terça-feira, 24 de março de 2009
Equipe de oncologia do HGR realiza 1º cirurgia de câncer de fígado com sucesso
O câncer de fígado é provocado por infecção dos vírus da hepatite B e C ou pelo consumo excessivo de álcool. Na região norte há grande número destes casos em função do alto índice de contaminação que implica na alta incidência da doença. A quimioembolização intraarterial é empregada quando o câncer de fígado está localmente avançado e esta é a única alternativa de tratamento capaz de curar o paciente.
Neste caso, o paciente Antônio Francisco de Melo, passou pela intervenção cirúrgica no Centro de Diagnóstico por Imagem. Inicialmente os médicos Marcelo Oliveira e Paulo Ramires inseriram um cateter na artéria do braço esquerdo e levado até a artéria que nutre o tumor no fígado, guiado por raioendoscopia ( espécie de raio X dinâmico semelhante a um filme de cinema).
Ao chegar na artéria que nutre o tumor, a segunda equipe de médicos da Unacon do HGR injetou altas doses de quimioterapia na artéria que foi obstruída ou embolizada por susbstâncias que se solidificam em contato com o fígado. Nessa etapa o câncer morre por falta de oxigênio no sangue.
O anúncio do sucesso da cirurgia foi feita em entrevista coletiva pelo governador José de Anchieta Júnior, o secretário de saúde Samir Hatem e a equipe de médicos que realizou a cirurgia. Anchieta destacou que a implantação de mais este serviço médico soma a humanização do atendimento a população de Roraima uma vez que o paciente tem a recuperação junto a família.
Além da oncologia Anchieta informou que o estado deve investir nas especialidades médicas da ortopedia, cardiologia e nefrologia. O secretário de Saúde Samir Hatem afirmou que uma das metas de trabalho é trazer mais recursos para saúde a fim de aumentar as especialidades médicas, estimular e valorizar os trabalhadores que já fazem parte do quadro de servidores da Secretaria de Saúde e aumentar o número de atendimento da média e alta complexidade no Estado.
Fonte: http://www.bvnews.com.br/cotidiano4235.htm
Substância no veneno de serpentes pode auxiliar na cura do câncer
Durante a pesquisa, Thereza e sua equipe observaram que diferentes desintegrinas purificadas do veneno de cobras, como a Bothrops jararaca e as espécies asiáticas Agkistrodon rhodostoma e a Trimeresurus flavoviridis, são capazes de reduzir a capacidade de ativação e a migração de células de um tipo de melanoma – um câncer de pele com grande capacidade de formar metástases, especialmente nos pulmões – em camundongos.
Os pesquisadores constataram que as desintegrinas têm a capacidade de bloquear ou alterar a função de outra família de proteínas, as integrinas, proteínas presentes na membrana celular que são utilizadas pelas células cancerosas para se multiplicar.
- A proliferação da célula cancerosa durante a metástase está relacionada à sua capacidade de aderir a outras células e migrar para outros órgãos do organismo. Essa adesão é feita a partir das integrinas e seus ligantes na matriz extracelular - explica a pesquisadora.
As desintegrinas, por terem em sua estrutura molecular elementos semelhantes aos de proteínas da matriz extracelular, “confundem” a célula cancerosa e interagem com as integrinas. Desse modo, elas impedem sua associação às proteínas de matriz extracelular e própria migração tumoral.
Para testar o efeito das desintegrinas, a equipe vem realizando, desde 2005, experimentos in vitro (apenas em células) e testes em cobaias, no Laboratório de Farmacologia Bioquímica e Celular do Ibrag/Uerj.
Os resultados foram animadores. Segundo Thereza, nos camundongos que receberam as desintegrinas, o processo de metástase diminuiu substancialmente. Já no grupo de animais que não recebeu a medicação, houve uma alta formação de tumores no pulmão. No entanto, ainda não sabe o efeito dessas desintegrinas sobre outros tipos de tumores cancerosos.
Para Thereza, um dos grandes desafios de utilizar o veneno de serpentes em pesquisa é o alto custo. Ela explica que o veneno de serpentes tem centenas de proteínas e as desintegrinas são apenas uma fração mínima na composição dele, o que torna o processo de isolamento dessas proteínas custoso e de baixa produção. A próxima etapa do projeto será estudar o efeito das desintegrinas em células de melanomas humanos, in vitro.
Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/03/17/e170323670.asp
Arteterapia ajuda no tratamento do câncer de mama
A terapia com a arte ajuda a combater o estresse que é um dos maiores desafios para as pacientes após o diagnóstico do câncer de mama e também ao enfrentar o tratamento da doença.
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/33065+arteterapia+ajuda+no+tratamento+do+cancer+de+mama
sábado, 14 de março de 2009
Matéria - Câncer de Laringe
Sintomas
Na história do paciente, o primeiro sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de um "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Fatores de Risco
Há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar, com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe. Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço.
Tratamento
O tratamento dos cânceres da cabeça e pescoço pode causar problemas nos dentes, fala e deglutição. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior é a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais.
Além dos resultados de sobrevida, considerações sobre a qualidade de vida dos pacientes entre as modalidades terapêuticas empregadas são muito importantes para determinar o melhor tratamento. O impacto da preservação da voz na qualidade de vida do paciente é importante, já que a laringectomia total (retirada total da laringe) implica na perda da voz fisiológica e em traqueostomia definitiva.
Entretanto, mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total, é possível a reabilitação da voz através da utilização de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas. De acordo com a localização e estágio do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia, havendo uma série de procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e do paciente.
Em alguns casos, com o intuito de preservar a voz, a radioterapia pode ser selecionada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor. A associação da quimio e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, desenvolvidos para tumores mais avançados. Os resultados na preservação da laringe têm sido positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados.
