sábado, 5 de dezembro de 2009

ESTUDO DEMONSTRA AUMENTO SIGNIFICATIVO DE CURA PARA PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL

Tratamento personalizado com cetuximabe eleva as chances de reverter quadro de tumor e submeter o paciente à cirurgia

Darmstadt, Alemanha, novembro de 2009. Dados de um estudo internacional publicado no dia 26 de novembro, no The Lancet Oncology, demonstram que o uso da substância cetuximabe (Erbitux®), adicionada à quimioterapia no tratamento personalizado de primeira linha para câncer colorretal metastático (CCRm) com lesão no fígado, auxilia na reversão do quadro da doença, tornando possível a cirurgia de remoção do tumor para 34% dos pacientes pesquisados. Outros 70% demonstraram taxas de resposta global e podem se tornar potenciais para operação.

O câncer colorretal é a quarta causa mais comum de morte por câncer no Brasil e abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto. Tanto homens como mulheres são igualmente afetados. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 25 mil novos casos foram diagnosticados em todo Brasil em 2006.

O estudo Celim avaliou, em 17 centros de pesquisas na Alemanha e Áustria, 109 pacientes com CCRm que apresentavam o KRAS não mutado (gene biomarcador que identifica uma das proteínas celulares, o RAS, responsável por aumento da sobrevida, maior proliferação celular, ocorrência de angiogênes ou nutrição e da metástase), presente em 60% dos casos. Ao final do estudo, 34% dos pacientes, considerados como potencialmente ressecáveis, tiveram o diagnóstico revertido para ressecáveis e foram submetidos à cirúrgica do tecido tumoral. "Estes resultados são muito importantes para o avanço no tratamento personalizado do câncer colorretal metástático. Os pacientes que são submetidos à cirurgia têm possibilidade maior de cura", afirma o vice-presidente sênior de desenvolvimento clínico global da área de Oncologia da Merck, Dr. Oliver Kisker. Para este tipo de câncer, a taxa de resposta e a interrupção do crescimento do tumor são cruciais também para o aumento da sobrevida do paciente", completa Kisker.

A metástase faz com que o câncer se espalhe para diversas partes do corpo, muito comum nos casos de câncer de colorretal, onde mais da metade dos pacientes sofrem com o risco desse processo acontecer. Por isso, o diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento. Dados apontam que cerca de 80% dos pacientes identificados com CCRm estão na classe de tumor irressecável ou irreversível. Nestes casos, o tratamento com o cetuximabe+quimioterapia auxilia apenas no aumento da sobrevida do paciente, que pode ser de 30%. "O tumor tem três fases de ressecção que precisam ser analisadas e identificadas para indicação do tratamento: no início o tumor é ressecável e se tratado, pode ser removido, quando o tumor sofre mais lesão ele se torna potencialmente ressecável e já está avançando e o tratamento com a cetuximabe pode reverter para ressecável, já a fase avançada, a irressecável, apresenta muita lesão e a reversão ainda não é possível. Por isso, conhecer os sintomas, prevenir e diagnosticar o quanto antes são fatores de extrema importância", explica o oncologista do Hospital Sírio Libanês, Dr. Frederico Costa.

Sobre o Cetuximabe

O cetuximabe (Erbitux) faz parte dos remédios conhecidos como terapia-alvo. Tem menos efeitos colaterais do que os tratamentos-padrão, que são basicamente a quimioterapia, caso não haja possibilidade de cirurgia, seguida de radioterapia. A terapia-alvo não causa anemia, baixa de imunidade nem quedas capilares. Mas provoca rash cutâneo, com aspecto semelhante ao da acne (tratável). Atua no receptor EGFR (epidermal growth factor receptor) ou receptor do fator de crescimento epidérmico da célula tumoral, diretamente na proteína RAS, responsável por aumento da sobrevida, maior proliferação celular, ocorrência de angiogênes e ou nutrição e ocorrência de metástase. A RAS é produzida pelo gene KRAS, que precisa ser não mutado para responder a terapia com cetuximabe - é preciso realizar um teste para identificação do gene e personalização da terapia - O cetuximabe se liga na porção externa do receptor e impede a ativação da cascata de sinais.

Estudos com cetuximabe mostraram que 60% dos pacientes com CCRm são KRAS não mutado.

domingo, 22 de novembro de 2009

Remédios contra câncer são amplamente ignorados, dizem especialistas

Muitos americanos não pensam duas vezes antes to tomar remédios para prevenir doenças de coração e derrames. Mas o câncer é diferente. Muito do que os americanos fazem para impedir o câncer não oferece resultados ou é realmente prejudicial à saúde.

Ainda assim, alguns remédios que comprovadamente combatem a doença são amplamente ignorados.

Considere o câncer de próstata, o segundo tipo mais comum nos Estados Unidos, perdendo apenas para o câncer de pele facilmente tratável. Mais de 192.000 casos serão diagnosticados este ano e mais de 27.000 homens morrerão da doença.

No entanto, há uma forma de se prevenir a maioria dos cânceres de próstata. Um amplo e rigoroso estudo mostrou que um remédio genérico, o finasterida, que custa cerca de US$ 2 por dia, pode prevenir até 50.000 casos por ano.

