domingo, 20 de novembro de 2011

Nova técnica destrói câncer com luz


São Paulo- Em um estudo com potencial para revolucionar os tratamentos de combate ao câncer, pesquisadores americanos conseguiram destruir tumores em ratos utilizando luz.


De acordo com o estudo publicado na Nature Medicine, há grandes chances de o tratamento funcionar em humanos.


A grande vantagem da terapia fotodinâmica desenvolvida pelos cientistas do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, é que ela não danifica células saudáveis. Por combinar anticorpos com moléculas “destruidoras” de tumores, ela ataca somente o tecido maligno, deixando o restante do corpo intacto.


Os anticorpos são os agentes do nosso sistema responsáveis pela defesa do organismo. No caso do câncer, embora nem sempre consigam combatê-lo, eles conseguem reconhecer algumas proteínas no exterior das células do tumor e se ligam a elas.


Os pesquisadores pegaram anticorpos específicos para câncer de mama, pulmão, pâncreas, cólon e próstata e os ligaram a uma molécula especial que, quando exposta à luz infravermelha, danifica as células. Essa molécula, chamada IR700, tem ainda a vantagem de ser fluorescente – de forma que os pesquisadores conseguiam acompanhar sua evolução dentro do organismo de um rato usado em testes.


Dois tumores foram implantados no roedor. Ele recebeu os anticorpos combinados às moléculas, e eles se ligaram às células cancerígenas. Um dos tumores estava coberto, de forma que a luz infravermelha não o atingiria, enquanto o outro permaneceu exposto. Um dia após o tratamento com a luz, o tumor não exposto estava significativamente menor (imagem ao lado: esquerda, antes do tratamento. À direita, dentro do círculo amarelo, o tumor não coberto). Isso significa que não apenas os anticorpos se ligaram ás células cancerígenas, como as moléculas presas a eles foram ativadas pelas ondas infravermelhas e destruíram o tumor.


A pesquisa, liderada por Hisataka Kobayashi, ainda precisa ser aprimorada e testada em humanos, mas pode ser uma alternativa à quimioterapia e à cirurgia.


Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/nova-tecnica-que-destroi-cancer-com-luz-09112011-30.shl

Genética ajuda a desenvolver tratamento individual contra câncer


Médicos anunciaram a aplicação de um teste genético de amplo espectro que rastreia mutações em células cancerosas para ajudar a adequar o tratamento para pacientes com tumores malignos no pulmão. Usado em pacientes com câncer de pulmão do tipo não pequenas células (NSCLC), a técnica foi um sucesso tal que a equipe agora o adota para tratar tumores malignos colorretais, de mama e cérebro e avaliar sua aplicação na leucemia, afirmaram os especialistas no artigo, publicado na edição desta quarta-feira dos Annals of Oncology, periódico científico europeu especializado em câncer.


A meta é identificar mutações genéticas específicas que fazem com que as células se dividam e multipliquem de forma descontrolada. O próximo passo é atacar estas mutações com "drogas inteligentes" que bloqueiam a enzima que possibilita a proliferação das células. Medicamentos sob medida são considerados armas de precisão, pois rastreiam o tipo de célula maligna, ao contrário da quimioterapia, que atua mais como uma arma de caça.


"Escolher o tratamento correto pode elevar as taxas de resposta aos medicamentos em pacientes com NSCLC de 20% a 30%, em média, para 60% a 75% e melhorar a sobrevivência", afirmou Lecia Sequist, da Escola Médica de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, que codirigiram a pesquisa. O teste, denominado SNaPshot, busca 50 áreas de mutação em 14 genes, conhecidos por desempenhar um papel em cânceres NSCLC.


A técnica, denominada reação em cadeia da polimerase (PCR, na sigla em inglês), leva em média menos de três semanas para obter resultado, ao fazer o rápido rastreamento de métodos tradicionais para amplificar e analisar amostras genéticas. Os pesquisadores analisaram tecido retirado de 589 pacientes em um teste de 14 meses e encontraram uma ou mais mutações em pouco mais da metade das amostras.


Dos 589 pacientes, houve 353 com câncer em estágio avançado. E em 170 destes, os médicos conseguiram identificar um ou mais genes problemáticos. Esta descoberta abriu o caminho para que 78 pacientes recebessem tratamentos direcionados. Segundo Sequest, esta foi a primeira vez que uma rede ampla de genes defeituosos foi levantada para criar um genótipo ou perfil genético, para uso no tratamento do câncer.


"Nosso estudo é excitante porque demonstra que de fato é possível integrar, hoje, testes de biomarcadores genéticos múltiplos à atribulada prática clínica e levar aos pacientes terapias personalizadas", afirmou, em comunicado. A genotipia é uma ferramenta de rápido desenvolvimento na medicina preventiva, ajudando os médicos a identificar, por exemplo, as mulheres com risco de desenvolver câncer de mama.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5462661-EI8147,00-Genetica+ajuda+a+desenvolver+tratamento+individual+contra+cancer.html

Vacina dá mais meses de vida a paciente terminal com câncer de fígado



Uma vacina de varíola geneticamente modificada reduziu em 60% o risco de morte de pacientes com câncer de fígado em estágio avançado, segundo um estudo da Universidade da Califórnia (EUA).

