quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Cientistas desvendam ação de droga tirada de cogumelo contra o câncer

Cientistas britânicos desvendaram como atua uma promissora droga contra o câncer, descoberta inicialmente em um cogumelo selvagem.

A equipe da Universidade de Nottingham acredita que seu trabalho possa ajudar a tornar a droga mais eficiente e útil para o tratamento de uma ampla gama de cânceres.

A cordicepina, comumente usada na medicina chinesa, foi originalmente encontrada em um raro tipo de cogumelo parasita que cresce em lagartas.

O cogumelo Cordyceps, também conhecido como cogumelo da lagarta, tem sido estudado por pesquisadores desde os anos 1950.

Porém apesar do potencial mostrado pela droga, ela era rapidamente degradada no organismo.

Ela pode ser administrada com uma segunda droga para evitar essa degradação, mas essa segunda droga pode provocar efeitos colaterais que limitam seu uso potencial.

Como consequência, os pesquisadores voltaram suas atenções para outras possíveis drogas contra o câncer, e a ação da cordicepina sobre as células humanas se manteve pouco estudada até hoje.

Tratamentos

"Nossa descoberta abrirá a possibilidade de investigar uma variedade de diferentes tipos de câncer que poderão ser tratados com a cordicepina", afirma a pesquisadora Cornelia de Moor.

"Será possível prever que tipos de cânceres poderão ser sensíveis (à droga) e com quais outras drogas contra o câncer ela poderá ser combinada", explica.

Segundo ela, "isso também pode servir como base para o desenvolvimento de novas drogas contra o câncer que atuam sob o mesmo princípio".

Os pesquisadores também desenvolveram um método para testar o quão efetiva a droga é ao ser misturada com outras substâncias, o que poderá ajudar a resolver o problema da rápida degradação no organismo.

Proteínas

O estudo, publicado na revista especializada Journal of Biological Chemistry, observou dois efeitos sobre as células - em doses pequenas, a cordicepina inibe o crescimento descontrolado e a divisão das células, e em altas doses ela impede que as células se unam umas às outras, o que também inibe o crescimento.

Ambos os efeitos têm provavelmente o mesmo mecanismo por trás - uma interferência da cordicepina com a maneira como a célula produz proteínas.

Em doses baixas, a cordicepina interfere com a produção de RNAm (RNA mensageiro), a molécula que dá instruções sobre como montar uma proteína.

Em altas doses ela tem um impacto direto sobre a produção de proteínas.

"Este projeto mostra que podemos sempre voltar a fazer perguntas sobre a biologia fundamental de alguma coisa para refinar a solução ou resolver questões não respondidas", afirma Janet Allen, diretora de pesquisa do Conselho de Pesquisas em Ciências Biológicas e de Biotecnologia, que financiou o estudo.

"O conhecimento gerado por esta pesquisa demonstra os mecanismos de ação da droga e poderá ter um impacto em um dos mais importantes desafios da área de saúde", disse.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Planta testada no combate ao câncer

Pesquisadores brasileiros estudam medicamento à base de ervas contra a doença

Rio - O Brasil poderá ter o primeiro medicamento oncológico nacional. A avelós, uma planta usada em chás medicinais e nas populares “garrafadas”, produto que contém diversas ervas, está sendo testada no tratamento do câncer.

Estudos realizados no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo, mostram que ela conseguiu estabilizar o quadro clínico de uma doente terminal e que também reduziu as dores.

A planta, encontrada no Norte e no Nordeste do país, produz uma seiva semelhante ao látex, que é muita tóxica e cáustica. O primeiro passo foi então isolar apenas as substâncias benéficas da planta e transformá-las em uma pílula, chamada de AM10.

A droga foi testada em sete pacientes oncológicos terminais, que já haviam recebido todo tipo de tratamento disponível sem resultado. O objetivo foi descobrir a dose máxima da substância tolerada pelo organismo. Um paciente teve a doença estabilizada.

Mapas genéticos aliados contra o câncer

Cientistas estão identificando as mudanças que ocorrem nas células de dois tipos fatais de câncer para produzir os primeiros mapas genéticos inteiros de um tumor. Segundo eles, este fator marca um "momento transformador" na compreensão da doença.

Estudos recentes definem as primeiras descrições abrangentes de mutações celulares tumorais, e podem revelar todas as mudanças genéticas por trás do melanoma de pele e do câncer de pulmão. Os cientistas sequenciaram todo o DNA do tecido canceroso e do tecido normal em um paciente com melanoma e de um paciente com câncer de pulmão, usando uma tecnologia chamada sequenciamento paralelo em massa.

Comparando estas sequências tumorais com as saudáveis, eles conseguiram localizar todas as mudanças específicas do câncer. Como resultado, os cientistas descobriram que o tumor de pulmão continha mais de 23 mil mutações, enquanto o do melanoma tinha mais de 33 mil.

No caso do câncer de pulmão, a doença mata cerca de um milhão de pessoas em todo o mundo a cada ano, sendo 90% dos casos provocados pelo tabagismo. "Se você fumar 25 cigarros por dia durante 35 anos terá fumado 320 mil cigarros! Como foram encontradas cerca de 23 mil mutações no genoma do paciente com câncer de pulmão, isso quer dizer que, em média, a cada 15 cigarros, o fumante adquire uma mutação, ou seja, quase duas mutações por dia", explica o Dr. Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica.

Segundo o geneticista, o estudo mostra quanto antes o fumante conseguir se livrar do vício, mais chances tem de se livrar destas mutações. "O próprio corpo vai, aos poucos, eliminado as mutações adquiridas" explica.

Os cientistas já haviam identificado algumas mutações genéticas ligadas ao câncer e novas drogas estão sendo desenvolvidas para bloquear a atividade causadora do câncer. O objetivo agora é produzir mapas genéticos de todos os tipos de câncer.

Cientistas decodificam genomas do câncer de pulmão e de pele

Cientistas britânicos conseguiram estabelecer, pela primeira vez, o mapa genético do câncer de pulmão e de pele. O sequenciamento mostra as mutações do DNA que levam a esses dois tipos de câncer, uma descoberta que os cientistas acreditam que pode transformar nos próximos anos a maneira como as doenças são diagnosticadas e tratadas.

Todos os cânceres são causados por danos nos genes - mutações no DNA - que podem ser provoados por fatores ambientais como a fumaça do cigarro, químicos nocivos ou raios ultravioleta.

Cientistas do Instituto Welcome Trust Sanger, que tiveram as pesquisas publicadas pela revista Nature, concluíram o sequenciamento dos danos genéticos a partir dos tumores de dois pacientes que sofriam de câncer de pulmão e de um melanoma maligno, um câncer de pele.

"Este é um momento muito importante nas pesquisas sobre o câncer. A partir de agora podemos considerar o câncer de uma maneira muito diferente", disse o professor Mike Stratton, que coordenou os trabalhos.

Peter Campbell, um especialista em genomas do câncer que participou nos estudos, declarou ser "assombroso" o que é possível ver nos genomas. As pesquisas demonstraram que muitas mutações provocadas pela fumaça do cigarro ou pelos raios ultravioleta podem ser sequenciadas, dando consistência à ideia de que todos os tipos de câncer podem ser amplamente prevenidos. "Cada pacote de cigarro é como uma roleta russa", afirmou Campbell.

sábado, 5 de dezembro de 2009

ESTUDO DEMONSTRA AUMENTO SIGNIFICATIVO DE CURA PARA PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL

Tratamento personalizado com cetuximabe eleva as chances de reverter quadro de tumor e submeter o paciente à cirurgia

Darmstadt, Alemanha, novembro de 2009. Dados de um estudo internacional publicado no dia 26 de novembro, no The Lancet Oncology, demonstram que o uso da substância cetuximabe (Erbitux®), adicionada à quimioterapia no tratamento personalizado de primeira linha para câncer colorretal metastático (CCRm) com lesão no fígado, auxilia na reversão do quadro da doença, tornando possível a cirurgia de remoção do tumor para 34% dos pacientes pesquisados. Outros 70% demonstraram taxas de resposta global e podem se tornar potenciais para operação.

O câncer colorretal é a quarta causa mais comum de morte por câncer no Brasil e abrange tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto. Tanto homens como mulheres são igualmente afetados. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 25 mil novos casos foram diagnosticados em todo Brasil em 2006.

O estudo Celim avaliou, em 17 centros de pesquisas na Alemanha e Áustria, 109 pacientes com CCRm que apresentavam o KRAS não mutado (gene biomarcador que identifica uma das proteínas celulares, o RAS, responsável por aumento da sobrevida, maior proliferação celular, ocorrência de angiogênes ou nutrição e da metástase), presente em 60% dos casos. Ao final do estudo, 34% dos pacientes, considerados como potencialmente ressecáveis, tiveram o diagnóstico revertido para ressecáveis e foram submetidos à cirúrgica do tecido tumoral. "Estes resultados são muito importantes para o avanço no tratamento personalizado do câncer colorretal metástático. Os pacientes que são submetidos à cirurgia têm possibilidade maior de cura", afirma o vice-presidente sênior de desenvolvimento clínico global da área de Oncologia da Merck, Dr. Oliver Kisker. Para este tipo de câncer, a taxa de resposta e a interrupção do crescimento do tumor são cruciais também para o aumento da sobrevida do paciente", completa Kisker.

A metástase faz com que o câncer se espalhe para diversas partes do corpo, muito comum nos casos de câncer de colorretal, onde mais da metade dos pacientes sofrem com o risco desse processo acontecer. Por isso, o diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento. Dados apontam que cerca de 80% dos pacientes identificados com CCRm estão na classe de tumor irressecável ou irreversível. Nestes casos, o tratamento com o cetuximabe+quimioterapia auxilia apenas no aumento da sobrevida do paciente, que pode ser de 30%. "O tumor tem três fases de ressecção que precisam ser analisadas e identificadas para indicação do tratamento: no início o tumor é ressecável e se tratado, pode ser removido, quando o tumor sofre mais lesão ele se torna potencialmente ressecável e já está avançando e o tratamento com a cetuximabe pode reverter para ressecável, já a fase avançada, a irressecável, apresenta muita lesão e a reversão ainda não é possível. Por isso, conhecer os sintomas, prevenir e diagnosticar o quanto antes são fatores de extrema importância", explica o oncologista do Hospital Sírio Libanês, Dr. Frederico Costa.

Sobre o Cetuximabe

O cetuximabe (Erbitux) faz parte dos remédios conhecidos como terapia-alvo. Tem menos efeitos colaterais do que os tratamentos-padrão, que são basicamente a quimioterapia, caso não haja possibilidade de cirurgia, seguida de radioterapia. A terapia-alvo não causa anemia, baixa de imunidade nem quedas capilares. Mas provoca rash cutâneo, com aspecto semelhante ao da acne (tratável). Atua no receptor EGFR (epidermal growth factor receptor) ou receptor do fator de crescimento epidérmico da célula tumoral, diretamente na proteína RAS, responsável por aumento da sobrevida, maior proliferação celular, ocorrência de angiogênes e ou nutrição e ocorrência de metástase. A RAS é produzida pelo gene KRAS, que precisa ser não mutado para responder a terapia com cetuximabe - é preciso realizar um teste para identificação do gene e personalização da terapia - O cetuximabe se liga na porção externa do receptor e impede a ativação da cascata de sinais.

