segunda-feira, 14 de março de 2011

Nano-Velcro captura células de câncer circulando no sangue

Já faz mais de um século que se descobriu que as células do câncer viajam pela corrente sanguínea, podendo depositar-se em outros pontos do organismo, em um processo chamado metástase.


Desde então, os cientistas têm sonhado em desenvolver mecanismos para rastrear e capturar essas células, se possível antes que elas espalhem a doença.


Agora, um grupo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, deu um passo importante nesse sentido.


Eles desenvolveram uma nanotecnologia, batizada de nano-velcro, que está mostrando alta eficiência na captura dessas células tumorais que circulam pela corrente sanguínea.


Biópsia líquida


O padrão atual para determinar o estágio ou a gravidade dos tumores é a biópsia, uma coleta invasiva de amostras. Contudo, nos estágios iniciais da metástase, é muitas vezes difícil identificar um local para coletar material para a biópsia.


Ao capturar células tumorais em circulação em amostras de sangue, os médicos podem essencialmente realizar uma "biópsia líquida", na qual o procedimento invasivo é substituído por uma picada no dedo.


Isso permitirá a detecção e o diagnóstico precoce da doença, bem como um melhor controle da progressão do câncer e um acompanhamento da resposta do organismo ao tratamento.


Nano-velcro


O nano-velcro é um chip microfluídico, ou biochip, que mede 2,5 por 5 centímetros.


Quando a amostra de sangue é inserida nos canais microscópicos do biochip, as células tumorais circulantes passam por um processo de concentração, o que facilita sua detecção e contagem.


O interior dos microcanais é recoberto por um tapete de minúsculos pilares, cuja rigidez é dada pela interação entre esses nanopilares e estruturas presentes nas células conhecidas como microvilosidades - isso cria um efeito muito parecido com a união das partes superior e inferior do Velcro®.


Tratamentos personalizados


"Esta tecnologia tem potencial para se tornar uma nova ferramenta para os pesquisadores de câncer, permitindo-lhes estudar a evolução do câncer por meio da comparação das células circulantes com o tumor primário e as metástases, que frequentemente são mais letais", disse o Dr. Kumaran Duraiswamy.


"Quando ela chegar às clínicas, no futuro, este exame de células circulantes tumorais poderá ajudar a traçar tratamentos contra o câncer realmente personalizados," disse o pesquisador.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=nano-velcro-celulas-cancer-circulando-sangue&id=6280

sábado, 12 de março de 2011

Menina é curada de câncer com células-tronco de cordão umbilical

Uma menina chamada Alba, da cidade de San Fernando (Cádiz, Espanha), tornou-se o primeiro caso a superar com êxito um câncer de cérebro após ser tratada com células-mãe (estaminais ou células-tronco) do próprio cordão umbilical do paciente, conforme informou esta segunda-feira, 7, a companhia Crio-cord, um dos bancos de conservação de células-mãe autorizados na Espanha.


A menina, que nasceu sã em 2007, recebeu aos dois anos de idade um diagnóstico de meduloblastoma - um câncer de cérebro pouco frequente. Por isso, após a retirada da maior parte do tumor e vários ciclos de quimioterapia, a paciente foi submetida ao transplante de células-tronco do sangue do seu próprio cordão umbilical.


A intervenção, divulgada recentemente, foi desenvolvida em 2009 pelo serviço de Oncohematología do Hospital Universitário Menino Jesus de Madri, dirigido pelo doutor Luis Madero. Alba, atualmente com quatro anos leva uma vida normal. 


A medida foi tomada após o tratamento com a quimioterapia, que destruiu não só o tumor maligno mas também o sistema sanguíneo da menina. Desta forma, procedeu-se ao transplante das células tronco do seu cordão umbilical, que previamente haviam sido solicitadas pelo Hospital Menino Jesus de Madri pela Crio-cord, que as trouxe das instalações da Bélgica e Holanda.