Fonte: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=332
SUS terá tratamento integral de câncer
Uma nova portaria do Ministério da Saúde, que deve ser publicada hoje no "Diário Oficial da União", determina que todo hospital habilitado pelo SUS para atender pacientes com câncer ofereça um tratamento integral.
Ainda é comum no país o doente ser operado de um tumor em um hospital, fazer a quimioterapia ou a radioterapia em um segundo e, se precisar de um novo cuidado (uma cirurgia plástica reconstrutora, por exemplo), ter que procurar um terceiro serviço.
"É o paciente-ioiô. Vai para um serviço, não tem vaga, vai para outro, não oferece todo tratamento. É uma tristeza", relata Henrique Prata, diretor do Hospital de Câncer de Barretos, referência nacional em atendimento do SUS. Mais da metade dos pacientes da instituição fez tratamentos incompletos em outros serviços.
"É comum a gente receber paciente que operou de um tumor de cabeça e pescoço, por exemplo, teve o maxilar retirado na cirurgia e está se alimentando por sonda porque o hospital não fez a cirurgia plástica reconstrutora", conta Prata.
Com a nova portaria, o Ministério da Saúde pretende mudar essa realidade. Para continuarem habilitados pelo SUS, os hospitais terão de oferecer atendimento integral ao paciente oncológico. O país conta com 258 instituições com esse perfil --11 foram habilitadas pela nova portaria, entre elas o Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo.
Segundo Alberto Beltrame, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, o sistema anterior, que habilitava serviços isolados (só de químio ou radioterapia, por exemplo) deixava o paciente oncológico sem referência.
"Ele não era paciente de um serviço, era de vários e, no final, nenhum era responsável por ele. Agora, um único serviço ficará responsável pelo diagnóstico, tratamento e até pelo cuidado paliativo."
Ainda existem pelo menos 17 serviços isolados --de quimioterapia ou radioterapia, por exemplo-- que não conseguem oferecer uma assistência integral e, por isso, ficarão com habilitações provisórias.
Beltrame explica que, se o hospital não tiver condições de oferecer o atendimento integral em um mesmo espaço físico, o tratamento poderá ocorrer em outro local conveniado, mas a instituição continuará responsável pelo paciente. "A gente espera que isso diminua o tempo de espera para o tratamento e que melhore o prognóstico", diz ele.
Na avaliação da oncologista Nise Yamagushi, a integração dos serviços oncológicos é uma 'ótima notícia' e terá impacto positivo nas chances de cura do paciente do SUS.
Ela afirma, no entanto, ser preciso a criação de uma central reguladora de vagas oncológicas --o Ministério da Saúde diz que está estruturando esse serviço--, um treinamento permanente das equipes médicas e um maior número de vagas para a radioterapia.
Há um ano, a Folha revelou que 54 mil pessoas aguardavam na fila da radioterapia, um dos principais gargalos do atendimento oncológico no SUS. Para oncologistas, o quadro não mudou. No Hospital de Câncer de Barretos, por exemplo, há uma fila de espera de 1.200 pessoas. A demora para o tratamento chega a 120 dias.
Segundo o Ministério da Saúde, no último ano, foram incorporados dois novos serviços de radioterapia no SUS, totalizando 137. Até 2012, serão 147 serviços.
"A implantação de um novo serviço de radioterapia demanda tempo e logística complexa, não se podendo avaliar o seu impacto dentro do mesmo ano. Pela duração média dos tratamentos, é baixa a acumulação de doentes de radioterapia de um ano para outro", diz o ministério, em nota.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u534024.shtml
segunda-feira, 9 de março de 2009
Cientistas identificam enzima responsável pelo alastramento do câncer
Cientistas britânicos afirmam ter descoberto a enzima responsável pelo alastramento das células cancerígenas, um processo conhecido como metástase.
Em um estudo publicado na revista científica "Cancer Cell", os pesquisadores afirmam que a enzima chamada LOX é crucial na evolução da metástase, que ocorre quando o câncer se espalha para outras partes do corpo.
Em muitos casos de câncer, não é o tumor inicial que mata --o perigo está nas células que viajam para outras partes do corpo-- um processo responsável por 90% das mortes relacionadas à doença.
O estudo indica que a LOX atua enviando sinais para preparar a área do corpo que será atingida pelas células cancerígenas. Segundo os cientistas, sem este processo de preparação, o ambiente pode ser muito hostil para possibilitar o crescimento do câncer.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas do Câncer analisaram o processo em camundongos, mas estão confiantes de que as descobertas poderão ser aplicadas em humanos com diversos tipos de câncer.
Tratamento
De acordo com Janine Erler, responsável pelo estudo, a descoberta é "a peça chave que estava faltando do quebra-cabeças".
Erler afirma que se trata da primeira vez que uma enzima é identificada como responsável pelo alastramento da doença e a descoberta pode ajudar no tratamento do câncer.
"Se conseguirmos interromper a habilidade do corpo em preparar novas áreas para a chegada das células cancerígenas, podemos prevenir a metástase com eficácia", disse ela.
"É bastante difícil tratar a metástase do câncer e a nova descoberta oferece uma esperança real para o desenvolvimento de uma droga que possa combater a propagação da doença", afirmou.
Para Julie Sharp, diretora de informação da ONG britânica Cancer Research, que fomenta a pesquisa sobre a doença, a melhor compreensão sobre o processo de alastramento do câncer é crucial para aprimorar o tratamento contra doença.
"Essa pesquisa aproxima os cientistas do entendimento deste problema enorme. O próximo passo será descobrir como a enzima LOX pode ser desativada para impedir o alastramento da doença", disse Sharp
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u531252.shtml