segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Descobertas nanopartículas capazes de frear avanço do câncer

Uma equipe de pesquisadores japoneses descobriu um novo tipo de nanopartículas magnéticas capazes de inserir ácido nucleico no organismo e frear a progressão do câncer nos ratos.

Como publicou hoje a revista britânica The Lancet esta nova formulação de nanopartículas magnéticas oferece melhores resultados que a usada até agora no tratamento genético contra o câncer.

Se os resultados forem confirmados em humanos, se trataria de um grande passo para o tratamento não invasivo de diferentes tipos de tumores.

Para chegar a esse resultado, uma equipe de cientistas de The Jikei University de Chiba (Japão) liderado por Yoshihisa Namiki injetou na corrente sanguínea dos roedores nanopartículas magnéticas compostas por uma sequência otimizada de pequeno RNA de interferência (siRNA, sigla em inglês).

Uma vez feito isto, guiaram as nanopartículas até o tumor através de placas magnéticas grudadas ou implantadas sob a pele da região afetada.

Assim, o ácido ribonucleico projetado especialmente para "silenciar" o gene causador do tumor pôde chegar a seu destino e, após oito injeções, foi capaz de parar o crescimento do mesmo.

Além disso, a equipe assegura que este tratamento não apresentou em nenhum dos casos efeitos adversos.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3936835-EI188,00-Descobrem+nanoparticulas+magneticas+capazes+de+frear+o+avanco+do+cancer.html

Menino britânico sobrevive a duas leucemias e três transplantes

Um menino britânico de dez anos, portador de uma síndrome rara, conseguiu sobreviver duas vezes à leucemia e também a três transplantes de medula e a cinco hemorragias cerebrais.

Os médicos afirmam que o fato de Oscar Parry ainda estar vivo é um milagre. O menino, que mora no sudeste da Grã-Bretanha, já voltou à escola e também participa de campanhas para levantar verbas para o hospital onde fez tratamento, o Great Ormond Street, de Londres.

Parry nasceu com uma desordem rara chamada Síndrome de Noonan, que fez com que ele tivesse um problema cardíaco e fosse menor do que as crianças normais.

Aos três anos de idade o menino desenvolveu leucemia linfoblástica aguda, uma das formas mais comuns da doença.

Tratamento
Inicialmente, Parry foi tratado com doses baixas de quimioterapia, que funcionaram bem. Mas, depois de três anos de tratamento, ele foi diagnosticado com um tipo de leucemia mais raro e mais agressivo, que poderia ser curado apenas com um transplante de medula óssea.

Depois de três meses, foi encontrado um doador compatível e Parry passou pelo primeiro transplante. Mas sua recuperação não foi satisfatória e ele precisou de uma cirurgia para remover o baço, o que deu bons resultados por um tempo.

Quando tudo estava pronto para ele voltar para casa, a leucemia voltou e um segundo transplante de medula, de um tipo mais experimental, foi necessário.

Paul Veys, médico de Parry no hospital Great Ormond Street, afirmou que o menino tinha apenas 10% de chances de sobreviver.

Parry então desenvolveu uma doença autoimune, na qual as células do novo doador começam a atacar as do corpo do paciente.

Este problema não é tão incomum depois de um transplante, mas Parry estava muito doente e passou semanas na unidade de terapia intensiva por causa das infecções.

"Havia vezes em que Oscar estava na terapia intensiva e nós pensamos que ele não iria conseguir", afirmou a mãe de Oscar, Yvonne Parry. "Na primeira vez que ele foi para a terapia intensiva e teve hemorragia cerebral, eu já estava cuidando de seu funeral."

"Ele tinha uma doença genética e duas, possivelmente três, leucemias", disse Veys. "Ele precisou de três transplantes, o terceiro com células especializadas - ele foi a primeira criança na Grã-Bretanha que recebeu esse tratamento."

"No final das contas, você faz um transplante e tenta curar a leucemia, ela volta, você faz um segundo transplante de um jeito diferente, fazendo com que as novas células lutem como loucas, mas então elas lutam demais e temos que desligá-las e essa foi a razão para o terceiro (transplante com) células especializadas, e as chances de ele sobreviver eram realmente muito pequenas."

A volta para casa

A mãe de Parry, Yvonne, disse que agora o menino voltou para casa, mas sofre de osteoporose, por ter sido tratado com esteroides durante dois anos.

O crescimento dele também foi paralisado durante o tratamento e seus dentes não foram substituídos depois que ele os perdeu.

Esta situação começou a melhorar e Parry, agora com dez anos, já se gaba por ser mais alto que seu irmão de quatro anos, Finn.

"Voltamos para casa em junho de 2007 e não voltamos (para o hospital) desde então, o sistema imunológico dele está funcionando com cerca de 75% (da capacidade)", disse Yvonne.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1278543-5603,00-MENINO+BRITANICO+SOBREVIVE+A+DUAS+LEUCEMIAS+E+TRES+TRANSPLANTES.html

sábado, 22 de agosto de 2009

Evento da APM reúne especialistas para debate sobre a prevenção do câncer de colo uterino

A Associação Paulista de Medicina (APM) realiza, em 27 de agosto de 2009, o XXVIII Encontro Multidisciplinar Câncer da Cérvix, do Departamento de Citopatologia. Em pauta, a técnica do exame colposcópico, destinado à prevenção e detecção precoce do câncer de colo do útero, vagina e vulva; técnicas para tratamento cirúrgico e como interpretar resultados alterados, suspeitos de malignidade, no exame de papanicolau.