Estudos com cetuximabe mostraram que 60% dos pacientes com CCRm são KRAS não mutado.

domingo, 22 de novembro de 2009

Remédios contra câncer são amplamente ignorados, dizem especialistas

Muitos americanos não pensam duas vezes antes to tomar remédios para prevenir doenças de coração e derrames. Mas o câncer é diferente. Muito do que os americanos fazem para impedir o câncer não oferece resultados ou é realmente prejudicial à saúde.

Ainda assim, alguns remédios que comprovadamente combatem a doença são amplamente ignorados.

Considere o câncer de próstata, o segundo tipo mais comum nos Estados Unidos, perdendo apenas para o câncer de pele facilmente tratável. Mais de 192.000 casos serão diagnosticados este ano e mais de 27.000 homens morrerão da doença.

No entanto, há uma forma de se prevenir a maioria dos cânceres de próstata. Um amplo e rigoroso estudo mostrou que um remédio genérico, o finasterida, que custa cerca de US$ 2 por dia, pode prevenir até 50.000 casos por ano.

Outro estudo revela que um remédio parecido com o finasterida, o dutasteride, que custa US$ 3,50 por dia, tem o mesmo efeito.

Não obstante, segundo os pesquisadores, os remédios que funcionam são amplamente ignorados. E suplementos que se mostraram não apenas ineficazes, mas possivelmente prejudiciais à saúde são tomados por homens que esperam se proteger do câncer de próstata.

Conforme a guerra da nação contra o câncer continua, com pouca mudança na taxa de mortalidade do câncer mundial, muitos especialistas em câncer e saúde pública dizem que é preciso prestar mais atenção à prevenção.

Mas a prevenção se mostrou mais difícil do que muitos imaginavam. É difícil provar que algo simples como comer mais frutas e legumes ou se exercitar pode ajudar.

Além disso, como mostra a resposta aos remédios para próstata, as pessoas não parecem dispostas a tomar pílulas anti-câncer ou temem seus efeitos colaterais e não estão realmente convencidas de sua eficácia.

Outras simplesmente não sabem de sua existência.

E o câncer de próstata não é o único. Os cientistas têm o que consideram evidências definitivas de que dois remédios podem diminuir o risco do câncer de mama pela metade. Mulheres e médicos amplamente ignoram a descoberta.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/11/13/remedios+contra+cancer+sao+amplamente+ignorados+dizem+especialistas+9082022.html

Cientistas descobrem como desarmar proteína do câncer

RIO - Cientistas descobriram uma maneira de desarmar uma proteína que seria a causadora da leucemia e de outros tipos de câncer, segundo o site da BBC . A novidade, do Instituto de Câncer Dana-Farber, dos Estados Unidos, publicada na revista "Nature", pode significar uma esperança para novos tratamentos da doença. Outras tentativas anteriores de neutralizar essa proteína, chamada de Notch, fracassaram, o que levou os especialistas a concluírem que drogas não a combateriam.

A proteína Noch tem como função estimular ou inibir o desenvolvimento das células e pode interferir no crescimento de tumores. O gene responsável por formar esta proteína é normalmente danificado ou sofreu mutação nos pacientes com linfoblastoma, um tipo de leucemia. A consequência é que o gene é estimulado o tempo todo, levando ao crescimento incontrolável das células, uma caracaterística do câncer.

Outras anormalidades na proteína Notch também podem causar câncer de pulmão, ovário, do pâncreas e tumores gastrointestinais. Examinando de perto a estrutura da proteína Notch, os pesquisadores conseguiram isolar uma parte mais fraca de sua estrutura. Empregaram então uma técnica para moldar quimicamente pedacinhos da proteína, os chamados peptídeos, numa forma tridimensional específica.

Essas partes modificadas puderam ser absorvidas pelas células e foram capazes de alterar o gene em locais específicos. Depois de desenhar e testar vários peptídeos modificados, os pesquisadores identificaram um capaz de desarmar a função da Notch. A descoberta, testada em ratos, foi capaz de limitar o crescimento das células cancerígenas.

Fonte: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2009/11/12/cientistas-descobrem-como-desarmar-proteina-do-cancer-914718236.asp

Pesquisa pode ajudar no controle e tratamento do câncer

Cientistas americanos anunciaram nesta quinta-feira (12) uma descoberta promissora no combate à leucemia e outros tipos de câncer.

Os cientistas imaginaram que a fisiologia humana é como um teatro de marionetes e que os órgãos se movimentam e as células se desenvolvem porque alguma coisa puxa a corda.

Com essa ideia em mente, o grupo de pesquisadores de Boston, Massachussetts, tentou encontrar uma forma de parar a evolução do câncer e descobriram uma maneira de desarmar uma proteína no organismo que controla o desenvolvimento das células.

A proteína em questão é chamada de Notch. Em laboratório, os cientistas fizeram cópias de parte dela e bloquearam sua função reprodutora. Em seguida, injetaram o material de volta no sangue de ratos com leucemia. As células cancerosas pararam de se multiplicar.

Os testes ainda não foram feitos em humanos e isso deve acontecer em dois anos. Mas os pesquisadores adiantam que a técnica deve funcionar também no controle de câncer de pulmão, ovário, pâncreas e intestino.

Os cientistas dizem que vão tentar fazer o mesmo processo com mais proteínas que ajudam as células a se desenvolver e, com isso, atacar outras doenças.

Mas acrescentam que a descoberta de agora já serve como mais um passo para os laboratórios que buscam encontrar um medicamento capaz de combater o câncer, essa doença tão complexa e desafiadora.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1377193-5603,00-PESQUISA+PODE+AJUDAR+NO+CONTROLE+E+TRATAMENTO+DO+CANCER.html

Cientistas comprovam eficácia de medicamento contra câncer no pulmão

Londres, 11 nov (EFE).- Um grupo de cientistas britânicos comprovou que um medicamento desenvolvido em 1998 consegue reduzir o tamanho de tumores inoperáveis em pulmões de ratos, informou hoje a "BBC".

A equipe do Imperial College de Londres agora quer testar a droga em humanos. A esperança é que os efeitos sejam os mesmos vistos nos roedores. Em metade deles, o tumor regrediu e as células deixaram de desenvolver resistência à quimioterapia.

O chamado câncer de pulmão de pequenas células representa 20% de todos os casos da doença. Considerado altamente letal, já que apenas 3% dos pacientes conseguem uma sobrevida de mais de cinco anos, ele se espalha rapidamente, inviabilizando a cirurgia como uma opção de tratamento.

Apesar de a quimioterapia, às vezes complementada com uma radioterapia, conseguir diminuir o tamanho do tumor, este costuma voltar a crescer rápido demais e desenvolver certa resistência ao tratamento.

Aparentemente, o hormônio de crescimento FGF-2 acelera a divisão das células cancerígenas e estimula um mecanismo de sobrevivência que as torna resistente à quimioterapia.

O composto PD173074 utilizado pelos cientistas britânicos, inicialmente desenvolvido em 1998 para impedir a formação de vasos sanguíneos ao redor dos tumores, impede que o FGF-2 se associe às células tumorais.

O professor Michael Seckl está otimista em relação à descoberta. Mas é preciso aguardar o resultado dos experimentos com humanos.

"Esperamos testar este remédio ou outro similar que impeça a ação do FGF-2 no ano que vem, para ver se funcionam no tratamento do câncer de pulmão em seres humanos", declarou à "BBC". EFE

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1374886-6174,00-CIENTISTAS+COMPROVAM+EFICACIA+DE+MEDICAMENTO+CONTRA+CANCER+NO+PULMAO.html

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Elemento presente no curry pode matar células de câncer, diz estudo

Uma pesquisa realizada na Irlanda sugere que um componente encontrado no açafrão da Índia, presente no tempero curry, pode matar células cancerosas.
O componente químico curcumina já era visto como um extrato com aplicações medicinais e já estava sendo testado para tratamento de artrite e até demência.
Testes de laboratório realizados pelo Centro de Pesquisa do Câncer de Cork, na Irlanda, mostraram que a curcumina pode matar células de câncer de esôfago.
A cientista Sharon McKenna e sua equipe descobriram que a curcumina começou a matar as células cancerosas dentro de 24 horas.
"Cientistas já sabiam há tempos que compostos naturais têm potencial para tratar células defeituosas que se transformaram em células cancerosas e suspeitamos que a curcumina poderia ter valor terapêutico", disse a cientista.
As células também começaram a se digerir, depois que a curcumina desencadeou os sinais de morte celular.

Novos tratamentos

Especialistas em câncer afirmam que a descoberta - publicada na revista especializada "British Journal of Cancer" - pode ajudar médicos a elaborar novos tratamentos para a doença.
Lesley Walker, diretor da organização britânica Cancer Research UK acha que os resultados da pesquisa irlandesa podem ajudar o desenvolvimento de novos tratamentos de câncer do esôfago.
"Abre a possibilidade para que compostos químicos naturais encontrados no açafrão da Índia possam ser desenvolvidos para se transformar em novos medicamentos."
"A incidência de câncer do esôfago aumentou em mais de 50% desde os anos 70 e isso estaria ligado ao aumento da taxa de obesidade, consumo de álcool e doença do refluxo, então, descobrir formas de evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer é importante", acrescentou.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1357851-5603,00-ELEMENTO+PRESENTE+NO+CURRY+PODE+MATAR+CELULAS+DE+CANCER+DIZ+ESTUDO.html

Cientistas descobrem nova fórmula para tratamento da leucemia

Cientistas irlandeses e italianos descobriram uma nova fórmula para o tratamento da leucemia, a notícia está publicada na edição desta segunda-feira (2) da revista "Journal Cancer Research".
Chamada "PBOX-15", a nova droga consegue destruir as células cancerígenas em pacientes de leucemia que mostram sintomas fracos e resistência a outros tratamentos.

O estudo foi desenvolvido por cientistas do irlandês Trinity College Dublin (TCD) em cooperação com a Universidade de Siena, na Itália, e está ainda em fase experimental, por isso que o uso do novo tratamento pode demorar de três e cinco anos.

Segundo o professor do TCD, Mark Lawlor, sua equipe de pesquisadores trata agora de investigar os efeitos colaterais do "PBOX-15".

"Estamos muito emocionados. Queremos dar esperança aos doentes de câncer", afirmou Lawler, e explicou que o fármaco fornecido aos pacientes ataca e destrói a estrutura das células cancerígenas da leucemia.

Potencial

O tratamento foi particularmente bem-sucedido na Leucemia Linfática Crônica (LLC), o tipo de câncer de sangue e medula óssea mais comum no Ocidente.

