terça-feira, 23 de agosto de 2011

Australianos desenvolvem novo tratamento para câncer de pulmão


Um grupo de cientistas australianos pesquisa um novo tratamento contra o câncer de pulmão através de uma enzima capaz de controlar a proliferação de hormônios que influem na resposta do corpo à doença, informou nesta terça-feira a Universidade Nacional Australiana.


Segundo o site Health Canal, a equipe, dirigida pelos pesquisadores Chris Easton e Lucy Cao, trabalha com a enzima "monooxigenase amidante de peptidil-glicina" (PAM, na sigla em inglês) e estuda sua habilidade para ativar hormônios peptídicos. Está comprovado que um desequilíbrio neste tipo de hormônios é a origem de algumas formas de câncer, além de doenças inflamatórias e asma.


Cao explicou que, quanto maior quantidade de calcitonina, uma classe de hormônio peptídico, menor é a probabilidade de superar um câncer de pulmão. "Por isso, trabalhamos em tentar reduzir a quantidade de calcitonina, particularmente com o controle da atividade da enzima PAM", detalhou a especialista.


"Nossos resultados são promissores, mas estamos na etapa inicial", apontou Easton, que explicou que muitos dos componentes usados nos testes são eficazes na redução de calcitoninas. "Esperamos poder fornecer um novo medicamento que melhore e prolongue a vida de muitos que sofrem de câncer de pulmão", acrescentou o cientista.
O trabalho foi publicado na última edição da revista The Royal Society Chemistry. O câncer de pulmão consiste em um crescimento anormal das células do pulmão e é a causa mais frequente de morte por câncer no mundo.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5308607-EI8147,00-Australianos+desenvolvem+novo+tratamento+para+cancer+de+pulmao.html

domingo, 21 de agosto de 2011

Novos tratamentos para câncer cervical


SAN DIEGO, 19 de agosto de 2011 /PRNewswire/ -- A pesquisadora 
forense, Lindy Hess tinha 32 anos quando foi diagnosticada com câncer 
cervical em 2005. Hess usou técnicas de pesquisa para determinar o 
tratamento que funcionaria para ela. E, como metade de um milhão de 
outros americanos, ela viajou para fora do país em busca de abordagem 
natural para o atendimento do câncer. De acordo com a TMD Limited, 
empresa de turismo médico, quase 10.000 pessoas deixam os EUA todas 
as semanas para conseguir tratamento médico, e a maioria delas viaja 
para o México, a Alemanha e as Filipinas.


O câncer cervical começa no colo do útero, na abertura da parte 
inferior deste órgão. O câncer cervical é a terceira causa mais comum 
de câncer entre as mulheres dos EUA. Este câncer de crescimento lento 
em geral começa com células pré-cancerosas chamadas displasia, que 
podem ser detectadas com o exame de papanicolau. Se não for tratado, 
espalha-se para a bexiga, intestinos, pulmões e fígado.


Fontes: http://www.prnewswire.com.br/news/110800000326.htm
http://www.prnewswire.com/news-releases/new-treatments-for-cervical-cancer-128003928.html

Chá verde ajuda a combater quatro tipos de câncer


Mais popular, o chá verde é essencial em dietas para perda de peso, e apresenta ainda outros benefícios. Confira.


Pesquisa realizada no Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, descobriu que um composto encontrado no chá verde pode ajudar no desenvolvimento de medicamentos para quatro tipos de tumores e uma doença congênita fatal.


A hiperinsulinismo/hiperamonemia (HHS) é doença congênita fatal causada pela perda parcial da regulação do glutamato desidrogenase (GDH), responsável pela digestão dos aminoácidos. Crianças que sofrem com esse problema respondem ao consumo de proteínas secretando mais insulina, o que as torna altamente hipoglicêmicas, podendo acarretar em morte.


Os pesquisadores descobriram que dois compostos encontrados no chá verde são capazes de regular o GDH. O mecanismo funcionou tanto no GDH isolado quanto aplicado em pacientes, que o receberam via oral.

A pesquisa mostrou também que os compostos, ao bloquear o GDH, são eficazes no tratamento do glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral, e da desordem complexa da esclerose tuberosa, uma doença genética que causa tumores não-malignos em vários órgãos.


Os cientistas esperam agora desenvolver novos medicamentos capazes de potencializar os efeitos dos tratamentos dessas doenças.