“É de suma importância relembrar e atualizar sobre a prevenção do câncer do colo uterino. Estudos comprovam que essa é a 2ª causa de morte em mulheres, entre os cânceres genitais e mamários”, alerta a dra. Suely Alperovitch, presidente do Departamento organizador do evento

Segundo a especialista, o fator de risco principal é o papilomavírus humano, ou HPV, transmitido durante a relação sexual sem preservativo. “O vírus tem papel importante no desenvolvimento da displasia das células cervicais e na transformação destas em células cancerígenas. Em 95% dos casos de câncer do colo do útero podemos encontrar a presença do HPV nos genitais da mulher ou de seu parceiro”.

O diagnóstico da doença é confirmado por meio de Papanicolaou e colposcopia, seguidos de biópsia e exames complementares, quando necessários. O exame histopatológico, que estuda os tecidos do organismo ao microscópio, pode ser solicitado por ser o único que pode dar um diagnóstico preciso, com exatidão absoluta.

“Baseados nos resultados destes exames que o tratamento é conduzido, padronizado para cada caso, perante o estágio do câncer,” explica a dra. Suely.

Ainda no evento, haverá a possibilidade de debate entre o público de ginecologistas, colposcopistas, obstetras, citopatologistas, patologistas, cirurgiões e citotécnicos presentes.

“Cabe ressaltar a grande importância de usar o preservativo em todas as relações sexuais. Ele é o melhor modo de evitar as doenças sexualmente transmissíveis e as futuras complicações desse quadro.”

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=34&id=45286

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Estrogênio ajuda no tratamento do câncer de mama, diz estudo

Baixas doses de estrogênio ajudam a tratar algumas formas de câncer de mama, de acordo com um estudo clínico publicado no "Journal of the American Medical Association" na terça-feira (18).

Os resultados levam a uma reversão parcial na forma como o câncer de mama metastático é atualmente tratado, com medicamentos para baixar os níveis de estrogênio.

"Quando os medicamentos que reduzem estrogênio deixam de controlar o câncer de mama metastático, o oposto talvez possa funcionar", disse a equipe da Washington University School of Medicine, que realizou os testes.

Matthew Ellis, o oncologista que liderou a pesquisa, afirma que mais de 30% das mulheres que não responderam ao tratamento padrão reagiram bem a nova estratégia.

"Aumentar os níveis de estrogênio beneficiou cerca de 30% das mulheres com câncer de mama metastático que não respondiam aos tratamentos anti-estrogênios", disse.

Os efeitos colaterais do aumento de estrogênio poderão incluir dores de cabeça, inchaço, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, náuseas e vômitos. Mas Ellis afirma que esses efeitos secundários foram limitados, em comparação com outros tratamentos.

"Nós descobrimos que o tratamento por estrogênio interrompeu a progressão da doença em muitas pacientes e foi bem mais tolerado do que a quimioterapia".

"Em geral, temos demonstrado claramente que a dose baixa foi melhor tolerada do que a dose mais elevada e com a mesma eficácia no controle da doença metastática".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Estudo recomenda musculação para mulheres com linfedema

Estudo publicado na revista “The New England Journal of Medicine” mostra que musculação não é mais tabu para quem ficou com linfedema após tratar um câncer de mama. O linfedema é um inchaço do membro superior no lado que foi operado. Trata-se de um efeito colateral bastante comum desse tipo de tratamento.

A causa é a dificuldade de circulação da linfa, líquido que circula entre os linfonodos. A cirurgia de remoção do tumor de mama algumas vezes envolve a retirada desses linfonodos para detecção e prevenção de metástases.

O inchaço piora se a mulher carrega peso ou faz algum esforço maior com aquele braço. O linfedema traz desconforto e dor, daí as mulheres que passaram pelo tratamento evitarem utilizar o braço nas atividades do dia a dia.

Por tudo isso, a musculação sempre foi evitada pelas pacientes no pós-tratamento. Mas a atividade física traz benefícios físicos e psíquicos comprovados na recuperação dessas mulheres. A boa notícia é que a pesquisa mostra que a musculação também pode fazer parte da rotina dessas mulheres.

Foram mais de 140 mulheres que haviam sido submetidas ao tratamento para câncer de mama. Metade fez um ano de academia e entrou em um programa de treinamento com musculação dirigida por professores orientados para o problema.

O programa envolvia duas sessões de treinamento por semana com musculação para todo o corpo, exercícios cardiovasculares e alongamento. O único cuidado especial com as participantes era a utilização de uma malha compressiva feita sob medida para evitar o inchaço.

A circunferência dos braços era medida a cada sessão de treinos. Após um ano de exercícios, as participantes do grupo da academia tinham 5% menos problemas com inchaço e linfedema.

Os pesquisadores apontam para a necessidade de que os professores de educação física estejam preparados para atender as mulheres que precisaram se submeter ao tratamento para câncer.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1269561-5603,00-ESTUDO+RECOMENDA+MUSCULACAO+PARA+MULHERES+COM+LINFEDEMA.html

Ajuda contra o câncer

Hospital de Joinville recebeu um acelerador linear, aparelho que combate a doença com menos efeitos colaterais

Um equipamento de 13 toneladas que ajudará no combate ao câncer já está no Hospital Municipal São José, em Joinville.