Depois do transplante, as células-mãe migraram à medula óssea, onde se multiplicaram e começaram a gerar glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, iniciando assim a regeneração de seu sistema sanguíneo.


Revisões periódicas


Sessenta dias após o primeiro transplante, foram colocadas novas células-mãe - desta vez provenientes de seu sangue periférico -, para acelerar o implante plaquetário. Após 14 meses do transplante, o sistema sanguíneo de Alba estava completamente reconstruído. Sua saúde é acompanhada em revisões periódicas.


Doutor Madero destacou nesta segunda-feira, 7, que se trata de um caso único na Espanha. "A utilização de células tronco para a regeneração do sistema sanguíneo é um tratamento estendido neste tipo de câncer", explicou. O médico afirmou que o fato torna "único" o caso de Alba "já que pela primeira vez em nosso país as células-mãe provinham do seu próprio cordão umbilical, conservado ao nascer".


"Nos últimos anos, os transplantes de células mãe do sangue do cordão umbilical experimentaram um crescimento muito importante. Concretamente para o caso de irmãos, estas células-mãe são a melhor opção terapêutica que existe", acrescentou.


"Nosso melhor investimento"


Os pais de Alba, Santiago, que é engenheiro informático, e Teresa, professora de Literatura, foram unânimes ao afirmar que a conservação das células-tronco do sangue do cordão umbilical de Alba foi "seu melhor investimento".


"Tudo se originou como resultado de meu interesse pelos programas de divulgação científica, já que tinha visto uma reportagem sobre o tratamento com células-mãe para o Parkinson e meu pai, naquela época, tinha Alzheimer e estava sensibilizado sobre o uso de células mãe para as enfermidades degenerativas", explicou Santiago.


"Conservar o cordão umbilical é uma aposta pelo futuro, um seguro de vida que não se sabe se será necessário em algum momento, mas que pode salvar uma vida", afirmou sua mãe, Teresa Molina, que assegura que viu sua filha nascer duas vezes.


Satisfação na Crio-cord


Por sua parte, o diretor geral da Crio-cord, Guillermo Muñoz, também mostrou sua satisfação pelo êxito do processo. "Na Crio-cord estamos orgulhosos de ter participado do processo de cura de Alba, ademais de que este tipo de notícias confirme que o sangue de cordão umbilical é uma excelente fonte de células mãe, que, ao ser as mais jovens do corpo humano, têm um maior potencial de cura", explicou.


De fato, os últimos estudos "confirmam o incremento exponencial do uso destas células-mãe em todo o mundo, assim como os resultados obtidos com o sangue do cordão umbilical são excelentes em múltiplas enfermidades, como leucemias, linfomas e falhas congênitas da medula óssea".


Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=280756

Nanodiamantes vencem câncer resistente à quimioterapia

Nanodiamantes


Cientistas estão testando nanodiamantes - diamantes pouco maiores do que uma célula humana - para combater os tipos mais agressivos de câncer, aqueles que já se espalharam pelo corpo.


A resistência às drogas usadas na quimioterapia responde por mais de 90 por cento dos fracassos dos tratamentos de câncer com metástase.


O Dr. Dean Ho, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, acredita que as minúsculas partículas de carbono cristalino, chamadas de nanodiamantes, podem oferecer uma solução efetiva para levar os medicamentos até o ponto onde o câncer deve ser atacado.


Como são quimicamente inertes, os cientistas afirmam que os nanodiamantes não afetam o organismo de forma indesejável depois de terem carregado os medicamentos até o tumor.


Joia dos tratamentos


Em estudos realizados em modelos de câncer do fígado e câncer de mama, Ho e sua equipe multidisciplinar de cientistas, engenheiros e médicos descobriram que uma quantidade normalmente letal de um medicamento de quimioterapia, quando associada aos nanodiamantes, reduz significativamente o tamanho dos tumores.


As taxas de sobrevivência dos animais de laboratório aumentaram e não foi observado nenhum efeito tóxico sobre os tecidos e os órgãos.