Segundo a investigação, a "PBOX-15" demonstrou maior eficiência que outros medicamentos utilizados até agora, como a "fludarabina", um fármaco de quimioterapia anticancerígeno.

O diretor da Sociedade Irlandesa do Câncer, John McCormack, demonstrou confiança sobre a descoberta científica e deseja que o medicamento passe logo do laboratório para as camas de hospital em benefício dos pacientes.

"Esta novidade destaca o potencial que têm os descobrimentos científicos básicos para o benefício clínico".

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Médicos descobrem mapa para câncer da próstata agressivo que não aparece nos exames

Câncer escondido

Pesquisadores do Hospital Princess Margaret, do Canadá, finalmente encontraram uma reposta para a pergunta que confunde muitos clínicos - Por que alguns homens com níveis elevados específicos de antígeno da próstata (PSA), que são cuidadosamente monitorados e submetidos a repetidas biópsias negativas, ainda assim desenvolvem o câncer de próstata agressivo?

A resposta está na localização do tumor na parte superior da próstata, onde ele não é detectado por meio dos procedimentos-padrão de diagnóstico, como as biópsias feitas com agulhas guiadas por ultrassom.

Biópsia com ressonância magnética

A pesquisa, publicada no Jornal Internacional de Urologia, demonstrou que a imagem de ressonância magnética (MRI) é a melhor ferramenta para revelar esses tumores escondidos.

"Nossas pesquisas identificaram um grupo específico de alto risco que tem seus tumores difíceis de diagnosticar devido à sua localização. Estes homens são beneficiados pelo uso do MRI para guiar o procedimento de biópsia com grande precisão," diz o Dr. Nathan Lawrentschuk.

Os pesquisadores chamam a combinação de um resultado de elevado nível de PSA e biópsia negativa, de "PEATS" (Prostate Evasive Anterior Tumour Syndrome).

Vigilância

"Saber mais sobre o PEATS também pode ser importante para os homens que já estão sob cuidados - pacientes com crescimento lento do câncer de próstata que estão sendo regularmente monitorados através do exame de PSA e da biópsia. Nem todos os homens precisam passar pela MRI mas, sabendo do PEATS, poderemos identificar aqueles que precisam", diz o Dr. Neil Fleshner.

Uma equipe de cientistas, cirurgiões, radiologistas e patologistas estudaram 31 pacientes que tiveram resultados positivos de biópsia e que tiveram seus tumores detectados na parte mais alta de suas próstatas revelados pela ressonância magnética.

Foi constatado que, em 87% dos casos, o procedimento utilizando a MRI foi capaz de detectar os tumores escondidos. O Dr. Lawrentschuk alerta os médicos clínicos sobre a necessidade de se informarem mais sobre o PEATS, pois estes tumores podem ser os mais agressivos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Médicos discutem avanços para tratar câncer de pulmão

Especialistas mostram os avanços no tratamento do câncer do pulmão no XVI Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. Os novos medicamentos, baseados na terapia alvo, agem diretamente nas células cancerígenas e inibem o crescimento do tumor.

O tratamento do câncer de pulmão avançou no Brasil. O surgimento de novos medicamentos que agem diretamente no tumor cancerígeno tem animado os especialistas que participam do XVI Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. O evento, direcionado aos médicos que tratam o câncer, ocorre até sábado no Centro de Convenções.

``Assim, o tratamento deve ser multidisciplinar para aumentar as chances de cura``, ressalta Hoff. Ele prevê que em até cinco anos, as pesquisas mostrem um caminho para inibir o surgimento primário da célula cancerígena.

A terapia alvo adota medicamentos que agem diretamente no tumor e tem apresentado resultados surpreendentes. É o caso do cetuximabe, que tem se mostrado um importante aliado na redução do tumor e na progressão mais lenta da doença.

O medicamento pertence a uma nova classe de drogas anticâncer conhecida como anticorpos monoclonais e interrompe a divisão de células cancerígenas. Estudos mostraram que os pacientes com câncer de pulmão avançado que recebem o medicamento combinado com a quimioterapia tem até 13% menos chances de morrer do que os que recebem apenas quimioterapia. Há também 48% a mais de chances de o tumor regredir.

Hoff é o médico responsável pelo tratamento do vice-presidente José Alencar, que luta contra o sarcoma. O oncologista afirma que o tratamento dele contou com uma combinação de anticorpos monoclonais na terapia alvo. ``Ele vem tolerando muito bem ao tratamento. Podemos dizer que ele é um exemplo de sucesso``, diz.

Outra nova opção para o combate do câncer de pulmão é o bevacizumabe. O agente é um mecanismo inibidor do crescimento de vasos sanguíneos, que fornecem nutrientes e oxigênios ao tumor. O oncologista Artur Katz, do Hospital Sírio Libanês, explica que ao interferir o fornecimento de sangue para o tumor, evita-se o crescimento e a propagação do câncer pelo corpo, ou seja, a metástase.

A substância já era adotada no tratamento do câncer de colorretal no Brasil. A novidade é a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para combater o câncer de pulmão avançado.

Pesquisadores decodificam 'genoma' de câncer de seio

Cientistas canadenses anunciaram nesta quarta-feira ter estabelecido, pela primeira vez, o "genoma" de um tipo de tumor que responde por 10% dos casos de câncer de seio.

Utilizando uma nova técnica, mais rápida e menos onerosa, uma equipe da agência do câncer da Columbia Britânica sequenciou o genoma do tumor e identificou as mutações que permitem a propagação do câncer pelo organismo.

Os cientistas analisaram a evolução, durante nove anos, de um carcinoma metastático do seio, e identificaram 32 mutações. Em seguida, determinaram o número de anomalias presentes no tumor inicial.

"O resultado foi surpreendente: apenas cinco das 32 mutações estavam presentes em todas as células do tumor de origem, e foram identificadas como as responsáveis por deflagrar a doença", destacou a equipe canadense.

"Esta descoberta marca uma virada na compreensão das origens do câncer de mama e no desenvolvimento de tratamentos específicos para nossos pacientes", disse o Dr. Samuel Aparicio, que dirigiu o estudo, publicado na revista Nature.

"A quantidade de possibilidades que nos oferece para futuras pesquisas é considerável".

"Uma a cada nove mulheres desenvolve câncer de seio, doença que responde por 29% de todos os casos de câncer entre a população da Columbia Britânica", destacou o ministro da Saúde da província canadense, Kevin Falcon.

"Isto representa uma esperança para milhares de mulheres afetadas por esta terrível doença", disse Falcon.

O estudo é ainda mais significativo porque, "enquanto se gastou muitos anos e muito dinheiro para se desenhar o genoma humano", esta descoberta "exigiu apenas algumas semanas e teve um preço muito inferior", disse o doutor Marco Marra, diretor da Agência do Câncer de Columbia Britânica.

Invenção canadense pode ajudar tratamento de câncer de mama

WASHINGTON - Um chip inventado por cientistas canadenses pode permitir que os médicos monitorem os níveis de hormônios de seus pacientes de forma simples e rotineira. A descoberta é especialmente interessante para o tratamento de câncer de mama, já que poderia medir, com facilidade, a quantidade de estrogênio no seio de uma mulher.

Há anos os cientistas sabem que o estrogênio desempenha um papel significativo em muitos casos de câncer de mama, já que as mulheres com a doença possuem níveis muito mais altos deste hormônio.

Mas medir a quantidade de estrogênio no seio requer uma biópsia, procedimento que causa dor e têm alguns riscos. Além disso, é preciso horas de intenso trabalho no laboratório para extrair e purificar o estrógeno que está no meio das células.

Se os médicos tivessem um jeito mais fácil de monitorar os níveis de estrógeno no seio, poderiam verificar se os pacientes estão respondendo ao tratamento contra o câncer de mama e até detectar pessoas que têm mais risco de desenvolver a doença.

É essa a proposta dos pesquisadores da Universidade de Toronto , que colocaram todo esse longo processo laboratorial na superfície de um chip - tão fina quanto a de um cartão de crédito. orrentes elétricas movem as gotas de hormônio, permitindo que solventes e outras substâncias químicas dissolvam a amostra de tecido seco e removam outras substâncias biológicas, até que reste apenas o estrogênio.

Para fazer os testes, os cientistas usaram pequenas amostras de tecido do seio (colhidas com agulhas e não por meio de biópsia), além de amostras de sangue de duas pacientes de câncer de mama.

Segundo eles, o chip permitiu medir a quantidade de estrógeno com precisão. Agora, eles vão aplicar a nova tecnologia em um estudo do qual vão participar mais de 200 mulheres canadenses.

Descoberta que pode ajudar a combater câncer leva Nobel de Medicina

Por Nicholas Vinocur

ESTOCOLMO (Reuters) - Três norte-americanos conquistaram o prêmio Nobel de Medicina nesta segunda-feira pela descoberta e identificação da telomerase, enzima que renova um revestimento na extremidade do cromossomo cujo desgaste natural pode levar ao envelhecimento ou ao câncer.

Elizabeth Blackburn, nascida na Austrália, Jack Szostak, nascido na Grã-Bretanha e Carol Greider ganharam o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (1,42 milhão de dólares), afirmou o Instituto Karolinska, da Suécia.

"As descobertas... deram nova dimensão ao nosso entendimento da célula, jogou luz sobre os mecanismos de doenças e estimulou o desenvolvimento de potenciais novas terapias", disse o instituto.

A enzima tornou-se grande alvo dos trabalhos de pesquisa da indústria farmacêutica, particularmente para o combate ao câncer, pois acredita-se que ela desempenha um papel no crescimento descontrolado de tumores.

"Isso tem uma ampla implicação médica para o câncer, para alguma doenças hereditárias e para o envelhecimento", disse o instituto.

Greider, 48, afirmou que o reconhecimento destacou o valor das descobertas movidas por pura curiosidade.

"Não tínhamos idéia quando começamos que este trabalho seria envolvido com o câncer, mas havia simplesmente uma curiosidade de como os cromossomos se mantinham intactos", afirmou ela em comunicado.

"Nossa abordagem mostra que, ao mesmo tempo que você pode fazer uma pesquisa para responder uma pergunta específica, você também pode simplesmente seguir seu instinto."

Colega de Greider, Blackburn foi demitida em 2004 do Conselho de Bioética do então presidente dos EUA George W. Bush por suas críticas pela política do governo norte-americana para as pesquisas com células-tronco embrionárias.

Os três cientistas estavam entre os considerados prováveis vencedores, segundo previsão anual da Thomson Reuters.

Blackburn está na Universidade da Califórnia, em San Francisco, Greider na Escola de Medicina Johns Hopkins em Baltimore. Szostak na Escola de Medicina de Harvard desde 1979, atualmente no Hospital Geral de Massachusetts, em Boston.