Outro estudo revela que um remédio parecido com o finasterida, o dutasteride, que custa US$ 3,50 por dia, tem o mesmo efeito.

Não obstante, segundo os pesquisadores, os remédios que funcionam são amplamente ignorados. E suplementos que se mostraram não apenas ineficazes, mas possivelmente prejudiciais à saúde são tomados por homens que esperam se proteger do câncer de próstata.

Conforme a guerra da nação contra o câncer continua, com pouca mudança na taxa de mortalidade do câncer mundial, muitos especialistas em câncer e saúde pública dizem que é preciso prestar mais atenção à prevenção.

Mas a prevenção se mostrou mais difícil do que muitos imaginavam. É difícil provar que algo simples como comer mais frutas e legumes ou se exercitar pode ajudar.

Além disso, como mostra a resposta aos remédios para próstata, as pessoas não parecem dispostas a tomar pílulas anti-câncer ou temem seus efeitos colaterais e não estão realmente convencidas de sua eficácia.

Outras simplesmente não sabem de sua existência.

E o câncer de próstata não é o único. Os cientistas têm o que consideram evidências definitivas de que dois remédios podem diminuir o risco do câncer de mama pela metade. Mulheres e médicos amplamente ignoram a descoberta.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/11/13/remedios+contra+cancer+sao+amplamente+ignorados+dizem+especialistas+9082022.html

Cientistas descobrem como desarmar proteína do câncer

RIO - Cientistas descobriram uma maneira de desarmar uma proteína que seria a causadora da leucemia e de outros tipos de câncer, segundo o site da BBC . A novidade, do Instituto de Câncer Dana-Farber, dos Estados Unidos, publicada na revista "Nature", pode significar uma esperança para novos tratamentos da doença. Outras tentativas anteriores de neutralizar essa proteína, chamada de Notch, fracassaram, o que levou os especialistas a concluírem que drogas não a combateriam.

A proteína Noch tem como função estimular ou inibir o desenvolvimento das células e pode interferir no crescimento de tumores. O gene responsável por formar esta proteína é normalmente danificado ou sofreu mutação nos pacientes com linfoblastoma, um tipo de leucemia. A consequência é que o gene é estimulado o tempo todo, levando ao crescimento incontrolável das células, uma caracaterística do câncer.

Outras anormalidades na proteína Notch também podem causar câncer de pulmão, ovário, do pâncreas e tumores gastrointestinais. Examinando de perto a estrutura da proteína Notch, os pesquisadores conseguiram isolar uma parte mais fraca de sua estrutura. Empregaram então uma técnica para moldar quimicamente pedacinhos da proteína, os chamados peptídeos, numa forma tridimensional específica.

Essas partes modificadas puderam ser absorvidas pelas células e foram capazes de alterar o gene em locais específicos. Depois de desenhar e testar vários peptídeos modificados, os pesquisadores identificaram um capaz de desarmar a função da Notch. A descoberta, testada em ratos, foi capaz de limitar o crescimento das células cancerígenas.

Fonte: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/11/12/cientistas-descobrem-como-desarmar-proteina-do-cancer-914718236.asp

Pesquisa pode ajudar no controle e tratamento do câncer

Cientistas americanos anunciaram nesta quinta-feira (12) uma descoberta promissora no combate à leucemia e outros tipos de câncer.

Os cientistas imaginaram que a fisiologia humana é como um teatro de marionetes e que os órgãos se movimentam e as células se desenvolvem porque alguma coisa puxa a corda.

Com essa ideia em mente, o grupo de pesquisadores de Boston, Massachussetts, tentou encontrar uma forma de parar a evolução do câncer e descobriram uma maneira de desarmar uma proteína no organismo que controla o desenvolvimento das células.

A proteína em questão é chamada de Notch. Em laboratório, os cientistas fizeram cópias de parte dela e bloquearam sua função reprodutora. Em seguida, injetaram o material de volta no sangue de ratos com leucemia. As células cancerosas pararam de se multiplicar.

Os testes ainda não foram feitos em humanos e isso deve acontecer em dois anos. Mas os pesquisadores adiantam que a técnica deve funcionar também no controle de câncer de pulmão, ovário, pâncreas e intestino.

Os cientistas dizem que vão tentar fazer o mesmo processo com mais proteínas que ajudam as células a se desenvolver e, com isso, atacar outras doenças.

Mas acrescentam que a descoberta de agora já serve como mais um passo para os laboratórios que buscam encontrar um medicamento capaz de combater o câncer, essa doença tão complexa e desafiadora.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1377193-5603,00-PESQUISA+PODE+AJUDAR+NO+CONTROLE+E+TRATAMENTO+DO+CANCER.html

Cientistas comprovam eficácia de medicamento contra câncer no pulmão

Londres, 11 nov (EFE).- Um grupo de cientistas britânicos comprovou que um medicamento desenvolvido em 1998 consegue reduzir o tamanho de tumores inoperáveis em pulmões de ratos, informou hoje a "BBC".

