecionando inúmeras falhas, menos divulgadas, em testes para outras terapias direcionadas. Sua droga para o câncer de rim, Sutent, não funcionou como tratamento para câncer de mama, cólon e fígado. Outra droga que bloqueia uma proteína falhou como tratamento de câncer de pulmão.

“Fiquei realmente surpreso quando os resultados negativos apareceram”, diz Mace Rothenberg, oncologista que lidera os testes clínicos de câncer da Pfizer.

DROGAS DIRECIONADAS

A quimioterapia convencional normalmente trabalha matando rapidamente as células em divisão. Isso pode atingir o tumor, mas também certas células normais, causando efeitos colaterais como queda de cabelo, náusea, diarreia e anemia.

erapias direcionadas, em contraste, miram em proteínas que de alguma forma contribuem para o crescimento ou sobrevivência do tumor, mas idealmente não são encontradas em células saudáveis. Isso poderia se traduzir em mais eficácia com menos efeitos colaterais.

Inúmeras drogas direcionadas estão sendo usadas e estão melhorando o tratamento. Um modelo é a Glivec, que pode manter a leucemia mieloide crônica sob controle por anos. Outras incluem a Tarceva, para câncer de pulmão, e Nexavar, para câncer de rim e fígado.

No entanto, as drogas têm seus próprios efeitos colaterais. Em muitos casos, elas funcionam melhor quando usadas com quimioterapias. Assim, os pacientes não podem escapar dos efeitos colaterais da quimioterapia.

Entusiastas das drogas direcionadas vêm dizendo há anos que os tumores serão caracterizados por seus perfis moleculares – quais genes modificados eles possuem – em vez do local no corpo onde eles ocorrem. Nomes como câncer de mama e câncer de pulmão serão suplantados por termos como tumores B-RAF-positivo ou EGFR-positivo. E as drogas serão selecionadas com base nesse perfil, da mesma forma como os antibióticos são geralmente selecionados com base no agente que está causando a infecção, não no local do corpo onde ela ocorre.

O Hospital Geral de Massachusetts, por exemplo, está conduzindo um teste clínico de uma droga da AstraZeneca para qualquer tipo de câncer – desde que ele tenha uma mutação no gene B-RAF, o mesmo gene que é alvo da PLX4032.

Mas o teste da PLX4032 para câncer de cólon sugere que a localização do tumor ainda importa, que não será apenas uma questão de observar o alvo.

Pode haver diferenças até com o mesmo tipo de câncer. Pesquisadores relataram na conferência que a Erbitux, também conhecida como cetuximab, não prolongou a sobrevivência após cirurgias de câncer de cólon em estágio inicial, embora a droga funcione para o câncer colorretal metastático.

As características físicas de uma droga também contam. A Avastin funciona do lado de fora das células para bloquear a ação de uma proteína chamada VEGF, que incentiva a formação de vasos sanguíneos que nutrem os tumores. Ela prolonga a sobrevivência nos casos de câncer de cólon e de pulmão.

Porém, as chamadas drogas de pequenas moléculas, que tentam bloquear a ação da VEGF ao trabalhar dentro das células, falharam em muitos testes para câncer de pulmão e de cólon.

´TERAPIA SUPERDIRECIONADA´

Muitos pesquisadores afirmam que caminho do progresso é ir da terapia meramente direcionada a uma terapia verdadeiramente personalizada.

Alguns importantes geneticistas da Universidade de Harvard, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Broad Institute recentemente ajudaram na abertura de uma empresa, a Foundation Medicine, que planeja desenvolver uma elaboração abrangente de perfil do tumor de um paciente, a fim de ajudar os médicos a personalizar a terapia.

Alguns grandes centros de câncer já estão fazendo isso sozinhos, especialmente para o câncer de pulmão.

No Sloan-Kettering, amostras de tumores de pacientes com certo tipo de câncer de pulmão são testadas para 91 mutações em oito genes. Na metade dos casos, os testes descobriram uma mutação que leva ao câncer. Em 18% dos casos, as descobertas influenciam a escolha da terapia.

A desvantagem dessa abordagem personalizada é que levará anos para desenvolver drogas para cada subconjunto de pacientes.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/novas-terapias-contra-cancer-trazem-esperancas-mas-ainda-sao-falhas.html

Governo reduz preço de remédio para tratamento de câncer pela metade

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta sexta-feira (18) um acordo com o laboratório Novartis para redução de até 50% no preço do medicamento Glivec – usado no tratamento de aproximadamente 7,5 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com câncer no sangue e um tipo de câncer gastrointestinal.

Depois de cinco meses de negociações, o ministério baixou o preço do comprimido de Glivec de R$ 42,50 para R$ 26,32, para as próximas compras, entre junho e dezembro. Em janeiro de 2011, o preço do medicamento cairá novamente e será de R$ 20,60.