(Reportagem adicional de Ben Hirschler, Mia Shanley e Doina Chiacu)

Novo medicamento para tratar câncer renal chega ao Brasil

Uma nova alternativa para tratamento de pacientes com câncer renal após falha da terapia convencional chegou ao Brasil em setembro: o medicamento Afinitor. O remédio atua na inibição da proteína intracelular mTOR - responsável pela proliferação e crescimento das células cancerígenas -, reduzindo em 67% o risco de progressão da doença ou morte.

A inibição da proteína mTOR é considerada um dos novos alvos da ciência para o tratamento do câncer. O efeito anti-tumoral de Afinitor também vem sendo estudado para diversos tipos de tumores como mama, gástrico, pulmão, linfoma, hepatocarcinoma e tumor neuroendócrino.

No Brasil, o Afinitor recebeu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovação em caráter prioritário (fast track), concedida apenas a medicamentos para o tratamento de doenças sem alternativa de terapia disponível no mercado. Nos Estados Unidos, a agência reguladora Food & Drug Administration (FDA) aprovou Afinitor em março, também em caráter de urgência.

O Afinitor é indicado para os pacientes com câncer renal avançado e metastático, ou seja, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo. Invariavelmente o tumor se torna resistente e sem resposta ao tratamento inicial com inibidores de VEGF, proteína responsável pela inibição da angiogênese (formação dos vasos que nutrem o tumor). Antes da chegada de Afinitor, após a falha dos inibidores de VEGF, o paciente não contava com nenhuma outra possibilidade de tratamento comprovadamente eficaz.

Resultados do estudo Record-01 avaliaram a atuação do Afinitor em mais de 400 pacientes com câncer renal avançado. Os dados mostraram que o medicamento é capaz de reduzir em 67% o risco de progressão da doença ou morte, mais que dobrando o tempo que o paciente fica com o tumor sob controle.

As recentes descobertas representam um salto importante na forma de abordagem da doença. Até a década de 90, o câncer de rim era tratado com imunoterapia que conseguia resultados pouco eficazes e com diversos efeitos colaterais.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4041867-EI8147,00-Novo+medicamento+para+tratar+cancer+renal+chega+ao+Brasil.html

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nanopartículas podem ajudar a acabar com tumores

LONDRES - Cientistas britânicos estão desenvolvendo formas de usar nanopartículas como minúsculos magnetos capazes de aquecer e matar as células tumorais sem danificar as células saudáveis circunvizinhas.

Os pesquisadores descobriram que nanopartículas de óxido de ferro podem ser acopladas a anticorpos que localizam o câncer, ou podem ser injetadas em células-tronco localizadoras do câncer, que os levam direto aos tumores que precisam matar.

O aquecimento das células em apenas 5 ou 6 graus acima da temperatura do corpo, com um novo equipamento chamado aparelho de hipertermia magnética por corrente alternada (MACH), é capaz de matar as células tumorais.

Os pesquisadores afirmam que o equipamento MACH é como uma micro-onda, aquecendo apenas as células alvejadas.

"Isso oferece uma nova forma de tratar o câncer", disse a equipe da University College London (UCL) em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira.

"Se conseguimos fazer as partículas magnéticas migrarem para as células do câncer, podemos matar apenas as células do câncer, deixando as células saudáveis ilesas - o máximo da terapia-alvo."

Os cientistas afirmaram que o trabalho estava num estágio inicial e nenhum teste havia sido feito em humanos. Eles preveem mais uma década de desenvolvimento, refinando e testando as técnicas antes que elas possam ser licenciadas para o tratamento do câncer.

"Desejamos estar prontos para fazer os ensaios clínicos ao final de três anos", disse Quentin Pankhurst, professor de física na UCL.

Os cientistas afirmaram ter visto a técnica usando a célula-tronco funcionar em ratos.

Mark Lythgoe, diretor do centro para imagens biomédicas avançadas, disse que ele e seus colegas mostraram em um estudo a ser publicado em breve que determinadas células, chamadas células-tronco mesenquimais (MSC), quando acopladas a nanopartículas magnéticas, os levariam diretamente aos tumores secundários de pulmão, ou metástases no pulmão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Brasil, EUA e outros países se unem para combater o câncer

da France Presse, em Washington

Brasil, Estados Unidos, Argentina, México e Uruguai criaram uma aliança para desenvolver pesquisas conjuntas sobre o câncer e melhorar o tratamento da doença no continente, informaram nesta quinta-feira (1), em um comunicado.

A rede permitirá cooperação em termos de pesquisa sobre o câncer, programas de capacitação multinacionais e colaboração em tecnologia para o tratamento da doença, destacou o norte-americano NCI (Instituto Nacional do Câncer).

Os Estados Unidos já haviam assinado em junho com o Chile uma carta de intenções para se juntar à iniciativa.

"A união das nações hoje é, sem dúvida, um símbolo de nosso compromisso comum em avançar na pesquisa do câncer", destacou o diretor do NCI, John Niederhuber.

Niederhuber destacou que, ao unir os esforços de pesquisadores dos Estados Unidos e da América Latina, é possível conceber novos conhecimentos sobre as tendências do câncer, incluindo desde a análise de grupos pequenos até grandes populações.

Os países da aliança estarão unidos por meio de uma rede informática que permitirá aos investigadores a troca de dados e de conhecimentos de forma rápida.

"Um de nossos objetivos principais é traduzir as descobertas e a nova informação da pesquisa básica e clínica para aumentar as plataformas tecnológicas e, em última instância, salvar vidas", disse o ministro de Ciência e Tecnologia argentino, Lino Barañao.

"A rede ajudará a melhorar o progresso na luta contra o câncer no Brasil, ao mesmo tempo em que beneficiará nossos países irmãos da América Latina e a população hispânica ou latina dos EUA", disse o diretor do Instituto Nacional do Câncer do Brasil, Luiz Antonio Santini,

O câncer é uma das três doenças que causam mais mortes na América Latina, além de atingir com força os hispânicos nos Estados Unidos, que devem representar 20% da população deste país em 2020, indicou o NCI.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

USP - LSI desenvolve site de apoio ao tratamento do câncer infantil

Disseminar as informações sobre o câncer infantil e oferecer uma ferramenta que apóie os profissionais médicos a tratarem os pacientes. Esses são os principais objetivos do Portal Oncopediatria, desenvolvido pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica (Poli) da USP. Segundo o coordenador técnico do projeto, Adilson Hira, “o Portal foi feito para que se possa encontrar informações sobre o câncer, tanto para o público mais leigo, como para médicos e profissionais da saúde.”

AAS pode cortar pela metade chance de manifestação do câncer de cólon

Londres - Pessoas com suscetibilidade genética para câncer de cólon podem ter suas chances de desenvolver a doença diminuídas pela metade se tomarem uma dose diária de ácido acetilsalicílico (também vendido com o nome de aspirina e AAS). A descoberta foi divulgada ontem, em Berlim, durante uma reunião conjunta da Organização Europeia para o Câncer e da Sociedade Europeia para a Oncologia Médica.

Pesquisadores europeus acompanharam mais de mil pessoas com a síndrome de Lynch, uma mutação genética que torna as pessoas vulneráveis a ter câncer no cólon, reto, estômago, cérebro, fígado, útero e em outros locais do corpo. A síndrome responde por cerca de 5% de todos os casos de câncer de cólon.

Metade dos participantes do estudo receberam 600 miligramas, ou dois comprimidos de ácido acetilsalicílico por dia, enquanto a outra metade recebeu placebo por cerca de quatro anos. No grupo que tomou ácido acetilsalicílico, seis pessoas desenvolveram câncer de cólon, ante 16 no grupo que recebeu placebo. "Estamos contentes", disse John Burn da Universidade de Newcastle, Grã-Bretanha, que comandou o estudo. "Principalmente porque paramos de ministrar o remédio depois de quatro anos e os efeitos continuaram", disse ele em comunicado.

A descoberta pode levar a outros tratamentos ao ajudar os pesquisadores a entenderem como o ácido acetilsalicílico combate o câncer de cólon, uma das três principais formas da doença em países ricos. Especialistas dizem que a descoberta não terá impacto imediato sobre o público em geral. "O ácido acetilsalicílico pode causar efeitos colaterais significativos se não usado como recomendado por um médico", disse Henry Snowcroft, do instituto de Pesquisa do Câncer Grã-Bretanha.

Descoberta pode melhorar prognóstico do câncer de próstata

Descoberta pode melhorar prognóstico do câncer de próstata

O descobrimento de outras nove variantes genéticas que contribuem para o câncer de próstata pode facilitar o desenvolvimento de um teste muito mais confiável que os atuais, informa a revista Nature Genetics.

Segundo Rosalind Eeles, do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer de Londres, que dirigiu um dos dois estudos que permitiram esse descobrimento, foram analisados os genomas de 38 mil homens de 21 estudos realizados anteriormente. Com esse novo descobrimento já são mais de 20 as variantes genéticas vinculadas a esse tipo de câncer, o que permitirá aumentar a confiabilidade dos testes para prever o risco de se sofrer dele.

Algumas das novas variantes genéticas, como as dos genes chamados ITGA6 e NKX3.1, podem ser atacadas com novos tratamentos, afirma Rosalind. "É todo um processo e ainda resta muito para ser descoberto, mas parece que o câncer de próstata é mais receptivo que outros a esse enfoque", assinala por sua parte Doug Easton, da Universidade de Cambridge, que dirigiu o segundo estudo.

O teste atual, baseado em uma análise de sangue, não é confiável, e leva às vezes a investigações dolorosas - biópsias - que se revelam desnecessárias no caso de prognósticos falsos. Só no Reino Unido, o câncer de próstata afeta anualmente 35 mil indivíduos e causa mais de 10 mil mortes.

Aspirina diminui chances de desenvolvimento de câncer de cólon

Descoberta pode levar a outras formas de tratamento. Medicamento, no entanto, pode causar hemorragias.

O uso diário de aspirina pode diminuir a probabilidade do desenvolvimento do câncer de cólon-retal em pessoas com histórico familiar da doença, anunciaram nesta segunda (21), pesquisadores da Newcastle University, na Inglaterra.

A descoberta pode levar a outras formas de tratamento, ajudando os pesquisadores a entender como o medicamento auxilia no combate ao câncer de cólon, um dos três mais frequentes em países desenvolvidos.

A aspirina vem sendo usada há anos no tratamento de doenças menos graves e como antitérmico. No entanto, pode originar irritações no estômago e intestino e causar hemorragias.

Os pesquisadores analisaram mais de mil pacientes com uma síndrome que as torna mais expostas a esse tipo de câncer. Para 50% dos participantes do estudo foi dado uma quantia diária de 600 miligramas de aspirina, o equivalente a dois comprimidos, enquanto para o restante foi ministrado um placebo (comprimido sem nenhum princípio ativo).

No grupo que tomou aspirina diariamente seis pacientes desenvolveram câncer, enquanto entre os que receberam o placebo 16 tiveram esse tipo de tumor maligno.

