quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Cientistas identificam proteína que estimula metástase

Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) identificaram uma proteína gerada por células do câncer de pulmão que estimula a metástase. O estudo foi publicado nesta quarta-feira pela revista científica Nature.

Os especialistas, liderados por Michael Karin, professor de Patologia e Farmacologia, analisaram como as células cancerígenas se apossam de componentes do sistema imunológico e impulsionam a expansão metastática do câncer de pulmão.
A equipe do professor Karin, que por enquanto estuda apenas ratos, baseou sua pesquisa na análise dos macrófagos, células imunitárias vitais no combate ao câncer e frente à invasão de agentes externos, e no exame dos fatores que podem dar vigor às células cancerígenas metastáticas, caracterizadas por sua tendência à inflamação.

Com o uso de uma técnica bioquímica, os pesquisadores comprovaram que as células do câncer de pulmão segregam uma proteína chamada versican, que, por sua vez, ativa os macrófagos e faz com que a medula óssea produza a proteína inflamatória TNF-alfa.

Dessa maneira, os cientistas da Universidade da Califórnia confirmaram que a TNF-alfa contribui para impulsionar a propagação da metástase.

Kerin acredita que os resultados do estudo são "relevantes" não só para os roedores, mas também para os humanos que sofrem de câncer de pulmão, o que mais mortes ocasiona no mundo e cuja principal causa é o tabaco.

Caso seja encontrada "uma maneira de bloquear a produção de versican", conclui o professor, essa descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de métodos terapêuticos para limitar a metástase desse tipo de câncer.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pesquisadores descobrem molécula que atinge tumor cerebral

SÃO PAULO - Pesquisadores do Centro de Câncer da Universidade da Califórnia Davis relatam nesta segunda-feira, 29, a descoberta de uma molécula que atinge o glioblastoma, uma tipo letal de câncer. A descoberta, que será publicada na edição de janeiro da revista European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, dá esperança para um tratamento eficiente de um câncer incurável.
 
Glioblastoma é o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral primário em adultos. É marcado por tumores com formato irregular e bordas pouco definidas, que rapidamente invadem os tecidos próximos, fazendo com que sejam difíceis de remover cirurgicamente.
 
"Esses tumores cerebrais são normalmente tratados com remoção cirúrgica para tirar o máximo possível, seguido por radiação para matar as células cancerígenas que permanecerem e impedir que se espalhem para o resto do corpo", disse Kit Lam, autor principal do estudo. "É uma pena que essa abordagem não aumente a sobrevivência significativamente. A maior parte dos pacientes sobrevive menos de um ano."
 
Para encontrar novas opções de tratamento, Lam e seus colegas começaram a procurar por uma molécula que pudesse ser injetada na corrente sanguínea do paciente e levasse alta concentração de medicamentos ou material radiativo direto ao tumor cerebral, poupando os tecidos normais. Durante o estudo, eles identificaram uma molécula, a LXY1, que se mistura com grande especificidade a uma proteína da superfície celular chamada alfa-3 integrina, que é abundante em células cancerígenas.
 
Eles também testaram a habilidade das moléculas para atingir o câncer cerebral implantando o glioblastoma humano abaixo da pele de ratos. Os pesquisadores injetaram uma versão marcada radioativamente da LXY1, usando imagens fluorescentes, e mostraram que as moléculas se ligaram preferencialmente às células cancerígenas.
 
"Esse resultado nos dá grande esperança de desenvolver tratamentos para o glioblastoma," disse Lam.
 
Lam planeja continuar o trabalho repetindo os experimentos com tratamentos poderosos ligados às moléculas LXY1.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Cientistas norte-americanos mapeiam células cancerígenas

Pesquisadores do Colégio de Medicina Baylor, em Houston, EUA, mapearam células cancerígenas do câncer de mama, e notaram 157 modificações em cromossomos do DNA de cada uma delas. A pesquisa foi publicada, juntamente a um gráfico, nesta semana na revista "Genome Research".

