domingo, 26 de outubro de 2008
Diagnósticos digitais são aliados na luta contra câncer
Os resultados dos exames são digitalizados e as imagens, armazenadas em um banco de dados. Nos aparelhos modernos, como os de ressonância magnética, a transferência de imagens para o sistema é imediata. Os exames de raio-X são feitos nos equipamentos antigos.
As novas chapas, recicláveis, passam por uma máquina, que leva as imagens da radiografia para o computador. O médico tem mais recursos para analisar cada detalhe e chegar a um diagnóstico, além de ter acesso ao exame na consulta com o paciente.
“Este sistema permite que o médico amplie mais ou foque uma área que ele tem dúvida. O contraste de imagem na tela, que permite apontar pequenas lesões em áreas com dificuldade de visualização no exame convencional, facilita a possibilidade de identificar coisas que poderiam passar desapercebidos”, afirma o coordenador médico do Inca, Luiz Matoni.
Somente no ano passado, 264 mil filmes foram usados no Inca. Eles ficam no arquivo, que está lotado, mas já parou de recebe novos exames. A mudança significa um atendimento melhor, economia na compra de materiais e também benefícios para o meio ambiente. Na modernização do laboratório do Inca, foram investidos R$ 2,7 milhões.
“São oito milhões de litros de água que a gente deixa de utilizar, porque o sistema anterior era usado com filme, que precisava ser revelado com químicos e revelador, sem ter lavado e depois secado. Essa água era desperdiçada”, explica a chefe do setor de radiologia Eliana Boasquevisque.
“Agora é só apertar uma teclinha e já aparecem os exames todos completos”, comenta a paciente Valeria de Lourdes Orioli.
Fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL834736-16020,00-DIAGNOSTICOS+DIGITAIS+SAO+ALIADOS+NA+LUTA+CONTRA+CANCER.html
Tomate modificado geneticamente ajuda a prevenir câncer
A descoberta, publicada no jornal Nature Biotechnology, fortalece a idéia de que plantas podem ser geneticamente modificadas para tornar as pessoas mais saudáveis.
O camundongo propenso a desenvolver câncer que se alimentou do fruto modificado viveu muito mais do que outros animais que se alimentaram com uma dieta normal com ou sem tomate, disse Cathie Martin e os colegas da fundação do governo John Innes Centre, na Grã-Bretanha.
"O efeito foi bem maior do que esperávamos", disse Martin, bióloga.
O foco do estudo é um tipo de antioxidante encontrado em frutos como amora, que diminuiria o risco de câncer, problemas cardíacos e doenças neurológicas.
Apesar de ser algo fácil, muitas pessoas não têm o hábito de comer esses frutos, disseram os pesquisadores.
O camundongo geneticamente modificado para desenvolver câncer viveu uma média de 182 dias ao ser alimentado com tomates, em comparação com os 142 dias para animais submetidos à uma dieta comum.
"É extremamente encorajador acreditar que através de uma mudança na dieta, ou componentes específicos dessa dieta, você pode melhorar a saúde de animais e possivelmente de humanos", disse Martin em entrevista por telefone.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL837386-5603,00-TOMATE+MODIFICADO+GENETICAMENTE+AJUDA+A+PREVENIR+CANCER.html
Toxina presente no veneno da jararaca para tratar o melanoma
Segundo ela, a literatura científica internacional indica que toxinas presentes em diversos organismos são eficientes para diminuir a proliferação de células tumorais in vivo e in vitro. Isso levou o grupo, que trabalha com a genética do câncer desde 1996, a investigar os efeitos da toxina da jararaca sobre tecidos cancerosos.
“Estudamos culturas de células de melanoma tratadas com a jararagina, uma das toxinas que compõem o veneno da jararaca. Tivemos uma série de resultados, incluindo uma significativa inibição da proliferação do tumor”, disse Itamar à Agência FAPESP.
A pesquisadora afirma que o grupo está testando os efeitos da toxina na morfologia, adesão, migração e invasão celular. Em todos os casos, segundo ela, os resultados são promissores. O tratamento mostrou uma importante redução das metástases. “No entanto, ainda falta um longo caminho para que essas pesquisas resultem efetivamente em uma alternativa para o tratamento da doença”, afirmou.