"São benefícios críticos. Optamos por estudar os cânceres quimio-resistentes porque eles continuam sendo uma das maiores barreiras ao tratamento do câncer e ao aumento da sobrevida do paciente," diz o pesquisador.


Nanodiamantes


Nanodiamantes são cristais à base de carbono que medem de 2 a 8 nanômetros de diâmetro.


Cada faceta do nanodiamante possui grupos funcionais que permitem a anexação de um amplo espectro de compostos, incluindo os agentes quimioterápicos.


Os pesquisadores ligaram a droga quimioterápica doxorrubicina aos nanodiamantes. A ligação é reversível, para que os pequenos cristais liberem a droga quando chegam ao tumor.


Nos cânceres de fígado e mama, as drogas conseguem entrar nos tumores, mas são expulsas de volta por causa de uma resposta inata desses órgãos, que não aceitam esses medicamentos.


Imunidade


Os pesquisadores também descobriram que os complexos nanodiamantes-medicamentos não tiveram nenhum efeito negativo sobre a contagem de glóbulos brancos.


Isto é especialmente importante no tratamento do câncer: se a contagem de glóbulos brancos do sangue cai abaixo de certo nível, o tratamento é interrompido devido ao risco de complicações graves.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=nano-diamantes-cancer-quimioterapia&id=6276

Aspirina pode ajudar pacientes com câncer de próstata

Há mais de cem anos, o ácido acetilsalicílico tem sido usado como elixir contra febre, enxaqueca e dores musculares. Nesse meio tempo, outras aplicações foram descobertas para o medicamento, mais conhecido pelo nome comercial de aspirina.


Evidências científicas mostraram que ela evita a formação de coágulos no sangue e combate alguns tipos de tumores. Um estudo apresentado recentemente, na reunião anual da Sociedade Americana para Radiação Oncológica, em San Diego (EUA), sugeriu que o remédio também pode ajudar os portadores de câncer de próstata a viver mais.


A pesquisa, liderada pelo oncologista Kevin Choe, da Universidade de Dallas, no Texas, investigou a ação dos anticoagulantes na prevenção da mortalidade de homens com tumor maligno na próstata e que ainda não haviam desenvolvido metástase.


Mais de cinco mil pessoas participaram do estudo, que constatou uma queda de 50% no risco de morte entre o grupo que ingeriu algum tipo de anticoagulante - entre eles, a aspirina, consumida por 1.649 voluntários. De todos os afinadores de sangue, o ácido acetilsalicílico foi o que mostrou melhores resultados.


Menor risco de morte 
De acordo com Choe, a motivação da pesquisa foi o fato de que cientistas já haviam constatado, anteriormente, que essas substâncias evitam o crescimento das células cancerígenas, assim como sua dispersão pelo organismo.


O médico lembra, porém, que a maior parte dos estudos feitos com pacientes de câncer, até agora, não foi conclusiva.


Enquanto alguns mostraram um bom resultado, outros não interferiram no estágio da doença.


Para Choe, isso se deve ao fato de os participantes das pesquisas anteriores já apresentarem metástase.


Se o câncer já se espalhou, então os anticoagulantes podem não ser tão benéficos— afirma, no estudo.


O trabalho que ele apresentou na reunião foi mais promissor. Os pacientes em estágio avançado foram os mais beneficiados e tiveram menor risco de morte, comparando-se àqueles que não ingeriram o medicamento.


Mostramos que os pacientes que tomam medicamentos afinadores do sangue têm menores riscos de morrer de câncer de próstata, e esse benefício foi mais proeminente nos que estavam com a doença mais avançada — , diz o pesquisador, ressaltando que os voluntários que fizeram parte da pesquisa haviam passado por cirurgia ou radioterapia, e que o medicamento foi apenas complementar.


O médico explica que há tempos existem evidências de que o câncer e o sistema circulatório podem ter alguma relação, embora ainda não se tenha esclarecido exatamente qual.