Segundo o site do "New York Times", os cientistas constataram que uma das características marcantes dessas células é o emaranhamento dos cromossomos: pedaços de DNA contendo um ou mais genes são arrancados do seu local original, e cromossomos são colocados em lugares diferentes. Outras partes de DNA são transferidas para cromossomos diferentes.

O gráfico resume os resultados: os 23 cromossomos do genoma humano estão em torno do anel externo. As linhas azuis, no terceiro anel, mostram os rearranjos internos, nos quais um trecho de DNA foi movido de um local para outro, no mesmo cromossomo. As linhas vermelhas, ao centro, mostram as quebras de DNA, de um cromossomo para outro.

Um dos rearranjos mais perturbadores, segundo os cientistas, é de um gene chamado RAD51C --responsável por grandes reparações em quebras cromossômicas, quando há transferência de DNA. Quando ele é comprometido, desencadeia todos os outros rearranjos, disseram os pesquisadores.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Mate elimina o colesterol ruim e previne doenças como câncer

Inspirados pela onda de chás vindos do Oriente, como o chá verde e o chá branco, pesquisadores resolveram investigar se o chá nativo do Brasil – e de outros países marcados pelos pampas, como Uruguai, Paraguai e Argentina – ofereceria benefícios ao organismo. E eles acharam vários.

Na Universidade Federal de Santa Catarina, os cientistas notaram que três doses de cerca de 300 ml diários - quase 1 litro por dia - são capazes de diminuir em 13% o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL). “Essa ação foi observada em amostras de sangue de 100 voluntários que incluíram a bebida nas refeições durante 60 dias”, explica o farmacêutico-bioquímico Edson da Silva. Ele especula que isso se deve às saponinas, substâncias que funcionam como uma espécie de detergente e reagiriam com ácidos biliares, impedindo a absorção da gordura pelo intestino.

O mesmo efeito anticolesterol foi confirmado por um trabalho conduzido por pesquisadores da Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, no interior do estado — mas este realizado em cobaias. “Além da queda nas taxas de colesterol, notamos que os níveis de triglicérides e açúcar baixaram”, relata um dos autores, o biólogo Marcelo Ribeiro. “Também percebemos uma diminuição de aproximadamente 4% no peso dos animais”, completa sua colega Patrícia Carvalho, especialista em ciência dos alimentos.

Do outro lado do mundo, mais precisamente na Coréia do Sul, cientistas da Universidade de Yonsei acabam de chegar à mesma constatação: a suplementação com erva-mate na dieta de ratos diminuiu o peso, a gordura abdominal e a glicose. “Ou seja, o mate é uma opção promissora na prevenção de doenças do coração”, resume a nutricionista Maria Gandini, da RGNutri Consultoria Nutricional, em São Paulo.

Vantagens
Além de prevenir placas nas artérias, a erva-mate combate radicais livres, moléculas que surgem naturalmente no organismo e que promovem a deterioração das células. Com isso, pode-se dizer que a infusão auxiliaria na prevenção de câncer — algo, aliás, já observado pelos cientistas da Universidade São Francisco. 

Fique sabendo mais esta: uma xícara de chá-mate depois do almoço cai muito bem. “Há indícios de que a infusão auxilie nos movimentos do intestino, favorecendo a digestão”, explica o farmacêutico- bioquímico Geraldo Coelho, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. “Ela também estimula a produção da bile, líquido produzido pelo fígado e responsável por digerir gorduras”, complementa Patrícia Carvalho. 

Para obter todas essas vantagens, Edson da Silva sugere: “Faça a infusão, aguarde dez minutos, coe e beba um copo e meio, três vezes ao dia”, recomenda. O prazo de validade da preparação é 24 horas. Mais do que isso, adeus, benefícios. Você também pode variar na bebida e aproveitar as folhas para preparar sucos. Tire o mate do escanteio e aproveite seus benefícios.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Estudo revela eficácia de planta contra câncer

Pesquisa do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que uma substância na planta conhecida popularmente como sucupira, Pterodon pubescens Benth, é capaz de inibir o crescimento de células de câncer de próstata.

