domingo, 25 de setembro de 2011
Radiação alfa tem sucesso contra câncer de próstata
Imperativo ético
Um teste clínico de um novo tratamento contra o câncer teve que ser interrompido prematuramente porque seus resultados foram bons demais.
Os médicos do Royal Marsden Hospital, em Londres, afirmaram que não seria ético não oferecer o tratamento para todos os participantes do teste, todos eles sofrendo da mesma doença.
Durante os ensaios clínicos, uma parte dos pacientes recebe o tratamento que está sendo desenvolvido, enquanto outra parte recebe um placebo, para que os médicos possam se assegurar da eficácia do novo medicamento ou tratamento.
Neste caso, quando os médicos viram os resultados extremamente promissores, eles alegaram que seria antiético continuar "tratando" metade dos pacientes com placebo.
Radiação alfa
O novo tratamento é um radioterápico à base de radiação alfa.
Os pacientes que o receberam viveram mais tempo, tiveram menos dores e experimentaram menos efeitos colaterais do que os pacientes que receberam o tratamento normal contra câncer de próstata.
A radiação é um tratamento padrão contra tumores. Ela danifica o código genético das células cancerosas, o que leva à sua destruição.
As partículas alfa são os brutamontes do mundo da radiação. Elas têm a mesma estrutura dos núcleos de hélio, sendo muito maiores do que a radiação beta, uma corrente de elétrons, e do que as ondas gama.
Desta forma, enquanto são necessários milhares de "bombardeamentos" da célula com partículas beta, no máximo três partículas alfa fazem o mesmo trabalho.
Novas opções
Este é o segundo teste bem-sucedido com novas drogas contra o câncer de próstata que teve sucesso nos últimos dias.
Como no caso anterior, o novo tratamento à base de radiação alfa é voltado para pacientes com câncer avançado de próstata, que se espalha para os ossos, para os quais não há tratamentos atualmente disponíveis.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=tratamento-radiacao-alfa-cancer-prostata&id=6973
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Combinação de novas substâncias pode substituir quimioterapia contra câncer de mama
A associação de alguns tipos de anticorpos como medicamento está sendo estudada em centros de pesquisa de todo o mundo como nova droga de combate ao câncer de mama. As novas opções de tratamento estudadas foram apresentadas recentemente durante o 6º Congresso Câncer de Mama pelo diretor científico do Instituto Catalão de Oncologia, Ramon Colomer.
Foram enfatizadas pelo pesquisador os avanços que o tratamento deste tipo de câncer teve nos últimos 10 anos, que o fazem não ser mais considerado um vilão para as mulheres. Mas para avançar no tratamento, principalmente da doença tipo HER2 positivo, que contempla 20% dos tipos de câncer de mama, dezenas de pesquisas com novos medicamentos vêm sendo desenvolvidas com testes em centros de diversos países, incluindo o Brasil.
Os estudos ainda estão em andamento, mas apontam melhoras na resposta ao tratamento, dando sobrevida à paciente e estabilizando a doença quando uma combinação de anticorpos é ministrada juntamente com a quimioterapia. Entre os anticorpos de maior poder, Colomer destaca a associação do pertuzumab e do trastuzumab com o docetaxel, medicamento da quimioterapia.
Testados em pacientes em estágios diferentes da doença, em diferentes quantidades e associações, as novas drogas estão tendo seu poder de ação potencializado quando ministradas combinadas.
— A tendência para o tratamento no futuro é a associação dessas drogas, que têm mais ação do que quando ministradas separadamente — enfatiza o pesquisador.
Segundo o oncologista brasileiro Sérgio Simon, os novos medicamentos chegarão aos consultórios médicos dentro de três anos e poderão, no futuro, a partir de mais pesquisas, substituir a quimioterapia.
— Pesquisas em laboratório, com ratos, já mostram que é possível, mas ainda é preciso avançar para aplicar aos humanos — adianta.