Apesar de o resultado do estudo ser promissor, Choe não recomenda que homens diagnosticados com câncer de próstata façam uso frequente da aspirina.


O presidente da Sociedade Americana para Radiação Oncológica disse concordar com Choe.


A descoberta é intrigante, mas os dados precisam ser confirmado. Temos de ter certeza de que os benefícios são maiores do que os riscos antes de recomendar o remédio aos pacientes — afirma Anthony Zietman


Fonte: http://www.fatimanews.com.br/noticias/aspirina-pode-ajudar-pacientes-com-cancer-de-prostata_113394/

domingo, 6 de março de 2011

Brasileiros desvendam proteína que destrói células do câncer

Armadilha para o câncer


Um dos mais poderosos recursos naturais do organismo para deter o câncer é uma proteína capaz de aniquilar as células tumorais, deixando ilesas as células saudáveis.


No entanto, em certos tipos de câncer, há uma inibição da expressão dessa proteína, conhecida como TRAIL (sigla em inglês para ligante indutor de apoptose relacionada ao fator de necrose tumoral), o que permite a evolução do tumor.


Agora, uma equipe de cientistas brasileiros desvendou um mecanismo molecular que controla a expressão da TRAIL na leucemia mieloide crônica (LMC).


O estudo, que mostrou como a "armadilha contra o câncer" é desmontada, abre caminho para a investigação de alternativas terapêuticas para a doença.


Morte programada


Segundo Gustavo Amarante-Mendes, um dos autores do trabalho, a proteína TRAIL induz suas células-alvo à morte iniciando um complexo e bem regulado programa molecular conhecido como apoptose, que é acionado durante o desenvolvimento embrionário, para formar de maneira apropriada órgãos e tecidos.


Na vida adulta, a apoptose - ou morte celular - desempenha um papel fundamental na renovação das células.


"Os defeitos no processo de apoptose são observados em diversas formas de câncer, e a aquisição de resistência à apoptose é considerada uma das etapas do processo de gênese do tumor.


"Algumas formas de câncer são capazes de desenvolver resistência à morte induzida pela TRAIL. Outras, como a LMC [leucemia mieloide crônica], inibem a produção da TRAIL, escapando desse importante mecanismo de defesa. Nosso estudo demonstrou o funcionamento desse mecanismo molecular," disse Amarante-Mendes.


Leucemia mieloide crônica


A leucemia mieloide crônica, segundo o cientista, é causada por uma proteína quimérica - isto é, que não deveria existir normalmente no organismo -, que surge como resultado de uma "confusão" entre os cromossomos 9 e 22, que trocam trechos entre si.


"É o que se chama de translocação gênica: a proteína ABL, do cromossomo 9, é transferida para a região BCR do cromossomo 22. Isso gera um cromossomo atípico, denominado cromossomo Filadélfia, associado à LMC. O nosso estudo investigou os mecanismos moleculares responsáveis pela inibição da expressão de TRAIL nas células leucêmicas BCR-ABL-positivas", explicou.


Inicialmente, a equipe observou que a expressão da TRAIL diminuía expressivamente com a progressão da LMC e essa diminuição estava diretamente relacionada a um aumento na expressão de uma outra proteína: a PRAME (sigla em inglês para antígeno preferencialmente expresso do melanoma).


"A PRAME normalmente não é encontrada em células normais, mas está presente com frequência nas células tumorais. Depois de constatar isso, nós observamos que a PRAME é diretamente responsável por inibir a expressão de TRAIL em células leucêmicas", disse Amarante-Mendes.


De acordo com ele, a PRAME é responsável por recrutar proteínas capazes de inibir a transcrição gênica por meio de mecanismos epigenéticos.


"O trabalho mostrou também que esse mecanismo tem implicações terapêuticas para a LMC, uma vez que a inibição de PRAME, por RNA de interferência, é capaz de gerar uma maior expressão de TRAIL, deixando as células leucêmicas mais suscetíveis à apoptose e, consequentemente, à terapia", afirmou.