Os testes, coordenados pela pesquisadora Mary Ann Foglio, do programa de pós-graduação do Departamento de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da Faculdade de Odontologia, devem começar em fevereiro de 2009 para analisar o comportamento dos compostos isolados no combate às células cancerígenas em camundongos.

Os pesquisadores da Unicamp se basearam na atividade anti-inflamatória da sucupira com o controle do crescimento de alguns tipos de tumores.

Fonte: http://www.cgn.inf.br/cgi-bin/UltimasNoticias?noticia=1002645;modelo=completa_1

Nova esperança para pacientes com câncer de próstata

Um estudo publicado esse mês demonstra que um novo composto em desenvolvimento pela farmacêutica AstraZeneca pode proporcionar uma melhora promissora na sobrevida global de homens com câncer de próstata metastático resistente a hormônios.

Os resultados estão na última edição de um dos mais importantes veículos científicos da área de urologia, o European Urology. Chamado EPOC (Endothelin A Proof Of Concept – Endotelina, uma Prova de Conceito), o estudo de fase II contou com a participação de 312 pacientes em 14 países (Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Indonésia, Holanda, Noruega, Polônia, Suécia, Suíça, UK e EUA).

Os dados mostraram que os pacientes com câncer de próstata metastático e resistente a hormônios, que se apresentavam assintomáticos ou levemente sintomáticos para dor e receberam o novo medicamento (ZD4054) na dose de 10mg por via oral, uma vez ao dia, apresentaram uma redução de 45% no risco de morte em comparação com aqueles que receberam placebo. Já os pacientes que receberam o novo medicamento na dose de 15mg, uma vez ao dia, apresentaram uma redução do risco de morte da ordem de 35%, o que redundou em uma sobrevida de 23,5 meses, em comparação com 17,3 meses nos pacientes que usaram placebo.

Fonte: http://www.odebate.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10650&Itemid=44

Estudo flagra células-tronco 'do mal' que geram câncer no intestino

O lado negro das células-tronco acaba de ganhar mais uma confirmação: a descoberta de uma população desse tipo de célula que está na raiz dos cânceres de intestino. Uma equipe internacional de pesquisadores identificou as vilãs microscópicas num estudo com camundongos e pretende utilizar esse conhecimento como ferramenta para, quem sabe, erradicar definitivamente esse tipo de câncer.

A capacidade de renovar a si próprias e a de dar origem a outros tipos de célula são definidoras das células-tronco, e é graças a elas que os cientistas pretendem utilizá-las para reconstruir órgãos e tecidos. Mas essas mesmas propriedades também são potencialmente perigosas. Se os vários tipos de câncer tiverem células-tronco -- e cada vez mais parece que eles as têm --, a doença ganha uma fonte quase inexaurível de crescimento: basta que sobre uma única célula-tronco para que um tumor volte, ao menos em tese.

Na nova pesquisa envolvendo tumores de intestino, a equipe liderada por Hans Clevers, do Centro Médico da Universidade de Utrecht (Holanda), estudou um grupo especial de células da chamada cripta intestinal (uma região cheia de glândulas mucosas no intestino delgado). Já se sabe que elas são as células-tronco "do bem" para o intestino delgado e o cólon, ou seja, ajudam a renovar os tecidos desses órgãos (para se ter uma idéia, a camada superficial deles é trocada a cada cinco dias em camundongos).

Na mosca

Clevers explicou ao G1 que os camundongos usados na pesquisa foram especialmente "preparados" (via biologia molecular) para reagir da maneira que os pesquisadores desejavam. "Eles produzem uma enzima em suas células-tronco, que nós conseguimos ativar com uma injeção de tamoxifeno [droga comum no tratamento contra o câncer de mama]. Com esse truque, nós deletamos um gene que serve como supressor de tumores em células-tronco", diz ele.