Fonte: http://www.radiofandango.com.br/archive/valor.php?noticia=23149
Novo tratamento para câncer de próstata
Tratamento combinado
Cientistas da Universidade Queens, no Reino Unido, criaram um tratamento combinado para o câncer de próstata.
O tratamento é o primeiro desse tipo a ser desenvolvido.
Ele combina o tratamento tradicional de quimioterapia com duas doses de uma substância química radioativa, capaz de atingir áreas do osso afetadas pela doença.
Rênio
Os resultados demonstram que é seguro e viável para combinar múltiplas injeções da substância radioativa Rênio-186 HEDP, juntamente com a quimioterapia padrão.
O tratamento é destinado a homens com uma forma avançada e agressiva do câncer de próstata, que já tenha se espalhado para os ossos.
A terapia foi bem-sucedida na primeira fase de ensaios, e será agora testada em uma segunda fase, com maior número de pacientes.
O câncer de próstata agressivo e avançado é tratado com quimioterapia. Contudo, os benefícios deste tratamento são geralmente de curta duração, com uma sobrevida muito pequena para o paciente.
A combinação de dois tipos diferentes de drogas pode ajudar a melhorar os resultados, incluindo a sobrevivência dos pacientes.
Melhores resultados
"Os tratamentos de quimioterapia tradicional nem sempre são eficazes no tratamento das formas agressivas e avançadas do câncer de próstata.
"Por isso precisávamos desenvolver um novo tratamento, que dará melhores resultados para pacientes com este tipo de câncer.
"A segunda fase do teste já começou na Holanda e vai começar no Reino Unido dentro de seis meses. O estudo envolverá até 100 pacientes da Irlanda do Norte e dos Países Baixos e espera-se que resultados sejam conhecidos dentro de dois anos, disse Joe O'Sullivan, membro da equipe que desenvolveu o novo tratamento.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=novo-tratamento-cancer-prostata&id=6961
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Cientistas marcam células de câncer com tinta fluorescente
Tentar remover todas as células cancerígenas durante a cirurgia pode ser muito difícil. Elas, com freqüência, têm a mesma cor que as saudáveis, por isso, há o risco do cirurgião deixar algumas células cancerígenas para trás. Com o tempo, há chances dessas células cancerígenas que ficaram podem crescer e desenvolver um novo câncer. Mas uma nova técnica que deixa as células de câncer no ovário brilhantes pode mudar isso.
Uma pesquisa da Universidade de Groningen, nos Países Baixos, usou como base o fato de que a maioria das células de câncer apresenta um receptor de ácido fólico, o que não existe nas células saudáveis.
Eles fizeram uma "pintura" das células cancerígenas. Acrescentaram uma substância fluorescente ao ácido fólico e aplicaram essa mistura em um grupo de mulheres duas horas antes da cirurgia para remover seus tumores. O ácido com a cor fluorescente foi absorvido pelas células cancerígenas, mas não pelas saudáveis. Uma vez no organismo, os cirurgiões usaram uma câmera para detectar a parte brilhante e, assim, visualizar melhor o tumor.
O próximo passo dos pesquisadores é descobrir se o método realmente aumenta a sobrevida dos pacientes.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI266221-17770,00-CIENTISTAS+MARCAM+CELULAS+DE+CANCER+COM+TINTA+FLUORESCENTE.html
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Tratamento com iodo radioativo pode curar diversos tumores
Pesquisadores espanhóis desenvolveram um novo tratamento genético para diferentes tipos de câncer, como de pele, pulmão e cólon, usando iodo radioativo, geralmente aplicado para combater células cancerígenas da tireoide.
Pesquisadores do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC, na sigla em espanhol) e do Hospital La Paz, em Madri, realizaram um estudo com ratos utilizando um gene denominado NIS, presente nas células da tireoide. O tratamento com iodo radioativo do câncer de tireoide é eficaz graças a este gene, que transporta o iodo ao interior da célula.