O acelerador linear, que funciona como um aparelho de raio-X e é mais eficaz do que a bomba de cobalto para tratamento de radioterapia, foi guardado na tarde de sábado em um galpão anexo ao hospital.

A novela do acelerador linear começou há quase 10 anos. Pacientes que utilizam o SUS e precisam de um tratamento mais eficiente buscam alternativas em outras regiões do Estado ou optam pela bomba de cobalto, que opera há 20 anos no Hospital São José. A bomba atinge também tecidos saudáveis e traz efeitos colaterais os pacientes.

O acelerador precisa estar em um abrigo especial, chamado de casamata, com paredes espessas e portas e janelas muito bem protegidas. Com o equipamento já em Joinville, o que falta é justamente a construção da casamata. Na última quarta-feira, a prefeitura abriu um novo processo de licitação. O vencedor deve ser escolhido em 15 de setembro.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2620160.xml&template=3898.dwt&edition=12935&section=213

domingo, 16 de agosto de 2009

Antibiótico veterinário mata células-tronco cancerosas em ratos, segundo estudo

Pesquisadores americanos da Instituto Broad, de Boston, ligado ao MIT e à Universidade Harvard, afirmam que encontraram um composto químico, que era usado para tratamento de gado e aves, que mata as raras e agressivas células cancerosas que têm a habilidade de formar novos tumores.

Estas células, chamadas de células-tronco cancerosas, permitem que o câncer se espalhe e também reapareça depois do que parecia ser um tratamento bem sucedido, além de também poder ser a causa dos tumores secundários.

Chegar até estas células com os tratamentos disponíveis é muito difícil. As técnicas tradicionais envolvem cirurgia, cortando o máximo possível do câncer e tentando matar suas células restantes com radiação.

Estes métodos nem sempre funcionam, pois as células-tronco cancerosas, raiz do câncer, geralmente sobrevivem.

Outro problema apontado pelos pesquisadores é que células cancerosas podem estar enterradas profundamente entre tecidos e órgãos como o cérebro ou o fígado. Então, as tentativas de tratamento convencional nestes casos também significam uma ameaça à vida do paciente.

Mas os pesquisadores encontraram um medicamento já existente, a salinomicina - um antibiótico já usado para tratar infecções intestinais em gado e aves -, que conseguiu destruir as células-tronco cancerosas em ratos.

"Muitas terapias matam o grosso de um tumor, apenas para que ele volte a crescer", afirmou Eric Lander, diretor do Instituto Broad e autor da pesquisa publicada na revista especializada Cell. "Este (estudo) aumenta a perspectiva de novos tipos de terapias contra o câncer."

Dificuldades

Os pesquisadores de terapias contra o câncer lutavam para tentar estudar as células-tronco cancerosas em laboratório. A raridade relativa destas células comparadas com outras células de tumores, combinada com a tendência dessas células de perderem suas propriedades de células-tronco quando cultivadas fora do corpo, limitavam a quantidade de material disponível para análise.

Mas os pesquisadores usaram técnicas já existentes para "treinar" células adultas a passarem por uma mudança importante, que altera sua forma e mobilidade. Ao mesmo tempo, as células podem adotar propriedades semelhantes às das células-tronco.

Com um grande número dessas células-tronco em mãos, a equipe de pesquisadores de Boston fez uma análise em ampla escala de milhares de compostos químicos, aplicando métodos automáticos para procurar pelos que tinham atividade contra células-tronco de câncer de mama.

Foram testados 16 mil compostos químicos. De um grupo de mais de 30 candidatos mais promissores, os pesquisadores identificaram a salinomicina, que apresentou uma potência surpreendente.

A salinomicina matou não apenas as células-tronco cancerosas criadas em laboratório, mas também as naturais.

Comparada a um medicamento quimioterápico comum receitados para casos de câncer de mama, conhecida como paclitaxel, a salinomicina reduziu o número células-tronco cancerosas em mais de 100 vezes. E também diminuiu o crescimento de tumores de mama em ratos.

Os pesquisadores afirmam que esta descoberta é um marco científico, mas acrescentam que ainda é muito cedo para saber se os pacientes de câncer vão se beneficiar com ela.

Ainda é necessária a realização de mais pesquisas para determinar exatamente como a salinomicina funciona para matar as células-tronco cancerosas e se tem o mesmo poder de reduzir tumores em humanos, um tipo de análise que pode levar vários anos.

Segundo o repórter Julian Siddle, da unidade de ciência da BBC, os cientistas afirmam que esta foi uma experiência de prova de princípio e que o mesmo medicamento não deverá ter o mesmo efeito em humanos, mas outros remédios semelhantes poderão ser usados em tratamentos no futuro.

Para um outro autor da pesquisa e diretor do Instituto Broad, Pyush Gupta, o estudo "sugere uma abordagem geral para encontrar novas terapias contra o câncer que podem ser aplicadas a qualquer tumor sólido mantido por células-tronco cancerosas".

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pesquisa do Instituto Butantan usa saliva de carrapato-estrela contra câncer

Testando a proteína em células de vaso sanguíneo para medir seu nível de toxicidade, descobriu-se que a substância é segura para células saudáveis, mas fatal para células tumorais. O experimento foi então extendido a camundongos que tiveram melanomas (câncer de pele) induzidos, e o resultado surpreendeu os pesquisadores.

