quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Câncer de mama pode regredir sem tratamento
Um artigo, publicado nos Arquivos de Medicina Interna, diz que os programas de rastreamento identificam tipos de câncer que não representam ameaças à saúde, levando a tratamentos invasivos e desnecessários.
Com o atual avanço da tecnologia, segundo o estudo, já é possível identificar que tipos de câncer regrediriam sozinhos e que tipos seriam malignos sem tratamento.
O pesquisador Per-Henrik Zahl, e sua equipe do Instituto Norueguês de Saúde Pública de Oslo, analisou um programa de rastreamento de câncer introduzido no país.
Os especialistas compararam a incidência de câncer de mama em cerca de 120 mil mulheres, entre 50 e 64 anos, que foram chamadas para realizar três exames de mamografia entre 1996 e 2001, com mulheres da mesma faixa etária no ano de 1992, antes do programa ser introduzido no país.
Os estudiosos concluíram que o número de casos de câncer de mama invasivo era 22% mais alto no grupo que fez o rastreamento, independentemente da idade. Os cientistas afirmam ainda que, em 32 casos, foi registrado regressão da doença.
Apesar do número ser relativamente pequeno, os cientistas dizem que isso não significa que a regressão do câncer seja raro. "Isso pode significar que a doença raramente tem a chance de seguir seu curso natural", afirmam no artigo".
Em um editorial, Robert Kaplan, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e Franz Porzsolt, do Hospital Universitário de Ulm, na Alemanha, asseguram: "Apesar do apelo para a detecção precoce do câncer de mama, a incerteza da importância da mamografia continua".
Segundo Kaplan e Porzsolt, pouco se sabe sobre o que acontece com uma mulher que não é submetida ao tratamento da doença. O que se nota é que um número significativo de mulheres morrem sem saber que tinham a doença.
Alexis Willet, da organização britância "Breakthrough Breast Cancer", acredita que a teoria desenvolvida pela pesquisa norueguesa seja interessante, porém adverte que "atualmente não é possível prever se a doença, identificada precocemente através de mamografias, irá progredir".
Para ele, o que importa é que os programas de prevenção, quando detectam a doença em estágio primário, têm salvado vidas.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3351499-EI238,00-Estudo+cancer+de+mama+pode+regredir+sem+tratamento.html
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Brócolis reduz risco de câncer de pulmão, diz estudo
O doutor Li Tang, do Roswell Park Cancer Institute, afirma que o risco de desenvolver câncer de pulmão cai entre 20% e 55% com o consumo da planta.
"O brócolis não é um medicamento, mas constitui um fator positivo para os fumantes incapazes de deixar o vício ou que não fazem nada para minimizá-lo", disse Li Tang durante a sétima conferência anual da Associação Americana para a Pesquisa contra o Câncer, em Washington.
"Entre os grupos de fumantes, o único fator de consumo ligado à redução do risco de câncer de pulmão foi o consumo de brócolis".
O brócolis reduz especialmente os riscos de carcinoma e de tumor escamoso, as duas subcategorias de câncer de pulmão agressivo, que atingem especialmente os fumantes compulsivos. Li ponderou que, no entanto, os resultados do estudo não são conclusivos a ponta de criar recomendações de saúde pública.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u469311.shtml
Novos tratamento contra o câncer
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Diferentes tipos de câncer têm variações genéticas em comum
Genoma do câncer
Os resultados do mais completo estudo genômico do câncer de pulmão já feito foram divulgados na edição online da revista Nature.
Conduzido por um consórcio que reuniu alguns dos principais institutos de pesquisa nos Estados Unidos, o estudo desvendou uma variedade de alterações genéticas em tumores e identificou 26 genes alterados freqüentemente pelo adenocarcinoma do pulmão (a forma mais comum desse câncer), mais do que dobrando o número ligado à doença que até então se conhecia.
Relações entre diversos tipos de câncer
O trabalho incluiu múltiplas abordagens em larga escala de modo a destacar as alterações moleculares importantes em tumores no pulmão que também são encontradas com freqüência em outros tipos de câncer, uma relação que poderá abrir importantes caminhos para novos tipos de tratamento.