Para inserir o gene em um tecido que não era o seu, os cientistas utilizaram um vetor, neste caso um vírus (adenovírus) modificado geneticamente para levar o DNA às células cancerígenas.
De acordo com o pesquisador Garcilaso Riesco-Eizaguirre, do Instituto de Pesquisa Biomédica do Hospital La Paz, este avanço abre a possibilidade para um futuro tratamento do melanoma com iodo radioativo.
"Graças ao tratamento genético, podemos utilizar o NIS de forma exógena em outros tipos de câncer e estender o uso médico do iodo radioativo", afirmou.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/975795-tratamento-com-iodo-radioativo-pode-curar-diversos-tumores.shtml
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Droga com flor do Egito antigo combate câncer em cobaias
Um novo remédio feito com uma flor que já tinha usos medicinais no Egito antigo pode destruir células de câncer, diz uma pesquisa realizada por cientistas britânicos.
A nova droga produzida a partir do açafrão-do-prado (Colchicum autumnale) circula na corrente sanguínea, mas só é ativada por uma substância química emitida por tumores malignos.
Segundo o estudo, ela ataca as células cancerosas que se espalharam, mas deixa intactos os tecidos saudáveis.
O remédio foi testado com sucesso em camundongos contra câncer de mama, intestino, pulmão e próstata, mas deve ser eficiente contra qualquer tipo de tumor sólido, afirmam os pesquisadores.
Nos testes de laboratório, metade dos camundongos ficou completamente curada após uma única injeção da droga e houve redução no ritmo de crescimento dos tumores em todos os animais testados.
Os testes clínicos devem começar em até dois anos.
"INANIÇÃO"
Os pesquisadores dizem que a chave para o sucesso do tratamento é que ele é ativado por uma enzima usada pelos tumores para invadir os tecidos a seu redor.
Uma vez ativado, o remédio destrói as veias que alimentam o tumor e faz com que o câncer morra de "inanição".
"O que criamos é, efetivamente, uma 'bomba inteligente', que pode ser direcionada para matar qualquer tumor sólido, aparentemente sem danificar os tecidos saudáveis", comentou o líder da pesquisa da Universidade de Bradford, Laurence Patterson.
VENENO
O extrato do açafrão-do-prado tem um histórico de usos medicinais e também como veneno na Grécia e no Egito antigos.
Mais frequentemente, a substância colchicina, retirada da planta, é usada no tratamento de crises de gota.
Tentativas anteriores de usá-la no combate ao câncer fracassaram devido à alta toxicidade do composto, mas o problema teria sido resolvido depois que a equipe britânica conseguiu torná-la inofensiva até entrar em contato com um tumor.
A nova droga pertence à mesma família de remédios do Paclitaxel, o agente de quimioterapia mais usado no mundo, produzido a partir da casca da árvore Taxus brevifolia.
"Se [os resultados] forem confirmados em testes de laboratórios mais extensos, os remédios baseados nessa abordagem podem ser muito úteis como parte de uma combinação de tratamentos contra diversos tipos de câncer", disse Paul Workman, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres.
Pacientes do Hospital de St. James, em Leeds, poderão ser os primeiros a testar o novo remédio dentro de 18 a 24 meses.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/973753-droga-com-flor-do-egito-antigo-combate-cancer-em-cobaias.shtml
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Anticorpos atacam câncer por dentro, revela novo estudo
É possível contrabandear anticorpos para dentro das células do tumor, atacando o câncer de forma mais específica, revela uma pesquisa.
O estudo, assinado por pesquisadores em Cingapura e nos EUA, mostrou que a estratégia pode ser bem sucedida ao testá-la em camundongos.
A abordagem, além de ter aplicação terapêutica, também poderia funcionar como uma vacina anticâncer, ensinando o organismo a se proteger contra a doença antes mesmo que ela apareça.