Fonte: http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=47294&edicao=1590

Novidade contra o câncer de intestino


Natal realizou, na sexta-feira da semana passada, dia 16, um novo tipo de procedimento no combate ao câncer de intestino, inédito inclusive na região Nordeste. Trata-se de uma combinação de procedimentos como cirurgia citorredutora, hipertermia e quimioterapia. Indicado apenas para casos de tumores mucinosos não invasivos, principalmente os de origem no apêndice e o mesotelioma peritoneal, como informa o cirurgião cancerologista Elio Barreto. 


Mas, segundo o médico, estudos vêm mostrando resultados bem promissores no tratamento de disseminação peritoneal e  carcinomatose peritoneal de implantes no peritônio decorrentes de outros tumores originados no cólon e no reto.


"Vale salientar que esse tipo de tratamento não se aplica em todas as situações. É um procedimento que tem riscos, a eficácia dele está restrita a algumas situações específicas. Por isso, não podemos indicar de forma indiscriminada", alerta o cirurgião.


Além de ser indicado apenas para alguns poucos tipos de câncer, principalmente de intestino, o procedimento requer condições específicas e restritas para sua realização. É preciso uma equipe médica com conhecimento  a respeito do comportamento biológico do tumor a ser tratado, conhecimento sobre o tipo histológico do tumor, bem como suas características.


"Outro ponto fundamental é a condição clínica do paciente, pois tem de ser boa para poder suportar o tratamento. Precisamos estar numa estrutura hospitalar adequada, que ofereça suporte avançado de terapia intensiva, precisamos também de bons intensivistas. Sem material adequado e sem a tecnologia necessária, não conseguimos fazer esse tipo de cirurgia com segurança. A estrutura hospitalar é fundamental para que a cirurgia possa ser feita", comenta Elio Barreto.


Tanta complexidade faz com que o procedimento seja bastante demorado, durando não menos de 15 horas em média. Mas o cirurgião já teve relatos de cirurgias que duraram até 34 horas. 


Durante a cirurgia citorredutora são ser retiradas todas, ou reduzir ao máximo, as células doentes. Também são retirados todos os órgãos por ventura afetados pelo câncer. A isso é associada a hipertermia, com altas temperaturas em torno dos 42 graus, ajuda a por fim às células cancerígenas. Logo em seguida, é iniciada a quimioterapia, com o medicamento quimioterápico agindo por uma hora e meia - a modalidade conhecida como regional gera menos efeitos colaterais sistêmicos. 


Elio Barreto classifica o novo método como uma mudança de paradigma no tratamento de alguns tumores com disseminação peritoneal. "Isso é um achado extraordinário, um ganho fantástico na oncologia, tendo em vista que a carcinomatose peritoneal, que é a disseminação por implante na cavidade peritoneal, é uma situação muito ruim onde a quimioterapia sistêmica, muitas vezes não atinge o efeito desejado. Apesar dos muitos avanços feitos na quimioterapia dentro do desenvolvimento de novas drogas, novos medicamentos, a carcinomatose peritoneal ainda é um grande desafio para todos que trabalham com oncologia; cirurgiões, oncologistas e radioterapeutas, porque é uma doença difícil de tratar."


Leia mais em: http://tribunadonorte.com.br/noticia/novidade-contra-o-cancer-de-intestino/193083

Ecstasy poderá ser usado no tratamento da leucemia, diz estudo


Cientistas britânicos acreditam que a droga ecstasy poderia ser usada no tratamento de diferentes tipos de câncer de sangue, como leucemia, linfoma e mieloma. Há seis anos, pesquisadores já sabem que psicotrópicos como ecstasy, remédios para emagrecer e anti-depressivos têm efeitos sobre células cancerígenas, e agora eles buscam uma fórmula para alterar o ecstasy e utilizá-lo em tratamentos. As informações são do jornal britânico Daily Mail.


O maior problema é que a quantidade de ecstasy necessária para eliminar as células cancerígenas seria fatal para o paciente. O que os pesquisadores da universidade de Birmingham querem fazer é isolar as propriedades benéficas do ecstasy que não causem efeitos colaterais. Os cientistas esperam começar testes em humanos nos próximos anos.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5303956-EI8147,00-Ecstasy+podera+ser+usado+no+tratamento+da+leucemia+diz+estudo.html

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nova pílula contra o câncer é aprovada nos EUA


Washington - A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira a pílula Zelboraf para pacientes com melanoma em etapa avançada ou inoperável, em particular em casos que apresentam uma mutação genética.