"Nos últimos anos tem havido um notável sucesso na identificação de terapias para alguns tipos de câncer do pulmão. O novo estudo ajuda a identificar novos alvos que podem se mostrar promissores para tratar grupos mais amplos de pacientes", disse Matthew Meyerson, da Escola Médica Harvard e do Instituto do Câncer Dana-Farber, um dos autores principais da pesquisa.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, responsável por cerca de 1 milhão de mortes por ano em todo o mundo. A taxa média de sobrevivência por cinco anos do adenocarcinoma do pulmão é de apenas 15%.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 90% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco. No Brasil, o câncer de pulmão foi responsável por 14.715 óbitos em 2000, sendo o tipo de câncer que mais fez vítimas.
Como na maioria dos tumores, o adenocarcinoma do pulmão deriva de anormalidades acumuladas no DNA de células durante a vida de uma pessoa, causando crescimento celular descontrolado. Entretanto, a natureza e as localizações genômicas exatas de tais alterações - e como elas promovem o câncer - são desconhecidas.
Projeto de Seqüenciamento de Tumores
Segundo o estudo, conduzido por dezenas de cientistas, embora o fumo seja inquestionavelmente a principal causa do câncer de pulmão, aproximadamente 10% dos casos ocorrem em pacientes que nunca fumaram.
Os pesquisadores caracterizaram os genomas dos tumores de cerca de 200 pacientes. O estudo, denominado Projeto de Seqüenciamento de Tumores, envolveu as tarefas de decodificar e seqüenciar o DNA de centenas de genes com ligações conhecidas com o câncer ou dos quais se suspeita que tenham relação.
Em seguida, forem escaneados os genomas de tumores para identificar pedaços do DNA que estivessem ausentes ou então presentes em cópias excessivas. O procedimento permitiu identificar genes ativos anormalmente ou "silenciados".
Genoma do câncer do pulmão
As duas técnicas usadas, conhecidas respectivamente como análise do número de cópias de DNA e análise da expressão gênica, auxiliadas com novos sistemas computacionais, ajudaram o consórcio de instituições de pesquisa a produzir uma visão detalhada do cenário genômico do câncer do pulmão.
Como resultado, os cientistas identificaram mais de 1 mil alterações genéticas, a maior parte das quais não havia sido descrita anteriormente. Enquanto algumas dessas mutações refletem genes ligados anteriormente ao adenocarcinoma pulmonar, um número expressivo representa novas descobertas.
Entre os exemplos estão os genes NF1, ATM, RB1 e APC, que não haviam sido associados até então com o câncer no pulmão e que apresentaram mutações em uma parte expressiva dos tumores analisados. Os mesmos genes haviam sido implicados anteriormente com outros tipos de tumores, o que indica, segundo os pesquisadores, que possam ter papéis importantes em diversos tipos da doença.
Quinases
Os pesquisadores também desvendaram laços genéticos para uma classe crítica de genes conhecida como tirosina quinase. As quinases atuam como chaves moleculares - quando ligadas, promovem o crescimento celular - e são consideradas importantes candidatas na busca por novas drogas contra o câncer.
Em tumores no pulmão, os cientistas identificaram mutações que se aglomeram em diversos grupos de genes ligados a tirosina quinases, entre os quais as famílias de genes receptores EGF, EPH, FGF, NTRK e VEGF.
Terapias para vários tumores
Além de revelar anormalidades entre genes individuais, os cientistas verificaram conexões extraordinárias entre eles. Por meio da integração de seqüenciamento de DNA, da expressão genética e de dados de números de cópias de DNA, eles descobriram que as aberrações genéticas estão localizadas freqüentemente em grupos de genes que funcionam conjuntamente, levando informações de uma parte da célula a outra.
"Um das principais resultados de nosso estudo é que alguns dos genes e caminhos descobertos que sofrem mutações no câncer de pulmão também são defectivos em outros tipos de câncer. Isso nos dá esperança de que certas terapias poderão ser usadas em múltiplos tipos de tumores", disse Meyerson.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=diferentes-tipos-de-cancer-tem-variacoes-geneticas-em-comum&id=3577
Câncer de laringe e células tronco
A tecnologia também permitiu que pela primeira vez se fizesse um transplante de órgão sem necessidade de remédios anti-rejeição.
A paciente Claudia Castillo, de 30 anos, precisava de um transplante de traquéia, depois de ter sofrido danos nos seus órgãos respiratórios devido à tuberculose.