O estudo, coordenado por Qi Zeng, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Agência de Ciência, Tecnologia e Pesquisa de Cingapura, teve destaque na revista "Science Translational Medicine", voltada para estudos com potencial de aplicação. A vantagem dessas moléculas é a sua especificidade.
Num sistema de chave e fechadura, elas são projetadas para grudarem em seu alvo biológico, o chamado antígeno (normalmente uma molécula específica do agente causador da doença).
Ao se conectar a essa molécula, o anticorpo pode detonar o causador da doença ou deixá-lo "marcado para morrer": o anticorpo ajuda a recrutar outros elementos do sistema de defesa do organismo, que acabam destruindo o agente da doença.
Portanto, atacar um tumor usando essas armas exigiria apenas identificar um antígeno específico das células cancerosas e produzir anticorpos que se liguem a ele.
Com isso, os efeitos colaterais típicos da quimioterapia poderiam até ser contornados, uma vez que a parte saudável do organismo seria poupada do ataque.
DOGMA DESAFIADO
Na prática, a coisa é mais complicada. A começar pelo fato de que muitos dos potenciais antígenos de câncer são proteínas que moram no interior das células tumorais. Isso era um problema porque os anticorpos são moléculas grandalhonas. Não conseguiriam passar pelas brechas da membrana celular e chegar até esses alvos, que normalmente são proteínas fora de controle por causa de alguma mutação.
Por isso, até hoje, os anticorpos contra câncer só se atracam com antígenos que ficam na parte de fora da células, na membrana celular.
Zeng e companhia, no entanto, trabalharam com base numa pista antes negligenciada. Em doenças autoimunes, aquelas nas quais o organismo se volta contra si mesmo, os anticorpos não só parecem se enfiar membrana celular adentro como afetam seus alvos no interior da célula, levando-a a se suicidar.
Se é possível nessas doenças, pode acontecer em outros contextos mais benignos, raciocinaram os cientistas.
Eles injetaram, em camundongos, células tumorais que carregavam dois potenciais antígenos, proteínas do interior da célula que têm um papel na origem do câncer.
Depois, deram a parte dos bichos anticorpos específicos para essas proteínas. Os roedores que receberam os anticorpos conseguiram enfrentar melhor a doença.
Num outro teste, eles primeiro colocaram o antígeno no organismo de camundongos saudáveis, criando uma vacina anticâncer.
Em outras vacinas, é assim que funciona: doses do antígeno fazem o organismo produzir seus próprios anticorpos. De novo, funcionou: ao receberem injeções de células de câncer, os animais se viraram bem contra a doença.
Os cientistas afirmam que essa abordagem daria certo, por exemplo, em pessoas com uma mutação conhecida que leva ao câncer, personalizando o tratamento.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/973795-anticorpos-atacam-cancer-por-dentro-revela-novo-estudo.shtml
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domingo, 11 de setembro de 2011
Câncer de próstata avançado tem novo tratamento
Os pacientes com câncer de próstata avançado, já resistente ao tratamento convencional, terão em breve uma nova opção. Um estudo identificou uma droga capaz de aumentar a sobrevida desses casos, suavizando sintomas e prometendo melhorar a qualidade de vida.
Teste feito com o Acetato de Abiraterona - publicado na revista especializada “The New England Journal os Medicine” - mostrou que ele pode aumentar em ate 36 % a sobrevida de pacientes que não reagem às terapias atuais, incluindo o tratamento com hormonioterapia.
O estudo acompanhou 1.195 pessoas e verificou que o aumento do tempo de vida dos pacientes que usaram a nova droga foi de 14,8meses em média.
“Até um ano atrás, quando a quimioterapia falhava, o paciente ficava sem tratamento. Agora vamos ter alternativas. O acetato de abiraterona não é a única droga existente com essse objetivo, mas mostrou um excelente resultado”, afirmou Fernando Maluf, chefe do Departamento de Oncologia Clínica do Hospital São Jose (SP).
