HAVANA, 20 JUN (ANSA) - Um escorpião endêmico de Cuba será criado em cativeiro para ampliar a fabricação de um medicamento para tratamento contra o câncer produzido a partir de seu veneno, informaram fontes locais.
O Laboratório Biológico Farmacêutico (Labiofam) ampliou a criação do escorpião Rhopalurus junceus, conhecido como escorpião azul, para extrair realizar a extração do veneno e fabricar o remédio Vidatox.
A retirada do veneno é feita por meio de estímulos elétricos que provocam a liberação da toxina. Em média, cada escorpião azul fornece 0,02 mililitros, ou seja, de duas a três gotas da substância.
O medicamento já foi aplicado em pacientes em Cuba, em outros países latino-americanos e em nações europeias. Ele tem como efeito beneficiar o estado de pessoas que sofrem de tumores cancerígenos no pulmão, nas mamas, no colo do útero, na próstata, no pâncreas e no intestino grosso.
Os especialistas cubanos defendem sua eficácia na melhora de qualidade de vida dos pacientes, na recuperação de peso e de apetite e na diminuição do consumo de analgésicos tradicionais. (ANSA)
Fonte: http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/201106201348403600/201106201348403600.html
sábado, 25 de junho de 2011
Vacina viral ataca tumores de próstata, mostra pesquisa
Experimentos feitos em camundongos por uma equipe internacional de cientistas tiveram sucesso animador na tarefa de ensinar o organismo dos bichos a combater tumores de próstata.
Os roedores de laboratório receberam uma vacina terapêutica contra o câncer, feita a partir de genes que só ficam ativos na próstata.
Com isso, seu corpo mobilizou as próprias defesas para lutar contra tumores que já estavam estabelecidos. Em 80% dos casos, a doença acabou sendo eliminada.
Ainda são necessários anos de novos estudos antes de a abordagem poder ser testada em seres humanos, e problemas associados a ela podem acabar aparecendo, mas a pesquisa parece ter obtido avanços num ponto crucial: como induzir o ataque às células cancerosas sem danificar o resto do organismo.
O estudo acaba de ser publicado na versão digital da revista científica Nature Medicine. A equipe, liderada por Alan Melcher, da Universidade de Leeds, no norte do Reino Unido, recrutou a ajuda de um vírus para a tarefa (veja infográfico acima).
É cada vez mais comum que aliados virais sejam usados para projetar terapias envolvendo DNA. No caso do VSV (vírus da estomatite vesicular, na sigla inglesa), o interesse surgiu porque ele é naturalmente capaz de atacar certos tumores.
Como seus efeitos em humanos não costumam passar de sintomas parecidos com uma gripe, considera-se relativamente seguro trabalhar com o vírus. Desta vez, no entanto, o interesse era usá-lo como veículo para os genes ativos na próstata.
Tais genes, obtidos de próstatas humanas normais (sem câncer) foram contrabandeados para dentro do material genético do VSV e injetados nos camundongos.
Os vírus, por sua vez, fizeram o serviço sujo de induzir a produção elevada de moléculas típicas da próstata, cuja receita está contida nos genes escolhidos pelos cientistas. Uma delas é a PSA, usada justamente para diagnosticar tumores de próstata.
Diante da presença aumentada das substâncias específicas do órgão, e da própria ação do vírus, o corpo dos ratinhos foi estimulado a reagir contra os cânceres.
Isso provavelmente aconteceu porque as moléculas derivadas do tecido da próstata foram lidas como um corpo estranho pelo organismo, do mesmo modo que ele interpretaria a invasão de um parasita, dizem os cientistas.
Ao mesmo tempo, os tecidos saudáveis da próstata dos camundongos não foram atacados isso quando o tratamento era sistêmico, ou seja, quando os vírus eram simplesmente injetados na corrente sanguínea.
Não está muito claro ainda o porquê disso. Os cientistas especulam, no entanto, que a passagem do vírus alterado pelo sangue ajudaria a potencializar a reação do sistema imunológico (de defesa).