Tratados durante 42 dias com a proteína, os tumores dos camundongos apresentaram reversão completa. “Testamos em culturas de células tumorais e a surpresa foi positiva, pois a proteína tem atividade altamente citotóxica para elas e não para células normais”, explica Ana Marisa.

Algumas das explicações que os cientistas buscam agora são como funciona a ação pró-coagulante de alguns tipos de tumores – como o melanoma e o de pâncreas – e a inibição de mecanismos de divisão celular. “Essa relação é um grande achado, pois quando você retira sangue desses tumores pode ver ele coagular ainda na seringa”, diz a pesquisadora do Butantan.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1265464-5603,00.html

Substância química pode destruir células-tronco que geram tumor

CHICAGO (Reuters) - Pesquisadores norte-americanos descobriram uma substância química que pode destruir as células-tronco que geram o câncer de mama -um tipo de célula-mestre de câncer que resiste aos tratamentos convencionais e que pode explicar porque muitos tumores voltam.

Descobrir uma forma de destruir estas células pode facilitar muito a cura do câncer.
"Há muitas evidências agora que sugerem que estas células sejam as responsáveis por muitas recaídas observadas após o fim do tratamento", afirmou o pesquisador do Instituto de Tecnologia do Massachusetts e do Broad Institute Piyush Gupta, que publicou seu estudo na revista Cell, em entrevista por telefone nesta quinta-feira.

O problema é que as células-tronco cancerígenas são raras e difíceis de serem estudadas no laboratório uma vez que elas rapidamente se transformam em outros tipos de células. E elas também são difíceis de destruir. "Não estava claro se seria possível encontrar compostos que destruiriam seletivamente as células-tronco cancerígenas", disse Gupta em comunicado. "Foi isso que fizemos".

Para estudar as células, a equipe de Gupta desenvolveu primeiro um método para estabilizar células-tronco cancerígenas no laboratório e fazer com que se multiplicassem. Eles então as testaram com 16 mil compostos químicos naturais e comerciais para ver quais conseguiam destruir especificamente as células-tronco cancerígenas. Com isso, descobriram 32 substâncias.

A lista diminuiu para umas poucas, que foram testadas no laboratório e em ratos.
Uma substância química, chamada salinomicin, conseguiu o resultado esperado. Ela era 100 vezes mais potente que os medicamentos comuns usados na quimioterapia, paclitaxel ou Taxol, na destruição de células-tronco que geram o câncer de mama.

As células-tronco tratadas com o salinomicin tinham menos capacidade de gerar tumores de câncer de mama quando injetadas em ratos que as células-tronco tratadas com paclitaxel. E o tratamento também parecia diminuir o ritmo de crescimento dos tumores nos ratos.
Gupta afirmou que não está claro se o salinomicin surgirá como o melhor composto para medicamento para destruir as células-tronco de câncer de mama -ou mesmo que será seguro usá-lo em pessoas com câncer.

Mas o estudo fornece um novo caminho para ser seguido pelas farmacêuticas para isolar e testas compostos que possam destruir as células.

Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/08/13/substancia-quimica-pode-destruir-celulas-tronco-que-geram-tumor-757394277.asp

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Estudo indica que aspirina reduz o risco de morte por câncer colorretal

O consumo regular de aspirina reduz o risco de morte em pacientes com câncer colorretal, segundo estudo divulgado na terça-feira (11) pela revista especializada "Journal of the American Medical Association".

Já se havia demonstrado que a aspirina reduzia o risco de adenoma colorretal (tumor benigno) e que, pelo menos parcialmente, prevenia o crescimento tumoral.

No entanto, se desconhecia que o remédio analgésico também podia ajudar na sobrevivência dos pacientes com este tipo de câncer.

Outros estudos comprovaram que além de ser um analgésico, os ingredientes da aspirina (ácido acetilsalicílico) têm efeitos anti-inflamatórios e anticoagulantes.

O doutor Andrew Chan, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, estudou a relação entre a aspirina e a sobrevivência de 1.729 pacientes de câncer colorretal não metastático.

O consumo regular de aspirina esteve vinculado a uma grande redução no risco de morte por câncer colorretal e a uma redução da mortalidade, indicou o relatório.

Em comparação aos pacientes que não usaram o analgésico após o diagnóstico, entre os que consumiram aspirina o risco foi menor em 29% e a mortalidade geral baixo em 21%, indicou o relatório.

"Estes resultados sugerem que a aspirina pode influir na biologia dos tumores colorretais, além de prevenir sua aparição", indicou Chan.

No entanto, o cientista indicou que é preciso realizar maiores estudos sobre os efeitos da aspirina, incluindo provas com placebos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u608579.shtml

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cientistas usam veneno de abelha para combater câncer

- Cientistas da Washington University de St. Louis, nos Estados Unidos, desenvolveram um método que usa veneno de abelhas para matar células cancerosas, ao mesmo tempo em que deixa células saudáveis intactas.

Os pesquisadores acoplaram a toxina melitina, presente no veneno de abelhas, a moléculas, ou nanopartículas, que batizaram de "nanoabelhas".

Depois disso, estas "nanoabelhas" foram introduzidas em ratos que possuíam tumores. De acordo com os pesquisadores, as partículas então atacaram e destruíram apenas as células cancerosas, protegendo outros tecidos do poder destrutivo da melitina.