HR oferece tratamento para retirar câncer sem cirurgia

Nova terapia só é eficiente para pacientes em estágio inicial da doença

Os pacientes com câncer em estágio inicial contam com uma nova terapia na rede pública de saúde. O Hospital da Restauração oferece de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
um tratamento que retira o tumor sem cirurgia.

O equipamento é praticamente igual ao usado no exame de endoscopia, que ajuda os médicos a diagnosticar problemas gastrointestinais. O Hospital da Restauração é o único, no Norte-Nordeste, que faz, pela rede pública de saúde, a dissecção submucosa endoscópica, um tratamento que consiste em retirar um tumor sem cirurgia, fazendo um corte por baixo da mucosa.

Pode ser um câncer ou uma lesão pré-cancerígena no esôfago, estômago, duodeno, intestino grosso ou reto. Porém, só é possível quando a doença está no início.

O chefe do serviço de endoscopia digestiva do HR, Admar Borges, explica que o mesmo bisturi que descola e retira o tumor cuida da coagulação. Até agora, 12 pacientes do HR foram submetidos ao tratamento.

“Para o paciente é muito bom porque o procedimento é minimamente invasivo. É um procedimento em que o paciente passa pouco tempo internado. E ele continua com o seu intestino e seu esôfago no lugar. Esses pacientes então sendo atendidos em qualquer hospital da rede pública, qualquer ambulatório ou posto, ele vai ser certamente encaminhando através de um documento médio para o serviço de endoscopia do Hospital da Restauração aí nós vamos fazer uma reavaliação e ver se o caso de fato preenche os requisitos para uma cirurgia endoscópica dessa maneira. Então poderemos resolver o problema dele endoscopicamente.”

De acordo com o médico, o paciente que se submete a uma cirurgia convencional para retirada desse tipo de tumor fica, em média, sete dias internado. Na retirada do tumor pelo novo tratamento, o paciente fica, no máximo, 48 horas internado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Avastin - informações

Informações sobre Avastin
Avastin (bevacizumabe) é o nome comercial para o bevacizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado recombinante, produzido por tecnologia de DNA recombinante em um sistema de expressão de célula de mamífero, de ovário de Hamster Chinês, em um meio nutriente contendo o antibiótico gentamicina e é purificado por um processo que inclui inativação viral específica e etapas de remoção. Gentamicina é detectável no produto final em = 0,35 ppm. O bevacizumabe é constituído por 214 aminoácidos e tem um peso molecular de aproximadamente 149.000 daltons.

Indicações de Avastin
Avastin (bevacizumabe) em combinação com quimioterapia à base de fluoropirimidina é indicado para tratamento de primeira-linha de pacientes com carcinoma metastático do cólon ou do reto.

Fonte: http://www.medicinanet.com.br/bula/741/avastin.htm
Veja mais em: http://www.roche.com.br/Products/avastin_PT.htm

Vacina contra o câncer começará a ser testada

Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, produziram o primeiro lote de uma vacina contra o câncer que será utilizada em testes clínicos em pacientes humanos sofrendo de câncer de ovário e de câncer de pele, ou melanoma.

Os testes com a vacina em relação ao melanoma serão feitos na Universidade de Nova Iorque, enquanto os testes com a vacina para o câncer de ovário serão feitos no Instituto do Câncer Roswell, em Ithaca.

Os testes deverão avaliar a segurança e a resposta antitumoral do sistema imunológico em relação à vacina terapêutica NY-ESO-1, aplicada tanto isoladamente quanto em combinação com outros agentes terapêuticos.

Resposta imunológica

O composto não é uma vacina no sentido tradicional, ou seja, ela não previne o aparecimento do câncer em uma pessoa que não esteja doente. Trata-se, contudo, de uma vacina porque ela induz o corpo humano a uma resposta imunológica para se defender da doença.

"Esta vacina não tem o objetivo de prevenir contra o câncer, mas de estimular o corpo para que ele ataque naturalmente um tumor já existente. O desafio é que a vacina é feita de proteínas moleculares que são encontradas em nossos próprios corpos e que normalmente não induzem uma resposta imunológica forte. Assim, parte desse teste será fazer o corpo reagir a essas moléculas e atacar o câncer," explica o Dr. Carl A. Batt, coordenador da produção da vacina.

Tratamentos contra o câncer

O antígeno NY-ESO-1 foi descoberto em 1997, quando se verificou que ele se expressa em vários tipos diferentes de câncer, tendo logo despertado o interesse de vários grupos de pesquisa.

Um dos diferenciais deste estudo é que tanto as pesquisas quanto o desenvolvimento da vacina está sendo feito inteiramente em universidades e institutos de pesquisa, não envolvendo empresas farmacêuticas.

Apesar dos progressos, os pesquisadores estão cautelosos: "Nós não estamos esperando milagres, mas o conjunto de opções atuais contra o câncer, cirúrgicas, radioterapia e quimioterapia, não conseguem eliminar todos os tipos de câncer. O que essas vacinas contra o câncer oferecem é uma outra ferramenta para ajudar a combater o câncer, e poderão ser utilizadas em conjunto com outras opções terapêuticas já existentes," diz o Dr. Batt.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=vacina-contra-cancer-comecara-testada&id=4531

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Graviola pode ajudar em tratamento de câncer de pulmão

Substância presente na fruta inibe a formação e proliferação de tumores

Estudos realizados pelo Health Sciences Institute (Instituto de Ciências e Saúde dos Estados Unidos) revelam que a graviola tem ação citotóxica em células cancerígenas, principalmente as que se localizam no pulmão, ou seja, são capazes de inibir a formação de tumores nesta região.

Pesquisadores afirmam que a ação de um acetogenino presente na fruta tem efeito citotóxico dez vezes superior ao efeito da droga quimioterápica adriamicina. Segundo eles, isso se dá porque o acetogenino é um dos mais eficazes inibidores do Complexo I, responsável pela formação e transporte de elétrons, que fazem parte da composição de tumores.

Diversos estudos têm sido realizados para comprovar a eficácia da ingestão da fruta no combate de outros tipos de câncer, como o de mama, mas até agora, só foi comprovada sua ação no combate do câncer de pulmão.

Os pesquisadores esperam que o tratamento auxiliar, à base da fruta amazônica, possa se tornar realidade em todos os centros de combate a doença, pois, segundo eles, é um tratamento menos nocivo e bastante eficaz.

Cirurgia pode ser desnecessária em alguns casos de câncer de próstata

CHICAGO, EUA — A cirurgia ou o tratamento com radiação não são necessariamente a melhor escolha para tratar o câncer de próstata nos pacientes mais idosos, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira no Journal of the American Medical Association.

De acordo com o estudo, administrar um tratamento conservador (ou cirúrgico) enquanto a doença não evolui não parece tão arriscado como se pensava antes. Estudos anteriores já mostravam que um tratamento agressivo precoce não parece reduzir substancialmente a taxa de mortalidade nos pacientes de mais de 65 anos. No entanto, a política de recorrer a um tratamento conservador é aplicada somente em 10% dos casos.

O câncer de próstata é uma doença de evolução lenta que ocorre geralmente na velhice.
"Se comparamos o fato de que um homem tem 17% de risco de contrair um câncer de próstata durante sua vida com o fato de que o risco de morrer disso é de apenas 3%, parece evidente que se deve analisar tratamentos conservadores para a grande maioria dos homens diagnosticamos com câncer de próstata localizado", indicou Grace Lu-Yao, do Cancer Institute de Nova Jersey (nordeste dos Estados Unidos), principal autor do estudo.

A equipe de Lu-Yao acompanhou os casos de 14.516 homens que sofriam de câncer de próstata, tratados sem cirurgia e sem radiação durante ao menos seis meses depois do diagnóstico.

Enquanto estudos anteriores mostravam que os homens de 66 a 74 anos que recebiam somente um tratamento conservador apresentavam de 15% a 23% de risco de morrer nos 10 anos seguintes, os resultados deste último estudo em grande escala mostravam um risco de morte de apenas 6% para o mesmo tipo de pacientes.

Cientistas identificam gene que controla combate a doenças

Cientistas britânicos anunciaram a descoberta de um gene que ajuda a mobilizar o sistema imunológico para combater doenças. O gene faz com que células-tronco do sangue se tornem células imunológicas conhecidas como Natural Killers (NK, ou Matadoras Natas).

Células NK que funcionam de maneira adequada são um tipo de glóbulo branco chave para a defesa do organismo, matando células cancerosas, vírus e bactérias. Espera-se que a descoberta leve ao desenvolvimento de formas de estimular a produção de células de defesa do organismo, criando, potencialmente, uma nova forma de eliminar o câncer.

Atualmente, as células NK separadas de sangue de doadores são usadas no tratamento de alguns pacientes com câncer, mas sua eficácia é limitada porque elas podem ter pequenas diferenças de pessoa para pessoa.

O líder da pesquisa, Hugh Brady, disse: "Se um maior número de células-tronco do paciente puder ser 'coagido' a se transformar em células NK através de um tratamento químico, nós poderemos aumentar a força de combate do organismo ao câncer sem ter que lidar com os problemas de incompatibilidade ao doador."

Doenças auto-imunes

Segundo os pesquisadores, a identificação do gene E4bp4 pode ainda ajudar a desenvolver novos tratamentos para diabete tipo-1 e esclerose múltipla. Ambos os distúrbios ocorrem quando o sistema imunológico se volta contra os próprios tecidos do corpo. Alguns cientistas acreditam que o mau funcionamento de células NK é que provoca o ataque a células saudáveis.

Para fazer a descoberta, os cientistas do Imperial College London, University College London e Instituto Nacional para Pesquisa Médica do Conselho de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha criaram um rato sem o gene E4bp4.

Estes animais eram absolutamente normais, exceto pela ausência de células NK.

Os pesquisadores começaram a estudar o efeito do E4bp4 em uma forma rara mas fatal de leucemia infantil quando descobriram a importância das células NK.

domingo, 13 de setembro de 2009

Cura do cancer - 5 boas-novas contra o câncer

A ciência não mede esforços para encontrar a cura desta que é uma das doenças que mais matam em todo o mundo. Conheça agora as novidades em diagnóstico, tratamento e prevenção.

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Dito assim, nem parece grave, não é mesmo? Mas o fato é que a doença está entre as maiores causas de mortalidade em todo o mundo e o número de vítimas não para de crescer.

Um levantamento da American Cancer Society mostrou que, em 2007, foram registrados mais de 12 milhões de novos casos e 7,6 milhões de pessoas morreram por causa da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que as mortes aumentarão em 45% até 2030, devido, em parte, ao crescimento demográfico e ao envelhecimento da população.

Outros fatores desencadeantes são tabagismo, má alimentação, obesidade, sedentarismo, estresse e herança genética. A boa notícia é que a ciência desenvolve tratamentos menos dolorosos, drogas mais eficazes e diagnósticos mais rápidos e precisos. "Não acredito que chegaremos à cura tão cedo, mas, certamente, a medicina vai encontrar meios para que os pacientes convivam com a doença de forma controlada, como já acontece com o diabetes e a hipertensão", defende Max Mano, oncologista e pesquisador do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Veja o que há de mais novo na pesquisa científica sobre o câncer.