Outro truque interessante, a julgar pelo experimento, seria usar genes ligados à próstata de outra espécie de mamífero, porque isso também parece fortalecer a reação de defesa do organismo.
Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/vacina-viral-ataca-tumores-de-prostata-mostra-pesquisa_115142/
Os roedores de laboratório receberam uma vacina terapêutica contra o câncer, feita a partir de genes que só ficam ativos na próstata.
Com isso, seu corpo mobilizou as próprias defesas para lutar contra tumores que já estavam estabelecidos. Em 80% dos casos, a doença acabou sendo eliminada.
Ainda são necessários anos de novos estudos antes de a abordagem poder ser testada em seres humanos, e problemas associados a ela podem acabar aparecendo, mas a pesquisa parece ter obtido avanços num ponto crucial: como induzir o ataque às células cancerosas sem danificar o resto do organismo.
O estudo acaba de ser publicado na versão digital da revista científica Nature Medicine. A equipe, liderada por Alan Melcher, da Universidade de Leeds, no norte do Reino Unido, recrutou a ajuda de um vírus para a tarefa (veja infográfico acima).
É cada vez mais comum que aliados virais sejam usados para projetar terapias envolvendo DNA. No caso do VSV (vírus da estomatite vesicular, na sigla inglesa), o interesse surgiu porque ele é naturalmente capaz de atacar certos tumores.
Como seus efeitos em humanos não costumam passar de sintomas parecidos com uma gripe, considera-se relativamente seguro trabalhar com o vírus. Desta vez, no entanto, o interesse era usá-lo como veículo para os genes ativos na próstata.
Tais genes, obtidos de próstatas humanas normais (sem câncer) foram contrabandeados para dentro do material genético do VSV e injetados nos camundongos.
Os vírus, por sua vez, fizeram o serviço sujo de induzir a produção elevada de moléculas típicas da próstata, cuja receita está contida nos genes escolhidos pelos cientistas. Uma delas é a PSA, usada justamente para diagnosticar tumores de próstata.
Diante da presença aumentada das substâncias específicas do órgão, e da própria ação do vírus, o corpo dos ratinhos foi estimulado a reagir contra os cânceres.
Isso provavelmente aconteceu porque as moléculas derivadas do tecido da próstata foram lidas como um corpo estranho pelo organismo, do mesmo modo que ele interpretaria a invasão de um parasita, dizem os cientistas.
Ao mesmo tempo, os tecidos saudáveis da próstata dos camundongos não foram atacados isso quando o tratamento era sistêmico, ou seja, quando os vírus eram simplesmente injetados na corrente sanguínea.
Não está muito claro ainda o porquê disso. Os cientistas especulam, no entanto, que a passagem do vírus alterado pelo sangue ajudaria a potencializar a reação do sistema imunológico (de defesa).
Outro truque interessante, a julgar pelo experimento, seria usar genes ligados à próstata de outra espécie de mamífero, porque isso também parece fortalecer a reação de defesa do organismo.
Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/vacina-viral-ataca-tumores-de-prostata-mostra-pesquisa_115142/
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Estado deve fornecer medicamento a portador de câncer linfático
O juiz Paulo de Tarso Pires Nogueira, titular da 6ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Clóvis Beviláqua, determinou que o Estado do Ceará forneça o medicamento Rituximab (Mabthera) ao paciente P.A.S., portador de câncer nos gânglios linfáticos.
A decisão do magistrado foi publicada na última 6a.feira (10/06), no Diário da Justiça Eletrônico.
Conforme o processo (0148377-82.2011.8.06.0001), o paciente não tem condições de custear o tratamento, que deveria ter começado desde o início do segundo semestre de 2010, quando os médicos diagnosticaram a doença e encaminharam o caso para a Secretaria de Saúde do Estado.
P.A.S. encontra-se bastante debilitado e corre risco de morte, tendo em vista que as quimioterapias convencionais não têm surtido efeito. Por isso, ele recorreu à Justiça com pedido de antecipação de tutela, o que foi acatado pelo juiz.
Ao julgar o processo, o juiz afirmou que os documentos apresentados por P.A.S. provam o seu grave estado de saúde.