Bala mágica


Quando a TRAIL foi descoberta, em 1995, pelo fato de matar as linhagens celulares em culturas tumorais preservando, ao mesmo tempo, as linhagens primárias, a proteína foi considerada uma "bala mágica" para o futuro do tratamento do câncer.


Alguns tratamentos clínicos com base na TRAIL chegaram a ser desenvolvidos.


"O problema é que algumas formas de câncer são resistentes a essa sinalização. Em outras formas, como no caso estudado, o gene BCR-ABL mantém baixa a expressão de TRAIL. Por isso focamos os estudos na tarefa de desvendar esse mecanismo", disse Amarante-Mendes.


É possível que o mesmo mecanismo desvendado pelos pesquisadores, segundo ele, possa ocorrer não só na LMC, mas também em outros tipos de tumores onde a expressão de PRAME é elevada.


"Essa possibilidade - e suas implicações clínicas - é o próximo passo para os nossos estudos", disse o cientista.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=proteina-destroi-celulas-cancer&id=6191

Tratamento inédito usa sementes radiotivas para tratar câncer de próstata (com vídeo)

Um tratamento inédito permite colocar sementes radioativas no corpo do paciente para tratar câncer de próstata. Graças ao diagnóstico mais preciso é possível descobrir a origem de doenças, e começar o tratamento mais cedo. O método já foi usado com sucesso no Brasil.


No século 19, em um laboratório como este, na França, o químico Louis Pasteur fez descobertas que pareciam impossíveis. Mesmo com o mais potente microscópio da época era difícil identificar um micro organismo. Já no século 21, nos laboratórios, os equipamentos de alta precisão transformam o mapeamento genético em realidade. 


Nesta máquina, a placa de titânio e fibra ótica analisa amostras de sangue do tamanho de uma ponta de agulha. Os pesquisadores já conseguem descobrir as características que herdamos de nossos pais. Tecnologia de hoje com olhos no futuro.


“Isso significa que em dois, três anos ou cinco eu vou chegar num laboratório, o meu sangue vai ser coletado e vai ser possível identificar a doença que eu tenho e qual o melhor tratamento que eu devo receber”, afirma a biomédica Patrícia Barbosa.


Glaucoma


Graças ao mapeamento genético, os médicos tentam identificar se o glaucoma é ou não hereditário. A doença que atinge cerca de um milhão de brasileiros tem como principal sintoma a pressão alta dentro do olho e pode levar à cegueira. Dona Dirce trouxe a família inteira para fazer exames. O objetivo é descobrir se há algum problema no organismo de todos os familiares que determine a doença.


“Veio a família de São Paulo e a família lá de Minas. Tem muita gente com glaucom”, afirmou Dirce. Hoje, a filha Larissa, de 16 anos, foi examinada. “Eu acho importante pode ajudar não só a minha família como muitas outras”, completou.


E está ajudando. Dona Dirce é casada com um primo e os pesquisadores já tem certeza que a união de pessoas de uma mesma família é uma das causas. “Doenças genéticas são mais comuns nessas famílias e elas devem ser examinadas por um pediatra, por um geneticista clínico e também por um oftalmologista logo ao nascer”, afirmou a médica de genética ocular do Hospital das Clínicas, Simone Finzi.


Hidroxilase


De cada 10 mil recém-nascidos, um é portador da deficiência da 21 hidroxilase. Um numero que os pesquisadores acreditam ser muito maior isso porque não há a obrigatoriedade do diagnóstico precoce.


A doença é grave e inibe a produção do hormônio cortisol que conhecemos como cortisona. A falta dele provoca desidratação nos meninos e má formação no aparelho genital das meninas. Nos casos em que a doença é mais branda, os meninos entram precocemente na puberdade. E as meninas quando adultas podem ter problemas para engravidar.