Zelboraf (vemurafenib) será lançado no mercado nas próximas semanas voltado para o tratamento de pacientes com tumores cancerosos que expressam uma mutação genética chamada BRAF V600E - proteína regularizadora do crescimento das células do corpo, que sofre mutações em cerca da metade dos pacientes com melanoma avançado.


Fabricado pela empresa Genentech do Grupo Roche, Zelboraf é capaz de bloquear a função da proteína BRAF afetada pela mutação. As autoridades não realizaram provas sobre a eficácia desta droga em pacientes que não apresentam essa mutação genética.


Esse é o segundo recurso para o melanoma avançado, depois que em março, a FDA aprovou também o Yervoy (ipilimumab), que demonstrou que os pacientes vivem mais tempo ao receber a pílula, de acordo com o diretor do escritório que investiga medicamentos contra o câncer, Richard Pazdur.


A agência federal disse ter aprovado tanto a pílula quanto a amostra de forma acelerada, antes das datas previstas para o último trimestre do ano. As autoridades estabeleceram a segurança e a eficácia do Zelboraf mediante uma prova clínica internacional em 675 pacientes com melanoma em estágio avançado que apresentava mutação, mas que não tinham recebido tratamento algum.


Um grupo recebeu Zelboraf e outro recebeu dacarbazina, mais um remédio contra o câncer. Dos pacientes que tomaram Zelboraf, 77% continuam vivos, em comparação com 64% dos pacientes que receberam dacarbazina.


Os efeitos colaterais mais comuns do Zelboraf incluíram dor nas articulações, brotoeja, perda de cabelo, fadiga, náusea e sensibilidade da pele exposta ao sol.


O melanoma é a principal causa de morte por doenças de pele. O Instituto Nacional do Câncer assinala que em 2010 foram diagnosticados 68.130 novos casos de melanoma nos EUA e 8,7 mil mortes só este ano.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,nova-pilula-contra-o-cancer-e-aprovada-nos-eua,760444,0.htm 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Novo gel usado em tratamento de câncer de mama reduz tumores


Um gel usado para o tratamento de câncer de mama foi desenvolvido por pesquisadores norte-americanos e tem sido eficaz na redução do tamanho de tumores, revolucionando o tratamento da doença, segundo noticiou o jornal Daily Mail deste sábado (6).


O gel é passado na pele diariamente e tem poucos efeitos colaterais por se concentrar no seio e não se espalhar pelo organismo como acontece com as pílulas. O pesquisador e professor Seema Khan, que tem testado o medicamento nos EUA disse que o gel pode ser uma solução alternativa para mulheres que são relutantes em tomar medicamentos para o tratamento do câncer de mama e que "por ser aplicado na pele, há menos droga circulando pelo sistema sanguíneo".


O tratamento, chamado afimoxifeno, tem se mostrado eficiente e deverá estar disponível para o uso em pacientes em três ou quatro anos. A droga bloqueia os receptores que aceitam estrógeno no seio e que seriam responsáveis por diversos tipos da doença.




Fonte: http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI5283631-EI16560,00-Novo+gel+usado+em+tratamento+de+cancer+de+mama+reduz+tumores.html

Remédio biológico ataca tumor gástrico com mutação genética


Pacientes com um tipo de câncer de estômago que apresenta uma mutação têm mais uma opção de tratamento.


O anticorpo monoclonal trastuzumabe, uma droga biológica que impede a reprodução das células cancerosas portadoras da mutação, passa a poder ser indicado também para tumores de estômago. O remédio já era usado para câncer de mama.


A mudança de indicação foi aprovada em julho pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De acordo com o oncologista Paulo Hoff, diretor do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), de 10% a 15% dos tumores gástricos têm a mutação conhecida como HER2 e podem ser tratados com o anticorpo.


NOVO ESTUDO


Um estudo sobre a droga (patrocinado pela fabricante do remédio, a Roche) com 584 pessoas em 24 países foi publicado na revista médica "Lancet" no ano passado.


A pesquisa mostra que os pacientes, cujos tumores não podiam mais ser operados, ganharam cerca de três meses a mais de sobrevida com o tratamento aliado à quimioterapia, em comparação aos que receberam só a químio.


TERAPIA-ALVO


Hoff afirma que a busca por novos tratamentos oncológicos tem se concentrado na identificação de subgrupos de tumores, para o desenvolvimento de terapias individualizadas.


"Antigamente, o câncer era ou de mama ou de estômago ou de intestino. Hoje, sabemos que dois tumores podem estar no mesmo órgão e ser muito diferentes do ponto de vista molecular."