"O presente caso se enquadra nessa hipótese de preservação da vida humana tendo como elemento viabilizador a adoção de medida jurisdicional temporária em face da caracterização do dano iminente", considerou o magistrado.
Fonte: TJ/Ceará - http://www.direitoce.com.br/noticias/49852/.html
A decisão do magistrado foi publicada na última 6a.feira (10/06), no Diário da Justiça Eletrônico.
Conforme o processo (0148377-82.2011.8.06.0001), o paciente não tem condições de custear o tratamento, que deveria ter começado desde o início do segundo semestre de 2010, quando os médicos diagnosticaram a doença e encaminharam o caso para a Secretaria de Saúde do Estado.
P.A.S. encontra-se bastante debilitado e corre risco de morte, tendo em vista que as quimioterapias convencionais não têm surtido efeito. Por isso, ele recorreu à Justiça com pedido de antecipação de tutela, o que foi acatado pelo juiz.
Ao julgar o processo, o juiz afirmou que os documentos apresentados por P.A.S. provam o seu grave estado de saúde.
"O presente caso se enquadra nessa hipótese de preservação da vida humana tendo como elemento viabilizador a adoção de medida jurisdicional temporária em face da caracterização do dano iminente", considerou o magistrado.
Fonte: TJ/Ceará - http://www.direitoce.com.br/noticias/49852/.html
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Novas drogas aumentam sobrevida de pacientes com melanoma avançado
Segundo a OMS, todo ano são registrados cerca de 130 mil casos de melanoma no planeta, tipo mais agressivo de câncer de pele devido à sua alta capacidade de produzir metástase. Um estudo cientifico, apresentado à comunidade médica internacional no início desse mês, promete revolucionar o tratamento do melanoma.
Pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, testaram uma nova terapia para inibir a ação de um gene cujo papel é fundamental no desenvolvimento do melanoma. Os resultados do estudo foram apresentados na a 47ª Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco), realizada em Chicago, de 3 a 7 de junho. O evento é considerado o mais importante encontro da oncologia mundial. Uma equipe de especialistas do Núcleo de Oncologia da Bahia marcou presença no encontro, que abordou os últimos avanços na área.
O estudo comparativo, liderado pelo médico Paul Chapman, foi realizado com 675 pacientes com melanoma metastático que não haviam sido tratados anteriormente, portadores de mutações do gene BRAF. A metade dos pacientes foi submetida à terapia com vemurafenib, droga experimental administrada oralmente. O outro grupo foi tratado com quimioterapia convencional, a dacarbazina, substância que é usada desde 1975.
Depois de três meses, os resultados mostraram que pacientes tratados com o vemurafenib tiveram suas chances de sobrevida aumentadas 63% em comparação com os que usaram a quimioterapia convencional, além de terem apresentado 74% menos risco de avanço da doença. Além da eficácia nos resultados, menos de 10% dos pacientes tratados com a nova droga apresentaram efeitos colaterais.
“O tratamento representa um avanço significativo no tratamento do melanoma na medida que traz resultados efetivos e possibilita aumentar a longevidade e a qualidade de vida dos pacientes,” destaca a oncologista Clarissa Mathias, do Núcleo de Oncologia da Bahia, que esteve presente na Conferência da Asco.
Por sua capacidade de neutralizar a mutação celular, a nova droga foi considerada eficaz tanto para casos de melanoma em pacientes portadores de mutações genéticas específicas, como para aqueles que apresentam melanoma em estágio avançado com metástases.
Há a expectativa que as agências reguladoras de medicamentos nos EUA e Europa aprovem a nova droga até o fim do ano.
Outra pesquisa apresentada na Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco) revela que a combinação da droga ipilumumab com a quimioterapia também prolonga a vida de pacientes com melanoma em estágio avançado. A nova droga estimula o sistema imunológico a lutar contra a doença.
Com o novo tratamento, a taxa de sobrevida de três anos foi de 20,8% contra 12,2% para os pacientes tratados com a quimioterapia convencional. Em março passado, o novo medicamento, cujo nome comercial é Yervoy, foi aprovado pelo FDA (Federal Drugs Administration), agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA. O uso foi aprovado para pacientes com melanoma com metástase e sem chance de cirurgia.