No experimento, os pesquisadores viram que o tumor intestinal só surgia quando o gene, conhecido como APC, era inutilizado nas células-tronco, e não nas outras células do intestino. Isso mostra que elas são mesmo as culpadas pela doença. "Ao comparar esses dois tipos de células, nós agora poderemos achar genes marcadores que estão unicamente presentes nas células-tronco do câncer, e não nas células-tronco normais", diz Clevers. Com isso, espera-se que surjam formas de atacar especificamente esse tipo de célula.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL926756-5603,00-ESTUDO+FLAGRA+CELULASTRONCO+DO+MAL+QUE+GERAM+CANCER+NO+INTESTINO.html

Novo tratamento para câncer de pâncreas é aprovado no Brasil

O câncer de pâncreas é um dos tumores gastrintestinais mais comuns e a quarta causa de mortes por câncer no mundo

Uma nova esperança para o tratamento do câncer de pâncreas, hoje a quarta causa de mortes por câncer no mundo, é aprovada no Brasil. O medicamento erlotinibe, conhecido comercialmente como Tarceva, recebeu da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária -, a aprovação para uso no tratamento de câncer de pâncreas metastático (avançado) em combinação com a quimioterapia.

Este é o primeiro tratamento em dez anos que mostrou aumentar a sobrevida quando adicionado à quimioterapia. O câncer de pâncreas é difícil de tratar, porque freqüentemente apresenta resistência à quimioterapia e a radioterapia, além de se espalhar rapidamente para outras partes do corpo (metástase), levando a uma curta expectativa de vida e conseqüentemente à morte.

No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, INCA, o câncer de pâncreas representa 2% de todos os tipos, sendo responsável por mais de nove mil novos casos anualmente. Na Europa, por exemplo, 60 mil pessoas são diagnosticadas com esse tipo de problema a cada ano. Embora a incidência do câncer de pâncreas ainda seja considerada baixa, a mesma aumenta a cada ano com o avanço da idade dos indivíduos. E o fator que hoje mais preocupa os médicos é a alta taxa de mortalidade: essa é a quarta principal causa de todas as mortes por câncer.

“O câncer de pâncreas é considerado de difícil diagnóstico, sendo que até hoje não tínhamos conseguido avanços no tratamento. A aprovação no Brasil segue a linha de outros países e trará benefícios para milhares de pacientes”, afirma o oncologista do Hospital das Clínicas, dr. Artur Malzyner.

Tarceva é o primeiro e único tratamento inibidor do EGFR (uma proteína encontrada na superfície de muitas células tumorais) que, além de usado com sucesso no tratamento do câncer de pulmão, demonstra importantes resultados no tratamento do câncer de pâncreas.

O câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas, geralmente, se desenvolve de forma imperceptível, sem causar sintomas, o que torna a detecção precoce difícil. Aproximadamente 80% dos pacientes começam a sentir fortes dores na parte superior do abdômen e no meio das costas. A causa ainda é desconhecida, porém, já se pode afirmar que o fumo está entre os fatores de risco mais consideráveis.

O pâncreas

O pâncreas é uma glândula que faz parte do sistema digestivo. Tem cerca de 20 a 25 cm de extensão no adulto e é responsável pela produção de enzimas (suco pancreático), que possibilitam a digestão dos alimentos, e hormônios, como a insulina, que é liberada na corrente sanguínea e age nas células do organismo regulando a quantidade de açúcar no sangue. É dividido em três partes: a cabeça, o corpo e a cauda. A maior parte dos casos de câncer de pâncreas localiza-se na região da cabeça do órgão.

Sobre Tarceva

Tarceva é um novo tratamento, denominado terapia-alvo de uso oral, já indicado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão no estado avançado, com benefício comprovado e significativo no aumento da sobrevida global e melhora dos sintomas relacionados ao câncer. Tarceva age diretamente nas células do tumor, diferente da quimioterapia, o que evita a maioria dos efeitos colaterais desta terapia.

Desde o lançamento inicial, há quatro anos, Tarceva foi usado para tratar mais de 200 mil pacientes e foi aprovado em 85 países em todo o mundo.

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=19358&Itemid=1