Apesar de o ganho de sobrevida mediano ser de apenas três meses, Hoff lembra que alguns pacientes podem se beneficiar mais. "Quanto mais forte a expressão do receptor HER2, mais o tratamento funciona." A desvantagem do tratamento é o preço. "A cada três semanas, gasta-se cerca de R$ 6.000 a R$ 7.000."


Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/cienciaevida/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=1393

Linfócitos geneticamente modificados exterminam tumores de leucemia


Os linfócitos geneticamente modificados de pacientes com leucemia exterminaram os tumores e evitaram sua reaparição pelo menos por um ano, segundo um estudo da Universidade da Pensilvânia publicado nesta quarta-feira pela revista Science Translational Medicine. A leucemia é um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea onde se formam as células sanguíneas, e a doença ocorre quando as células produzidas na medula se multiplicam sem controle.


Segundo a Sociedade de Leucemia e Linfoma, em 2010, cerca de 43,5 mil pessoas nos Estados Unidos tiveram um diagnóstico de leucemia e aproximadamente 22 mil morreram por essa doença.


Os pesquisadores do Centro Abramson de Câncer e a Escola Perelman de Medicina, na Pensilvânia, testaram um método que consiste na coleta de células do próprio paciente e sua modificação genética, para depois retorná-las ao corpo do paciente submetido a quimioterapia. O método oferece um tratamento para outras formas de cânceres, inclusive de pulmão e ovários, e mieloma e melanoma, segundo o artigo.


"Em um período de três semanas, os tumores foram eliminados de uma maneira muito mais drástica que o esperado", disse o principal autor do estudo, Carl June, professor de Patologia e Laboratório de Medicina no Centro Abramson de Câncer.


A pesquisa


Após retirar as células do paciente, a equipe de pesquisadores reprogramou-as para que atacassem as células do tumor mediante uma modificação na qual usaram um transmissor de lentivírus. Esses são vírus cujo período de incubação é muito prolongado e daí seu nome, que alude à lentidão com que se desenvolvem os sinais das infecções que produzem.


O vetor codifica uma proteína similar a um anticorpo, chamada receptor antígeno quimérico (CAR, na sigla em inglês), que se expressa na superfície dos linfócitos ou células T e são destinadas a se unir a uma proteína chamada CD19. Uma vez que os linfócitos começam a manifestar a proteína CAR, concentram todo o poder maligno nas células que expressam a CD19, que incluem as células com leucemia linfática crônica e as células B normais.


Os linfócitos modificados não mostram interesse algum por todas as outras células no paciente, que não expressem a proteína CD19, e isso limita os efeitos secundários que, tipicamente, acompanham os tratamentos padrão, segundo o estudo. Os pacientes recrutados para este estudo tinham poucas chances de tratamento e o único tratamento potencial teria envolvido um transplante de medula óssea, um procedimento que requer um prolongado período de internação hospitalar e possui risco de mortalidade de 20%.


"O número de células T modificadas aumentou pelo menos mil vezes em cada um dos pacientes", comentou June. "Os remédios não conseguem esse efeito e, além da enorme capacidade de multiplicação, esses linfócitos modificados são assassinos insaciáveis".


"Em média, cada linfócito causou a morte de milhares de células do tumor e, em conjunto, destruíram pelo menos quase um quilo de tumor em cada paciente", acrescentou.


Os métodos de cultivo utilizados neste exame reativam linfócitos que tinham sido suprimidos pela leucemia e estimula a geração das chamadas células T "de memória", com as quais os cientistas esperam conseguir uma proteção contra a incidência do câncer. Ainda não se determinou a viabilidade a longo prazo do tratamento, mas os médicos já encontraram indícios de que, meses depois da infusão dos linfócitos modificados, as novas células tinham se multiplicado e podiam continuar sua tarefa de busca e extermínio das células cancerígenas.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5290403-EI8147,00-Linfocitos+geneticamente+modificados+exterminam+tumores+de+leucemia.html

Cientistas descobrem como células de câncer se espalham


Contrações


Pesquisadores europeus descobriram como as células do câncer geram contrações parecidas com as produzidas pelas células musculares para se espalhar pelo corpo.


Uma proteína chamada JAK desencadeia contrações nos tumores que permitem que as células cancerosas se espremam por pequenos espaços e se espalhem.


A pesquisa, publicada na revista Cancer Cell, foi feita por cientistas do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer (ICR), de Londres, e da Universidade de Nice, na França.


Metástase


Quando a proteína JAK é "ligada", ela produz contrações nas células, semelhantes às dos músculos, gerando a força que as células cancerosas precisam para se mover.


