terça-feira, 3 de maio de 2011

Especial - Câncer de Pâncreas

Em adultos


Introdução


O câncer de pâncreas é um dos tipos de tumores mais agressivos que conhecemos. De difícil diagnóstico em estágios iniciais, é muito comum o diagnóstico quando já há metástases ou quando não é possível mais sua remoção cirúrgica.
O pâncreas é dividido em cabeça, corpo e cauda. Ele é órgão responsável pela produção de uma grande quantidade de hormônios (pâncreas endócrino) e de enzimas digestivas (pâncreas exócrino).
As neoplasias mais comuns ocorrem no pâncreas exócrino, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico mais freqüente.

Incidência


Não há estatísticas confiáveis no Brasil a respeito desta neoplasia. Mas sabe-se historicamente que este tumor é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer, inclusive no Brasil.


Representa a segunda maior incidência dentre os tumores malignos do tubo digestivo, sendo superado apenas pelo tumor colorretal (intestino grosso).
São estimados, no mundo, 185.000 novos casos por ano. 


Mortalidade


O adenocarcinoma de pâncreas é responsável por 4% das mortes por câncer, no Brasil. Nos Estados Unidos, é mais freqüente, sendo a quinta causa de morte por câncer. 
Fatores de risco


Vários fatores estão envolvidos na etiologia desta neoplasia. Os principais são o fumo e doenças como pancreatite crônica e diabetes. A exposição prolongada a compostos como solventes e petróleo também parece aumentar o risco de câncer de pâncreas.


Outros fatores ainda não bem compreendidos, como cirurgia gástrica para tratamento de úlcera péptica, por exemplo, também parecem estar associados a um risco maior da doença. 
Sinais de alerta


Icterícia (amarelão) com prurido. Massa abdominal palpável. Perda de peso sem motivo aparente. Dor no abdome superior, ou lombar inexplicável, principalmente em faixa. Início súbito de diabetes. Aparecimento súbito de diarréia gordurosa. Crise de pancreatite aguda.
Estes sintomas podem ser causados por outras condições e doenças, mas se o indivíduo fuma o nível de suspeita deve ser dobrado.


Diagnóstico precoce


O diagnóstico precoce é feito acidentalmente, devido à praticamente ausência de sinais na doença inicial. A suspeita pode ser feita através de ultrassom de abdômen, ou tomografia computadorizada. 


Como se espalha


Dois terços dos casos de câncer de pâncreas localizam-se na cabeça do órgão (lado direito), e um terço no corpo e na cauda (lado esquerdo). 


As células tumorais podem se infiltrar em estruturas próximas por extensão direta e/ou por metástases linfáticas para o intestino delgado (duodeno), dutos biliares, estômago, baço, colon e linfonodos.


Os lugares mais comuns para metástases à distância são o fígado, o peritôneo e os pulmões. 
Estadiamento


Para efeito de tratamento, os pacientes quanto ao estágio da doença são divididos em dois grupos. Um deles, com doença ressecável, têm pacientes candidatos à cirurgia com intuito curativo. O outro, com doença inoperável, tem proposta de tratamento para controle da doença, ou paliativo.


Tratamento


Tumores que não são pequenos, confinados ao pâncreas, são muito difíceis de tratar. A cirurgia é a principal arma terapêutica, quando não existem metástases e o tumor é ressecável. Em casos localmente avançados, para aliviar a dor da doença, radioterapia e procedimentos cirúrgicos para livrar os ductos biliares, e bloqueios nervosos podem ser efetivos.


A quimioterapia tem como função paliar sintomas e melhorar a qualidade de vida dos doentes, podendo dar um pequeno aumento na sobrevida. 
Sobrevivência


Apesar de novos métodos de tratamento estar sendo desenvolvidos, a sobrevida dos pacientes ainda é muito baixa.


Para tumores localizados, a chance de o paciente estar vivo após cinco anos do diagnóstico é de 8%. Nos casos de doença avançada, esta chance cai para 1,5%. 


Perguntas que podem ser feitas ao médico por quem tem este câncer


• Algum tipo de dieta vai ajudar meu tratamento? 
• Quais são os fatores limitantes para a retirada cirúrgica do pâncreas? 
• Existem novas drogas quimioterápicas que podem melhorar os resultados do tratamento? 
• Como a quimioterapia e a radioterapia podem aumentar a chance de cura? 


Fonte: http://www.45graus.com.br/cancer-de-pancreas,ivania-abreu,79906.html

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