Após algumas aplicações das "nanoabelhas", os tumores dos ratos teriam encolhido ou parado de crescer, de acordo com os cientistas.

"As nanoabelhas 'voam', pousam na superfície das células e depositam sua carga de melitina, que rapidamente se funde com as células-alvo. Mostramos que a toxina da abelha é levada para as células, onde faz furos em suas estruturas internas", afirmou um dos autores do estudo, Samuel Wickline, que lidera o Centro Siteman de Excelência em Nanotecnologia da Washington University de St. Louis.

Melitina

A melitina é uma pequena proteína, ou peptídeo, que é fortemente atraído para as membranas de células, onde pode abrir poros e matá-las.

"A melitina tem interessado pesquisadores pois, em concentrações altas, pode destruir qualquer célula com que entrar em contato, o que faz com que seja um agente antibacteriano e antifúngico e, potencialmente, um agente contra o câncer", acrescentou Paul Schlesinger, outro autor da pesquisa e professor de biologia celular e fisiologia.

"Células cancerosas podem se adaptar e desenvolver resistência a muitos agentes anticâncer que alteram a função genética ou têm como alvo o DNA das células, mas é difícil para as células encontrar uma forma de driblar o mecanismo que a melitina usa para matar", disse.

O estudo foi publicado na revista científica online Journal of Clinical Investigation.

Testes

Os cientistas testaram as "nanoabelhas" em dois tipos de ratos com tumores cancerosos. Uma variedade de rato teve implantadas células de câncer de mama humano e, a outra, células de melanoma.

Depois de quatro ou cinco injeções das nanopartículas que carregavam a melitina, durante vários dias, o crescimento dos tumores de câncer de mama nos ratos desacelerou em 25%, e o tamanho dos tumores de melanoma nos ratos diminuiu em 88%, comparados aos tumores não tratados.

Os pesquisadores sugerem que as "nanoabelhas" se juntaram nestes tumores sólidos devido ao fato de tumores frequentemente apresentarem vasos sanguíneos com vazamentos, e tendem a reter material.

Cientistas chamam isto de permeabilidade aumentada e efeito de retenção dos tumores, e isto explica a razão de alguns medicamentos se concentrarem mais em tecido de tumores do que em tecidos normais.

Os cientistas americanos também desenvolveram um método mais específico para ter certeza de que as "nanoabelhas" ataquem os tumores, e não o tecido saudável, ao carregarem estes dispositivos com componentes adicionais.

Quando eles adicionaram um outro agente que era atraído pelos vasos sanguíneos em crescimento em volta dos tumores, as "nanoabelhas" foram guiadas para células de lesões pré-cancerosas, que estavam aumentando rapidamente seu fornecimento de sangue.

As injeções com "nanoabelhas" reduziram em 80% a extensão da proliferação destas células pré-cancerosas, de câncer de pele, em ratos.

Destruição

Se uma quantidade significativa de melitina fosse injetada diretamente na corrente sanguínea, sem proteção nenhuma, o resultado seria uma grande destruição de glóbulos vermelhos do sangue.

Os pesquisadores da Washington University mostraram que as nanopartículas protegeram os glóbulos vermelhos dos ratos e outros tecidos dos efeitos tóxicos da melitina. As "nanoabelhas" injetadas na corrente sanguínea não prejudicaram os ratos e não causaram danos aos órgãos.

E, estando dentro das "nanoabelhas", a melitina também não foi destruída pelas enzimas que quebram proteínas, produzidas naturalmente pelo corpo.

O centro das "nanoabelhas" é composto de perfluorocarbono, um composto inerte que é usado em sangue artificial.

"As 'nanoabelhas' são uma forma eficaz de embalar a melitina, que é útil, mas potencialmente letal, isolando (a toxina) para que não prejudique células normais ou seja degradada antes de chegar ao alvo", afirmou Paul Schlesinger.

A flexibilidade destas "nanoabelhas" e outras nanopartículas criadas pelo grupo na Washington University sugere que elas poderiam ser adaptadas para atender a várias necessidades médicas.

"Potencialmente, (nanopartículas) poderiam ser formuladas para um paciente em particular", afirmou Schlesinger. "Estamos aprendendo mais e mais a respeito da biologia de tumores e este conhecimento pode permitir, em breve, que criemos nanopartículas para tumores específicos, usando o tratamento das nanoabelhas."

Cientistas descobrem processo imunológico que ajuda no tratamento do câncer

Cientistas argentinos descobriram o mecanismo que interrompe o sistema imunológico humano --o que teria importância fundamental para desenvolver tratamentos contra o câncer, diabetes e esclerose múltipla, informaram fontes oficiais nesta segunda-feira (10).

O grupo de pesquisadores, liderado por Gabriel Rabinovich, encontrou "as engrenagens moleculares" que fazem com que o sistema imunológico seja desativado e permita, por exemplo, a expansão de células cancerígenas, afirmou um comunicado do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) argentino.

A descoberta é fundamental para o desenvolvimento de tratamentos contra tumores ou doenças como a esclerose múltipla, a artrite ou a diabetes, entre outras, que aparecem quando o sistema imunológico age sem necessidade e ataca os próprios tecidos, explicaram os pesquisadores.