“A expectativa da oncologia mundial é que a combinação dessas novas drogas, que será pesquisada pelos laboratórios a partir de agora, possa ser o caminho futuro no tratamento do melanoma,” explica a oncologista Clarissa Mathias.
Fonte: http://www.consuladosocial.com.br/?p=110333
Pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, testaram uma nova terapia para inibir a ação de um gene cujo papel é fundamental no desenvolvimento do melanoma. Os resultados do estudo foram apresentados na a 47ª Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco), realizada em Chicago, de 3 a 7 de junho. O evento é considerado o mais importante encontro da oncologia mundial. Uma equipe de especialistas do Núcleo de Oncologia da Bahia marcou presença no encontro, que abordou os últimos avanços na área.
O estudo comparativo, liderado pelo médico Paul Chapman, foi realizado com 675 pacientes com melanoma metastático que não haviam sido tratados anteriormente, portadores de mutações do gene BRAF. A metade dos pacientes foi submetida à terapia com vemurafenib, droga experimental administrada oralmente. O outro grupo foi tratado com quimioterapia convencional, a dacarbazina, substância que é usada desde 1975.
Depois de três meses, os resultados mostraram que pacientes tratados com o vemurafenib tiveram suas chances de sobrevida aumentadas 63% em comparação com os que usaram a quimioterapia convencional, além de terem apresentado 74% menos risco de avanço da doença. Além da eficácia nos resultados, menos de 10% dos pacientes tratados com a nova droga apresentaram efeitos colaterais.
“O tratamento representa um avanço significativo no tratamento do melanoma na medida que traz resultados efetivos e possibilita aumentar a longevidade e a qualidade de vida dos pacientes,” destaca a oncologista Clarissa Mathias, do Núcleo de Oncologia da Bahia, que esteve presente na Conferência da Asco.
Por sua capacidade de neutralizar a mutação celular, a nova droga foi considerada eficaz tanto para casos de melanoma em pacientes portadores de mutações genéticas específicas, como para aqueles que apresentam melanoma em estágio avançado com metástases.
Há a expectativa que as agências reguladoras de medicamentos nos EUA e Europa aprovem a nova droga até o fim do ano.
Outra pesquisa apresentada na Conferência Anual da American Society of Clinical Oncology (Asco) revela que a combinação da droga ipilumumab com a quimioterapia também prolonga a vida de pacientes com melanoma em estágio avançado. A nova droga estimula o sistema imunológico a lutar contra a doença.
Com o novo tratamento, a taxa de sobrevida de três anos foi de 20,8% contra 12,2% para os pacientes tratados com a quimioterapia convencional. Em março passado, o novo medicamento, cujo nome comercial é Yervoy, foi aprovado pelo FDA (Federal Drugs Administration), agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA. O uso foi aprovado para pacientes com melanoma com metástase e sem chance de cirurgia.
“A expectativa da oncologia mundial é que a combinação dessas novas drogas, que será pesquisada pelos laboratórios a partir de agora, possa ser o caminho futuro no tratamento do melanoma,” explica a oncologista Clarissa Mathias.
Fonte: http://www.consuladosocial.com.br/?p=110333
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Medicamento para diabetes vira nova arma contra o câncer
Metformina
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) testaram com sucesso uma nova via bioquímica para o tratamento do câncer.
O estudo associou a metformina, o principal medicamento utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, ao quimioterápico paclitaxel, droga utilizada em pacientes com câncer de mama e pulmão.
Nos estudos realizados in vitro e em cobaias, os pesquisadores conseguiram inibir o crescimento do tumor.
Esta associação representa um avanço na terapia-alvo e surge como nova linha de tratamento para os pacientes com câncer.
Obesidade: mal comum
Isto foi possível devido ao "insight" dos pesquisadores em perceber a lógica bioquímica que existe por trás de ambas as doenças, que têm uma causa comum para cerca de 30% dos casos de câncer registrados no mundo: a obesidade.