Leia mais em: http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/77/5-boas-novas-contra-o-cancer-a-ciencia-nao-mede-150310-1.asp

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sensor portátil identifica sinais de câncer de pulmão

A respiração de pacientes de câncer de pulmão difere da de pessoas saudáveis por conter maiores concentrações de parafinas e outros compostos orgânicos voláteis. Pesquisadores sabiam disso há anos e tentaram desenvolver sistemas de análise de respiração capazes de identificar a doença, como alternativa às tomografias computadorizadas.

Os sistemas tendiam a ser dispendiosos e a requerer equipamentos e técnicas complicados para concentrar os compostos no nível detectável. Gang Peng, do Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, e seus colegas agora desenvolveram o que dizem ser um sensor portátil barato e capaz de distinguir rapidamente entre a respiração de pacientes de câncer pulmonar e pessoas saudáveis.

O sensor, descrito em estudo para a Nature Nanotechnology, utiliza minúsculas partículas de ouro, com cinco bilionésimos de metro de diâmetro, coroadas por compostos orgânicos selecionados por sua capacidade de reagir com quatro compostos voláteis encontrados em concentrações elevadas na respiração de pacientes de câncer do pulmão.

Quando as partículas são depositadas sobre uma fina película entre eletrodos gêmeos, agem como resistor elétrico. Os pesquisadores estão desenvolvendo o sistema, e dizem que abordagem semelhante pode funcionar também para o diagnóstico de outras doenças.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3968800-EI238,00-Sensor+portatil+identifica+sinais+de+cancer+de+pulmao.html

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Semana contra câncer de intestino começa amanhã em CG

Acontecerá nos dias 10, 11, 12 e 13 de setembro, na Praça Central do Shopping Campo Grande, a Semana de Prevenção do Câncer de Intestino, cujo tema será: “Prevenção é a melhor ação”.

O evento é gratuito e seu principal objetivo é tirar dúvidas e esclarecer a população sobre a importância da prevenção do câncer. Para isso, uma equipe de médicos contará com materiais de apoio, dentre eles, uma maquete de um intestino gigante itinerante, que estará exposta para que as pessoas circulem dentro enquanto conversam com os médicos.

O evento conta com o apoio do Hospital do Câncer Alfredo Abrão e sua realização é de responsabilidade da Sobed – Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do MS, Sosmaga - Sociedade sul-mato-grossense de Gastroenterologia e Nutrição e Abrapreci – Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Descoberta célula-tronco é associada ao câncer de próstata

WASHINGTON - Pesquisadores descobriram uma célula-tronco que pode provocar pelo menos alguns tipos de câncer de próstata. Células-tronco são células que funcionam como uma espécie de "manual de instruções" para o organismo. A descoberta ainda é apenas experimental - as células foram descobertas em ratos -, mas pode explicar pelo menos alguns tipos de tumores prostáticos, e no futuro oferecer novas formas de tratá-los, segundo artigo publicado na quarta-feira na revista Nature.

A descoberta também aponta para uma possível nova fonte dos tumores da próstata - as chamadas células luminais, que secretam vários compostos usados pela próstata. "O papel das células-tronco no desenvolvimento do câncer de próstata tem sido um foco de especulação há muitos anos," disse em nota a Dra. Helen Rippon, da entidade britânica Prostate Cancer Charity.

"O importante é que esta nova célula-tronco não depende de andrógenos - os hormônios sexuais masculinos que controlam o crescimento da próstata - para sobreviver e crescer. Isso pode dar uma pista sobre por que o câncer de próstata frequentemente se torna resistente a tratamentos destinados a regular esses andrógenos nos estágios avançados da doença," acrescentou Rippon, que não participou da pesquisa. "Este conhecimento aprimorado também será um passo adiante para aprendermos como ajudar a evitar que a doença se desenvolva nos homens."

Michael Shen, do Centro Médico da Universidade Columbia, e seus colegas batizaram as novas células-tronco como CARNs, sigla relativa a "células de expressão Nkx3.1 resistentes à castração." Elas normalmente regeneram parte do tecido que reveste o interior da glândula, responsável pela produção de sêmen. Mas as células podem também formar tumores se certos genes destinados a impedir o crescimento descontrolado são "desligados".

Shen disse que os pesquisadores acreditavam que os tumores resultavam de uma camada diferente de células na próstata, as chamadas células basais. "Pesquisas anteriores indicaram que o câncer de próstata se origina das células-tronco basais, e que durante a formação do câncer essas células se tornam células luminais," disse Shen em um comunicado. "Em vez disso, as CARNs podem representar uma origem luminal para o câncer de próstata."

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Espécie de gengibre da Amazônia cura o câncer

Originário de países asiáticos, mas encontrado fartamente na Amazônia, o gengibre amargo é a mais nova arma contra o câncer. É o que aponta um estudo em andamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), sediado em Manaus, capital do Amazonas. As pesquisas, iniciadas há 15 anos, comprovaram que o composto Zerumbona, extraído de um novo tipo de gengibre (Zingiber zerumbet) é bem mais do que os remédios alopáticos atualmente utilizados no tratamento do câncer.

A descoberta coloca o Inpa na frente de países europeus e asiáticos. Isso porque, trabalhos semelhantes também são desenvolvidos em outras partes do mundo. A mesma planta é utilizada na China no tratamento de diversos tipos de tumores. A medicina tradicional da Indonésia e do Japão também utiliza as raízes da planta no tratamento de dores, aumento do apetite, antiespasmódico e na alimentação. Por exemplo, os japoneses conseguiram desenvolver a partir de Zingiber a Zerumbona sintética, para fins de uso cosmético.

A planta pesquisada é encontrada na área rural de Manaus, mais especificamente nas localidades de Taruamã-Mirim e Puraquequara, explica o pesquisador Carlos Cleomir de Souza Pinheiro, do Inpa. Nessas comunidades, segundo ele, as pessoas utilizam a planta para ornamentação. A espécie produz flores muito bonitas, "e as pessoas não sabiam que por traz de toda a beleza existe um grande potencial farmacológico".

O tipo encontrado nos arredores de Manaus pertence à família Zingiberaceae, composta por mais de 100 gêneros e 1,2 mil espécies. Algumas dessas espécies são cultivadas no Brasil e conhecidas popularmente como gengibre. Na Amazônia, elas se parecem com a mangarataia, bastante utilizada contra inflamações na garganta. Em algumas áreas rurais de Manaus, a espécie Zingiber zerumbet é utilizada como: antiespasmódico, antiinflamatório, contra cólicas e no tratamento de doenças estomacais.

Estudos recentes em poder do governo indicam que há, no Brasil, mais de 10 mil espécies de plantas da Amazônia são portadoras de princípios ativos para uso medicinal, cosmético e controle biológico de pragas. A região concentra também outras 300 espécies de frutas comestíveis e uma rica fauna silvestre. Ao todo, a Amazônia guarda em suas florestas, várzeas, cerrados e rios, um total de 33 mil espécies de plantas superiores.

Composto com 97% de pureza

Há três anos, os pesquisadores do Inpa obtiveram 97% de pureza de uma substância encontrada no Zingiber zerumbet e usada no combate à células neoplásicas (tumores malignos constituídos de células do fígado, cólon ou de pele). Antes, o grau de pureza alcançado fora somente de 37%, considerado baixíssimo para a fabricação de medicamentos. A substância foi obtida por da extração de óleos essenciais das raízes do gengibre amargo, o Zingiber zerumbet.

Para extrair a substância dos óleos essenciais, o pesquisador Carlos Cleomir Pinheiro criou uma técnica própria: o arraste-hidrovapor. O sistema se utiliza de vapores de água e é totalmente natural. Pinheiro pesquisa a espécie há mais de uma década. Seu interesse pelo gengibre amargo aumentou depois de fazer intensas pesquisas na literatura mundial acerca do uso terapêutico da planta.

"Os estudos científicos revelam efeitos citotóxicos de Zerumbona contra células cancerígenas (tumores malignos). Ou seja, a substância atua inibindo a proliferação das células doentes", observou Pinheiro.

Substância combate a Aids

Nas pesquisas sobre a substância, Cleomir Pinheiro também se deparou com outros estudos animadores. Disse que, entre eles, há estudos recentes que apontam o uso do composto Zeburona até mesmo contra a Aids. "A eficácia da planta se deve a sua estrutura simples. Ela é formada por uma cadeia longa, com 15 carbonos, ligados a uma estrutura carbonila cetônica (oxidação de álcoois secundários que tem um radical de CO). A estrutura é chamada cientificamente de sesquiterpeno", explicou.

A comercialização do composto extraído do gengibre está prevista para, no máximo, dois anos. Já existem várias empresas interessadas para colocar o produto no mercado. De acordo com o pesquisador, será um produto de baixo custo, pois ele vem de uma planta que se reproduz facilmente. "Esse remédio será de grande importância para a sociedade, pois além de se um forte aliado ao tratamento do câncer, ele também pode ser usado para tratar a leucemia e até a Aids", conta.

Já existem várias patentes semelhantes desse tipo de composto, mas após a descoberta dele no Amazonas foi encontrada uma nova fórmula de extração do produto, por meio de óleos essenciais, o que determinou um grau de pureza de 97,95%. Esse processo já foi patenteado pelo Inpa. "Encontramos outras atividades farmacológicas que ainda não foram estudadas, o que favorece ainda mais nossa pesquisa", afirma.

Esse estudo rendeu bons frutos ao pesquisador, pois é a base da sua tese de doutorado em biotecnologia, que em breve será apresentada. A pesquisa também deu prêmios ao Inpa, um deles é o de Inovação tecnológica do Norte - Finep. Para o pesquisador, essas são algumas das várias conquistas que essa pesquisa vai gerar, principalmente, para a sociedade.

Fonte: http://www.rondonoticias.com.br/showNew.jsp?CdMateria=87892&CdTpMateria=7

sábado, 5 de setembro de 2009

Cânceres - Drauzio Varella

Cânceres é o título da Coleção Doutor Drauzio Varella – Guia Prático de Saúde e Bem-Estar, da RBS Publicações, que chega às bancas neste final de semana.

Veja mais no site: www.zerohora.com/rbspublicacoes

Cirurgia Oncoplástica ajuda a restaurar seio após câncer mamário

Uma das grandes vaidades da mulher reside nos seios, pois eles simbolizam tanto o lado sensual quanto o maternal – eles estão fortemente associados com a feminilidade. No entanto, o diagnóstico de câncer de mama associado à necessidade de remoção de partes da mama ou da remoção completa de uma ou das duas, causa uma grande fragilidade emocional e alterações físicas visíveis, afetando fortemente a auto-estima feminina.