A descoberta levanta a possibilidade de que drogas que alvejem a JAK possam impedir a disseminação de tumores, chamado metástase, que é responsável por 90 por cento das mortes relacionadas ao câncer.


Os tumores são formados por células cancerosas, células saudáveis associadas ao tumor e estruturas de suporte, que se juntam na chamada matriz extracelular.


As células cancerígenas se espalham movendo-se para fora do tumor, através desta matriz, atingindo novos locais.


Usando os cotovelos


Em alguns tipos de câncer, as células cancerosas usam a força para "acotovelar" suas vizinhas e abrir caminho através da matriz.


Em outros tipos de tumores, as células saudáveis associadas ao tumor usam a força para criar túneis, pelos quais as células cancerosas podem escapar.


Os cientistas mostraram que tanto a força gerada pelas células de câncer, quanto pelas células normais associadas ao tumor, usam os mesmos processos, baseados na proteína JAK.


Já existem drogas em desenvolvimento para inibir a proteína JAK, mas ainda em estágio de pesquisa.


http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=como-celulas-cancer-se-espalham&id=6834

Chá verde combate quatro tipos de câncer e uma doença infantil


Chazinho poderoso


Um composto encontrado no chá verde mostrou-se promissor para o desenvolvimento de medicamentos para tratar quatro tipos de tumores e uma doença congênita fatal.


O glutamato desidrogenase (GDH) é encontrado em todos os organismos vivos e é responsável pela digestão dos aminoácidos.


Nos animais, o GDH é controlado por uma complexa rede de metabólitos. Há décadas os cientistas se perguntam por que os animais precisam dessa regulação, mas outros reinos não.


Isto agora foi parcialmente respondido pelo grupo do Dr. Thomas Smith e seus colegas do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos.


Doença congênita


A equipe descobriu que uma doença congênita fatal - hiperinsulinismo/hiperamonemia (HHS), é causada pela perda parcial dessa regulação.


Neste transtorno, os pacientes (geralmente crianças) respondem ao consumo de proteínas secretando mais insulina, tornando-se severamente hipoglicêmicos, o que muitas vezes os leva à morte.


O Dr. Smith e seus colegas descobriram que dois compostos encontrados naturalmente no chá verde são capazes de compensar esta desordem genética desligando o GDH.


O mecanismo funcionou tanto quando o GDH foi isolado e aplicado no paciente, quanto quando os compostos do chá verde foram administrados por via oral.


Super-poderes


Curiosamente, dois outros grupos de pesquisa validaram e estenderam essa descoberta, demonstrando que bloquear o GDH com o chá verde é muito eficaz para matar dois tipos diferentes de tumores.


Nesses outros estudos, o uso do chá verde inibiu o glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral, e a desordem complexa da esclerose tuberosa, uma doença genética que causa tumores não-malignos em vários órgãos.


Os cientistas usaram uma técnica chamada cristalografia de raios X para determinar a estrutura atômica desses compostos do chá verde ligados à enzima.


Com esta informação atômica, eles esperam conseguir modificar esses compostos naturais para projetar e desenvolver medicamentos melhores.


http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cha-verde-combate-quatro-tipos-cancer-doenca-congenita&id=6827

Entenda o linfoma, câncer que tem crescido em número de casos


Na quarta-feira (10), o ator Reynaldo Gianecchini anunciou que recebeu o diagnóstico de que tem um linfoma, cuja localização ainda não foi encontrada. Ontem (11), o Hospital Sírio-Libanês, onde ele está internado, em São Paulo, confirmou o diagnóstico, feito por meio de biópsia.


Mas pouca gente sabe o que é um linfoma. Tanto, que uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), no ano passado, com 1.455 portadores de linfoma, constatou que aproximadamente 86% nunca tinham ouvido falar do linfoma antes do diagnóstico. O estudo aponta também que 70% destes pacientes demoraram mais de três meses para iniciar o tratamento.


Por isso é importante que as pessoas entendam o que representa esse complexo tipo de câncer. Mas antes de detalhar o que seria um linfoma, é importante esclarecer o que seria o sistema linfático. Esse sistema está presente em todo o corpo para ajudar na defesa do organismo. Um líquido claro chamado linfa leva nutrientes e água às células que combatem ameaças como resíduos e bactérias. Os gânglios linfáticos são os locais desse sistema em que as células de defesa se acumulam em seu combate cotidiano. Do tamanho de um grão de feijão, eles são conectados por vasos linfáticos e se acumulam nas regiões do pescoço, das axilas, do peito, do abdômen e da virilha. Ao longo da vida do indivíduo podem ocorrer mutações no DNA dos linfócitos, levando à sua multiplicação desenfreada. Nesse caso, surge o linfoma, o câncer que se inicia a partir de um linfócito.