A estreita relação entre a obesidade e o câncer vem sendo confirmada por meio de estudos, pesquisas e análises em todo o mundo.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) classifica o excesso de peso como o segundo maior fator de risco evitável para a doença.
Segundo a União Internacional de Controle do Câncer, obesidade e sedentarismo são os principais fatores de risco para cerca de 30% dos casos da doença. O mecanismo de como isto acontece merece atenção de pesquisadores do mundo todo.
No caso do diabetes, a relação é a mesma. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade têm três vezes mais risco de desenvolverem diabetes do que uma pessoa considerada com peso normal. Para o tratamento do diabetes tipo 2, a droga mais utilizada no mundo é a metformina.
Erva medicinal
A metformina é um medicamento oral derivado da guanidina, o composto ativo originário da Galega officinalis, erva medicinal também conhecida como Lilac e usada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a Idade Média.
A metformina reduz a ocorrência de todas as complicações do diabetes e também pode reduzir discretamente os níveis de LDL, conhecido como colesteraol ruim, e de triglicérides.
"Na busca de um mecanismo comum para a origem da obesidade e do câncer e com o conhecimento prévio de que a metformina, ao entrar na célula, levava à ativação de uma proteína-chave que regula a proliferação celular, procuramos por quimioterápicos cujo efeito atuasse nesta mesma proteína. E achamos um que fazia isto. A ideia foi associar as drogas e o resultado que encontramos foi surpreendente", disse José Barreto Campello Caravalheira.
A reportagem completa em: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=medicamento-diabetes-combate-cancer&id=6614
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) testaram com sucesso uma nova via bioquímica para o tratamento do câncer.
O estudo associou a metformina, o principal medicamento utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, ao quimioterápico paclitaxel, droga utilizada em pacientes com câncer de mama e pulmão.
Nos estudos realizados in vitro e em cobaias, os pesquisadores conseguiram inibir o crescimento do tumor.
Esta associação representa um avanço na terapia-alvo e surge como nova linha de tratamento para os pacientes com câncer.
Obesidade: mal comum
Isto foi possível devido ao "insight" dos pesquisadores em perceber a lógica bioquímica que existe por trás de ambas as doenças, que têm uma causa comum para cerca de 30% dos casos de câncer registrados no mundo: a obesidade.
A estreita relação entre a obesidade e o câncer vem sendo confirmada por meio de estudos, pesquisas e análises em todo o mundo.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) classifica o excesso de peso como o segundo maior fator de risco evitável para a doença.
Segundo a União Internacional de Controle do Câncer, obesidade e sedentarismo são os principais fatores de risco para cerca de 30% dos casos da doença. O mecanismo de como isto acontece merece atenção de pesquisadores do mundo todo.
No caso do diabetes, a relação é a mesma. Indivíduos com sobrepeso ou obesidade têm três vezes mais risco de desenvolverem diabetes do que uma pessoa considerada com peso normal. Para o tratamento do diabetes tipo 2, a droga mais utilizada no mundo é a metformina.
Erva medicinal
A metformina é um medicamento oral derivado da guanidina, o composto ativo originário da Galega officinalis, erva medicinal também conhecida como Lilac e usada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a Idade Média.
A metformina reduz a ocorrência de todas as complicações do diabetes e também pode reduzir discretamente os níveis de LDL, conhecido como colesteraol ruim, e de triglicérides.
"Na busca de um mecanismo comum para a origem da obesidade e do câncer e com o conhecimento prévio de que a metformina, ao entrar na célula, levava à ativação de uma proteína-chave que regula a proliferação celular, procuramos por quimioterápicos cujo efeito atuasse nesta mesma proteína. E achamos um que fazia isto. A ideia foi associar as drogas e o resultado que encontramos foi surpreendente", disse José Barreto Campello Caravalheira.
