sábado, 25 de julho de 2009

DESVENDANDO O CÂNCER DE RIM NO BRASIL

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) acaba de divulgar o Estudo Nacional sobre o Câncer de Rim (Encare). O levantamento reúne dados sobre a doença no Brasil, inclusive sobre o perfil dos pacientes. “É o trabalho que reuniu o maior número de casos de câncer de rim num único estudo no Brasil, somando 508 pacientes”, ressalta Aguinaldo Nardi, urologista coordenador do estudo e diretor da SBU.

O Encare foi realizado para que se pudesse obter mais informações demográficas, clínicas e patológicas do câncer de rim em pacientes diagnosticados e tratados por membros da SBU no Brasil, já que dados epidemiológicos da doença no País são extremamente raros. “Com essas informações podemos ter um registro mais completo e preciso da doença, o que contribui, por exemplo, para se ampliar a conscientização de médicos e pacientes especialmente em relação ao diagnóstico”, aponta Nardi.

O Encare comprova que a maioria dos pacientes diagnosticados com a doença apresenta os principais fatores de risco para a doença: 59% são homens, 79% brancos, idade média de 60 anos, 46% apresentam alta pressão arterial, 18% são obesos e 15% têm histórico de tabagismo.

A evolução nos métodos de exames contribuiu para um maior e mais precoce diagnóstico da doença. Atualmente, o ultrassom abdominal (73%) e a tomografia (19%) são os principais métodos para constatar a existência do câncer de rim. A proporção de casos metastáticos é de 9,5%, um pouco menor do que esperado em comparação a outros estudos populacionais sobre a doença. “Os dados mostram que a população brasileira está bem assistida em relação aos métodos de diagnóstico, com índices comparáveis aos de países desenvolvidos”, observa Nardi.

Segundo o Encare, os sintomas mais frequentes nos pacientes brasileiros com câncer de rim são: sangue na urina (43%) dor lombar (41%) e perda de peso (15%). “Apesar de comuns, percebemos que nem todos os pacientes apresentam a tríade clássica – ou seja, simultaneamente os seguintes sinais: massa palpável, sangue na urina e febre”, comenta Nardi.

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