Hoje, entretanto, o contínuo avanço da medicina e um maior intercâmbio de informações entre o mastologista e o cirurgião plástico têm promovido um planejamento plástico pré-operatório muito significativo em favorecimento no resultado estético final para a paciente, com a criação de um tipo específico de procedimento: a Cirurgia Oncoplástica.

“O cirurgião plástico deve atuar, junto com o mastologista, antes, durante e depois da cirurgia, num contexto multiprofissional. Essa atuação conjunta tornou-se fundamental na obtenção dos melhores resultados de saúde e estéticos para a mulher, após a cirurgia conservadora da mama”, explica Dr. Alexandre Mendonça Munhoz (CRM-SP 81.555), médico especialista em cirurgia plástica de mama e oncoplástica, Membro Especialista e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Membro Consultor do corpo de revisores internacionais das revistas americanas Annals of Plastic Surgery e Plastic Reconstructive Sugery, Membro do Corpo Editorial da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, além de integrar o corpo clínico dos Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Fleury, Oswaldo Cruz e São Luis.

O moderno conceito de Cirurgia Oncoplástica, técnica de reconstrução da mama pós-cirurgia de retirada de câncer, ainda precisa ser mais difundido no Brasil. Para este tipo de procedimento, o cirurgião plástico tem que avaliar aspectos como formato e posição da mama, volume mamário remanescente após a cirurgia do câncer e localização do tumor, pois eles constituem fatores-chave para a escolha da melhor técnica a ser empregada.

Para entender a importância desta cirurgia, quais as técnicas que ela utiliza, quais os resultados que proporciona, para quem é indicada, dentre outros pontos científicos, entrevistamos o Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, que esclarece as principais dúvidas sobre o assunto. Acompanhe no site abaixo:

http://www.bemparana.com.br/index.php?n=119896&t=cirurgia-oncoplastica-ajuda-a-restaurar-seio-apos-cancer-mamario

Empresa anuncia tratamento promissor contra câncer de pele

O medicamento, chamado de GDC-0449 e administrado por via oral, bloqueia a proteína chamada "hedgehog", que tem um papel importante no crescimento das células cancerosas, destaca o estudo divulgado no site do New England Journal of Medicine.

Este tratamento, elaborado pela Genentech, filial do grupo farmacêutico suíço Roche, é resultado de modificações genéticas da ciclopamina, uma substância extraída do heléboro (Veratrum californicum).

Um estudo clínico financiado pela Genentech mostrou uma redução do tumor ou uma melhora dos sintomas em 18 dos 33 pacientes com câncer de pele tratatos, e outros 11 registraram estabilização de seu estado durante períodos prolongados. Apenas quatro pacientes sofreram agravamento do tumor.

O tratamento também foi eficaz em um paciente que sofria do tipo mais comum do câncer de cérebro, o meduloblastoma, cujo tumor diminuiu de forma importante.

O tratamento não apresentou efeitos colaterais sérios, destacaram os pesquisadores, que qualificaram os resultados de "importantes", já que não existe qualquer terapia eficaz contra o câncer de pele mais frequente, o epitelioma basocelular, que tem um milhão de novos casos diagnosticados a cada ano nos Estados Unidos.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/09/02/empresa+anuncia+tratamento+promissor+contra+cancer+de+pele+8235967.html

Técnica para tratar câncer usa congelamento do osso

Ao menos quatro hospitais brasileiros estão tratando câncer nos ossos com crioterapia, técnica em que o osso doente é retirado do paciente, congelado em nitrogênio líquido e depois reimplantado. O método foi desenvolvido no Japão, onde já é usado rotineiramente há pelo menos dez anos.

A maioria dos centros que tratam câncer nos ossos usa o procedimento padrão: depois da quimioterapia, o paciente passa por uma cirurgia em que o osso é retirado e descartado. Em seguida, o local recebe uma prótese, um osso de doador ou um osso do próprio paciente.

Há pouco mais de um mês, o Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) passou a usar a técnica e operou uma jovem de 24 anos, que tinha um sarcoma de Ewing (tipo de tumor). Ela já recebeu alta e se recupera bem. Outro paciente deve ser operado nas próximas semanas.

"A ideia é transformar essa cirurgia em rotina na ortopedia oncológica. Todos que tiverem indicação passarão por esse procedimento. É uma técnica muito simples, mais barata e sem risco de rejeição", afirma o ortopedista oncológico Maurício Etchebehere, professor da Unicamp e chefe do Departamento de Ortopedia.

Um dos primeiros a usar a técnica no Brasil foi o professor Márcio Fernando de Moura, da Universidade Federal do Paraná. Desde 2003, ele já operou 35 pacientes em dois centros -Hospital das Clínicas de Curitiba e Hospital de Fraturas 15. Nenhum dos pacientes operados por ele teve recidiva (reaparecimento do tumor).

O Hospital de Câncer de Pernambuco, o segundo a usar o método no Brasil, já operou 22 pacientes -o tumor voltou em dois deles. "Essa cirurgia é mais uma arma terapêutica que a gente tem para tratar o câncer ósseo. É um método simples, acessível e que traz resultados satisfatórios", acredita o ortopedista oncológico Antônio Marcelo Gonçalves de Souza, chefe do Departamento de Ortopedia do hospital.

Segundo Souza, a cirurgia pode tratar cânceres primários (que começam nos ossos) e secundários (metástases).

O protocolo padrão de tratamento, que inclui ciclos de quimioterapia, é mantido. "Isso não muda nada. A diferença é que em vez de o paciente colocar uma prótese ou um enxerto de cadáver, vai receber o próprio osso tratado", explica.

De acordo com Maurício Etchebehere, o congelamento mata todas as células do osso -tanto as doentes quanto as sadias. E, depois de reimplantado, lentamente esse osso volta a ser nutrido e vascularizado.

Mais barata

Os três cirurgiões afirmam que a técnica é mais barata do que a convencional -uma prótese pode custar entre R$ 5.000 e R$ 15 mil, enquanto o nitrogênio líquido usado no procedimento custa cerca de R$ 100.

"O Brasil tem pouquíssimos bancos de ossos [hoje são apenas quatro em funcionamento], o que dificulta o acesso aos enxertos. Além disso, temos um problema cultural: poucas pessoas aceitam doar seus ossos", diz Antônio Souza.

A recuperação pós-cirúrgica nesses casos é igual à recuperação tradicional. O paciente precisa usar muletas e restringir a carga no membro operado por, no mínimo, três meses.

Assim como qualquer outro tipo de tumor, há risco de o câncer voltar a aparecer. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o percentual aceitável de reaparecimento do tumor varia de 5% a 10% da amostra de pacientes.

Roberto André Torres de Vasconcelos, ortopedista da Seção de Tecido Ósseo Conectivo do Inca, diz que a crioterapia é uma técnica que deve ser considerada, mas que ela não é a melhor opção de tratamento.

Para ele, não há garantia de que todas as células cancerígenas sejam destruídas durante os 20 minutos de congelamento. "Se congelar demais, o osso pode ficar enfraquecido e mais suscetível a fraturas; se congelar menos do que o necessário, há o risco de alguma célula doente continuar no local. Por isso, não sei se essa é a melhor alternativa", avalia.

Na opinião de Vasconcelos, o ideal seria fazer estudos comparando todas as técnicas existentes para ser possível avaliar qual delas apresenta, de fato, o melhor prognóstico. "Sei que isso é difícil porque esse não é um câncer comum", pondera.

O câncer primário dos ossos não está entre os dez mais comuns do Brasil e acomete mais os adultos jovens. Os tumores secundários atingem mais pacientes acima de 45 anos.

Fonte: http://www.atribunanews.com.br/news.php?newsid=19999

Novo tratamento para câncer de mama evita queda de cabelo

Pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, divulgaram que uma combinação tripla de medicamentos é uma opção promissora para o tratamento de câncer de mama HER2+ com metástase, com a vantagem adicional de não causar perda de cabelo.

A combinação de dois medicamentos usados em quimioterapia (capecitabina e vinorebina) com trastuzumabe é uma nova opção pelo menos tão benéfica aos pacientes quanto as disponíveis, porém com um benefício adicional: não causa perda de cabelos nas pacientes.

Estes foram algumas das conclusões de estudo desenvolvido pela Mayo Clinic de Jacksonville, reportadas durante o 45o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO - American Society of Clinical Oncology), realizado, em Orlando, Flórida.

"Esse é um regime terapêutico muito bem tolerado pela paciente. A combinação é um bom exemplo de um excelente equilíbrio: boa atividade e baixa toxidez", diz a pesquisadora sênior do estudo, a médica Edith Perez, diretora do Centro de Câncer de Mama da Clínica Mayo de Jacksonville.

Combinação de medicamentos

O estudo clínico é o primeiro nos Estados Unidos a pesquisar essa combinação específica de tratamentos do câncer de mama HER2 positivo metastático. Das 45 pacientes participantes do estudo, 67% responderam ao tratamento, conseguindo uma redução do tamanho de seus tumores em pelo menos 30%. A resposta histórica a regimes com medicamentos convencionais (um medicamento de quimioterapia com Herceptin), que são usados atualmente no tratamento de câncer de mama HER2 positivo metastático, é de cerca de 50%, observa Winston Tan, médico oncologista da Mayo.

Para Winston Tan, "o regime triplo parece ser uma escolha bastante razoável, que oferece a vantagem adicional de não provocar a queda de cabelos nas mulheres que o adotarem". A combinação de medicamentos, usada mais comumente por pacientes com câncer de mama HER2 positivo já disseminado - paclitaxel ou docetaxel com trastuzumabe - sempre causa perda de cabelo, explica.

Ainda não autorizado

Todos os agentes já foram aprovados para uso pela FDA (órgão que controla a comercialização de alimentos e medicamentos nos EUA), embora a vinorelbina ainda não tenha sido aprovada para esse regime específico de tratamento nos Estados Unidos.

A quimioterapia com capecitabina não é combinada normalmente com o trastuzumabe, porque alguns estudos sugerem que não oferece benefícios sinérgicos ou suplementares. No entanto, segundo o oncologista, novas pesquisas têm demonstrado que a combinação é, de fato, promissora.

Resultados da pesquisa

Entre as pacientes estudadas, 28 (58%) tiveram uma resposta parcial: uma redução no tamanho do tumor metastático em 30%, de acordo com tomografias computadorizadas. Quatro pacientes tiveram uma resposta completa: nenhuma outra evidência de tumores metastáticos apareceu nos exames de diagnóstico, segundo os pesquisadores.

As taxas de sobrevida melhoraram, em comparação histórica a tratamentos convencionais, diz Winston Tan. "Normalmente, a sobrevida no caso de câncer de mama metastático é de dois anos", ele afirma. "Nesse estudo, o período de sobrevida foi de 27 meses", conta. Ele observa que esses estudos ainda vão ser confirmados na Fase III do estudo.

"A toxidez foi tolerável, não mais do que o visto em regime com dois medicamentos. A maioria das pacientes (61%) registrou uma contagem de glóbulos sanguíneos baixa, mas apenas 10% das pacientes tiveram problemas de fadiga ou de outros efeitos colaterais comuns".