O medicamento já foi aprovado pelo FDA (órgão que regula remédios e alimentos nos Estados Unidos). No Brasil, a previsão de lançamento é para 2013.
O câncer de próstata -o segundo mais comum entre homens do mundo- usa a testosterona como uma espécie de combustível para conseguir se desenvolver.Uma das primeiras etapas do tratamento desse câncer é justamente inibir a produção do hormônio masculino.
COMO FUNCIONA
Após algum tempo, no entanto, essa limitação deixa de fazer efeitos em certos pacientes. È como se o tumor encontrasse um plano B e começasse a “se alimentar” de outras fontes.
O acetato de abiraterona age inibindo a síntese de outros hormônios masculinos que, embora ajudem a manter as características sexuais do homem, serve de combustível alternativo para o câncer de próstata, estimulando seu crescimento.
Uma das vantagens da nova droga é que ela funciona por via oral. Boa parte dos tratamentos em estudo para tratar pacientes resistentes às terapias atuais precisa ser aplicado por injeções, uma característica que tradicionalmente diminui o índice de adesão e permanência nas terapias.
Segundo os autores do trabalho, chefiado por Johann Bono, do Instituto de Pesquisas de Câncer do Royal Marsden NHS Foundation Trust, houve uma alta adesão ao tratamento com abiraterona.
Ainda segundo o estudo, o acetato também agiu no controle da dor óssea, uma das características do estado avançado da doença.
Fonte:http://www.radiology.com.br/materias/rad_materias.asp?flag=1&id_materia=986
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Novo procedimento médico revoluciona tratamento do câncer no colo do útero
Considerada “ampliada” pela abrangência da área ocupada pelos órgãos removidos, a histerectomia utiliza pequenas pinças para a realização da cirurgia
Um dos raros tipos de câncer com causas e métodos de prevenção conhecidos atualmente, o carcinoma do colo uterino mata, por ano, cerca de 230 mil mulheres no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número só não é maior do que o do câncer de mama. Buscando modernizar o tratamento da doença, o Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital São Rafael, em Salvador, realizou, no mês passado, um novo procedimento: a histerectomia ampliada por videolaparoscopia, cirurgia que dispensa a necessidade dos cortes profundos utilizados nos tratamentos tradicionais, diminuindo os riscos ligados aos procedimentos.
Considerada “ampliada" pela abrangência da área ocupada pelos órgãos removidos, a histerectomia por videolaparoscopia utiliza pequenas pinças, para a realização da cirurgia. “Introduzidas em furos de meio centímetro, feitos no abdômen, as pinças são guiadas por uma micro câmera, também inserida através de um furo mínimo, realizado no umbigo da paciente. Além de efetuar os cortes necessários à remoção dos órgãos, os instrumentos servem para fazer coagular os vasos sanguíneos durante a cirurgia”, explica Heron Cangussu, especialista que, ao lado do cirurgião oncologista Jadson Reis, coordena o núcleo responsável pela implantação do serviço no hospital.
Criada ainda no século XX, a histerectomia ampliada sempre foi utilizada para tratamento do câncer do colo de útero, porém o procedimento, antes, era realizado através de um corte profundo, feito na barriga da paciente, para que fossem retirados o útero, os gânglios e o tecido linfático. Com o advento da videolaparoscopia, entretanto, além de não ser mais necessário o corte, a cirurgia tornou-se bem mais simples, eficaz e segura, garantindo um pós-operatório sem restrições e complicações.
“A vantagem deste novo procedimento é que a paciente sangra menos - afastando a necessidade da transfusão - sente menos dor, possui um menor índice de complicações relacionadas às feridas operatórias, além do efeito estético, uma vez que as cicatrizes são quase imperceptíveis”, destaca o médico. A média de alta é de três dias após a cirurgia. “Passados os sete e os 15 primeiros dias, a paciente tem que voltar a fazer revisão, para acompanhamento da ferida operatória e para ver se ela adquiriu retenção urinária”, conclui o oncologista.