"Este circuito capaz de silenciar o sistema de defesa é conhecido como 'tolerância imunológica'. Esta indução de tolerância tem uma importância-chave para evitar o desenvolvimento de doenças autoimunes e de promover a aceitação de transplantes", afirmou o Conicet.

Rabinovich e sua equipe descobriram que, na presença de uma proteína (galectina-1), as chamadas células dendríticas tornam-se capazes de silenciar e frear o sistema de defesa.

Estas células adquirem o nome de "células dendríticas tolerogênicas" por sua capacidade de gerar tolerância imunológica durante o processo, no qual também intervêm as proteínas interleucina 27 e 10.

A produção da proteína interleucina 10 pode finalmente eliminar a resposta do sistema de defesa tanto em doenças autoimunes, quanto também em infecções e tumores.

"Diante destes resultados, seria possível antecipar novos horizontes terapêuticos em diferentes patologias imunológicas", declarou Rabinovich, professor da Universidade de Buenos Aires, a maior da Argentina.

"A descoberta permite uma maior compreensão do sistema imunológico e a possibilidade de manipulá-lo para nosso benefício", informou Juan Martín Ilarregui, outro membro da equipe de pesquisadores.

O trabalho, publicado hoje pela revista científica britânica "Nature Inmunology", começou em 2003 por meio de testes realizados com células humanas e ratos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u607696.shtml

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Especial Câncer de Intestino

Leia e ouça informações sobre este que é o quarto tipo de câncer mais incidente no país, e veja dicas para manter uma alimentação saudável que contribuirá para minimizar os riscos de desenvolver a doença

Descoberta argentina abre nova frente contra câncer, diabetes e artrite

BUENOS AIRES — A descoberta sobre o mecanismo que retarda a ação do sistema imunológico pode ser uma peça-chave no tratamento de câncer, diabetes, artrite e esclerose múltipla, informou nesta segunda-feira o Instituto de Biologia e Medicina na Argentina (IBYME).

"Encontramos as engrenagens moleculares que fazem com que sistema imunológico seja desligado", disse em um comunicado Gabriel Rabinovich, coordenador da equipe de cientistas que realizaram a descoberta.

O trabalho foi publicado na prestigiosa revista britânica Nature e Inmunology, em cooperação com a Academia Nacional de Medicina.

A descoberta é considerada fundamental para poder silenciar a resposta imunológica nos casos em que o sistema de defesa do organismo, essencial para combater vírus, bactérias e células tumorais, continua a agir, mesmo que não seja necessário.

A reação imunológica negativa é base para doenças como artrite, esclerose múltipla, diabetes e câncer, dentre outras, diz o relatório do IBYME.

"Em função destes resultados será possível antecipar novos horizontes terapêuticos em várias patologias imunológicas", observam ainda os cientistas.

Rabinovich disse que a descoberta ainda está "em fase embrionária. Faltam muitos anos antes que ele possa chegar às clínicas, está em fase experimental".

A descoberta pode também ser utilizada no sentido oposto, ou seja, para ativar o sistema imunológico, por exemplo, para atacar tumores.

"Estas novas descobertas oferecem uma visão mais ampla da biologia do câncer e, no futuro, para adicionar novas estratégias para as medidas anti-tumorais".

domingo, 9 de agosto de 2009

Novidades na luta contra o câncer de pele

Pesquisadores espanhóis do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas identificaram um composto sintético capaz de desencadear a autodestruição em massa de células de melanoma, o que abre as portas para a fabricação de novos medicamentos para combater o tumor de pele. O estudo foi publicado na revista científica Cancer Cell.

A molécula ativa dois programas de morte das células: a apoptose e a autofagia. A apoptose é uma modalidade específica de morte celular, ligada ao controle do desenvolvimento e do crescimento, enquanto a autofagia é um processo pelo qual as células são digeridas. O grupo de cientistas, dirigido por María Soengas, tinha conseguido, em pesquisas anteriores, encontrar os compostos capazes de ativar a apoptose em células de melanoma, mas estes medicamentos tinham sérios efeitos colaterais ou não eram suficientemente potentes contra a metástase (quando o câncer se espalha para outros órgãos).

De acordo com a pesquisadora, o ponto mais importante da pesquisa é ter descoberto o modo pelo qual se ativam simultaneamente os dois processos de morte celular. Até o momento, os medicamentos só eram capazes de ativar um deles, e não os dois ao mesmo tempo.

– Vimos que, com ratos, é efetivo. Agora temos de melhorar sua administração e eficácia – planeja María.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/vidafeminina/19,0,2609602,Novidades-na-luta-contra-o-cancer-de-pele.html

Nova droga para quem luta contra câncer renal

O órgão americano que regulamenta alimentos e remédios aprovou o uso do medicamento bevacizumabe, da Roche, para pacientes com câncer renal metastático.

Um estudo internacional com 649 voluntários revelou que o uso da droga, combinada ao interferon alfa, dobrou a sobrevida dos pacientes.

Da classe das terapias-alvo, a droga inibe a formação de vasos sanguíneos que alimentam o tumor.

– Não é curativo, mas é capaz de prolongar a vida – explica o urologista Gerald Mickisch, um dos maiores especialistas em câncer renal, que está no Brasil para um evento para médicos sobre o assunto.

