quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pesquisadores desenvolvem tratamento para câncer no cérebro

Genebra, 22 out (EFE) - Pesquisas científicas deram origem ao desenvolvimento de um medicamento capaz de atravessar a Barreira Hematoencefálica (BHE) para alcançar e matar células cancerosas no cérebro, segundo uma apresentação feita em um simpósio internacional sobre tratamentos contra o câncer.

Durante o ato foi informado que, após os resultados animadores obtidos em estudos pré-clínicos, esta nova tecnologia médica está sendo avaliada em dois testes clínicos que estão na fase I em pacientes com glioma maligno e metástase no cérebro.

A Barreira Hematoencefálica é uma estrutura celular do Sistema Nervoso Central que restringe a passagem de várias substâncias químicas e elementos microscópicos na corrente sanguínea e no tecido nervoso.

No entanto, ela permite a entrada de substâncias essenciais para o metabolismo e o funcionamento das células cerebrais, como glicose, insulina ou oxigênio.

Segundo os pesquisadores, essa característica dificulta que as moléculas - incluindo aquelas dos medicamentos contra o câncer- atravessem a Barreira Hematoencefálica e cheguem até as células tumorais do cérebro.

Os cientistas afirmaram que estima-se que menos de 5% de remédios (consistentes em moléculas muito pequenas) sejam capazes de atravessar essa barreira, por isso existe só uma quimioterapia disponível para tratar certos tumores cerebrais.

Estes tumores costumam ter um diagnóstico pessimista e continuam crescendo mesmo depois do tratamento, explicaram os especialistas.

Atualmente, os dois testes clínicos na fase I são realizados em alguns centros para o tratamento do câncer nos Estados Unidos: o primeiro com pacientes com estágio avançado da doença e metástase no cérebro e, o segundo, com pessoas com gliomas malignos.

Da organização do simpósio, realizado em Genebra, participa a Organização Européia de Pesquisa e Tratamento do Câncer, o Instituto Nacional do Câncer da Suíça e a Associação de Pesquisa do Câncer dos Estados Unidos. EFE

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