Sintomas e Prevenção
Classificados em dois subtipos, o câncer do colo uterino é um dos poucos que possuem sintomas evidentes. O sangramento espontâneo e a dor e o sangramento durante a relação sexual são sinais perceptíveis em pacientes portadoras da doença.
Uma vez detectados os sintomas, segundo o médico do HSR, é importante procurar um especialista, para diagnosticar a doença ainda no início. “A descoberta precoce do câncer garante um tratamento bastante eficaz, principalmente quando utilizada a videolaparoscopia. Entretanto, mesmo quando detectada mais tarde, ainda é possível tratar a doença, através da radioquimioterapia”, realça o médico.
Vale ressaltar que, para evitar o HPV, principal causadora do câncer do colo uterino, responsável por gerar infecção na pele e nas mucosas genitais, é importante fazer regularmente o exame preventivo de Papanicolau, através de visitas regulares ao ginecologista. “Outros importantes métodos de prevenção são o uso do preservativo, uma vez que a doença é transmitida sexualmente, e a vacina contra a doença, que deve ser aplicada antes da primeira relação sexual”, finaliza o especialista.
Fonte: http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/novo-procedimento-medico-revoluciona-tratamento-do-cancer-no-colo-do-utero/
Cuba anuncia primeiro tratamento terapêutico contra câncer de pulmão
Remédio não previne que o câncer se instale, mas pode ajudar na sobrevida de pacientes
As autoridades médicas cubanas divulgaram hoje que concluíram um medicamento para tratar câncer de pulmão, informou o site Xinhua. O medicamento não previne que o câncer se instale, mas pode ajudar na sobrevida de pacientes em estágio avançado da doença. O remédio CimaVax-EGF é o resultado de uma pesquisa de 25 anos feita no Centro de Imunologia Molecular de Havana. Ele permite que o corpo se defenda ao atingir uma proteína responsável pela proliferação sem controle
das células, e dessa forma evita danos maiores ao impedir que o câncer se espalhe.
Os médicos prometem que o tratamento consegue transformar o câncer de pulmão em doença crônica administrável, porque permite que o corpo crie anticorpos para lutar contra as proteínas que causam a proliferação sem controle de células agressivas. Quimioterapia e radioterapia ainda são recomendadas como formas primárias de destruição de células cancerosas, mas para aqueles que não respondem a esses tratamentos, o novo medicamento pode literalmente salvar vidas.
O tratamento foi testado em mil pacientes cubanos e já é distribuído gratuitamente na rede pública de saúde cubana.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI263704-17770,00-CUBA+ANUNCIA+PRIMEIRO+TRATAMENTO+TERAPEUTICO+CONTRA+CANCER+DE+PULMAO.html
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Vírus ataca e destrói câncer infantil
Sarcomas de tecidos moles
Cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estão estudando um vírus da mesma família do vírus da raiva para combater um tipo de câncer encontrado principalmente em crianças e adultos jovens.
Sarcomas de tecidos moles são cânceres que se desenvolvem em tecidos que conectam, dão suporte ou circundam outras estruturas e órgãos do corpo.
Músculos, tendões, tecidos fibrosos, gordura, vasos sanguíneos, nervos e tecidos sinoviais são exemplos de tecidos moles.
Embora relativamente raros em adultos, esses sarcomas representam aproximadamente 15% das neoplasias malignas pediátricas e resultam em morte em aproximadamente um terço dos pacientes até cinco anos depois do diagnóstico.
Vírus oncolítico
O vírus da estomatite vesicular (VSV) é um rabdovírus, que é a mesma família de vírus como o da raiva. Ele causa uma doença semelhante à febre aftosa em bovinos.
Uma pesquisa recente descobriu que o vírus também é oncolítico, o que significa que ele procura e destrói tumores cancerígenos.
Estudos anteriores também já demonstraram que o VSV é promissor no tratamento de tumores cerebrais em camundongos.
