Os pacientes que necessitam de tratamento contra câncer e buscam o Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o atendimento especializado devem demorar para ter acesso ao pacote de novos procedimentos disponíveis no setor de oncologia, anunciado anteontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Isso porque, para ofertar novos tratamentos contra o câncer os hospitais precisarão ter projetos neste sentido aprovados pelo Ministério da Saúde.
Como o novo pacote de procedimentos pelo SUS foi divulgado recentemente, tanto o Hospital Estadual, de Bauru, quanto o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, centros de tratamento de câncer que atendem pelo SUS na região, até ontem não haviam recebido comunicado oficial por parte da Secretaria de Estado da Saúde referente à disponibilidade de verba para ampliar o leque de tratamento contra o câncer.
A Secretaria do Estado da Saúde informou que não tem previsão para início da análise de recursos a serem destinados aos hospitais de credenciados no governo na área de oncologia ou estudo de possíveis projetos a serem financiados a partir da verba extra que será liberada pelo SUS.
De acordo com o secretário municipal de Saúde de Bauru, Fernando Monti, a implementação anunciada pelo Ministério da Saúde é positiva, mas ponderou. “Isso é uma coisa de rotina. A ampliação de recursos tem duas origens: incluir tratamentos que o SUS não pagava antes e melhorar a remuneração do que já era pago. Isso é algo do dia a dia do Ministério da Saúde”, avaliou.
Dessa maneira, o prefeito Rodrigo Agostinho afirmou que essas alterações não têm influência na administração municipal porque os recursos do setor de oncologia são geridos pela administração estadual, através da Divisão Regional de Saúde-6 (DRS-6).
“A prefeitura não é responsável pelo tratamento de câncer. Pela divisão de competências, isso é papel do Estado. Quem oferece o tratamento em Bauru é o Hospital Estadual e as clínicas conveniadas. A prefeitura conta apenas com o Serviço de Orientação e Prevenção ao Câncer (SOPC), para trabalhar prevenção e diagnóstico precoce da doença”, definiu Rodrigo.
Fonte: http://www.jcnet.com.br/detalhe_geral.php?codigo=190291
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