No Brasil, a nova droga ainda será submetida à aprovação da Anvisa para essa indicação, mas já é usada desde 2007 para câncer colorretal.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2611062.xml&template=3898.dwt&edition=12883&section=1003

Radioterapia pode causar danos em cérebros com tumor

A radioterapia pode reduzir a função cognitiva dos pacientes que têm tumores cerebrais comuns, segundo um estudo publicado neste domingo pela revista médica britânica The Lancet.

A pesquisa, a cargo dos médicos do VU University Medical Center, em Amsterdã, se concentra no glioma de baixo grau (LGG, em inglês), que é o tipo de câncer cerebral mais frequente.

A radioterapia é um dos sistemas de cura mais comuns, mas existem "dúvidas" sobre qual é o melhor tratamento, segundo os especialistas holandeses.

Segundo os pesquisadores, "a radioterapia pode causar danos no cérebro durante o tempo e, dado que a sobrevivência média de pacientes com LGG é de dez anos, estes pacientes correm um risco considerável de sofrer lesões de radiação tardias ou atrasadas".

O estudo em questão foi realizado com base em pacientes sobreviventes de um estudo anterior dos mesmos pesquisadores, no qual descobriram que, seis anos depois do diagnóstico, os altos níveis de radioterapia e o próprio tumor estavam associados a uma "incapacidade cognitiva".

Os médicos de Amsterdã acompanharam a evolução cognitiva de 65 desses doentes, que tinham a doença estabilizada desde o primeiro estudo, 12 anos após receber tratamento.

Variáveis como a atenção, a função executiva, a memória verbal, a função psicomotora e a velocidade de processamento de informação foram calculadas para determinar as diferenças entre os doentes com radioterapia (a metade) e os que não tiveram esse tratamento (a outra metade).

"No total, 27% dos pacientes que não se submeteram à radioterapia tinham incapacidade cognitiva, em comparação com mais da metade (53%) dos que tinham recebido radioterapia", que também apresentavam impedimentos, afirmam os autores.

O resultado do estudo, destacam os especialistas, "indica que a radioterapia está associada à deterioração cognitiva a longo prazo, à margem da dose (...)".

Os especialistas de Amsterdã concluem que "tratar pacientes que têm LGG com radioterapia deveria ser considerado com cuidado", e sugerem que um tratamento diferente poderia ser "mais benéfico para o status cognitivo e a qualidade de vida".

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3913779-EI298,00-Radioterapia+pode+causar+danos+em+cerebros+com+tumor.html

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Inteligência artificial ajuda a diagnosticar metástase do câncer de mama

Diagnóstico de metástase

Quando os médicos estão tratando de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, as informações disponíveis para o profissional de saúde influencia profundamente o tipo de tratamento que eles recomendarão.

Saber se o câncer já metastatizou, por exemplo, afeta diretamente como os médicos iniciarão o tratamento - o que, por sua vez, influenciará os resultados do tratamento.

A dificuldade, entretanto, é que determinar se um tumor já metastatizou nem sempre é uma tarefa simples. Os radiologistas frequentemente começam usando o diagnóstico por ultrassom para avaliar de forma não-invasiva as proximidades dos nódulos linfáticos - tecidos para onde as células cancerosas migram em primeiro lugar, iniciando a metástase.

Mas, nos estágios iniciais do câncer, os nódulos linfáticos frequentemente parecem completamente normais nos primeiros exames, mesmo que o câncer já tenha metastatizado.

Inteligência artificial

Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA), desenvolveu um programa de computador que utiliza inteligência artificial para analisar as características das imagens de ultrassom a fim de ajudar os médicos a prever mais cedo se o câncer de mama já metastatizou.

Atualmente, não existem métodos automatizados aprovados para o diagnóstico de câncer. Mas o novo programa foi utilizado com êxito para reanalisar os exames de ultrassom de 50 mulheres cujas imagens dos nódulos linfáticos já haviam sido avaliados em busca de metástase.

Todas as 50 mulheres passaram por cirurgias para remover seus cânceres e nódulos linfáticos axilares, e biópsias dos tecidos dos nódulos linfáticos revelaram que 20 delas tinham metástase do câncer e 30 delas tinham um câncer que permanecia localizado na época da cirurgia.

Diagnóstico de câncer por computador

O programa de inteligência artificial conseguiu prever com alto nível de precisão, com base naqueles primeiros exames de ultrassom, quais mulheres já tinham a indicação de metástase. Se tivesse em uso na época, o programa teria ajudado a melhorar o prognóstico das doenças naquelas mulheres.

"Nós descobrimos que uma análise de computador das imagens de ultrassom das mamas poderia potencialmente prever com uma precisão promissora quais pacientes têm metástase e quais não tem," disse a médica Karen Drukker, participante da pesquisa.

Agora os pesquisadores planejam começar uma pesquisa observacional na qual os radiologistas usarão o programa para ver se isso aumenta sua capacidade para diagnosticar a metástase - novamente baseando-se em casos retrospectivos, para os quais já exista um resultado definitivo, de forma a não influenciar a decisão dos médicos e obter uma melhor avaliação do programa.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=inteligencia-artificial-ajuda-diagnosticar-metastase-cancer-mama&id=4373

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nanotecnologia destrói câncer em ratos, sem efeitos colaterais

De acordo com o pesquisadore dos Estados Unidos, uma pequena partícula sintética carregada de toxinas trabalha tão bem quanto uma quimioterapia para matar células cancerígenas no ovário de ratos, e sem os efeitos terríveis de uma quimioterapia tradicional.