Neste estudo, os pesquisadores investigaram o potencial do VSV e de uma versão oncoliticamente melhorada do vírus da estomatite vesicular (VSV-rp30a) para efetivamente alvejar e matar 13 sarcomas diferentes.
Agente oncolítico
As duas linhagens do vírus efetivamente infectaram e mataram 12 dos 13 sarcomas.
A resistência do sarcoma sobrevivente foi finalmente superada com um pré-tratamento com compostos que antagonizam a sinalização interferon.
Adicionalmente, os cientistas analisaram a capacidade do VSV-rp30a para infectar e evitar o crescimento de tumores.
"Uma única injeção intravenosa do VSV-rp30a infectou seletivamente todos os sarcomas subcutâneos humanos testados em camundongos e impediu o crescimento de tumores que cresceriam 11 vezes [se não tratados]," escrevem os pesquisadores.
"No geral, achamos que a eficácia potencial do VSV como um agente oncolítico estende-se a tumores mesodérmicos não-hematológicos e que a resistência invulgarmente forte à oncólise do VSV pode ser superada com atenuadores de interferon," concluem.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=virus-oncolitico-ataca-destroi-cancer-infantil&id=6886
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Brasileiros desenvolvem nova terapia contra o câncer de pele
A terapia fotodinâmica foi criada por pesquisadores da USP de São Carlos, não tem efeitos colaterais
Centros médicos de todo o Brasil começam a usar uma nova terapia contra o câncer de pele. O tratamento é gratuito e a tecnologia foi desenvolvida pela USP de São Carlos.
A pomada é passada sobre a pele, que é exposta a radiação ultravioleta. As lesões provocadas pelo câncer são facilmente identificadas pelo equipamento. Se o diagnóstico é positivo, o tumor é tratado, na sequência, com outra luz. A interação do medicamento com a luz vermelha de alta potência provoca uma reação fotoquímica. As células cancerígenas morrem. Na hora, já é possível identificar o resultado da terapia. O procedimento não dura mais que quatro horas.
“Pela primeira vez, nós conseguimos colocar, em um único sistema, um aparelho que permite ao médico auxílio no diagnóstico e também no acompanhamento do tratamento em tempo real. Enquanto ele faz, ele está vendo o que ele está acontecendo e o tratamento”, explica Vanderlei Bagnato, pesquisador da USP.
A terapia fotodinâmica desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos não tem efeitos colaterais. Pode ser repetida várias vezes, não requer internação e está sendo considerada uma opção de tratamento antes da cirurgia. É indicada para os carcinomas, o câncer de pele mais comum. No ano passado, atingiu 120 mil brasileiros.
Dona Flora foi uma das primeiras a testar a tecnologia. Ela tem câncer de pele há 10 anos. Fez várias cirurgias, enxertos e radioterapia. “Muito mais dolorida a radioterapia. O laser é uma coisa mais suportável e o resultado aparece mais rápido”, conta.
Mais de cem centros médicos espalhados pelo Brasil inteiro foram selecionados pelo programa para testar a tecnologia no período de um ano. O equipamento já está sendo usado em 200 hospitais e postos de saúde. E 200 pacientes já foram submetidos ao tratamento - em 90% dos casos o tumor foi eliminado.
“O câncer de pele inicial é muito bem tratado com esse protótipo. Esses índices de cura são expressivos”, avalia a dermatologista Ana Gabriela Salvio.
Seu Eliseu fez a primeira sessão de terapia. Depois de 20 anos com câncer, está animado com a possibilidade de cura. “Essa é a minha esperança”, diz ele.
Os kits enviados aos centros médicos serão usados em 8 mil pacientes. Se o índice de cura de 90% for mantido, o programa poderá ser adotado pelo SUS.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=239794
Homem com câncer terminal se cura após tratamento experimental
Londres (Inglaterra) - Um britânico doente de câncer, condenado a morrer em um ano, se curou após passar por um tratamento inovador que "matou" seus tumores em apenas dois dias. A saga de Brian Brooks, 72 anos, começou após ele receber o diagnóstico de que estava com um grave câncer no figado ,em novembro do último ano. As informações são do Daily Mail.