Para Tânia Sanchez Bachega, pesquisadora da USP, o diagnóstico é simples. Ela não mede esforços para sensibilizar o governo. O objetivo é tornar obrigatório o teste que constata a deficiência do cortisona e que pode ser feito na maternidade com o mesmo sangue coletado para o teste do pezinho. 


“O custo da dosagem hormonal em si é muito baixo. Acredito eu que num aumento menor que 10 reais por dosagem. O custo pro sistema público de um paciente que não foi diagnosticado pela triagem é muito maior. Se ele não morrer, ele vai ficar mais tempo internado pela desidratação pela complicação da doença. Essa desidratação numa fase tão precoce do desenvolvimento cerebral nós sabemos que pode dar comprometimento intelectual. Então será um adulto que pode não ter condições plena de trabalho então esse custo também terá que ser mensurado”, afirmou.


Câncer de próstata


Um diagnóstico preciso e um tratamento moderno livraram João de uma cirurgia e do câncer de próstata. O tratamento tem um nome complicado: braquiterapia, mas a explicação é simples. Um ultrassom faz imagens do tumor a cada  cinco milímetros. Depois elas ganham forma tridimensional e são analisadas.


“Tudo isso tem princípio, tudo isso tem lei física, tem lei clínica evidentemente. Este é que é o progresso real da ciência. O aparelho de ultrassom que eu usei aqui além de dar imagens transversas ele dá imagens de perfil”, afirmou o Dr. João Luis Fernandes da Silva, coordenador de Radioterapia do Sírio Libanês.


A qualidade das imagens e a precisão do médico vão determinar os pontos exatos para a colocação de micro partículas radioativas que doutor João chama de sementes. “Cada pontinho vermelho é uma sementinha e a linha verde a atuação do remédio”, disse.


A especialista em física nuclear faz os cálculos. Ela prepara agulhas com a quantidade de sementes que serão colocadas no tumor. Neste caso são 84. Um gabarito ajuda o médico a encontrar o ponto exato no corpo do paciente. 


“O cuidado maior então é o lugar amarelinho q é a uretra perto dela não tem semente significa que a dose é baixa e muito menos perto do reto. Este verde a próstata toda e tudo que esta dentro é o que cura”, explica o médico.


A colocação das agulhas é acompanhada pelo ultrassom. Os pontinhos mais brilhantes são as sementes entrando. A checagem é pelo raio X. A radiação atua num espaço de dois a três centímetros e dura no máximo seis meses. Com o uso da braquiterapia, 85% dos pacientes com tumores de próstata em estágio inicial ficaram curados. E, sem necessidade de cirurgia.


O engenheiro João hoje comemora: “Eu tenho 113 sementinhas. Eu me sinto até mais jovem em termos de próstata”.


Fonte: http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000407181

Composto da mostarda pode ajudar no combate ao câncer de bexiga

Plantas como a mostarda, a raiz-forte comum e a versão japonesa - que dá origem ao tempero wasabi, típico na culinária oriental - podem ter propriedades anti-câncer, segundo um estudo publicado na publicação científica "Carcinogenesis", da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.


Os autores, ligados a institutos de pesquisa sobre o câncer nos Estados Unidos, sugerem que uma substância presente nesses vegetais conhecida como isotiocianato de alila - composto responsável pelo sabor forte desses vegetais - pode ajudar no combate ao câncer de bexiga.


Durante o estudo, feito em ratos, os cientistas notaram que o avanço da doença foi interrompido em 30% dos casos e a contaminação de outros órgãos por células cancerígenas (metástase) foi completamente impedida em todos as cobaias.
Plantas normalmente utilizam o isotiocianato de alila como uma arma para combater ameaças como insetos herbívoros. Na pesquisa, os ratos foram alimentados com pó de semente de mostarda. O tratamento durou três semanas. Os roedores com a dieta especial foram comparados com um grupo controle - que não recebeu nenhuma comida especial para combater o câncer.