Os linfomas são divididos em duas grandes categorias: o linfoma Hodgkin, ou "doença de Hodgkin", que responde por apenas 10% do total de casos. Atinge em sua maioria jovens e pessoas de meia-idade. Os outros 90%, incluindo o caso do ator, são linfomas não Hodgkin.


A incidência do linfoma não-Hodgkin, categoria com mais de 20 tipos de tumores, é mais comum em homens e aumenta progressivamente com a idade.


Em torno de 4 casos/100 mil indivíduos ocorrem em torno dos 20 anos de idade. A taxa de incidência aumenta dez vezes aos 60 anos e mais de 20 vezes após os 75 anos. Os casos da doença duplicaram nos últimos 25 anos. Com essa variedade grande de tumores, há linfomas não-Hodgkin de progressão muito lenta, enquanto outros têm ação muito rápida.


Seu principal sintoma é o inchaço indolor dos linfonodos (conhecido popularmente como íngua) no pescoço, nas axilas ou na virilha. Outros sinais também comuns ao linfoma são febre, suor (geralmente à noite), cansaço, dor abdominal, perda de peso, pele áspera e coceira. o autoexame, por meio do toque, continua importante para aumentarem as chances de cura, já que os nódulos podem ser sentidos com as mãos e, dependendo do estádio da doença, serem vistos a olho nu.


A quimioterapia, a radioterapia ou ambas podem ser usadas no tratamento. Elas matam todas as células em fase de multiplicação no corpo ou na parte atingida, diminuindo, assim, o crescimento do tumor.


Casos de linfoma têm crescido, mas não se conhecem as causas com precisão


O número de novos casos de linfoma não Hodgkin duplicou nos últimos 25 anos, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Segundo a literatura médica internacional, o número de casos da doença cresce entre 3% e 4% ao ano. Em 2009, no Brasil, foram registrados 9.100 novos casos.


Os médicos ainda não sabem por que isso vem acontecendo.


Uma das hipóteses levantadas por especialistas credita uma importante causa ao envelhecimento da população. Outra possibilidade discutida entre estudiosos do tema é a forte relação com imunodeficiência. Pacientes que fazem tratamentos contra doenças autoimunes, para receber transplante de órgão ou que tenham Aids estão sujeitos a um risco maior. Causas ambientais também são investigadas, como o uso de pesticidas. Mas nem todas essas causas somadas dariam conta de explicar o fenômeno.


http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110812193610&assunto=31&onde=Brasil

Cientistas descobrem vaso sanguíneo que ajuda a erradicar tumor


Cientistas franceses descobriram que um tipo de vaso sanguíneo ajuda na erradicação dos tumores, ao facilitar o acesso às células cancerígenas dos glóbulos brancos encarregados de destruí-las, informou nesta terça-feira o Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS, na sigla em francês).


O estudo, publicado pela revista americana "Cancer Research", foi realizado com 150 pacientes com câncer de mama e revelou a presença nos tumores dos vasos sanguíneos chamados HEV (High Endothelial Venules).


Normalmente, estes corpos se encontram nos gânglios linfáticos e sua forma abaulada e redonda facilita a passagem dos linfócitos que chegam pelo sangue aos tecidos.


Os pesquisadores constataram que a presença de um grande número de linfócitos assassinos nos tumores correspondia à existência dos HEV, o que sugere que os responsáveis pelo ingresso dos glóbulos brancos ao câncer sejam estes vasos sanguíneos.


A equipe também observou que as probabilidades de cura dos pacientes aumentavam de acordo com a quantidade de HEV no tumor.


A próxima etapa para os cientistas será confirmar estes resultados em um maior número de doentes e estudar a influência dos HEV nos métodos terapêuticos atuais para tratar o câncer de mama, como a quimioterapia e a radioterapia.


Segundo o CNRS, outros trabalhos estão sendo realizados para examinar o papel destes corpos nos melanomas e nos cânceres de ovários e de cólon. A expectativa a longo prazo é aumentar ou desenvolver a presença dos HEV nos tumores para permitir que um maior número de linfócitos assassinos possa atacar as células cancerígenas.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/960546-cientistas-descobrem-vaso-sanguineo-que-ajuda-a-erradicar-tumor.shtml