O trabalho é feito em parceria com a Divisão de Ciências Fisiológicas e Químicas, que extrai a jararagina do veneno das serpentes do Instituto Butantan. “O veneno das serpentes é uma sopa de vários tipos de substâncias que produz um efeito anestésico e degrada os tecidos. A jararagina é uma proteína que faz parte dessa sopa”, explicou Itamar.
O veneno dos animais, em especial as cobras e os anfíbios, serve como proteção ou arma natural, instalada durante a evolução. “Cada um tem seu mecanismo. No caso das cobras o veneno é importante, já que elas não têm braços para agarrar as presas. As substâncias presentes ali anestesiam e paralisam a presa. Procuramos aproveitar a riqueza desse composto de substâncias”, disse.
Um metal posicionado em determinado local de sua estrutura dá à jararagina a capacidade de degradar outras proteínas. “O que possibilita o uso contra o câncer é que essa proteína tem a capacidade de reconhecer uma parte da membrana da célula tumoral, ligando-se a ela e impedindo sua evasão, bloqueando a metástase. A literatura científica mostrava que o nível de metástase diminuía com o uso do veneno. Nós começamos a usar apenas essa componente do veneno para aumentar a eficiência dessa propriedade”, disse.
Biomarcadores e clonagem
Além de estudar as culturas de células tumorais do melanoma, o grupo realiza uma série de pesquisas sobre a estrutura do DNA e a expressão gênica desses tumores. “Outra linha que estamos começando envolve a clonagem e o seqüenciamento do gene que codifica a jararagina, com a finalidade de obter uma ferramenta que, no futuro, seja útil para combater o melanoma”, explicou Itamar.
No laboratório, os estudos sobre o câncer tiveram início em 1996, segundo a pesquisadora, sempre com o apoio da FAPESP. Na linha que trata da regulação gênica e da estrutura do DNA, os estudos são feitos em colaboração com o Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
“Eles nos forneceram os tumores dos pacientes, que usamos para analisar o DNA, comparando-o com o próprio tecido saudável ou com o sangue do paciente. Com isso, temos estudado o RNA-repetitivo para tentar desenvolver biomarcadores que nos permitam mostrar se as intervenções cirúrgicas foram suficientes. Além da utilidade imediata para os médicos, esse tipo de estudo nos dá novas informações sobre como se desencadeiam e progridem os processos tumorais”, afirmou.
Quando um paciente com um tumor é submetido a cirurgia, uma margem de tecido saudável é extraída, para evitar que o câncer retorne. “Quando a pele é costurada, uma pequena parte que fica saliente é extraída, servindo como controle para estudo do tecido perto do próprio tumor. O mesmo é feito com o sangue – estudamos os leucócitos, que têm DNA. Com isso, estudamos a estrutura do DNA tumoral, tentando correlacionar a gravidade do tumor com as alterações observadas”, contou.
A outra linha de estudos do laboratório é voltada para a investigação dos genes que codificam toxinas como a jararagina e a botropsina. “O DNA é formado por partes codificadoras, conhecidas como éxons, e partes intermediárias, ou íntrons. Estamos estudando a estrutura total, considerando éxons e íntrons. Para isso temos que clonar e seqüenciar esses genes, o que fazemos em colaboração com a área de biotecnologia”, disse Itamar.
Até há pouco tempo os íntrons eram conhecidos como “DNA-lixo”, mas hoje, de acordo com a pesquisadora, sabe-se que 80% deles codificam o RNA e estão ligados à regulação dos genes.
A parte molecular dos estudos sobre os efeitos da jararagina em cultura de células de melanoma deverá ser concluída até o fim do ano. A clonagem da jararagina começou a ser feita este ano, pela mestranda Alessandra Finardi de Souza.
“O seqüenciamento já está bastante adiantado. O objetivo da clonagem é usar o domínio interessante da toxina para combater a célula tumoral. Em vez de fazer todo o processo bioquímico de extração da proteína, separando a jararagina de todas as outras componentes do veneno, teremos o gene clonado e poderemos expressar e produzir só o que nos interessa para agir sobre a célula tumoral”, explicou.
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/9536/especiais/cancer-envenenado.htm
Notícia sobre a droga Erbitux
Quando a droga puder adicionar meses às vidas dos povos sem uma mutação em um gene chamado K-ras, aquelas que têm a mutação não verão nenhum benefício desta terapia adicional, relatam o estudo, que é publicado na introdução outubro de 23 da revista de medicina de Nova Inglaterra.