A cirurgia foi feita há cinco meses no Hospital Clínic, de Barcelona, e a paciente está hoje em estado perfeito de saúde, segundo os médicos.
Cientistas europeus acreditam que a técnica, descrita em um artigo da revista científica The Lancet, se tornará comum no futuro.
'Receio'
Para criar a nova traquéia, os médicos usaram uma traquéia de um doador e a limparam com fortes químicos para matar todas as células.
A estrutura que restou foi revestida com as células da própria paciente. Ao usar as células de Castillo, eles conseguiram evitar que seu corpo tivesse rejeição ao órgão doado.
Dois tipos de células foram removidas de Castillo: as que ficam na sua traquéia e células-tronco da medula óssea.
Depois de quatro dias de crescimento em um equipamento especial no laboratório, a nova traquéia foi transplantada pelo cirurgião Paolo Macchiarini.
"Eu estava com muito receio. Antes disso, nós só havíamos feito esse trabalho com porcos", disse o médico.
"Mas assim que a traquéia saiu do biorreator, tivemos uma surpresa muito positiva."
Quatro meses depois da cirurgia, Macchiarini afirma que as chances de surgirem sinais de rejeição do órgão no corpo da paciente são praticamente nulas.
"Nós estamos muito animados com os resultados. Ela está curtindo uma vida normal, o que para nós, os médicos, é um presente muito bonito."
Para Martin Birchall, pesquisador da universidade britânica de Bristol, que ajudou a criar a traquéia híbrida, o transplante significa uma "grande mudança" nas técnicas de cirurgia.
"Os cirurgiões podem agora começar a entender o potencial das células-tronco de adultos e desenvolvimento de tecidos para radicalmente melhorar a sua habilidade de tratar pacientes com doenças graves."
Para Birchall, em 20 anos, praticamente todos os transplantes de órgão serão feitos desta forma.
Na Europa, entre 50 e 60 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de laringe por ano. Os cientistas afirmam que cerca de metade deles podem potencialmente passar pelo processo realizado em Barcelona.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/11/19/ult4911u623.jhtm
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Australiano desenvolve vacina contra o câncer de pele
Frazer revelou que os testes feitos até agora em ratos tiveram resultados positivos e que em 2009 serão iniciados os testes em seres humanos, informa o jornal "Sunday Telegraph".
O cientista apresentará os resultados dos estudos na segunda-feira no Congresso Australiano da Saúde e Pesquisa Médica. A vacina não estaria disponível antes de uma década e poderia ser administrada em crianças com idades entre 10 e 12 anos para evitar o desenvolvimento deste tipo de câncer, que provoca a cada ano 1.600 mortes na Austrália.
Fonte: http://jc.uol.com.br/tvjornal/2008/11/16/not_169432.php
domingo, 16 de novembro de 2008
Tipo de tumor cerebral poderia ser detectado em exame de sangue
Em artigo publicado hoje pela revista científica britânica "Nature Cell Biology", pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) explicam que são liberadas vesículas suficientes para que ultrapassem a barreira do sangue cerebral e possam ser detectadas com um exame comum.
Além disso, essas pequenas vesículas, chamadas de exossomos, também poderiam ser úteis para conhecer a natureza do tumor e poder, assim, desenvolver um tratamento para combater o glioblastoma.
A equipe de pesquisa, liderada por Xandra Breakefield, indica que as células do glioblastoma libertam os exossomos, que são pequenos sacos membranosos com substâncias capazes de modificar os tecidos que as rodeiam.
Os exossomos podem se fundir com as células vizinhas e transferir seu conteúdo, o que contribuiria para a extensão do câncer.
As vesículas contêm material genético e proteínas envolvidas no crescimento de vasos sanguíneos, no crescimento celular, na migração e na capacidade do tumor para evitar a ação do sistema imunológico.
A equipe descobriu que duas moléculas específicas presentes nos exossomas - a EGFRvIII e a miRNA-21 - poderiam ser detectadas no sangue dos pacientes, o que facilitaria o diagnóstico do câncer, de difícil prognóstico e que, atualmente, requer métodos muito invasivos para a detecção.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL863864-5602,00-TIPO+DE+TUMOR+CEREBRAL+PODERIA+SER+DETECTADO+EM+EXAME+DE+SANGUE.html