Tratamento não-curativo

O pesquisador enfatizou que esse regime não é um tratamento curativo, mas proporciona às pacientes melhor qualidade de vida, em comparação com outros regimes comumente usados. "É muito difícil tratar o câncer de mama que já se espalhou, mas acreditamos que fazer a combinação de tratamentos é importante, para que os tumores que estão crescendo rapidamente encolham", declara.

De acordo com o oncologista da Mayo, 80% das pacientes que apresentaram benefícios foram tratadas com outros medicamentos de quimioterapia - na maioria, antraciclinas e paclitaxel - e pelo menos metade das pacientes também usou o trastuzumabe em condições adjuvantes ou metastáticas. "As pacientes ainda obtiveram uma resposta a essa combinação de duas quimioterapias mais o agente biológico. E isso é encorajador", ele afirma.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=novo-tratamento-cancer-mama-evita-queda-cabelo&id=4467

Sensor com nanopartículas de ouro ajudará a detectar câncer de pulmão

Uma equipe de pesquisadores desenvolveu um sensor que leva em seu interior nanopartículas de ouro e que distingue entre a respiração de uma pessoa que sofre de câncer de pulmão e outra que está saudável sem necessidade de um tratamento prévio, o que ajudará a detectar a doença.

Assim assegura um estudo publicado pela revista "Nature Nanotechnology" e que foi realizado pelo professor universitário Hossam Haick, do Instituto de Tecnologia Techion-Israel, e o resto de sua equipe.

As provas atuais para medir os compostos orgânicos voláteis - gases químicos que contêm carbono e que estão relacionados com o câncer de pulmão - apresentam alguns problemas, porque são caras e não oferecem resultados num instante.

Em contraste, o sensor projetado por Haick e sua equipe é portátil e consiste em um aparelho com nanopartículas de ouro que responde ao entrar em contato com os compostos orgânicos voláteis que são relevantes no caso do câncer de pulmão.

A equipe israelense simulou uma respiração própria de um doente de câncer e outra de uma pessoa saudável misturando estes compostos, e as submeteu posteriormente ao sensor.

O aparelho distinguiu qual correspondia a um doente de câncer ao ser capaz de reconhecer as pautas de respiração que o caracterizam, segundo se explica na revista.

Com este sensor será possível diagnosticar câncer de pulmão através de uma tecnologia não invasiva, barata e portátil, segundo seus criadores.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3948581-EI188,00.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Descobertas nanopartículas capazes de frear avanço do câncer

Uma equipe de pesquisadores japoneses descobriu um novo tipo de nanopartículas magnéticas capazes de inserir ácido nucleico no organismo e frear a progressão do câncer nos ratos.

Como publicou hoje a revista britânica The Lancet esta nova formulação de nanopartículas magnéticas oferece melhores resultados que a usada até agora no tratamento genético contra o câncer.

Se os resultados forem confirmados em humanos, se trataria de um grande passo para o tratamento não invasivo de diferentes tipos de tumores.

Para chegar a esse resultado, uma equipe de cientistas de The Jikei University de Chiba (Japão) liderado por Yoshihisa Namiki injetou na corrente sanguínea dos roedores nanopartículas magnéticas compostas por uma sequência otimizada de pequeno RNA de interferência (siRNA, sigla em inglês).

Uma vez feito isto, guiaram as nanopartículas até o tumor através de placas magnéticas grudadas ou implantadas sob a pele da região afetada.

Assim, o ácido ribonucleico projetado especialmente para "silenciar" o gene causador do tumor pôde chegar a seu destino e, após oito injeções, foi capaz de parar o crescimento do mesmo.

Além disso, a equipe assegura que este tratamento não apresentou em nenhum dos casos efeitos adversos.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI3936835-EI188,00-Descobrem+nanoparticulas+magneticas+capazes+de+frear+o+avanco+do+cancer.html

Menino britânico sobrevive a duas leucemias e três transplantes

Um menino britânico de dez anos, portador de uma síndrome rara, conseguiu sobreviver duas vezes à leucemia e também a três transplantes de medula e a cinco hemorragias cerebrais.

Os médicos afirmam que o fato de Oscar Parry ainda estar vivo é um milagre. O menino, que mora no sudeste da Grã-Bretanha, já voltou à escola e também participa de campanhas para levantar verbas para o hospital onde fez tratamento, o Great Ormond Street, de Londres.

Parry nasceu com uma desordem rara chamada Síndrome de Noonan, que fez com que ele tivesse um problema cardíaco e fosse menor do que as crianças normais.

Aos três anos de idade o menino desenvolveu leucemia linfoblástica aguda, uma das formas mais comuns da doença.

Tratamento
Inicialmente, Parry foi tratado com doses baixas de quimioterapia, que funcionaram bem. Mas, depois de três anos de tratamento, ele foi diagnosticado com um tipo de leucemia mais raro e mais agressivo, que poderia ser curado apenas com um transplante de medula óssea.

Depois de três meses, foi encontrado um doador compatível e Parry passou pelo primeiro transplante. Mas sua recuperação não foi satisfatória e ele precisou de uma cirurgia para remover o baço, o que deu bons resultados por um tempo.

Quando tudo estava pronto para ele voltar para casa, a leucemia voltou e um segundo transplante de medula, de um tipo mais experimental, foi necessário.

Paul Veys, médico de Parry no hospital Great Ormond Street, afirmou que o menino tinha apenas 10% de chances de sobreviver.

Parry então desenvolveu uma doença autoimune, na qual as células do novo doador começam a atacar as do corpo do paciente.

Este problema não é tão incomum depois de um transplante, mas Parry estava muito doente e passou semanas na unidade de terapia intensiva por causa das infecções.

"Havia vezes em que Oscar estava na terapia intensiva e nós pensamos que ele não iria conseguir", afirmou a mãe de Oscar, Yvonne Parry. "Na primeira vez que ele foi para a terapia intensiva e teve hemorragia cerebral, eu já estava cuidando de seu funeral."

"Ele tinha uma doença genética e duas, possivelmente três, leucemias", disse Veys. "Ele precisou de três transplantes, o terceiro com células especializadas - ele foi a primeira criança na Grã-Bretanha que recebeu esse tratamento."

"No final das contas, você faz um transplante e tenta curar a leucemia, ela volta, você faz um segundo transplante de um jeito diferente, fazendo com que as novas células lutem como loucas, mas então elas lutam demais e temos que desligá-las e essa foi a razão para o terceiro (transplante com) células especializadas, e as chances de ele sobreviver eram realmente muito pequenas."

A volta para casa

A mãe de Parry, Yvonne, disse que agora o menino voltou para casa, mas sofre de osteoporose, por ter sido tratado com esteroides durante dois anos.

O crescimento dele também foi paralisado durante o tratamento e seus dentes não foram substituídos depois que ele os perdeu.

Esta situação começou a melhorar e Parry, agora com dez anos, já se gaba por ser mais alto que seu irmão de quatro anos, Finn.

"Voltamos para casa em junho de 2007 e não voltamos (para o hospital) desde então, o sistema imunológico dele está funcionando com cerca de 75% (da capacidade)", disse Yvonne.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1278543-5603,00-MENINO+BRITANICO+SOBREVIVE+A+DUAS+LEUCEMIAS+E+TRES+TRANSPLANTES.html

sábado, 22 de agosto de 2009

Evento da APM reúne especialistas para debate sobre a prevenção do câncer de colo uterino

A Associação Paulista de Medicina (APM) realiza, em 27 de agosto de 2009, o XXVIII Encontro Multidisciplinar Câncer da Cérvix, do Departamento de Citopatologia. Em pauta, a técnica do exame colposcópico, destinado à prevenção e detecção precoce do câncer de colo do útero, vagina e vulva; técnicas para tratamento cirúrgico e como interpretar resultados alterados, suspeitos de malignidade, no exame de papanicolau.

“É de suma importância relembrar e atualizar sobre a prevenção do câncer do colo uterino. Estudos comprovam que essa é a 2ª causa de morte em mulheres, entre os cânceres genitais e mamários”, alerta a dra. Suely Alperovitch, presidente do Departamento organizador do evento

Segundo a especialista, o fator de risco principal é o papilomavírus humano, ou HPV, transmitido durante a relação sexual sem preservativo. “O vírus tem papel importante no desenvolvimento da displasia das células cervicais e na transformação destas em células cancerígenas. Em 95% dos casos de câncer do colo do útero podemos encontrar a presença do HPV nos genitais da mulher ou de seu parceiro”.

O diagnóstico da doença é confirmado por meio de Papanicolaou e colposcopia, seguidos de biópsia e exames complementares, quando necessários. O exame histopatológico, que estuda os tecidos do organismo ao microscópio, pode ser solicitado por ser o único que pode dar um diagnóstico preciso, com exatidão absoluta.

“Baseados nos resultados destes exames que o tratamento é conduzido, padronizado para cada caso, perante o estágio do câncer,” explica a dra. Suely.

Ainda no evento, haverá a possibilidade de debate entre o público de ginecologistas, colposcopistas, obstetras, citopatologistas, patologistas, cirurgiões e citotécnicos presentes.

“Cabe ressaltar a grande importância de usar o preservativo em todas as relações sexuais. Ele é o melhor modo de evitar as doenças sexualmente transmissíveis e as futuras complicações desse quadro.”

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=34&id=45286

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Estrogênio ajuda no tratamento do câncer de mama, diz estudo

Baixas doses de estrogênio ajudam a tratar algumas formas de câncer de mama, de acordo com um estudo clínico publicado no "Journal of the American Medical Association" na terça-feira (18).

Os resultados levam a uma reversão parcial na forma como o câncer de mama metastático é atualmente tratado, com medicamentos para baixar os níveis de estrogênio.

"Quando os medicamentos que reduzem estrogênio deixam de controlar o câncer de mama metastático, o oposto talvez possa funcionar", disse a equipe da Washington University School of Medicine, que realizou os testes.

Matthew Ellis, o oncologista que liderou a pesquisa, afirma que mais de 30% das mulheres que não responderam ao tratamento padrão reagiram bem a nova estratégia.

"Aumentar os níveis de estrogênio beneficiou cerca de 30% das mulheres com câncer de mama metastático que não respondiam aos tratamentos anti-estrogênios", disse.

Os efeitos colaterais do aumento de estrogênio poderão incluir dores de cabeça, inchaço, sensibilidade mamária, retenção de líquidos, náuseas e vômitos. Mas Ellis afirma que esses efeitos secundários foram limitados, em comparação com outros tratamentos.

"Nós descobrimos que o tratamento por estrogênio interrompeu a progressão da doença em muitas pacientes e foi bem mais tolerado do que a quimioterapia".

"Em geral, temos demonstrado claramente que a dose baixa foi melhor tolerada do que a dose mais elevada e com a mesma eficácia no controle da doença metastática".