Apesar do trabalho não ser conclusivo sobre a aplicação direta dos benefícios da mostarda em humanos, os pesquisadores acreditam que outras pesquisas podem surgir para provar o benefício dos vegetais no combate ao câncer.


O isoticianato também aparece em outros vegetais do grupo conhecido como crucífero, dos quais os principais representantes são a couve-flor, o repolho, a couve e o brócolis. Segundo o Instituto Nacional do Câncer norte-americano, esta família de plantas possui propriedades capazes de reduzir o risco de câncer de cólon.


Já o câncer de bexiga pode gerar a contaminação de outros órgãos em até 30% dos casos em humanos. Após as células cancerígenas se espalharem, o paciente normalmente precisa de um tratamento agressivo e, em alguns casos, remover a bexiga, com chances pequenas de sobrevivência.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/composto-da-mostarda-pode-ajudar-no-combate-ao-cancer-de-bexiga.html

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cientistas identificam possível tratamento para câncer de próstata

Washington, 2 mar (EFE).- Os cientistas do Centro Integral do Câncer na Universidade de Michigan identificaram um possível tratamento para um tipo agressivo de câncer de próstata, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science Translational Medicine".


Um gene chamado SPINK1 poderia ser para o câncer de próstata o que o HER2 se tornou para o de mama, segundo os cientistas.

Da mesma forma que o HER2, o SPINK1 se encontra somente em um pequeno subgrupo de cânceres de próstata, em cerca de 10% dos tumores.

No entanto, o gene é o alvo ideal para um anticorpo monoclonal, do tipo Herceptin, que combate o HER2 e melhorou muito o tratamento deste tipo agressivo de câncer de mama.

Neste ano, 217,730 mil pessoas nos Estados Unidos serão diagnosticadas com câncer de próstata e 32,05 mil morrerão pela doença, segundo a Sociedade Americana do Câncer.

"Já que o SPINK1 pode surgir na superfície das células atraiu nossa atenção como um alvo terapêutico", explicou o autor do estudo, Azul Chinnaiyan, diretor do Centro para Patologia Translacional de Michigan, e investigador no Instituto Médico Howard Hughes.

"Demonstramos que um anticorpo que 'bloqueia' o SPINK1 poderia tornar mais lento o crescimento dos tumores de próstata em ratos que tiveram reação positiva para a proteína SPINK", disse Chinnaiyan.

Os pesquisadores descobriram, além disso, que o SPINK1 pode se atrair por um receptor EGFR. Os cientistas testaram um composto que bloqueia o EFGR, chamado cetuximab, e que já está aprovado pela agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, e perceberam que este também reduzia os efeitos cancerígenos do SPINK1.

Em seus experimentos, os pesquisadores usaram ratos para testar um anticorpo monoclonal, um tipo de tratamento dirigido, desenhado para buscar uma molécula específica (neste caso a SPINK1).

Depois testaram o cetuximab. Os tumores tratados com o anticorpo do SPINK1 diminuíram em 60%, ao mesmo tempo em que os tumores tratados com cetuximab se reduziram em 40%. Com a combinação de ambos os compostos os tumores encolheram 74%.

O efeito foi observado somente nos tumores que apresentam o SPINK1, que são aproximadamente 10% dos pacientes com câncer de próstata.

Outros estudos anteriores que tinham observado os resultados do cetuximab para o câncer de próstata metastático tinham decepcionado e apenas 8% dos pacientes mostrou algum benefício.

Bushra Ateeg, cientista da Escola de Medicina da UM, indicou que "estes estudos deveriam estimular o desenvolvimento de tratamentos que se apoiam em anticorpos contra o SPINK1".

O SPINK1 pode ser detectado na urina dos pacientes com câncer, o que facilita a realização rotineira de exames.

O estudo indica, no entanto, que os efeitos secundários foram limitados nos ratos e que serão necessários mais estudos para determinar se o tratamento nos humanos afetaria o tecido normal.
 
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cientistas-identificam-possivel-tratamento-para-cancer-de-prostata,686685,0.htm