Sem nada a perder, Brian colocou-se como voluntário de uma terapia experimental contra o câncer, chamada Foxfire, que foi criada pela 'Cancer Research UK's Bobby Moore Fund'. O tratamento radical, chamado radioembolization, coloca material radioativo dentro dos vasos sanguíneos que fornecem uma dose de radiação diretamente para o fígado.
Surpreendentemente, seus tumores desapareceram em apenas dois dias de tratamento - o que significava os médicos foram capazes de tratar o câncer no cólon. Especialistas agora acreditam que o tratamento pode ajudar a tratar milhares de pacientes com câncer na Grã-Bretanha.
Ao contrário da radioterapia tradicional, que é dirigida ao tumor de fora do corpo, esta proporciona uma alta dose de radiação de dentro da área doente do corpo. É como se fossem colocodas microesferas minúsculo no interior dos vasos sanguíneos que alimentam o tumor para bloquear o fornecimento de sangue para as células cancerosas.
Uma vez que estas microesferas radioativas se alojam no local do tumor eles entregam uma alta dose de radiação com o mínimo dano às células saudáveis.
Brian descobriu que estava doente no dia 7 de setembro de 2010 e no dia 17 de novembro de 2010 passou pelo procedimento. Apenas 4 meses após passar pelo tratamento os médicos atestaram que o tumor não existia mais.
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2011/9/homem_com_cancer_terminal_se_cura_apos_tratamento_experimental_189562.html
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Vírus transgênico é promessa no combate ao câncer
Um teste clínico realizado em 23 pacientes com diversos tipos de tumores sólidos - como cânceres de pulmão, de intestino, melanomas, etc. - comprovou, pela primeira vez, que vírus geneticamente modificados podem combater as células doentes de forma específica, sem infectar as sadias.
Pesquisadores americanos e canadenses recorreram a uma cepa do vírus Vaccinia, utilizado na imunização contra a varíola. A linhagem - batizada de JX-594 - já apresentava afinidade com células cancerosas. Mas os pesquisadores aumentaram seu arsenal antitumoral: incluíram um gene que produz o fator GM-CSF, responsável por estimular a imunidade natural do organismo humano ao câncer.
Os pacientes - todos com a doença no estágio de metástase - foram divididos em cinco grupos. Cada um recebeu uma dose intravenosa específica do vírus.
Dos oito pacientes incluídos nos dois grupos com as maiores doses, sete apresentaram evidências de replicação viral no tumor. Seis experimentaram uma melhora ou, pelo menos, uma estabilização do câncer. O trabalho mereceu publicação na revista Nature.
"Os resultados são muito promissores, especialmente se levamos em conta que foi só um teste de fase 1 (ou seja, com poucos pacientes e destinado a comprovar a segurança do método), com uma única dose da terapia", afirma John Bell, da Universidade de Ottawa, no Canadá.
Outros testes clínicos recorrem a estratégias baseadas em vírus para combater um câncer, mas ainda não demonstraram especificidade. Um estudo, já na frase 3, por exemplo, utiliza um vírus modificado do herpes para produzir o fator GM-CSF.
Para Enrique Boccardo, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o trabalho representa um avanço. "Eles utilizaram um vírus cuja segurança já foi consagrada: ele já havia sido usado na erradicação da varíola", afirma Boccardo.
"De qualquer forma, os resultados ainda são tímidos." O cientista recorda que, nos testes, só foram incluídos pacientes que não reagiam mais a tratamento algum. "Em voluntários com um perfil menos agressivo de câncer, os resultados poderiam ser melhores", afirma.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,virus-transgenico-e-promessa-no-combate-ao-cancer,766766,0.htm
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