“Nós acreditamos que, no contexto do cancer avançado pre-treated das entranhas, o status da mutação de K-ras do cancer deve ser determinado antes de usar o cetuximab, e o cetuximab deve somente ser dado aos pacientes com tumores que não têm a mutação,” disse o Dr. Christos S. Karapetis, um oncologist médico do consultante sênior e diretor do autor do estudo da pesquisa clínica no departamento da oncologia médica no centro médico do Flinders em Austrália.
Karapetis disse que isso aproximadamente quatro em 10 povos com cancer do cólon têm a mutação de K-ras.
Erbitux trabalha interrompendo o crescimento e a divisão da pilha. Faz este ligando a um receptor conhecido como o receptor epidérmico do fator de crescimento (EGFR). Uma mutação no gene de K-ras é acreditada para interferir com a habilidade dos cetuximab de interromper EGFR, de acordo com o estudo.
Para o estudo, 572 povos com cancer colorectal avançado foram atribuídos aleatòria para receber o tratamento semanal com cetuximab e o cuidado de suporte (287 povos) ou o cuidado de suporte sozinho (285 povos). Todos se tinham submetido a outras opções do tratamento sem sucesso.
Quase 400 espécimes do tumor dos voluntários do estudo foram testados para as mutações de K-ras (198 do grupo do cetuximab e 196 do grupo de suporte do cuidado). Apenas sobre 42 por cento dos tumores avaliados foram encontrados para ter mutações no gene de K-ras.
Mesmo com tratamento do cetuximab, os povos com mutações de K-ras não tiveram nenhuma mudança significativa na sobrevivência total ou na sobrevivência progressão-livre. Aqueles sem as mutações, de um lado, pareceram tirar proveito significativamente da terapia.
Os povos sem as mutações de K-ras que foram tratadas com o cetuximab tiveram quase duas vezes a taxa de sobrevivência total comparada ao grupo de suporte do cuidado -- 9.5 meses contra 4.8 meses. E, a época da sobrevivência progressão-livre foi dobrada igualmente quase para aquelas tratada com o cetuximab -- 3.7 meses contra 1.9 meses no grupo de suporte do cuidado.
Os “pacientes com um tumor colorectal K-ras transformado rolamento não tiraram proveito do cetuximab,” os investigadores concluídos.
“Este estudo sugere que se alguém tem esta mutação particular, não respondam a esta droga,” disse o Dr. Len Lichtenfeld, médico do chefe de deputado para a sociedade contra o cancer americana. “A linha inferior é que este estudo é importante e tem realmente o potencial impactar como nós tratamos pacientes com o cancer colorectal com esta droga muito cara.”
Adicionou que outros investigadores anotaram resultados semelhantes para mutações de K-ras no cancer colorectal do cedo-estágio.
“Este é um mais refinamento na medicina personalizada, e nós estamos movendo-nos em uma idade dos marcadores moleculars que eventualmente guiarão o tratamento. Se alguém está com um cancer no futuro, esse cancer estará analisado para que tipo do cancer é, e então nós conheceremos o que os melhores tratamentos são para esse cancer,” Lichtenfeld dissemos.
Um outro marcador molecular importante que guie o tratamento é já dentro uso para o tratamento do cancer da mama, de acordo com Lichtenfeld. Os cancer da mama são testados para um tipo de HER2 chamado receptor. Aqueles com este marcador molecular são prováveis ter um tipo mais agressivo cancer, mas igualmente um tipo de cancer que responde ao tratamento com o trastuzumab da droga (Herceptin), disse.
“Eu sou excitado sobre o futuro, e mostras deste estudo nós podemos mais ser alvejados com nossas terapias alvejadas,” disse Lichtenfeld.
Fonte: http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/10/22/AR2008102202692.html
Traduzido por Yahoo Babel fish
Altas doses de vitamina C podem conter câncer
No experimento, os especialistas introduziram células cancerígenas humanas nos roedores, que evoluíram rapidamente para tumores. Em seguida, injetaram vitamina C em sua cavidade abdominal.
A dose ministrada foi de até quatro gramas por cada quilo do peso dos animais, uma quantidade bem maior do que pode ser absorvida pelo organismo por meio de alimentos ou comprimidos, afirmaram os cientistas.