A equipe do Imperial College de Londres agora quer testar a droga em humanos. A esperança é que os efeitos sejam os mesmos vistos nos roedores. Em metade deles, o tumor regrediu e as células deixaram de desenvolver resistência à quimioterapia.

O chamado câncer de pulmão de pequenas células representa 20% de todos os casos da doença. Considerado altamente letal, já que apenas 3% dos pacientes conseguem uma sobrevida de mais de cinco anos, ele se espalha rapidamente, inviabilizando a cirurgia como uma opção de tratamento.

Apesar de a quimioterapia, às vezes complementada com uma radioterapia, conseguir diminuir o tamanho do tumor, este costuma voltar a crescer rápido demais e desenvolver certa resistência ao tratamento.

Aparentemente, o hormônio de crescimento FGF-2 acelera a divisão das células cancerígenas e estimula um mecanismo de sobrevivência que as torna resistente à quimioterapia.

O composto PD173074 utilizado pelos cientistas britânicos, inicialmente desenvolvido em 1998 para impedir a formação de vasos sanguíneos ao redor dos tumores, impede que o FGF-2 se associe às células tumorais.

O professor Michael Seckl está otimista em relação à descoberta. Mas é preciso aguardar o resultado dos experimentos com humanos.

"Esperamos testar este remédio ou outro similar que impeça a ação do FGF-2 no ano que vem, para ver se funcionam no tratamento do câncer de pulmão em seres humanos", declarou à "BBC". EFE

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1374886-6174,00-CIENTISTAS+COMPROVAM+EFICACIA+DE+MEDICAMENTO+CONTRA+CANCER+NO+PULMAO.html

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Elemento presente no curry pode matar células de câncer, diz estudo

Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado no açafrão da Índia, presente no tempero curry, pode matar células cancerosas.
O componente químico curcumina já era visto como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testado para tratamento de artrite e até demência.
Testes de laboratório realizados pelo Centro de Pesquisa do Câncer de Cork, na Irlanda, mostraram que a curcumina pode matar células de câncer de esôfago.
A cientista Sharon McKenna e sua equipe descobriram que a curcumina começou a matar as células cancerosas dentro de 24 horas.
"Cientistas já sabiam há tempos que compostos naturais têm potencial para tratar células defeituosas que se transformaram em células cancerosas e suspeitamos que a curcumina poderia ter valor terapêutico", disse a cientista.
As células também começaram a se digerir, depois que a curcumina desencadeou os sinais de morte celular.

Novos tratamentos

Especialistas em câncer afirmam que a descoberta - publicada na revista especializada "British Journal of Cancer" - pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.
Lesley Walker, diretor da organização britânica Cancer Research UK acha que os resultados da pesquisa irlandesa podem ajudar o desenvolvimento de novos tratamentos de câncer do esôfago.
"Abre a possibilidade para que compostos químicos naturais encontrados no açafrão da Índia possam ser desenvolvidos para se transformar em novos medicamentos."
"A incidência de câncer do esôfago aumentou em mais de 50% desde os anos 70 e isso estaria ligado ao aumento da taxa de obesidade, consumo de álcool e doença do refluxo, então, descobrir formas de evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é importante", acrescentou.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1357851-5603,00-ELEMENTO+PRESENTE+NO+CURRY+PODE+MATAR+CELULAS+DE+CANCER+DIZ+ESTUDO.html

Cientistas descobrem nova fórmula para tratamento da leucemia

Cientistas irlandeses e italianos descobriram uma nova fórmula para o tratamento da leucemia, a notícia está publicada na edição desta segunda-feira (2) da revista "Journal Cancer Research".
Chamada "PBOX-15", a nova droga consegue destruir as células cancerígenas em pacientes de leucemia que mostram sintomas fracos e resistência a outros tratamentos.

O estudo foi desenvolvido por cientistas do irlandês Trinity College Dublin (TCD) em cooperação com a Universidade de Siena, na Itália, e está ainda em fase experimental, por isso que o uso do novo tratamento pode demorar de três e cinco anos.

Segundo o professor do TCD, Mark Lawlor, sua equipe de pesquisadores trata agora de investigar os efeitos colaterais do "PBOX-15".

"Estamos muito emocionados. Queremos dar esperança aos doentes de câncer", afirmou Lawler, e explicou que o fármaco fornecido aos pacientes ataca e destrói a estrutura das células cancerígenas da leucemia.

Potencial

O tratamento foi particularmente bem-sucedido na Leucemia Linfática Crônica (LLC), o tipo de câncer de sangue e medula óssea mais comum no Ocidente.

Segundo a investigação, a "PBOX-15" demonstrou maior eficiência que outros medicamentos utilizados até agora, como a "fludarabina", um fármaco de quimioterapia anticancerígeno.

O diretor da Sociedade Irlandesa do Câncer, John McCormack, demonstrou confiança sobre a descoberta científica e deseja que o medicamento passe logo do laboratório para as camas de hospital em benefício dos pacientes.

"Esta novidade destaca o potencial que têm os descobrimentos científicos básicos para o benefício clínico".