A pesquisa foi apresentada no sábado (5) e mostrou que pacientes que receberam altas doses da imunização viveram, em média, por mais 13,8 meses, contra 6,7 dos que foram tratados com o mesmo preparado em uma concentração bem menor, equivalente a um décimo da dose mais forte.

O estudo acompanhou 30 pacientes. Dos que receberam a dose mais concentrada, 66% estavam vivos após um ano. No outro grupo, só 23% sobreviveram até o fim desse mesmo período.

Os principais efeitos colaterais do tratamento foram sintomas similares aos da gripe.

A pesquisa usou a vacina para alertar o sistema imunológico e fazê-lo atacar as células de câncer. O vírus da imunização foi modificado para ter as células doentes como alvo e atrair o sistema imune.

A técnica será submetida a um estudo com mais pacientes no ano que vem.


Fonte: http://www.24horasnews.com.br/index.php?tipo=ler&mat=392427

Luz infravermelha se mostra eficaz no combate ao câncer



Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos utilizaram luz infravermelha nos testes de um novo tratamento contra o câncer. O estudo, publicado no periódico Nature Medicine, fez com que anticorpos fossem acionados por raios, matassem as células cancerígenas sem prejudicar as saudáveis e, o que é mais impressionante, aparentemente sem provocar efeitos colaterais.


Atualmente, existem três principais meios de combater o câncer: remoção cirúrgica, terapia radioativa e quimioterapia. Embora eficazes contra vários tipos da doença, esses tratamentos ainda provocam efeitos colaterais, o que motiva os cientistas a buscarem novas maneiras de exterminar a doença.


Os testes - A terapia desenvolvida pelos pesquisadores norte-americanos inseriu, em laboratório, células cancerígenas nas costas de camundongos e, depois, uma substância química chamada IR700 foi colocada nos anticorpos dos animais. Após os animais receberam drogas específicas para a doença, a luz infravermelha foi acionada sobre eles e, ao a IR700 ser ativada, os anticorpos foram capazes de mirar e matar as células cancerígenas.


Os especialistas observaram que o tumor dos ratos que receberam esses raios diminuíram significativamente de tamanho. Além disso, as células saudáveis que estavam em volta das cancerígenas não foram afetadas e os animais não apresentaram efeitos colaterais.


Em estudos anteriores, que também buscaram utilizar a luz infravermelha, os anticorpos não foram muito específicos ao agirem contra as células cancerígenas e acabaram matando outras não afetadas. Os resultados, porém, apenas avançaram quando a IR700 passou a ser aplicada nos anticorpos.


Os pesquisadores ainda não sabem se os resultados seriam os mesmos em humanos, mas afirmam que outras pesquisas, incluindo em animais diferentes, serão feitas antes do teste ser feito em homens. Se esse procedimento provar ser eficaz em humanos, os especialistas acreditam que milhões de pessoas no mundo serão poupadas de processos cirúrgicos e efeitos colaterais na busca pela cura do câncer.


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/luz-infravermelha-se-mostra-eficaz-no-combate-ao-cancer

Cientistas desenvolvem novo alvo para atacar tumores, mostra estudo


Bloqueio de enzima impede proliferação de células cancerígenas.
Pesquisa foi divulgada na revista científica 'Nature Medicine'.


Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram uma nova forma de atacar células com câncer que se proliferam rapidamente. A técnica foi divulgada na revista científica "Nature Medicine" neste domingo (13) e não traz os efeitos colaterais das terapias atuais, segundo garantem os médicos da Escola de Medicina de San Diego, parte do câmpus californiano.


Coordenados por David Cheresh, professor de patologia no Centro do Câncer Moores, os cientistas desenvolveram uma nova classe de medicamentos que bloqueia a divisão celular em tumores malignos e de rápido crescimento. Para isso, eles alteraram a estrutura de uma enzima chamada RAF.


Os médicos californianos não esperavam que a enzima tivesse um papel tão vital na multiplicação das células cancerígenas. As drogas atuais que têm como alvo enzimas parecidas com a RAF normalmente são feitas de forma a provocarem efeitos colaterais e necessitarem uma prescrição limitada.


Cheresh explica que os tumores podem desenvolver tolerância a este tipo de medicamento. Agora, a equipe do norte-americano desenvolveu uma classe de substâncias que inibem a ação da enzima RAF. Isso faz com que os outros medicamentos já consagrados possam ser usados com restrições menores.


A droga usada como teste para inibir a enzima RAF foi aplicada em modelos animais e em biópsias retiradas de humanos. A expectativa da equipe é de iniciar testes clínicos para saber se a nova terapia é mesmo eficaz.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/cientistas-desenvolvem-novo-alvo-para-atacar-tumores-mostra-estudo.html