Os pesquisadores observaram uma redução significativa em tumores no cérebro, ovário e pâncreas. Em alguns casos, o peso e tamanho do câncer diminuíram em até 53%.
Entre os roedores que não haviam sido tratados com vitamina C, os tumores continuaram crescendo e se espalharam para outras partes do corpo.
Os especialistas acreditam que ao reagir com os componentes químicos das células cancerígenas, a vitamina C produz peróxido de hidrogênio, um composto capaz de matá-las ao mesmo tempo em que deixa intactas as células saudáveis.
Eles sugerem que o mesmo tratamento pode ser considerado para humanos no futuro.
“Estas informações pré-clínicas fornecem a primeira base para avanço do ascorbato farmacológico no tratamento de câncer em humanos”.
O estudo foi divulgado na publicação científica Procedings of the National Academy of Sciences.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080805_cancervitaminac_fp.shtml
Hospital do Câncer II ganha ambulatório com foco na humanização
As novas instalações foram inauguradas com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, do diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, da assessora da direção para o Projeto de Humanização, Liliane Penello, e o diretor do HCII, Reinaldo Rondinelli. Temporão lembrou que o pontapé inicial das obras foi dado quando ele ocupava o cargo de diretor-geral do INCA. Na inauguração da primeira etapa das obras, em 2006, Temporão também esteve presente. À época, como secretário de Atenção à Saúde do Ministério.
Temporão destacou que no INCA conseguiu implementar três conceitos fundamentais para a melhoria da situação da saúde pública no país: a gestão participativa, a política de humanização e a política de acreditação. “Com duas unidades acreditadas, o HC III e o HC IV, já nos igualamos ao hospital Albert Einstein e ao Instituto do Coração, em São Paulo. Estou certo de que, em breve, todas as unidades do INCA estarão acreditadas internacionalmente. O INCA orgulha a população com a qualidade de seu trabalho”, afirmou.
O diretor-geral do INCA frisou que estavam sendo feitas duas inaugurações: uma tangível, as obras propriamente ditas; e uma intangível, a colocação em prática do conceito de humanização. “Além de aumentar a capacidade ambulatorial, as novas instalações agora são adequadas às atividades, proporcionando conforto e privacidade tanto para as pacientes como para os profissionais de saúde”, afirmou Santini.
Liliane Penello destacou que o que hoje está materializado no HC II partiu do propósito de se colocar em prática a política de humanização do INCA. “Os funcionários queriam reconhecimento profissional a partir de uma reforma física para trabalharem ainda melhor.” Ela elogiou a gestão do diretor do HC II, pois, “sem a garra do Rondinelli teria sido difícil realizar essa tarefa”.
O Hospital do Câncer II realiza por ano, em média, 2.500 internações, 36 mil consultas médicas e 13 mil consultas multiprofissionais – nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas. O prédio principal, de sete andares, tem 83 leitos. É equipado com Centro de Tratamento Intensivo, Unidade Pós-Operatória, Emergência e um Centro de Quimioterapia para os Serviços de Ginecologia Oncológica.
Fonte: http://www.inca.gov.br/releases/press_release_view.asp?ID=1955
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Células-tronco tumorais podem ser chave para cura do câncer
Esta descoberta, que pode revolucionar o modo de combater os tumores, é fruto de uma pesquisa de cientistas Instituto Superior de Saúde (ISS) e da Universidade La Sapienza de Roma, entre outras instituições, que assistem nesta segunda-feira, 20, ao Congresso Nacional da Sociedade de Cirurgia italiana na capital do país.
"Descobrimos que as células-tronco tumorais, apesar de constituírem 1% ou 2% da população do total das células tumorais, são as mais importantes do ponto de vista da agressividade, determinando as metástases e reaparições" do câncer, comenta Ruggero De Maria, oncologista do ISS.
"Devemos identificar estas células através de uma operação de 'estudos de imagem computadorizada'. Só assim podemos pensar em intervir depois para desativar o tumor", acrescenta.