Segundo eles, o tratamento que invoca o uso da nanotecnologia para libertar o material genético dentro das células, pode ser pronto para testes clínicos humanos em menos de um ano.

Para Dan Anderson do Instituto Tecnológico de Massachusetts, que trabalha em um estudo publicado na revista Câncer Research, o DNA foi distribuído para que a células morressem, mas foi apenas direcionado em células do ovário.

Se funcionar, a tecnologia oferece a promessa de um novo tratamento para o câncer no ovário, que mata 15,000 mulheres por ano nos Estados Unidos. O estudo destaca o potencial da nanotecnologia – desenhado e manipulado por partículas pequenas sintéticas – como uma forma não viral de alcançar o DNA em direção das células.

A solução para o grupo de estudo foi a criação de um “vírus artificial” – um polímero biodegradável que alcança o interior da célula e é absorvido pelo corpo, muito parecido com a forma de suturas biodegradáveis. Anderson, que trabalhou com o grupo do Instituto Lankenau na Pensilvânia, acredita que existem diversas vantagens nesse processo, em particular a segurança. “Neste caso, nós mostramos que tem potencial como terapêutica para o câncer de ovário”, completa.

O grupo testou diferentes componentes até encontrar um polímero biodegradável que fosse um veículo apropriado para a distribuição. Para formar a nanopartícula, os polímeros foram misturados com um gene que produz uma forma modificada da toxina difteria que é nocivo para as células cancerígenas do ovário. “Essas partículas são desenvolvidas para serem ingeridas pelas células e o DNA possa ser liberado dentro dos núcleos, onde precisa ser trabalhado”, explica Anderson.

Quando eles injetaram o tratamento dentro da cavidade abdominal dos animais com câncer no ovário, o resultado foi tão bom ou até melhor do que a quimioterapia tradicional que é uma combinação de cisplatina e placlitaxel, que causa danos no DNA e tem diversos efeitos colaterais. “Nós achamos que é eficaz e também seguro”.

O grupo de Anderson fará vários testes, melhorará os processos manunfaturados e procurará um parceiro conveniente para começar o estudo no tratamento em pessoas. Anderson diz que o estudo do câncer no ovário é apenas uma demonstração do potencial da utilização da terapia com nanopartículas de genes não virais. O grupo ainda planeja estudar a distribuição da nanopartículas nas toxinas de genes do câncer de cérebro, pulmão e fígado.

O laboratório também se uniu com a firma de biotecnologia Alnylam Pharmaceuticals Inc para estudar o uso das nanopartículas a fim de conduzir tratamentos no novo campo da terapia genética conhecida como intervenção de RNA, que pode silenciar as atividades do gene. [Reuters]

Fonte: http://hypescience.com/19302-nanotecnologia-cura-cancer/

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Esperança para tratar as dores do câncer

Madri (EFE) - Pesquisadores da Universidade de Heidelberg, no sul da Alemanha, descobriram a possível origem de fortes dores provocadas por cânceres. Os tumores liberam duas moléculas que deixam as células nervosas muito sensíveis e potencializam o crescimento do tumor, segundo um artigo publicado no site "Nature Medicine".

Os resultados da pesquisa, dirigida pela doutora Rohini Kuner, do Instituto Farmacológico da Universidade, dão início a novo enfoque no desenvolvimento de remédios. A dor forte causada pelo câncer, cujas causas ainda são desconhecidas, é difícil de ser atenuada com remédios tradicionais como os opiáceos, que requerem altas doses, o que cria tolerância e efeitos colaterais.

Os cientistas examinaram tecidos de ratos e determinaram as substâncias dos tumores: duas moléculas , até agora, conhecidas como fatores de crescimento para as células-tronco que formam o sangue. O contato com essas moléculas faz com que as células nervosas próximas ao tecido canceroso sejam "mais sensíveis à pressão", oque coincide com as descrições dos doentes que diziam que um toque na região doía muito.

Além disso, o crescimento do tumor também provoca dor, pois o tecido se expande e produz pressão.

Descoberta molécula que ativa destruição do câncer de pele

MADRI - Pesquisadores espanhóis identificaram um composto sintético capaz de desencadear a autodestruição em massa de células de melanoma, o que abre as portas para a fabricação de novos medicamentos para combater o tumor de pele.
Trata-se de uma molécula sintética que ativa dois programas de morte celular: a apoptose e a autofagia.
A apoptose é uma modalidade específica de morte celular, ligada ao controle do desenvolvimento e do crescimento, enquanto a autofagia é um processo pelo qual as células são digeridas.
O grupo de cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO, na sigla em espanhol), dirigido por María Soengas, tinha conseguido, em pesquisas anteriores, encontrar os compostos capazes de ativar a apoptose em células de melanoma, mas estes medicamentos tinham sérios efeitos colaterais ou não eram suficientemente potentes contra a metástase.
"O interessante" deste estudo, publicado no último número da revista científica Cancer Cell, é ter descoberto o modo pelo qual se ativam simultaneamente os dois processos de morte celular, segundo María, que especificou que, até o momento, os medicamentos só eram capazes de ativar um destes processos e não os dois ao mesmo tempo.
"Vimos que com ratos é efetivo, agora temos que melhorar a administração e a eficácia", afirmou.