A reportagem completa em: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=medicamento-diabetes-combate-cancer&id=6614
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Comunicação entre nanopartículas aumenta eficácia de terapia contra câncer
Em 1987, o filme Viagem Insólita ilustrou o sonho de explorar lugares pouco acessíveis do corpo humano com a atrapalhada aventura de um oficial da Marinha que navega a bordo de um submarino miniaturizado pela corrente sanguínea. Mais de duas décadas depois, a nanotecnologia saiu definitivamente das telas com a promessa de realizar as mais variadas "missões". Na medicina, partículas muito menores do que o diâmetro de um fio de cabelo poderiam levar medicamentos potentes a lugares específicos do corpo, como tumores. Um dos grandes desafios dos pesquisadores é fazer com que as drogas atinjam o alvo em cheio. Em um novo estudo, cientistas norte-americanos afirmam ter encontrado uma estratégia promissora que pode aumentar a eficácia do tratamento contra o câncer.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Instituto de Pesquisa Médica Sanford-Burnham e Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, desenvolveram uma abordagem baseada na “comunicação de nanopartículas”, tendo como exemplo os próprios processos de coagulação do corpo humano. A estratégia pode aumentar em até quarenta vezes a eficácia do transporte de drogas até os tumores.
De acordo com a estratégia proposta, o ataque ao tumor seria planejado como em uma guerra. Algumas nanopartículas cumpririam a função de estabelecer a linha de frente da invasão. Estes "soldados" atravessariam minúsculos orifícios de vasos sanguíneos para chegar ao tumor. Lá, aumentariam a temperatura do local ou se grudariam a proteínas encarregadas de desencadear processos de coagulação.
O corpo entenderia que tais processos indicam a presença de um machucado. Então, fibrinas (proteínas que agem com plaquetas para conter hemorragias e selar cortes) passariam a se movimentar rumo à lesão. Neste ponto, a segunda linha de nanopartículas entraria em ação: usando armaduras especiais, estes soldados grudariam nas fibrinas – pegando “carona” até o local da batalha. Uma vez no destino, entregariam as drogas para combater o tumor.
A abordagem da equipe é baseada nas séries de reações do organismo que ocorrem durante a coagulação. Primeiro, o corpo detecta a presença de um ferimento em algum vaso. Depois, proteínas presentes no sangue passam a interagir em diferentes processos para formar cadeias de fibrina. “Há bons exemplos na biologia em que comportamentos complexos emergem como resultado da interação, cooperação e comunicação entre componentes individuais simples”, afirma Geoffrey von Maltzahn, principal autor do estudo publicado na Nature Materials.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/comunicacao-entre-nanoparticulas-aumenta-eficacia-de-terapia
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Instituto de Pesquisa Médica Sanford-Burnham e Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, desenvolveram uma abordagem baseada na “comunicação de nanopartículas”, tendo como exemplo os próprios processos de coagulação do corpo humano. A estratégia pode aumentar em até quarenta vezes a eficácia do transporte de drogas até os tumores.
De acordo com a estratégia proposta, o ataque ao tumor seria planejado como em uma guerra. Algumas nanopartículas cumpririam a função de estabelecer a linha de frente da invasão. Estes "soldados" atravessariam minúsculos orifícios de vasos sanguíneos para chegar ao tumor. Lá, aumentariam a temperatura do local ou se grudariam a proteínas encarregadas de desencadear processos de coagulação.
O corpo entenderia que tais processos indicam a presença de um machucado. Então, fibrinas (proteínas que agem com plaquetas para conter hemorragias e selar cortes) passariam a se movimentar rumo à lesão. Neste ponto, a segunda linha de nanopartículas entraria em ação: usando armaduras especiais, estes soldados grudariam nas fibrinas – pegando “carona” até o local da batalha. Uma vez no destino, entregariam as drogas para combater o tumor.
A abordagem da equipe é baseada nas séries de reações do organismo que ocorrem durante a coagulação. Primeiro, o corpo detecta a presença de um ferimento em algum vaso. Depois, proteínas presentes no sangue passam a interagir em diferentes processos para formar cadeias de fibrina. “Há bons exemplos na biologia em que comportamentos complexos emergem como resultado da interação, cooperação e comunicação entre componentes individuais simples”, afirma Geoffrey von Maltzahn, principal autor do estudo publicado na Nature Materials.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/comunicacao-entre-nanoparticulas-aumenta-eficacia-de-terapia
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