Os pesquisadores italianos, em colaboração com cientistas americanos, analisam agora o comportamento das células-tronco tumorais para averiguar que medicamentos podem ser mais efetivos para conseguir curar os tumores, inclusive, sem necessidade de intervenção cirúrgica.EFE
Pesquisadores desenvolvem tratamento para câncer no cérebro
Durante o ato foi informado que, após os resultados animadores obtidos em estudos pré-clínicos, esta nova tecnologia médica está sendo avaliada em dois testes clínicos que estão na fase I em pacientes com glioma maligno e metástase no cérebro.
A Barreira Hematoencefálica é uma estrutura celular do Sistema Nervoso Central que restringe a passagem de várias substâncias químicas e elementos microscópicos na corrente sanguínea e no tecido nervoso.
No entanto, ela permite a entrada de substâncias essenciais para o metabolismo e o funcionamento das células cerebrais, como glicose, insulina ou oxigênio.
Segundo os pesquisadores, essa característica dificulta que as moléculas - incluindo aquelas dos medicamentos contra o câncer- atravessem a Barreira Hematoencefálica e cheguem até as células tumorais do cérebro.
Os cientistas afirmaram que estima-se que menos de 5% de remédios (consistentes em moléculas muito pequenas) sejam capazes de atravessar essa barreira, por isso existe só uma quimioterapia disponível para tratar certos tumores cerebrais.
Estes tumores costumam ter um diagnóstico pessimista e continuam crescendo mesmo depois do tratamento, explicaram os especialistas.
Atualmente, os dois testes clínicos na fase I são realizados em alguns centros para o tratamento do câncer nos Estados Unidos: o primeiro com pacientes com estágio avançado da doença e metástase no cérebro e, o segundo, com pessoas com gliomas malignos.
Da organização do simpósio, realizado em Genebra, participa a Organização Européia de Pesquisa e Tratamento do Câncer, o Instituto Nacional do Câncer da Suíça e a Associação de Pesquisa do Câncer dos Estados Unidos. EFE
Novos tratamentos contra câncer renal aumentam sobrevida de pacientes
Os professores americanos Robert J.Motzer, do Memorial Sloan-Kettering de Nova York, e Brian Rini, da Clínica de Cleveland, se reuniram em Barcelona com oncologistas espanhóis para trocar informações sobre a doença.
O carcinoma renal se caracteriza por sua grande resistência à quimioterapia, o que explica a sobrevida de poucos meses dos pacientes com metástase, observada há até pouco tempo.
A imunoterapia com interferon ou interleucina 2 usada em pacientes com metástase era muito tóxica e provocava gripe, febre, dor muscular, cansaço e redução das defesas.
Os medicamentos utilizados nos novos tratamentos têm pouca toxicidade e, portanto, são muito bem aceitos pelos pacientes, que, além de viverem mais, obtêm melhoras evidentes em sua qualidade de vida, por conseguirem atacar diretamente os tumores.
"Trata-se de medicamentos administrados por via oral e que permitem aos pacientes levar uma vida cotidiana praticamente normal", afirmou Motzer.
Agora, são usados inibidores da tirosina quinase como o sunitinib, que é ingerido oralmente e provou aumentar a média de sobrevida para mais de dois anos em pacientes com câncer renal com metástase.
Rini destacou que o câncer renal é a doença cujo tratamento mais avançou nos últimos anos, ao dobrar a sobrevida dos pacientes com a passagem da quimioterapia, que estava entre 10 e 14 meses, para os novos medicamentos.
Em uma grande proporção de pacientes, os novos tratamentos também conseguiram uma regressão de até 47% do tamanho do tumor.
A incidência deste tipo de câncer está, no entanto, aumentando nos últimos anos, até chegar em algumas cidades a 7% de alta por ano.
Os esforços dos pesquisadores se centram agora em conseguir a identificação dos tratamentos mais adequados para cada paciente, levando em conta as características individuais deles e de cada tumor. EFE
Brasileiros testam planta amazônica contra o câncer em pacientes
A planta é a avelós (nome científico Euphorbia tirucalli), típica das regiões norte e nordeste do País. Sua ação medicinal já era mencionada na cultura popular, o que motivou a indústria farmacêutica a analisar sua ação em células em cultura e em animais. Os resultados foram bastante promissores.