“Essa economia nos permitirá aperfeiçoar políticas, incorporar novos medicamentos e melhorar a atenção ao câncer”, afirmou Temporão, após visita ao Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O acordo fechado com a Novartis também inclui outros remédios para o câncer. O ministro afirmou que no ano passado o governo federal economizou R$ 164,22 milhões na aquisição de nove fármacos e o valor final da compra foi 25% menor em relação à última aquisição, com reduções de até 55% nos preços.

O ministro atribui as quedas nos preços às ações estratégicas adotadas pelo governo no setor e diz acreditar ter contribuído para o fortalecimento da indústria e do mercado nacional com a implementação de concorrência.

Segundo o ministério, em 2009, o governo federal gastou em negociação direta com o laboratório cerca de R$ 260 milhões para a compra de 8,5 milhões de comprimidos de Glivec.

O ministério tomou a decisão política de, a partir de janeiro de 2011, centralizar a compra do medicamento, e, assim, pagar menos por ele. A partir dessa mudança, o governo passa a negociar diretamente com os laboratórios e fará a distribuição dos medicamentos para a rede que oferece os tratamentos.

A nova estratégia já havia sido implementada na compra de cloridrato de sevelâmer, medicamento usado no tratamento de pacientes com problemas renais crônicos, submetidos à hemodiálise. O preço do comprimido chegou a R$ 0,89, antes vendido para os estados por R$ 1,98 a unidade. O resultado foi uma economia de R$ 45,48 milhões por ano.

Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/economia/governo-reduz-preco-remedio-tratamento-cancer-pela-metade-571293.shtml

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Hospital busca pessoas que tiveram câncer de pulmão para teste de vacina


Cientistas do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, estão buscando voluntários para uma pesquisa para prevenir a volta do câncer em quem teve esse problema no pulmão. Os médicos estão testando uma nova vacina que inibe a metástase (volta dos tumores).


Para poderem participar do estudo os pacientes precisam ter passado por cirurgia para a remoção do câncer recentemente. A doença que sofreram tem que ser do tipo carcinoma pulmonar de células não-pequenas.


Quem tiver interesse em participar da pesquisa deve ligar para o hospital e responder a um questionário. O telefone é (11) 3155-4207.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/hospital-busca-pessoas-que-tiveram-cancer-de-pulmao-para-teste-de-vacina.html

domingo, 6 de junho de 2010

Nova técnica prevê apenas uma dose de radioterapia para pacientes de câncer de mama

Os médicos testaram a técnica em mais de 2.000 pacientes, acompanhadas ao longo de quatro anos.

Se sua eficácia for comprovada, a técnica significaria a redução de filas, economia nos custos dos tratamentos e as pacientes sofreriam menos com os efeitos colaterais.

Segundo a fundação Cancer Research UK, o estudo pode ter um “grande impacto” para as pacientes.

Precisão

O câncer de mama é o que mais causa morte entre as mulheres no Brasil, segundo o INCA, e nos países ocidentais é uma das principais causas da morte de mulheres.

A retirada do tumor é, normalmente, o primeiro passo no tratamento de câncer de mama, seguida pelas sessões de radioterapia para matar qualquer célula cancerígena remanescente.

Com a nova técnica, os médicos usam um aparelho de radioterapia móvel que pode ser inserido no seio durante a cirurgia e atingir um alvo específico, de onde foi retirado o tumor.

A pesquisa, liderada por médicos britânicos, mas realizada em nove países, mostrou que a reincidência do câncer em mulheres com mais de 45 anos de idade foi a mesma, independente da técnica utilizada – dose única ou múltipla de radioterapia.

Entre as mulheres que receberam apenas uma dose, houve seis reincidências. Entre as que receberam tratamento de radioterapia prolongado, cinco apresentaram reincidência.

Mas a dose única evita danos potenciais a órgãos como o coração, pulmão e esôfago, que podem ocorrer quando a radiação é direcionada a todo o seio, afirmam os pesquisadores.

A freqüência de qualquer complicação ou grandes efeitos tóxicos foi semelhante nos dois grupos.

Trauma

O oncologista Jeffrey Thobias, do University College London Hospitals (UCLH), que apresentou a primeira paciente a ser submetida à nova técnica com o oncologista Jayant Vaidya, disse: “Acredito que a razão pela qual ela funciona tão bem é a precisão do tratamento. Ele erradica as células em uma área de altíssimo risco – a parte do seio de onde foi retirado o tumor”.

Vaidya, que também é oncologista do UCLH, afirmou que com o novo tratamento muitas mulheres não precisariam retirar seu seio.

Josephine Ford, de 80 anos de idade, foi diagnosticada com câncer de mama em fevereiro de 2008 e tratada com a nova técnica três meses depois.

A operação foi um sucesso e ela afirma que a dose única “simplificou tudo e tornou o processo menos traumático”.

Apesar dos resultados otimistas, os médicos afirmam que a técnica só se aplica a pacientes com câncer de mama semelhantes aos tratados durante o estudo.

Os médicos também afirmam que serão necessários vários anos até que a eficácia seja totalmente provada e o tratamento seja adotado em vários hospitais.