Ao que tudo indica, a substância age nas células do câncer induzindo a apoptose -- uma espécie de suicídio celular. "É o que chamamos de morte celular programada", explicou ao G1 Auro Del Giglio, gerente do programa integrado de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos coordenadores do estudo. "Em células normais, é um procedimento que acontece para a renovação das células, com as antigas dando lugar às novas. Mas nas células do câncer isso quase nunca acontece, e a idéia é exacerbar essa tendência."
Com isso, a droga tem o potencial para, se não fazer regredir, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor. Não custa lembrar que o câncer é basicamente um agrupamento de células que se rebelaram contra o corpo, multiplicando-se enlouquecidamente e consumindo os recursos do organismo todo em prol de seu próprio crescimento. Simples de descrever, dificílimo de tratar.
Sem apressar conclusões
In vitro, a droga funcionou contra colônias de células de câncer de mama, melanoma e outros tipos de tumor. Mas ainda não dá para dizer que o remédio vá funcionar em humanos. "Nesse primeiro estudo, de fase 1, o que a gente faz é descobrir a dose certa", diz Del Giglio. "É um estudo para identificar a toxicidade e a segurança do medicamento."
No momento, cinco pacientes estão passando por esse procedimento no Hospital Israelita Albert Einstein. A idéia é concluir o estudo até o fim do ano e iniciar a fase 2 -- que envolve um grupo maior de pacientes com o objetivo de identificar o real potencial da droga como tratamento para tipos específicos de tumores-- em 2009.
A partir daí, os cientistas já miram buscar aprovação da droga para que chegue às prateleiras, embora tenham ainda de ser conduzidas outras duas fases de estudos, de grande porte, para concluir o ciclo pelo qual passam todos os medicamentos antes de obter aprovação das autoridades competentes.
A despeito da fase preliminar dos estudos, a equipe está animada com os avanços. "Do que eu tenho notícia, é o primeiro estudo rigoroso conduzido com um medicamento herbal brasileiro para câncer", diz Del Giglio. "Está todo mundo muito entusiasmado justamente por conta disso."
O trabalho está sendo conduzido em parceria com a empresa PHC Pharma Consulting, com sede em São Paulo.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL805673-5603,00-BRASILEIROS+TESTAM+PLANTA+AMAZONICA+CONTRA+O+CANCER+EM+PACIENTES.html
Câncer: novos tratamentos elevam sobrevida de pacientes
A evolução no tratamento do câncer renal com metástase conseguiu quase que quadruplicar em dois anos a sobrevida dos pacientes, que passou de sete para 26 meses, destacaram hoje dois dos principais especialistas do mundo em carcinoma renal. Os professores americanos Robert J.Motzer, do Memorial Sloan-Kettering de Nova York, e Brian Rini, da Clínica de Cleveland, se reuniram em Barcelona com oncologistas espanhóis para trocar informações sobre a doença.
O carcinoma renal se caracteriza por sua grande resistência à quimioterapia, o que explica a sobrevida de poucos meses dos pacientes com metástase, observada há até pouco tempo. A imunoterapia com interferon ou interleucina 2 usada em pacientes com metástase era muito tóxica e provocava gripe, febre, dor muscular, cansaço e redução das defesas.
Os medicamentos utilizados nos novos tratamentos têm pouca toxicidade e, portanto, são muito bem aceitos pelos pacientes, que, além de viverem mais, obtêm melhoras evidentes em sua qualidade de vida, por conseguirem atacar diretamente os tumores. "Trata-se de medicamentos administrados por via oral e que permitem aos pacientes levar uma vida cotidiana praticamente normal", afirmou Motzer.
Agora, são usados inibidores da tirosina quinase como o sunitinib, que é ingerido oralmente e provou aumentar a média de sobrevida para mais de dois anos em pacientes com câncer renal com metástase. Rini destacou que o câncer renal é a doença cujo tratamento mais avançou nos últimos anos, ao dobrar a sobrevida dos pacientes com a passagem da quimioterapia, que estava entre 10 e 14 meses, para os novos medicamentos.
Em uma grande proporção de pacientes, os novos tratamentos também conseguiram uma regressão de até 47% do tamanho do tumor. A incidência deste tipo de câncer está, no entanto, aumentando nos últimos anos, até chegar em algumas cidades a 7% de alta por ano.
Os esforços dos pesquisadores se centram agora em conseguir a identificação dos tratamentos mais adequados para cada paciente, levando em conta as características individuais deles e de cada tumor.
EFE
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